A Face Dos Deuses

A Face Dos Deuses Gleyzer Wendrew




Resenhas - A FACE DOS DEUSES


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Abiridim 29/09/2018

Uma fantasia sombria de verdade
Finalmente li o primeiro livro dessa saga escrita pelo incrível Gleyzer Wendrew, e devo dizer que graças as resenhas e recomendações que vi na internet sobre essa saga eu já fui ler com um certo hype.
Começo por dizer que no início eu me senti completamente perdido, além de ter MUITOS personagens, cidades, países, e dialetos para se aprender, todos esses tem nomes MUITO estranhos, estranhos no nível de chegar em uma frase em que eu fiquei na dúvida se o livro estava em português ou em algum tipo de dialeto antigo e esquecido, mas com o tempo o autor vai te guiando por aquele mundo e com o tempo as coisas foram se encaixando na minha cabeça, e devo dizer que quando isso aconteceu a leitura fluiu muito mais.
O livro é uma dark fantasy de verdade, o autor não parece ter medo de se conter ao descrever cenas grotescas que as vezes podem fazer um nó no estomago do leitor, o mundo é um lugar cruel e os personagens são pessoas interessantes, cada um com seu objetivo, motivações e modos de agir.
Mas devo admitir que esperava um algo a mais, senti como se a história pouco tivesse andado no decorrer do livro, além de achar que teve um exagero nos flashbacks, ainda mais considerando que alguns parecem vir do nada, o que me deixava sempre mais confuso no meio da leitura, muitas vezes me peguei pensando “Isso está acontecendo ou aconteceu anos antes?”, mas não devo descartar a possibilidade de isso ter acontecido por falta de atenção minha ou algo assim.
Mesmo com esses poréns o livro me rendeu uma boa leitura, acabei por devorar o livro em pouco tempo e devo dizer que fiquei bem curioso para ler o segundo livro dessa saga que na minha opinião tem um imenso potencial
Gleyzer.Wendrew 09/10/2018minha estante
Fico feliz que tenha curtido a leitura... e praticamente todos os "poréns" que vc cita são mais degustáveis no segundo volume, e outros problemas já foram corrigidos rs... Valeu mesmo por ter dado essa força e me dado o seu feedback.




Danilo Sarcinelli 22/06/2017

Sombrio, frio e cruel
A proposta de uma fantasia sombria não é cobrir o mundo fantástico com uma aura mais sinistra, mas tentar torná-lo mais crível, mais próximo a nossa própria realidade, muitas vezes sombria, fria e cruel. Não há fadinhas mágicas ou cavaleiros heróicos e galantes em uma fantasia sombria. E nesse sentido A Face dos Deuses entrega exatamente o que um leitor desse gênero mais deseja: personagens profundos, intrigas, mistérios e batalhas. E pelo andar da carruagem, as peças estão sendo posicionadas para uma grande guerra entre os três reinos, que deve ser mostrada na continuação imperdível.
JCarlos 14/08/2017minha estante
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julio.filipe.5 24/05/2018

DARK FANTASY DE EXCELÊNCIA
Se você está em dúvida pelo fato de ser nacional, eu vou te dizer o porque você vai se arrepender de não ler:
1) Ele amarra a religião, geografia, cultura e política da história em 136 páginas, sem perder o ritmo a qualidade e muito menos o foco da história
2) Já viu game o of thrones? esse livro consegue te surpreender a cada página, com um uma reviravolta e as vezes de forma tão rápida e cruel que você acaba nem se acostumando de tanto plot, com violência, morte, traição e alianças feitas e desfeitas.
3) A ambientação do livro é Dark mesmo, nada de tons cinzas, exceto pelos personagens que vão de honrados a cruéis a cada virada de página

Em resumo o livro é genial, você tem que ler esse livro e o próximo que já foi lançado, e perturbar o autor pra lançar os outros dois porque você não vai descansar até saber porque o título do livro é a FACE DOS DEUSES AS CRONICAS DA AURORA, e essa é a unica dica de porque o livro vai ser uma das maiores revelações da fantasia dark no Brasil
Gleyzer.Wendrew 31/05/2018minha estante
Valeu pela resenha, brother! Ficou show!!




