A Filha do Pântano

A Filha do Pântano Franny Billingsley




Resenhas - A FILHA DO PÂNTANO


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Ana 13/05/2019

Quando comecei a ler A Filha do Pântano, até mesmo antes, esperava uma história de fantasia com um toque de mistério. A verdade é que a obra de Billingsley é um pouco de tudo, digamos que até filosófica. Apesar do começo um pouco confuso, a adaptação ao estilo de escrita da autora acontece rápida e naturalmente; logo nos apegamos à protagonista e aos fatos que acontecem ao seu redor. Fiquei surpreendentemente feliz com esse livro, porque eu não esperava gostar tando dele.

Briony é uma adolescente de 17 anos que carrega vários segredos e muita culpa. Logo nos primeiros capítulos, a personagem nos conta que é uma bruxa e que merece ser enforcada — é importante salientar que Briony vive no século XX —, o que a leva a nos contar, também, a sua história. Assim, durante todos os capítulos, a medida que fatos são expostos, conseguimos entender a cena inicial e porquê de concordar que deve morrer.

É um pouco complicado falar sobre o enredo de A Filha do Pântano, porque um mísero detalhe pode ser muito revelador — inclusive em relação à personalidade da protagonista e dos personagens secundários —, então vou focar na minha opinião. De início, achei a narrativa de Franny Billingsley um tanto engraçada, até um pouco difícil de entender no começo. É extremamente metafórica e poética, mas por incrível que pareça, funcionou muito bem. Acredito que a autora quis dar uma voz para a própria personagem, um tom bem melancólico, transbordando culpa, e deu muito certo.

Apesar de ter gostado muito do livro, achei alguns capítulos muito dispensáveis. Nesses breves momentos a leitura se tornava lenta, mas logo era surpreendida novamente. Gostei muito mesmo do rumo que a autora deu para história, incluindo o romance. Eu não sei exatamente dizer se o gênero é fantasia, romance, mistério... A atmosfera aqui é diferente de tudo que eu já li, os seres são diferentes de todos que encontrei até hoje — o próprio pântano é um protagonista muito peculiar.

Por fim, acreditem ou não, me surpreendi com o desfecho de A Filha do Pântano. Acho que é por isso que gostei tanto, eu simplesmente não consegui decifrar as pistas deixadas pela autora. Espero que vocês deem uma chance para esse livro, porque a magia aqui é muito mais que bruxas, Duendes e um pântano encantado: alguns personagens têm o poder de mostrar coisas inimagináveis para nós.
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Amiga Leitora 22/05/2019

'A Filha do Pântano' é um livro de fantasia escrito por Franny Billingsley e publicado aqui no Brasil no ano de 2018 pela Editora Novo Conceito.

A jovem Briony Larkin possui um grande segredo que pode levar a sua morte precoce: é uma bruxa. Vivendo na cidade de Swampsea e cercada de todo o misticismo que permeia esse lugar, a população realiza de tempos em tempos julgamentos com o objetivo de identificar, julgar e punir toda e qualquer pessoa que esteja sob suspeita de bruxaria e é sob essa constante ameaça que a protagonista vive.

Briony é filha do pastor e possui uma irmã, Rose, que desde o início é revelado ter problemas de convívio e comunicação, por quem ela é inteiramente responsável. Outra presença constante no livro é a memória onipresente da madrasta, uma figura que permeia as decisões e reflexões da protagonista. Convencida da sua maldade e egoísmo por conta da sua bruxidade, Briony procurou se afastar de todo e qualquer convívio além do extremamente necessário, por vezes esse comportamento influencia na narrativa que é muitas vezes introspectiva e lenta. Esse fato me desagradou bastante, pois muitas vezes parece que estamos dando voltas sem sair do lugar enquanto a protagonista reflete sobre todo e qualquer acontecimento.

Sua vida muda quando Eldric chega à cidade, um jovem alegre e que parece disposto a bagunçar de vez sua rotina, e por quem Briony logo começa a sentir algo. Entretanto, seu segredo servirá como uma barreira para esse relacionamento, paralelo a isso existem os Antigos, como o Pantanoso, Musa Sombria, entre outros, esses seres místicos que habitam principalmente o pântano e por vezes são responsáveis por causar desastres na vida da protagonista, uma vez que sua ligação com o mundo sobrenatural é muito forte.

A mitologia criada pela autora é bastante interessante, contudo muito mal aproveitada. Ela traz elementos novos ou pouco conhecidos e remodela-os de acordo com a necessidade da história, no entanto todos esses seres sobrenaturais são pouco descritos, sejam suas habilidades ou origem, dessa forma suas aparições são convenientemente programadas para impulsionar os acontecimentos clichês da jornada da protagonista. Além disso, no final, com a mesma rapidez com que surgem também desaparecem, e muitas perguntas permanecem sem resposta.

Senti que os personagens secundários infelizmente foram mal aproveitados, surgindo de repente para dar um vislumbre dos habitantes de Swampsea, mas se resumindo a isso. Com destaque para Cecil Trumpington, que no final se revela muito mais importante, assim como Rose que surpreende com sua perspicácia. O pastor e pai das meninas por diversas vezes me irritou, sua omissão sendo a característica mais marcante, Briony sente uma grande raiva pelo pai que no decorrer do livro passou a ser sentida por mim também, no final ele contribui para a resolução do conflito, todavia devo alertar que em nada diminui as críticas ao seu caráter.

