Hollywood

Hollywood Gore Vidal




Resenhas - Hollywood


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alekele_ 08/04/2021

Diferente
Bem, este é um livro interessante que fala sobre uma época bem diferente, em que a indústria do cinema estava crescendo ao mesmo tempo em que as pessoas se preocupavam com a Grande Guerra, sem esquecer da gripe espanhola que dizimou uma quantidade absurda de pessoas.
A escrita do autor em muitos capítulos é cansativa, porém foi uma boa leitura.
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guibre 21/08/2012

Primeiramente, admita-se que a prosa de Vidal, assim como em Império, algumas vezes é maçante, tornando-se, eventualmente, uma leitura enfadonha. A grandiosidade do contexto em que ela se insere, com uma multiplicidade de personagens e enredos explica, em parte, essa característica, mesmo que não de forma integral.
Apesar dessas ressalvas, apreciei o livro. A relação que é apresentada entre o florescimento de Hollywood (e da indústria cinematográfica, em termos mais gerais) e o centro de poder representado por Washington (e todos os acordos e conchavos políticos relacionados) é de contraposição, muito embora também revelem-se as influências exercidas entre esses dois contextos.
Gore Vidal expõe, impiedosamente, os absurdos e incoerências da democracia norte-americana, seja na exclusão da maioria da população na escolha do Chefe do Executivo (como exposto na narração das primárias republicanas, um primor de manipulação política), seja na marginalização dos negros, seja na censura e manipulação exercida em relação as produções cinematográficas, para que atendendessem os interesses da classe dirigente do país, dirigindo a população contra tais ou quais inimigos.
A reinvenção da realidade pelo cinema é outro tema recorrente na obra. A "instituição" de outra personalidade para Caroline Sanford mostra a duplicidade e diferenciação entre esses ambientes. Expõe-se até mesmo uma certa fascinação pelo "mundo do cinema", como um espaço particular de fantasia.
A inserção dos personagens reais me agradou, principalmente na medida em que são expostos meandros e detalhes do exercício do poder; mesmo a narrativa de fatos históricos é agradável, na medida em que são fontes de informação. Esses personagens, frise-se, são devidamente "humanizados", com suas idiossincrasias e propósitos ocultos muitas vezes revelados. Isso não impede que Gore Vidal seja reticente em alguns pontos da narrativa, sem que isso implique necessariamente em comprometimento no entendimento dos acontecimentos.
Em suma, me pareceu uma obra apreciável para aqueles que são dotados de paciência e disposição para a ler inteira.
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