Sem gentileza

Sem gentileza Futhi Ntshingila




Resenhas - Sem gentileza


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Adonai 16/03/2020

Marcas de um machismo estrutural
Mvelo é uma garota que cresce entre situações (in)tensas, em uma sociedade machista, estupradora e nada tolerante. Para cuidar da mãe e de si mesma, a garota precisa amadurecer, compreender seus problemas e se firmar como mulher, ocupando uma posição precoce de diversas responsabilidades.

Um livro que aborda os vários braços do machismo estruturante de uma sociedade, colocando em questão a posição de uma garota obrigada a crescer entre desigualdades, ódio e desesperos. Mvelo floresce entre tantos problemas e costura outros sentidos para sua vida.
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Paulo1584 28/04/2021

Zola e Mvelo
Forte!

Sem gentileza, de Futhi Ntshingila, publicado no Brasil pela Dublinense, com tradução de ótima assimilação por Hilton Lima, é uma verdadeira pérola.

A história de Zola e Mvelo, mas também de Nonceba, Sipho e Sabekile, é muito sensível. Nela, encontramos mulheres que sofrem e resistem num contexto de pobreza, medo da aids e tabus sociais, estes que incorrem em culpar as mulheres pelo que lhes ocorre de mal na vida.

Zola teve que ser forte para resistir e assegura algo à sua filha, Mvelo, que -- por sua vez -- foi obrigada a lidar com o medo, o tralma e as decepções em relação as pessoas a sua volta.

Sem gentileza é uma narrativa de superação. Numa favela em Durban, África do Sul, em meio a muitos obstáculos, que lhe tiram todo o seu chão e a obrigam a ser forte, Mvelo, que naquela altura era só uma jovem moça, mas que teve que lidar com decisões que muitos adultos hesitariam, resiste. E nessa resistência, numa história muito tocante, Mvelo topa com pessoas boas em seu caminho.

Esse livro é muito bem escrito e consegue narrar essa história difícil com muita justiça e com bastante concisão. Futhi Ntshingila é uma escritora de mão cheia. Recomendo muito a leitura!
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@Mihleituras 24/06/2020

A leitura é fluida, mas a história é muito cruel. História muito impactante, muito útil para conhecer mais sobre a cultura africana.
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Junior Rodrigues 27/03/2023

Uma pequena e impactante história
Esse é um livro pequeno em páginas, mas gigantesco em história. O mais importante é que a autora conta a jornada de mãe e filha, mas não esquece que antes das duas vieram outras mulheres que possuem suas próprias jornadas tendo grande influência na caminhada de Zola e Mvelo.
Posso destacar o contexto histórico e a cultura extremamente rica da África do Sul, mas também o lado ruim que acompanha a história desse país e o sofrimento que todas as mulheres passam mediante todo tipo de violência que surgem em sua jornada.
A história é impactante, pois traz várias passagens de sofrimento que as personagens passam em suas vidas e como cada uma delas molda sua maneira de ver o mundo e as pessoas à sua volta. Da mesma maneira também traz encontros que marcam suas trajetórias e as fazem refletir sobre a linha tênue que existe entre o bem e o mal.
A oportunidade de conhecer novos livros que trazem histórias que merecem ser lidas é importante e fazem com que eu tenha experiências que não teria se não houvesse esse desafio de sair da zona de conforto.
Recomendo!
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Raryka.Ribeiro 11/05/2021

Sem gentileza
Uma história bem triste mostrando as crueldades de uma África do Sul no meio do apartheid, realmente sem gentilezas. Gostei da forma que a história dos personagens se entrelaçam e gostei do desfecho.
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Patrick 03/04/2021

Sem gentileza
Sem gentileza...talvez seja assim que a sociedade sul africana tratava, e ainda trata suas mulheres. Principalmente as de origem humilde. Expostas que estão a todo tipo de adversidade, abuso e violência. O drama de Mvelo é real. Porém, nem toda mulher sul africana em desamparo e vulnerabilidade tem a sorte de um fim feliz.
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Helder 18/01/2021