'A Filha do Pântano' é uma história que muitas vezes alterna entre passado e presente, isso é imprescindível, pois contribui e muito para entender o ódio de Briony por si mesma, ademais de nos mostrar o porquê dessa devoção com a madrasta e quem exatamente ela foi. Apesar de tudo o livro não é ruim, a maior crítica é para a trama mal aproveitada, tanto no quesito personagens como dos Antigos, acredito que a autora trabalhou pouco aquilo que daria ao livro um grande diferencial. A resolução do conflito foi rápida e pouco desenvolvida, porém surpreendente ao entregar poucas pistas durante a leitura, apesar da jornada da protagonista em si está recheada de clichês. Recomendo principalmente para os leitores que apreciem uma narrativa mais introspectiva e com poucos diálogos.

* RESENHADO POR BRENDA MAYRINK DO BLOG AMIGA DA LEITORA *

site: http://www.amigadaleitora.com/2019/04/resenha-filha-do-pantano-novoconceito.html
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Gabriela 13/07/2021

Resenha: A Força Feminina com o livro A Filha do Pântano
Direto da Novo Conceito para o mundo, o livro A Filha do Pântano foi um achado da última bienal presencial a qual fui.

Conquistada pela capa mística, estava apostando em escritores novos para a minha estante. Franny Billingsley, a autora dessa história, me surpreendeu com uma primeira página cativante.

Entretanto, a leitura foi adiada por motivos de: estava envolvida em outra obra cujo título não recordo. Feito uma verdadeira acumuladora de livros para ler, deixei Briony de molho um tempinho.

Tudo para ser impactada pelas linhas dessa trama.

“A Musa Sombria é a Mais Maligna dos Três”

Já devo ter dito em outras resenhas o quanto sou eclética para livros. Meu espírito sincroniza em energias diversas. Quando A Filha do Pântano apareceu para mim, estava em uma vibração meio suspense e terror, queria sair um pouco da fantasia.

Ainda bem que consegui atingir o objetivo, porque mistério e magia são duas categorias fortes nessa história.

Com uma pegada exotérica, mística e cheia de um ar vitoriano, Briony se apresenta para nós já em luto pela perda de alguém que amava muito, enquanto é assolada pela dúvida a respeito de seus dons.

Tem um detalhe a mais: precisa cuidar da irmã especial e ficar de olhos no pântano ao lado de sua casa.

“Não Sou do Tipo que se Sacrifica”

O livro é escrito por uma mulher, com protagonismo feminino. É a coisa mais incrível do planeta ler mulheres que falam sobre mulheres.

Então, conhecemos Briony. Uma garota melancólica, acima de qualquer coisa. Presa em suas dores, amarguras, anseios e dúvidas.

Alguém que precisou amadurecer cedo demais, cuidar de seu lar, da sua família e esquecer os ócios da vida de uma adolescente. Ela é uma alma adulta no corpo de uma jovem.

A primeira coisa que nos faz próximas de Briony é como ela recusa o “feminino”, ela não quer se identificar com os aspectos padrões impostos para as mulheres. Ela quer ser ela e sente tédio quando criam expectativas contrárias à sua essência.

Seus lamentos são reais, duas dores são reais. Ela reclama de situações banais as quais costumamos também reclamar. O cotidiano a perturba, o essencial não firma sua atenção.

Briony é daquela protagonista de carne e osso, a qual nos identificamos no estado mais íntimo, mas sem perder a magia existente na sua descendência.

“Na Caixa Havia uma Menina-Loba Feita de Arame e Pérolas”

O mais excêntrico nessa história é a forma como as personagens parecem viver dentro de um círculo cultural diferente do apresentado na cidade na qual o enredo se passa.

Briony, Eldric e Rose partilham de uma visão fantástica, inexistente aos demais viventes. Eles são cúmplices da magia da cidade, da energia etérea que governa o solo ancestral.

Além disso, há uma crítica forte as questões da predação humana para com a natureza. Existem consequências severas para quem ousa mexer na mata – não posso falar demais. Por que sempre temos que destruir tudo?

Doses sarcásticas e ácidas sobre o lado podre da sociedade tece fios firmes entre as linhas místicas desse livro. Difere de qualquer coisa que já li.

Apesar das ressalvas quanto ao romance, que é bem ruinzinho, a trama é muito boa.

Aposto que você não vai decifrar quem anda adoecendo os amigos e família de Briony e nem o que ela faz para salvá-los.

Beijos de Fogo.

site: https://www.gmrhaekyrion.com/
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belle.ilr 19/01/2022

Começou meio parado, pelo menos pra mim mas eu amei logo em seguidas, nossa foi muito bom,o Eldric sendo tudo na minha carreira
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Suellen Xavier 31/12/2021

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nossa senhora da minha vida, que cansativo que escrita ruim.
não sabia onde começava e onde terminava, esperava bem mais.
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