A Face Dos Deuses

A Face Dos Deuses Gleyzer Wendrew




Resenhas - A FACE DOS DEUSES


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Arca Literária 03/08/2017

A face dos Deuses é o primeiro livro da série As Crônicas da Aurora, escrita pela brasileiro Gleyzer Wendrew. Trata-se de um livro muito bom, com histórias e personagens intensos, que possuem passados fortes e cheios de mágoas. O Wendrew é um autor muito detalhista, é uma história com vários personagens e são todos muito bem detalhados no livro, mas quando eu digo detalhados, não falo apenas fisicamente, mas sim a alma de cada personagem.

No início da leitura levei um certo choque, tamanho o realismo contido nas linhas, mas conforme a leitura fluía, eu comecei a compreender os acontecimentos, o livro revelou uma história muito boa, muito bem amarrada, forte, cheia de emoções e que verdadeiramente deixou um gosto de quero mais e me deixou muito ansiosa pelo próximo volume. Um fato que achei muito interessante é que A Face dos Deuses não possui apenas um ou dois personagens principais. Todos os personagens apresentados no livro são de suma importância para a história. Não há nenhum personagem que esteja na história apenas para enfeitar, todos tem um significado importante e algo de interessante e indispensável à acrescentar.

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Paulo 02/07/2017

Info Dumping. Esta é uma palavra que assombra muitos autores. Quando a construção de mundo ultrapassa o necessário? Como encontrar o equilíbrio perfeito entre personagens e narrativa? Nem sempre é fácil porque a construção de mundo é importante para calcar a narrativa em bases sólidas. Ao mesmo tempo não é possível deixar o desenvolvimento dos personagens de lado porque do contrário falta o elemento da empatia e da identificação. Mas, também é preciso levar a história adiante porque a narrativa depende disso. Dúvida cruel não?

A Face dos Deuses possui uma boa narrativa construída dentro do gênero da dark fantasy. Aliás, leitores, se vocês tem estômago fraco ou não curtem histórias com muita dose de violência, caiam fora. A história tem muitas destas cenas com mortes bem ilustrativas. Aviso isto porque algumas pessoas não lidam bem com esta temática. Eu gostei porque delineia muito bem qual a proposta do autor. Vamos ver muita intriga de corte, maquinações políticas, alianças sendo formadas e desfeitas, bem no estilo de Crônicas de Gelo e Fogo. Entretanto, eu traçaria uma relação com outra leitura que eu fiz recentemente, que é Passagem para a Escuridão do autor Danilo Sarcinelli. Minha comparação é unicamente porque são leituras que eu fiz em um período muito próximo e ambos tratam basicamente dos mesmos temas. Só que A Face dos Deuses faz uma curva para uma ambientação mais sombria.

Temos aqui uma escrita feita em Pontos de Vista onde o autor posiciona as cenas em algumas cidades espalhadas pelo continente. A narrativa em terceira pessoa onisciente serve para apresentar os vários núcleos da história. Essa ferramenta se encaixa muito bem na proposta do autor, porém eu preferiria que ele optasse por fixar personagens no qual estabelecer seus Pontos de Vista. Ora vemos a história pelos olhos de Heros, ora pelo de Cleyo, ora no de Koran, no de Nieme, no de Kazoya, no de Vlad. Isso não prejudica a história de forma alguma. Mas, quando a nossa atenção e foco ficam tão dispersos se torna complicado estabelecer um relacionamento qualquer com os personagens. George R.R. Martin escolhe uns 6 ou 7 personagens (de centenas de personagens espalhados na narrativa) onde se focar para apresentar um determinado núcleo narrativo. Para a narrativa de Gleyzer escolher poucos POVs daria um dinamismo e uma coesão maior para a história. Mas, novamente: é só uma sugestão... pode ser que os planos do autor sejam outros.

Os personagens são muito bem apresentados. Não consigo dizer exatamente quem é o protagonista da história. Pelo que eu pude entender os protagonistas são os próprios países em si: Venn, Maaen e Vatria. São como se estes fossem os personagens e que cada um fosse o antagonista do outro. Existe claramente uma divisão sobre que lado representaria o "bem" e que lado representaria o "mal". Apesar de que o autor começa a borrar um pouco essa visão no final do primeiro volume. Ficamos conhecendo a história de cada um dos personagens e como eles chegaram até o lugar onde estavam. A sensação que eu tive com a história do Gleyzer é a mesma que eu tive com a do Danilo: é como se o autor tivesse posicionando os personagens para os próximos volumes. Como peças de xadrez. Entretanto, o problema aparece quando o desenvolvimento de personagens e a construção de mundo se sobrepõem ao desenvolvimento da narrativa. Já chego lá.