Realidade sem gentileza
Sem Gentileza de Futhi Ntshingila foi lançado no Brasil pela Editora Dublinense em 2016, mas parece que só agora ele vem ganhando notoriedade.
Mas antes tarde do que nunca, pois este livro merece ser lido. Sem Gentileza não é para fracos, e exatamente por isso é uma literatura necessária.
Futhi Ntshingila traz neste livro a história de algumas mulheres vivendo muitas dificuldades na África do Sul de alguns anos atrás e não poupa o leitor de suas mazelas e desafios.
A vida é dura e está exposta aqui sem gentilezas.
Pobreza, preconceitos, crenças e uma sociedade doente.
A personagem principal é Mvelo, uma menina de 14 anos que se descobre gravida, vivendo em uma favela com sua mãe, Zola, que está morrendo de Aids.
O fundo do poço, certo?
Mas a vida não foi sempre assim, e a narrativa volta no tempo para contar quem era Zola, uma menina cheia de expectativas e que tinha tudo para ter um futuro perfeito, não fosse os preconceitos arraigados em uma sociedade muito machista.
Além de Zola e Mvelo, temos ainda uma outra personagem muito importante chamada Nonceba, que nos mostra que algumas mulheres conseguem submergir a este mundo tão ruim e ter um lugar de destaque sem submissão nesta sociedade.
Mas isso não é fácil.
Através destas incríveis personagens, em poucas páginas, a autora discute muitos temas extremamente relevantes nos tempos atuais.
Pobreza, vida nas favelas, abuso sexual de menores, sexo seguro, masculinidade, feminismo e um tópico muito bonito e que nunca tinha lido em nenhum livro e que acho que posso chamar de Ancestralidade.
Quem realmente somos e quem realmente queremos ser?
Para mim que sou branco, a resposta para esta pergunta pode ser mais simples, pois se tentar retornar as minhas origens, vou conseguindo saber de onde vim, mas o livro nos mostra que para os negros que foram roubados de seus países de origem e distribuídos pelo mundo como escravos, isso é muito mais difícil, e assim a montagem de uma arvore genealógica familiar torna-se algo essencial para a pessoa se enxergar no mundo atual, e as personagens de Nonceba e sua avó descrevem bem estes sentimentos.
Nonceba e sua avó são negras e batem no peito para falar isso.
Mas durante grande parte da leitura eu me senti como se a autora quisesse que eu me enfiasse num poço escuro e sem esperanças.
Existem certos processos e crenças na Africa do Sul que beiram a idade média, e torna-se difícil ler cenas como as do exame de virgindade feito em praças públicas, mas que não refletem em nenhuma ação efetiva sobre os problemas que encontra.
Porém no fim acho que posso dizer que Futhi Nshingila é uma pessoa otimista, e acredita em redenção, seja através de estudo, esforço pessoal, ou simplesmente destino, através de sorte e compreensão.
Sem Gentileza é um livro que nos traz a realidade de um país que conhecemos muito pouco, e só por isso já vale muito a pena ser lido.
Mas a mensagem final de que sim, a vida pode ser melhor nos faz acreditar que o mundo ainda tem jeito.
Que Mvelo e as próximas gerações possam ser feliz.
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Erika 13/11/2020

Sem gentileza!
O nome que o livro carrega é tudo o que acontece com a jovem Mvelo. As mazelas da vida vão chegando sem gentileza até ela que, com apenas catorze anos, vai pular etapas preciosas da vida e aprender a lutar como gente grande, tendo sua infância perdida , os sonhos roubados e o coração endurecido por causa de tanta dor.
A autora Futhi Ntshingila tece aqui temas importantes como Apartheid, desigualdade social, machismo estrutural, gravidez na adolescência, abusos sexuais e o descontrole da AIDS na África do Sul. Zola,Mvelo e Nonceba. Esse trio de Mulheres fortes e empoderadas que tiveram suas vozes ouvidas através da autora. Um livro que a gente lê em poucas horas e fica com ele muito muito tempo na cabeça, pensando nas questões profundas que ele traz. Recomendo fortemente.
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Dilvan3 22/11/2022

Vá sem gentileza
Uma história de apartheid, na qual a autora não minimiza os horrores daquela época, estupro, machismo, fome, miséria e outras temas são corriqueiros na obra, mas a força da mulher prevalece em meio a tudo.
E uma narração bem incomum, ocorrendo de no mesmo capítulo muda o "narrador" mas sem mudar a fluidez do texto, é uma obra de arte.
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Viviane 26/03/2023

Aqui vamos conhecer Mvelo que desde muito cedo teve sua vida totalmente mudada, vivendo em um pais onde a probreza o HIV são presença contastante em sua vida e de sua mãe
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Carla Verçoza 25/12/2020

Ok
Leitura válida, mas um tanto simplória.
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Agua.morna 25/12/2021

Sem escrúpulos
A história se baseia em uma menina que ficou sem a mãe e foi abusada. A narrativa explora muitos sentimentos, principalmente por contar uma rotina sem censura, sem eufemismos. Fiquei abismada em várias partes da história, o realismo e direção que o livro tomou é simplesmente fantástico, apesar de triste, mostrou a dura realidade e um final sem o ?felizes para sempre?. Vale a pena ler, você toma conhecimento de outras realidades da vida.
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Rute31 08/08/2021

Forte!
Sem Gentileza é um livro doloroso. A história se passa durante o apartheid sul-africano, e conta o drama vivido por Zola e Mvelo, mãe e filha, que juntas tentam sobreviver diariamente a uma opressão que, à elas, se manifesta de muitas formas. Além das protagonistas, outros personagens se apresentam tão cativantes e humanos, que a gente sente até uma vontade de protegê-los.

Na trama, Zola, a mãe, contrai HIV, e precisa lutar contra a doença e os preconceitos advindos dela, ao mesmo tempo em que há uma tentativa quase social de apagar a existência dessa mulher ? que é negra, pobre e mãe solo. Enquanto isso, Mvelo sofre, ainda muito jovem, um abuso sexual que vai repercutir em toda a história.

Marginalizadas, Zola e Mvelo tem, uma na outra, uma fonte inesgotável de força para continuar resistindo. É muito bonito, apesar da dor, acompanhar o desenvolvimento de Mvelo. Também é bonita a ligação entre mãe e filha, a relação entre elas me deixou bastante emocionada.

Embora seja um livro marcado pela dor ? da segregação ao abuso sexual ? Sem Gentileza é uma história sobre esperança. Sobre o que vem depois de um trauma. Sobre a possibilidade que temos de reescrever nossa história, de começar de novo. Mas que ninguém se engane, não é algo do tipo ?você faz sua história?. A mudança só acontece porque existe solidariedade e ajuda, não caridade, não um missionário.
Pmont 08/08/2021minha estante
Gostei bastante de sua resenha, me deixou interessada.


Rute31 08/08/2021minha estante
Obrigada, Priscilla. É um livro bem incômodo mas muito bonito, ainda assim. E não é desses que a gente esquece, li ano passado e às vezes ainda me pego pensando nele.




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