Mozer 23/05/2018

Uma terra onde não há compaixão
"Não existe justiça no mundo dos homens."

Esta é a fala que melhor resume A Face dos Deuses, o volume 1 d’As Crônicas da Aurora, de Gleyzer Wendrew. Em seu primeiro livro, o escritor brasiliense nos mostra o lado sombrio da Fantasia; um mundo no qual compaixão é algo raro e prestes a ser extinto.

A obra nos conduz por terras desconhecidas e hostis em uma fantasia sombria onde o mais assustador não são os monstros e as figuras sobrenaturais, mas sim os homens. Depois de conhecermos todos os aspectos divinos, as nações em conflito e os protagonistas mostrados em A Face dos Deuses, não há retorno. Bem-vindos às Crônicas da Aurora.

site: http://leituraverso.com.br/posts/resenha-a-face-dos-deuses/
Gleyzer.Wendrew 23/05/2018minha estante
Massa demais!! Mto obrigado pela resenha, meu amigo!




Andre879 04/01/2018

A Face dos Deuses
A história se passa no continente de Dunya e mostra o conflito entre três países, Venn, Vatra e Maaen.
Uma grande guerra que aconteceu no passado é mostrado para nós leitores através de flashbacks, que por sinal muito bem feito e fluido.
A partir daí conhecemos grandes personagens, muito bem descritos, você sente que está ao lado deles tomando um blaad ou participando de reuniões com os ishkans e kennegs.
Você é apresentado a cultura e história de cada país, e entende o motivo que cada um deles tiveram para participar da grande guerra e ao pacto dos 3, mais recente.
Se você leitor gosta de intrigas políticas, adagas, deuses, reinos, um vasto mundo e leitura fluida, esse é o livro.
Gleyzer é escritor atual, pronto, no nível do Abercrombie, desejo sucesso sempre a ele, orgulho de ler um livro nacional nesse nível, parabéns!!
Gleyzer.Wendrew 04/01/2018minha estante
vlw mesmo pela resenha, meu amigo! fico mto feliz que tenha gostado do livro, de vdd! Abração...




Fran @paginasdafran 22/10/2016

Os habitantes de Dünya ainda sofrem os horrores deixados pela Longa Guerra. Mesmo depois de tantos anos, a mais simples ameaça de um novo desentendimento pode fazer com que alianças e pactos improváveis sejam selados.

Quando Heros Kinnhäert, rei de Mäaen, decidiu ignorar as inúmeras cartas de Kazoya Vennian para ajudá-lo a encontrar o Tesouro de Venn, desaparecido há nove meses, ele não imaginava que estaria traçando o destino de sua própria família e também de seu povo.

Tarde demais, ele percebe que Kazoya faria o possível e o impossível para encontrar a isäh Soraya, sua filha, inclusive selar um acordo com o cruel general vatriano Cleyo Blo'Siänkh. Quando Cleyo informa que não somente casará a isäh com seu filho Mäthias, unindo de vez os povos que antes quase se aniquilaram na Longa Guerra, virando-se desta vez contra Maäen, caso o Kennëg se oponha, mas que também, como termo do acordo, levará para ser criado em Vatra seu filho mais novo, o O’kennëg Antau, Heros se vê novamente em uma teia de conspirações e intrigas que ao menor sinal de fracasso, poderá terminar de vez com tudo que reconstruiu após a última guerra.

Vatra, localizado no norte do continente, é um país sombrio, onde a luz de Sühnt, o deus-sol, nunca chega. Habitado por adoradores de Fyaär, deus do ódio, o país é conhecido pela grande brutalidade de seu povo, que pratica a maldade apenas por devoção a seu deus.