Gostei demais dos personagens ao final do primeiro volume. Sinto que alguns deles já se tornaram suficientemente importantes para eu ficar curioso para saber o que vai acontecer com eles a seguir. Este é um ponto fundamental na escrita de uma narrativa. O extenso trabalho que o Gleyzer teve ao dar vida e intercruzar diversos personagens foi fundamental para ele ter personagens sólidos. E digo que estes personagens agora já devidamente apresentados irão gerar coisas muito interessantes no segundo volume. Cada um deles foi deixado em situações que deixam o leitor ansioso pelo que pode vir.

Tudo o que envolve a construção de mundo é fenomenal. Posso imaginar o trabalho do autor ao traçar linhas do tempo, ao construir escudos para cada uma das famílias e até criar títulos específicos para cada um dos reinos. A ideia de vestir a face dos deuses, que dá nome ao livro, é muito curiosa. Cada um dos deuses representa uma das emoções humanas e quando uma pessoa está com uma emoção muito forte, ele "veste" a face do Deus. Ideia bacana que eu quero ver o autor desenvolver melhor em outros volumes. Toda a história da Longa Guerra e dos bastidores que cercam o que pode ser o início da próxima é extensamente trabalhado pelo autor. Isso fornece ao leitor um senso de familiaridade que ao final do livro vai montando as peças de um quebra-cabeças. Os apêndices no final do livro são extremamente interessantes: o autor teve a preocupação de criar uma série de "literaturas" que dão mais riqueza ao mundo. Eu sempre valorizo este tipo de material adicional que compõe muito do que o autor cria e nem sempre acaba nas páginas de um romance.

Porém, eu preciso destacar que o livro possui um ritmo muito afetado pela construção de mundo. Esta se sobrepõe demais à narrativa. São muitas informações despejadas nas páginas do romance que acabam por deixar a história constante. Faltou por exemplo um clímax para este primeiro volume. São muitos flashbacks apresentados de forma a mostrar as motivações dos personagens. Compreensível que o autor desejasse fazer isso até para se livrar do info dumping por completo no segundo volume. Mas, isto poderia ter sido feito de ma maneira mais suave. Na minha opinião, o excesso de informações prejudica muito o andamento da narrativa. Tanto é que a história que acontece no presente possui pouco espaço. Acredito que seria próximo a um terço da história é o que está acontecendo no momento em que o livro se passa. Este fato é agravado pela opção do autor de criar vários POVs. A cada novo POV o autor acaba precisando descrever o personagem. Até mesmo Nieme que possui apenas um capítulo para ela, tem sua personalidade delineada por inteiro neste momento singular. Até creio que o segundo volume tenha uma qualidade exponencialmente maior justamente porque o autor tratou de todo o info dumping neste primeiro volume.

Este é um bom livro de fantasia e demonstra mais uma vez a você, leitor, que os autores nacionais conseguem escrever um material de muita qualidade. Aliás, eu concordo com o meu amigo Diogo Andrade (autor de A Canção dos Shenlongs) ao dizer que precisamos até parar de nos referir a fantasia nacional ou não. Vamos ler bons livros de fantasia, sem criar um subgênero chamado livros de fantasia brasileiros. Nada disso. Aqui está mais um exemplo de um bom livro de fantasia, com personagens interessantes e uma boa construção de mundo. Aliás... boa não, excelente construção de mundo. Já estou ansioso pelo segundo volume.

site: www.ficcoeshumanas.com
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Leonardo Reis 30/06/2017

A dura e cruel face dos deuses
Se você aprecia um universo ricamente detalhado, povoado de personagens "reais", em uma trama complexa cheio de complexas intrigas políticas em um mundo antigo, cruel e brutal, dividido por povos em conflito sob a crença em seus deuses e facções e famílias rivais e uma nova guerra iminente, não deixe de ler esse livro. Certamente indicado para fãs de Game of Thrones, mas totalmente único e original!
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Danilo Sarcinelli 22/06/2017

Sombrio, frio e cruel
A proposta de uma fantasia sombria não é cobrir o mundo fantástico com uma aura mais sinistra, mas tentar torná-lo mais crível, mais próximo a nossa própria realidade, muitas vezes sombria, fria e cruel. Não há fadinhas mágicas ou cavaleiros heróicos e galantes em uma fantasia sombria. E nesse sentido A Face dos Deuses entrega exatamente o que um leitor desse gênero mais deseja: personagens profundos, intrigas, mistérios e batalhas. E pelo andar da carruagem, as peças estão sendo posicionadas para uma grande guerra entre os três reinos, que deve ser mostrada na continuação imperdível.
JCarlos 14/08/2017minha estante
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Juniorlima 09/06/2017

Deuses, política e guerra
Três grandes nações. Uma guerra de dez anos. Amigos e familiares mortos. As feridas ainda abertas no pós guerra não impedem conspirações e traições. Qual o preço para a manutenção da paz? Qual o custo para se evitar uma nova guerra? Qual o limite da crueldade? O quanto uma promessa de permanecer indestrutível pode durar? As inúmeras questões que o primeiro livro aborda são tensas. Com descrições de cenários sucintas, com foco nos personagens, o autor nos conduz rumo a compreensão de nuances muito além do maniqueísmo típico de muitas obras de fantasia. Ansioso pela continuação.
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Diogo.Andrade 01/06/2017

Um incrível mundo de deuses, guerreiros, intrigas e guerras!
Gleyzer cria um mundo fantástico que nos chama a atenção pela complexidade, intrigas e disputas por poder. Seus personagens cinzas nos cativam com ambições e sacrifícios, manobrando em situações por vezes inóspitas e cruéis. Durante a jornada por estas páginas, trazemos em nós a Face de todos os Deuses criados por ele!
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allitamartins 26/05/2017

Épico!
O livro é uma fantasia muito bem construída que prende o leitor logo nas primeiras páginas. Na obra temos o continente de Dünya, que é composto por três reinos: Maäen, Venn e Vatra. Os três países são rivais entre si e 30 anos atrás travaram uma guerra, que foi denominada como a Longa Guerra. Essa guerra durou 10 anos e foi iniciada pelo vatrianos, um povo que cultua o deus do ódio. As consequências da guerra apareceram nos três reinos, e cada um perdeu partes importantes da sua história.
Agora, o rei Kazoya Vennian de Venn está fechando uma aliança com o comandante de Vatra, Cleyo Blo'Siänkh, um homem sem escrúpulos algum. Diante desta situação, o rei de Maäen, Heros Kinnhäert se verá de mãos atadas e terá que dar o seu filho mais novo, Antau, para ser escravo em Vatra, pois não deseja que outra guerra aconteça.
Misturando traição, guerras, ódio, esperança, mentiras, adagas traiçoeiras, política e deuses misteriosos, "A Face dos Deuses" consegue cumprir o seu papel e deixar o leitor boquiaberto.

O autor conseguiu construir um universo bem particular e que percebe-se de longe que foi muito bem embasado.
As Guerras existem no mundo desde sempre e em Dünya este fato não foi diferente. O povo já sofreu com uma guerra que durou 10 anos, o povo já derramou muito sangue. Viver harmoniosamente não é uma tarefa fácil, principalmente para três reinos que possuem características tão diferentes.
Para alguns, ser rei significa saber abrir mão de algumas coisas. Para outros, ser rei significa a sede por sangue. Todos concordam que o blläd, uma bebida feita com sangue e mel é delicioso, e alguns só querem ver sangue nas suas barrigas, já outros querem o ver sendo derramado pelas ruas das cidades.
Ferimentos do passado podem perpetuar por décadas, o sofrimento pode apenas ir se alastrando internamente. Decisões são difíceis em todos os níveis e podem marcar um continente.
Prepare-se para entrar em Dünya e reze para sair vivo...

site: http://gnomaleitora.blogspot.com.br
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allanfrancis.salgado 18/05/2017

Incrível e estimulante
Sucesso garantido ja no primeiro volume.Um livro q prende sua atencao e te faz refletir super recomendo. Um universo intrigante, excelentes personagens e um gostinho de quero mais.
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Fran @paginasdafran 22/10/2016

Os habitantes de Dünya ainda sofrem os horrores deixados pela Longa Guerra. Mesmo depois de tantos anos, a mais simples ameaça de um novo desentendimento pode fazer com que alianças e pactos improváveis sejam selados.