As três maiores Famílias de Vatra são quem governam o lugar, os vatrianos nascem com um losango na testa, denominada “dádiva de Fyaär”, ou “brilho de fogo” que queima em sua testa de acordo com suas emoções. Os vatrianos que nascem sem a dádiva são considerados infiéis.

Após a Longa Guerra, nenhum tratado de paz foi selado entre Mäaen, Venn e Vatra, e apesar desse convívio aparentemente pacífico, qualquer passo em falso nesse jogo poderá reabrir as cicatrizes de que todos ainda se recuperam.

Mais uma vez me deparo com uma história na qual não sei, afinal, quem são os mocinhos e quem são os vilões. Apesar de serem claros os objetivos e feitos de cada um, Gleyzer demonstra de cada ponto de vista os motivos que fazem homens justos ou brutais procurarem vingança.

Intercalando os acontecimentos ocorridos em Arthä capital de Maäen, Väll capital de Vatra, Akähm, capital de Venn e também acompanhando o trajeto de Antau, partindo de seu lar no sul, com destino a Vatra, no norte do continente, A Face dos Deuses é um livro que considerei de um tipo quase “poético”. A escrita de Gleyzer é extremamente rica e o cenário é descrito com tamanho cuidado, que um mundo complexo e muito bem construído vai se formando em nossa imaginação.

Resenha completa no blog

site: www.livrosemrabisco.com
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allanfrancis.salgado 18/05/2017

Incrível e estimulante
Sucesso garantido ja no primeiro volume.Um livro q prende sua atencao e te faz refletir super recomendo. Um universo intrigante, excelentes personagens e um gostinho de quero mais.
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allitamartins 26/05/2017

Épico!
O livro é uma fantasia muito bem construída que prende o leitor logo nas primeiras páginas. Na obra temos o continente de Dünya, que é composto por três reinos: Maäen, Venn e Vatra. Os três países são rivais entre si e 30 anos atrás travaram uma guerra, que foi denominada como a Longa Guerra. Essa guerra durou 10 anos e foi iniciada pelo vatrianos, um povo que cultua o deus do ódio. As consequências da guerra apareceram nos três reinos, e cada um perdeu partes importantes da sua história.
Agora, o rei Kazoya Vennian de Venn está fechando uma aliança com o comandante de Vatra, Cleyo Blo'Siänkh, um homem sem escrúpulos algum. Diante desta situação, o rei de Maäen, Heros Kinnhäert se verá de mãos atadas e terá que dar o seu filho mais novo, Antau, para ser escravo em Vatra, pois não deseja que outra guerra aconteça.
Misturando traição, guerras, ódio, esperança, mentiras, adagas traiçoeiras, política e deuses misteriosos, "A Face dos Deuses" consegue cumprir o seu papel e deixar o leitor boquiaberto.

O autor conseguiu construir um universo bem particular e que percebe-se de longe que foi muito bem embasado.
As Guerras existem no mundo desde sempre e em Dünya este fato não foi diferente. O povo já sofreu com uma guerra que durou 10 anos, o povo já derramou muito sangue. Viver harmoniosamente não é uma tarefa fácil, principalmente para três reinos que possuem características tão diferentes.
Para alguns, ser rei significa saber abrir mão de algumas coisas. Para outros, ser rei significa a sede por sangue. Todos concordam que o blläd, uma bebida feita com sangue e mel é delicioso, e alguns só querem ver sangue nas suas barrigas, já outros querem o ver sendo derramado pelas ruas das cidades.
Ferimentos do passado podem perpetuar por décadas, o sofrimento pode apenas ir se alastrando internamente. Decisões são difíceis em todos os níveis e podem marcar um continente.
Prepare-se para entrar em Dünya e reze para sair vivo...

site: http://gnomaleitora.blogspot.com.br
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Diogo.Andrade 01/06/2017

Um incrível mundo de deuses, guerreiros, intrigas e guerras!
Gleyzer cria um mundo fantástico que nos chama a atenção pela complexidade, intrigas e disputas por poder. Seus personagens cinzas nos cativam com ambições e sacrifícios, manobrando em situações por vezes inóspitas e cruéis. Durante a jornada por estas páginas, trazemos em nós a Face de todos os Deuses criados por ele!
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Leonardo Reis 30/06/2017

A dura e cruel face dos deuses
Se você aprecia um universo ricamente detalhado, povoado de personagens "reais", em uma trama complexa cheio de complexas intrigas políticas em um mundo antigo, cruel e brutal, dividido por povos em conflito sob a crença em seus deuses e facções e famílias rivais e uma nova guerra iminente, não deixe de ler esse livro. Certamente indicado para fãs de Game of Thrones, mas totalmente único e original!
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Paulo 02/07/2017

Info Dumping. Esta é uma palavra que assombra muitos autores. Quando a construção de mundo ultrapassa o necessário? Como encontrar o equilíbrio perfeito entre personagens e narrativa? Nem sempre é fácil porque a construção de mundo é importante para calcar a narrativa em bases sólidas. Ao mesmo tempo não é possível deixar o desenvolvimento dos personagens de lado porque do contrário falta o elemento da empatia e da identificação. Mas, também é preciso levar a história adiante porque a narrativa depende disso. Dúvida cruel não?

A Face dos Deuses possui uma boa narrativa construída dentro do gênero da dark fantasy. Aliás, leitores, se vocês tem estômago fraco ou não curtem histórias com muita dose de violência, caiam fora. A história tem muitas destas cenas com mortes bem ilustrativas. Aviso isto porque algumas pessoas não lidam bem com esta temática. Eu gostei porque delineia muito bem qual a proposta do autor. Vamos ver muita intriga de corte, maquinações políticas, alianças sendo formadas e desfeitas, bem no estilo de Crônicas de Gelo e Fogo. Entretanto, eu traçaria uma relação com outra leitura que eu fiz recentemente, que é Passagem para a Escuridão do autor Danilo Sarcinelli. Minha comparação é unicamente porque são leituras que eu fiz em um período muito próximo e ambos tratam basicamente dos mesmos temas. Só que A Face dos Deuses faz uma curva para uma ambientação mais sombria.

Temos aqui uma escrita feita em Pontos de Vista onde o autor posiciona as cenas em algumas cidades espalhadas pelo continente. A narrativa em terceira pessoa onisciente serve para apresentar os vários núcleos da história. Essa ferramenta se encaixa muito bem na proposta do autor, porém eu preferiria que ele optasse por fixar personagens no qual estabelecer seus Pontos de Vista. Ora vemos a história pelos olhos de Heros, ora pelo de Cleyo, ora no de Koran, no de Nieme, no de Kazoya, no de Vlad. Isso não prejudica a história de forma alguma. Mas, quando a nossa atenção e foco ficam tão dispersos se torna complicado estabelecer um relacionamento qualquer com os personagens. George R.R. Martin escolhe uns 6 ou 7 personagens (de centenas de personagens espalhados na narrativa) onde se focar para apresentar um determinado núcleo narrativo. Para a narrativa de Gleyzer escolher poucos POVs daria um dinamismo e uma coesão maior para a história. Mas, novamente: é só uma sugestão... pode ser que os planos do autor sejam outros.

Os personagens são muito bem apresentados. Não consigo dizer exatamente quem é o protagonista da história. Pelo que eu pude entender os protagonistas são os próprios países em si: Venn, Maaen e Vatria. São como se estes fossem os personagens e que cada um fosse o antagonista do outro. Existe claramente uma divisão sobre que lado representaria o "bem" e que lado representaria o "mal". Apesar de que o autor começa a borrar um pouco essa visão no final do primeiro volume. Ficamos conhecendo a história de cada um dos personagens e como eles chegaram até o lugar onde estavam. A sensação que eu tive com a história do Gleyzer é a mesma que eu tive com a do Danilo: é como se o autor tivesse posicionando os personagens para os próximos volumes. Como peças de xadrez. Entretanto, o problema aparece quando o desenvolvimento de personagens e a construção de mundo se sobrepõem ao desenvolvimento da narrativa. Já chego lá.