Quando Heros Kinnhäert, rei de Mäaen, decidiu ignorar as inúmeras cartas de Kazoya Vennian para ajudá-lo a encontrar o Tesouro de Venn, desaparecido há nove meses, ele não imaginava que estaria traçando o destino de sua própria família e também de seu povo.

Tarde demais, ele percebe que Kazoya faria o possível e o impossível para encontrar a isäh Soraya, sua filha, inclusive selar um acordo com o cruel general vatriano Cleyo Blo'Siänkh. Quando Cleyo informa que não somente casará a isäh com seu filho Mäthias, unindo de vez os povos que antes quase se aniquilaram na Longa Guerra, virando-se desta vez contra Maäen, caso o Kennëg se oponha, mas que também, como termo do acordo, levará para ser criado em Vatra seu filho mais novo, o O’kennëg Antau, Heros se vê novamente em uma teia de conspirações e intrigas que ao menor sinal de fracasso, poderá terminar de vez com tudo que reconstruiu após a última guerra.

Vatra, localizado no norte do continente, é um país sombrio, onde a luz de Sühnt, o deus-sol, nunca chega. Habitado por adoradores de Fyaär, deus do ódio, o país é conhecido pela grande brutalidade de seu povo, que pratica a maldade apenas por devoção a seu deus.

As três maiores Famílias de Vatra são quem governam o lugar, os vatrianos nascem com um losango na testa, denominada “dádiva de Fyaär”, ou “brilho de fogo” que queima em sua testa de acordo com suas emoções. Os vatrianos que nascem sem a dádiva são considerados infiéis.

Após a Longa Guerra, nenhum tratado de paz foi selado entre Mäaen, Venn e Vatra, e apesar desse convívio aparentemente pacífico, qualquer passo em falso nesse jogo poderá reabrir as cicatrizes de que todos ainda se recuperam.

Mais uma vez me deparo com uma história na qual não sei, afinal, quem são os mocinhos e quem são os vilões. Apesar de serem claros os objetivos e feitos de cada um, Gleyzer demonstra de cada ponto de vista os motivos que fazem homens justos ou brutais procurarem vingança.

Intercalando os acontecimentos ocorridos em Arthä capital de Maäen, Väll capital de Vatra, Akähm, capital de Venn e também acompanhando o trajeto de Antau, partindo de seu lar no sul, com destino a Vatra, no norte do continente, A Face dos Deuses é um livro que considerei de um tipo quase “poético”. A escrita de Gleyzer é extremamente rica e o cenário é descrito com tamanho cuidado, que um mundo complexo e muito bem construído vai se formando em nossa imaginação.

Resenha completa no blog

site: www.livrosemrabisco.com
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Acervo do Leitor 03/10/2016

Absolutamente Fantástico!
A Face dos Deuses conta a história dos reinos pertencentes ao continente de Dünya escritos pelo autor Gleyzer Wendrew e publicado no meio do ano de 2016 pela editora Kiron. Segundo o autor, o planejamento é para outros 3 livros, e o segundo já está em desenvolvimento. Durante o enredo deste primeiro acompanhamos os andamentos por meio dos famigerados pontos de vista dos principais personagens, mesmo recurso de escrita utilizado nas Crônicas de Gelo e Fogo, trilogia A Primeira Lei, entre outros.

“A Longa Guerra ainda era recente na memória daquelas pessoas e as marcas da crueldade vatriana ainda demorariam um bom tempo ate cicatrizarem”

O livro como um todo é um grande prólogo que nos posiciona sobre o presente e alguns flashbacks, tudo isso é muito bem arquitetado para que possamos nos familiarizar com os personagens e parte de suas motivações, é um livro pequeno com apenas 180 páginas, mas como diz o autor, o importante não é o tamanho e sim a qualidade. E isto caros leitores, não falta em A Face dos Deuses.

Este primeiro volume das Crônicas da Autora possui um dos melhores prólogos que já li, logo de início já temos consciência de toda a brutalidade e crueldade que estará fatalmente presente ao decorrer da obra, a escrita do autor é absolutamente fantástica, totalmente crível nas descrições e muito bem delineada. Posso dizer que A Face dos Deuses é o livro que mais me surpreendeu positivamente este ano, quando dei início na leitura, não me imaginava ficar tão preso no mundo de Allurya como fiquei. Ponto para o autor!

“Todos que estavam em Entia naquela noite sangrenta foram brutalmente assassinados; e a seus corpos crucificados os fyaraänos atearam fogo em veneração à face do nefasto Fyaär.”