Gostei demais dos personagens ao final do primeiro volume. Sinto que alguns deles já se tornaram suficientemente importantes para eu ficar curioso para saber o que vai acontecer com eles a seguir. Este é um ponto fundamental na escrita de uma narrativa. O extenso trabalho que o Gleyzer teve ao dar vida e intercruzar diversos personagens foi fundamental para ele ter personagens sólidos. E digo que estes personagens agora já devidamente apresentados irão gerar coisas muito interessantes no segundo volume. Cada um deles foi deixado em situações que deixam o leitor ansioso pelo que pode vir.

Tudo o que envolve a construção de mundo é fenomenal. Posso imaginar o trabalho do autor ao traçar linhas do tempo, ao construir escudos para cada uma das famílias e até criar títulos específicos para cada um dos reinos. A ideia de vestir a face dos deuses, que dá nome ao livro, é muito curiosa. Cada um dos deuses representa uma das emoções humanas e quando uma pessoa está com uma emoção muito forte, ele "veste" a face do Deus. Ideia bacana que eu quero ver o autor desenvolver melhor em outros volumes. Toda a história da Longa Guerra e dos bastidores que cercam o que pode ser o início da próxima é extensamente trabalhado pelo autor. Isso fornece ao leitor um senso de familiaridade que ao final do livro vai montando as peças de um quebra-cabeças. Os apêndices no final do livro são extremamente interessantes: o autor teve a preocupação de criar uma série de "literaturas" que dão mais riqueza ao mundo. Eu sempre valorizo este tipo de material adicional que compõe muito do que o autor cria e nem sempre acaba nas páginas de um romance.

Porém, eu preciso destacar que o livro possui um ritmo muito afetado pela construção de mundo. Esta se sobrepõe demais à narrativa. São muitas informações despejadas nas páginas do romance que acabam por deixar a história constante. Faltou por exemplo um clímax para este primeiro volume. São muitos flashbacks apresentados de forma a mostrar as motivações dos personagens. Compreensível que o autor desejasse fazer isso até para se livrar do info dumping por completo no segundo volume. Mas, isto poderia ter sido feito de ma maneira mais suave. Na minha opinião, o excesso de informações prejudica muito o andamento da narrativa. Tanto é que a história que acontece no presente possui pouco espaço. Acredito que seria próximo a um terço da história é o que está acontecendo no momento em que o livro se passa. Este fato é agravado pela opção do autor de criar vários POVs. A cada novo POV o autor acaba precisando descrever o personagem. Até mesmo Nieme que possui apenas um capítulo para ela, tem sua personalidade delineada por inteiro neste momento singular. Até creio que o segundo volume tenha uma qualidade exponencialmente maior justamente porque o autor tratou de todo o info dumping neste primeiro volume.

Este é um bom livro de fantasia e demonstra mais uma vez a você, leitor, que os autores nacionais conseguem escrever um material de muita qualidade. Aliás, eu concordo com o meu amigo Diogo Andrade (autor de A Canção dos Shenlongs) ao dizer que precisamos até parar de nos referir a fantasia nacional ou não. Vamos ler bons livros de fantasia, sem criar um subgênero chamado livros de fantasia brasileiros. Nada disso. Aqui está mais um exemplo de um bom livro de fantasia, com personagens interessantes e uma boa construção de mundo. Aliás... boa não, excelente construção de mundo. Já estou ansioso pelo segundo volume.

site: www.ficcoeshumanas.com
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JCarlos 14/08/2017

"Queime as estrelas Pois Tua chama és sagrada"
e tornar um guerreiro vatriano não é fácil, não mesmo. O treinamento é rígido e cruel, leva os garotos ao limite, tanto físico quanto mental. O sono lhes é privado, bem como comida e água. O corpo é espancado até que se aprenda a não conhecer dor alguma; a mente é condicionada a não sentir misericórdia pelo inimigo. O coração é transformado em algo tão frio e indestrutível quanto gelo branco. Por cinco anos, os vatrianos são treinados dessa forma."
Uma fantasia recheadas de intrigas políticas, conflitos religiosos e uma guerra que perdura a décadas, entre três grandes nações.
Uma ótima leitura e o autor, Gleyzer Wendrew, se sobressai dentro do panorama da literatura fantástica nacional, ao desenvolver uma pormenorizada concepção de mundo, complexo, com termos próprios, e meticulosamente engendrado.
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AmadosLivros 15/08/2017

- Justo? Não existe justiça no mundo dos homens!"

Saindo um pouco do Outubro das Trevas, hoje eu vos trago um livro de fantasia, ação e aventura. Em A Face dos Deuses, traições, morte, política e deuses estranhos convivem lado a lado num mundo onde os horrores de uma Longa Guerra ainda não foram esquecidos.

Escrito pelo autor brasileiro e nosso parceiro Gleyzer Wendrew, o primeiro volume das Crônicas da Aurora conta a história de três reinos pertencentes ao continente Dünya: Vatra, Venn e Maäen. Acompanhamos os acontecimentos deste primeiro livro sob o ponto de vista dos personagens principais. Fã de Tolkien, Bernard Cornwell e George Martin, Gleyzer conseguiu colocar em seu livro o que aprendeu com esses três mestres da fantasia épica. Essa resenha poderá ter alguns spoilers, eu vou tentar soltar o menos possível, mas por se tratar de um livro que relata muita coisa em poucas páginas, fica difícil se controlar e não deixar escapulir alguma coisa.

Somos apresentados aos três reinos e suas respectivas cidades. No passado, houve uma grande guerra entre eles que ficou conhecida como a Longa Guerra. Milhares de almas foram ceifadas nesse conflito e, até o momento presente da história, os horrores dessa guerra ainda eram sentidos por todos os lados. Em Maäen, conhecemos a família do rei Heros Kinnhäert, que perdeu cruelmente o irmão mais novo Humbro durante a Longa Guerra, uma perda que o deixou muito abalado. Humbro era muito querido por todos em Maäen, e muito amado por Heros. Sua morte provocou desolação em todo o reino, que via no jovem Humbro um símbolo de força e esperança.

Kazoya Vennian é o chefe do reino de Venn. Kazoya no passado fora um vigoroso guerreiro, mas agora tinha a aparência de um velho apático e com aspecto doente. Seu estado se deve ao desaparecimento do Tesouro de Venn, há 9 meses. Este tesouro era ninguém menos que sua filha Soraya. Kazoya apelou para Heros várias vezes em busca de ajuda para encontrar sua filha. Mas todas as tentativas do chefe venniano foram ignoradas. Foi então que Kazoya decidiu unir forças com o reino de Vatra para tentar encontrar sua filha, o reino que havia dado inicio à Longa Guerra. Vatra é governarda por três representantes das principais famílias. Dentre eles temos o general Cleyo Blo'Siänkh, o responsável pelas tramas que culminaram na Longa Guerra. Cleyo é um homem sagaz e disposto a passar por cima de quem for para atingir seus objetivos. Vatra é um reino cruel e um país sombrio. Os habitantes cultuam ao extremo Fyaär, o deus do ódio, tornando o país famoso por sua crueldade e brutalidade. Os fyaärianos são conhecidos por nascerem com a "dádiva de Fyaär" em suas testas (uma marca que queima de acordo com suas emoções). Quem não nasce com a dádiva é considerado um "infiel".