Somos apresentados a 3 grandes reinos, Vatra ao norte, Venn a oeste e Maäen ao sul, entre tantas outras cidades inseridas a seus respectivos territórios. Há alguns anos houve um grande conflito que ficou conhecido como a Longa Guerra, onde centenas de milhares pereceram nos embates, deixando profundas cicatrizes em todos os lados. Neste primeiro livro acompanharemos parte destas consequências, distribuídos ao longo das principais famílias dos reinos.

Em Maäen seremos inicialmente apresentados à corte e família do Rei Heros Kinnhäert, que viu a Longa Guerra ceifar a vida de seu ente mais querido, seu irmão Humbro, símbolo de força e esperança para o reino. Antau, um dos filhos de Heros está fadado a um futuro incerto nas mãos do inimigo, levado para ser escravo ao norte, ele terá de encontrar forças em meio as crueldades impostas pelo temíveis Fyaraänos. No reino de Venn, liderado pelo outrora vigoroso e poderoso Kazoya Vennian, um tratado improvável, decidirá quem serão seus aliados e inimigos para os anos vindouros, alianças nunca antes cogitadas alterarão o destino de todo o continente. Por fim chegamos a Vatra, reino absoluto do norte, onde 3 representantes das principais famílias, governam em conjunto, dentre eles o grande general vatriano Cleyo Blo'Siänkh, que em suas maquinações iniciou os conflitos aterradores da Longa Guerra, Cleyo possui uma sagacidade e mordacidade implacáveis, fazendo-o se destacar em meio a tantos personagens, o grande General de Vatra é frio e absolutamente calculista em suas decisões, não se importando com os reflexos de suas ações a teus próximos.

“Ao se lembrar de tais atos de extrema brutalidade, ainda que para os padrões vatrianos, Black estremeceu. Como alguém pode ser pior do que o General mais cruel de toda a história? Pensara naquele instante, antes da reunião; mas ao encarar Koran, entendeu. Bastava olhá-lo, mesmo que rapidamente, para ingerir o ódio que exalava daquele homem.

Outro personagem de grande destaque em A Face dos Deuses é o cruel e brutal Koran K'Voöhk conhecido também como o Ceifador de Almas, Koran viu em sua infância uma traição que culminou na ruína de sua família, exilando-o de seu reino e tendo que lutar nos caminhos tortuosos de N'akan para sobreviver. Neste primeiro livro, acompanhamos a luta do Ceifador em busca da ascensão e da glória perdida do nome de sua família.

A Face dos Deuses é um livro denso em um mundo altamente complexo, a religião é símbolo presente para todas as situações do enredo, são ao todo 7 divindades inseridas no panteão “Alluryano”, cada qual representante de um “estado de espírito”, Aehla como a deusa da esperança, Fyaär como deus do ódio, Läa como a divindade da tristeza, Sünnt como o deus-sol, Sürm como o deus do caos, Vaäth como a deusa do medo e do desespero e por fim Vhäel como representante da vida.

“Porque ele são pessoas ruins, Antau...
... aqui eles veneram Fyaär, o deus do ódio, um ser cruel que prega a guerra e a violência e que exige o sacrifício humano com fogo em sua adoração...
... muitos guerreiam por poder, muitos por ouro ou por território, mas eles não... eles guerreiam porque gostam...

Não irei me estender sobre as outras tantas nuances do livro, deixo à cargo de vocês as surpresas intricadas na obra, mas posso afirmar categoricamente que temos aqui um excelente livro, voltada a sua “face” para o gênero brutal da Fantasia, Gleyzer conseguiu criar um universo riquíssimo em detalhes, vale destacar a criatividade impostas aos nomes dos personagens, é comum no início o leitor ficar um pouco perdido em meio a tantos nomes “diferentes”, divindades e suas relações intrínsecas na trama. Para isso o autor trouxe nas últimas páginas, uma simples e importante descrição dos deuses, símbolos das principais famílias, assim como a cronologia dos eventos presentes na obra.

Em suma recomendo fortemente este belíssimo livro nacional a todos os grandes amantes da literatura fantástica, apaixonados pela fantasia mais brutal e realista, com personagens cinzas, complexos e controversos. O final é digno dos mais sinceros elogios tal qual a obra por inteiro!


site: http://acervodoleitor.blogspot.com.br/2016/10/resenha-09-face-dos-deuses-as-cronicas.html
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