Após a Longa Guerra, nenhum tratado de paz foi selado entre os três reinos. Apesar de viverem aparentemente em pacificidade, qualquer ameaça de um novo desentendimento poderia desencadear um novo conflito muito pior que o primeiro, que ainda nem havia sido cicatrizado por completo. Cleyo sabe muito bem disso, e sua estratégia é justamente selar um acordo com Venn, deixando Heros e o povo maäeno desestabilizados e vendo apenas como saída aceitarem as condições do chefe vatriano - levar Antau Kinnhäert, filho de Heros, como escravo para ser criado em Vatra.

Outro personagem que se destaca em A Face dos Deuses é o fyaäriano Koran K'voökh. Conhecido como o "Ceifador de Almas", Koran foi obrigado a se exilar para salvar sua própria vida ainda na infância, onde aprendeu a ser um poderoso e cruel guerreiro. Anos depois, ao retornar a Vatra viu que sua família, outrora importante, havia entrado em ruínas. No decorrer do livro acompanhamos as tentativas de Koran para recuperar a glória e o prestígio de uma das mais poderosas, cruéis e antigas famílias vatrianas.

A religião é muito mencionada na história. Gostei bastante das descrições dos deuses, presente no apêndice do livro, que representam um estado de espírito: Aehla é a deusa da esperança; Fyaär, como já citei, é deus do ódio; Läa, a divindade da tristeza; Sünnt é o deus-sol; Sürm é o deus do caos; Vaäth, a deusa do medo e do desespero; e por fim Vhäel, como representante da vida. Outro ponto interessante do livro são os desenhos dos símbolos do brasão de cada família importante em toda Dünya. Abaixo seguem alguns exemplos:

Pequeno mas intenso, A Face dos Deuses é um livro bastante peculiar. No início, com tantos personagens e nome estranhos, foi natural eu não ter entendido algumas coisas (normal, quem lê Tolkien pela primeira vez por exemplo, se sente da mesma forma). Mas depois o enredo vai tomando seu rumo e a coisa vai se tornando mais empolgante. Cleyo e Koran são meus personagens favoritos, juntamente com Antau. Cleyo é um lobo em pele de cordeiro; suas tramoias egoístas nos leva a um personagem que amamos odiar. E Koran é um jovem cruel, orgulhoso e sádico, mas que tem um passado sombrio e penoso. Antau é ainda um jovem garoto que se vê nas mãos dos mais cruéis fyaärianos e jurou vingança por tudo que fizeram e ainda vão fazer com ele e sua família.

"- Você ainda será kennëg um dia, Henrik, e precisa entender que às vezes temos que fazer escolhas difíceis, muitas delas sacrificando as pessoas que mais amamos, para o bem do país e das pessoas que vivem nele."

Eu não acredito que essa história tenha exatamente vilões e mocinhos. Assim como os autores de quem Gleyzer é fã, os personagens desse livro te faz sentir por eles cumplicidade e raiva ao mesmo tempo . O universo criado por Gleyzer se estenderá por mais 3 volumes, e segundo ele, o volume 2 já está em andamento. E eu? Já estou louquinha pelo próximo! A escrita do autor é muito boa - ele não fica preso a detalhar muita coisa, o que deixa o livro mais fácil depois de algumas páginas, mas mesmo assim consegue ser uma história rica em detalhes (não sei se dá pra entender meu ponto de vista rs) - e a editora também está de parabéns: a capa é linda e as páginas amareladas e bem grossas melhoram a leitura e evitam certos acidentes. Recomendo e boa leitura! Para mais informações, acesse o Site Oficial das Crônicas da Aurora.

site: http://amadoslivros.blogspot.com.br/2016/10/livro-face-dos-deuses-as-cronicas-da.html
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Peagah 26/11/2017

Quero o segundo!!
O livro é bom, pra mim o começo foi difícil, arrastado e confuso, tive que dar uma olhada nas últimas páginas pra entender o significado de alguns termos, depois disso a leitura seguiu de uma forma satisfatória , achei o mundo bastante interessante, assim como os personagens, fiquei muito curioso em saber mais sobre a Longa Guerra, já estou na espera do segundo livro.
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