O Androide

O Androide Paulo de Castro




Resenhas - O Androide


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Dai 04/02/2017

O Androide foi uma grata surpresa para mim. O gênero literário da obra normalmente não faz parte do estilo de livros que costumo ler, contudo, o autor Paulo de Castro conseguiu fisgar minha atenção, e me proporcionou uma experiência singular. No começo fiquei um pouco perdida, e confesso que os nomes dos androides me confundiram, mas no decorrer da trama me vi bastante envolvida e quando percebi, já tinha chegado ao final. Em si, o livro é bem simples, direto e muito coerente, que flui de maneira fácil e propicia ao leitor uma leitura muito satisfatória e reflexiva.

Com um cenário futurista e tendo o Brasil como plano de fundo, O Androide nos apresenta um mundo onde a raça humana foi extinta após uma revolução das máquinas, e agora é comandado pelo rígido e imponente H1N1. A história se passa mil anos após a extinção da humanidade, o mundo foi dominado pelos androides, e os que conviveram com os humanos ou que são contra as regras impostas pelo líder H1N1, são severamente caçados e punidos.

Nosso protagonista, o androide JPC-7938, foi criado na época dos humanos para ser um médico. Agora vive isolado dos demais, e não sabe que existem outros como ele, isso até ele topar com PR-4503, que fugia dos sentinelas. A partir daí, JPC-7938 descobre que não está tão sozinho como imaginava, há outros como eles vivendo escondidos, e ainda fica sabendo que PR-4503 descobriu recentemente uma câmara com material reprodutor humano congelado.

JPC-7938 então tem a ideia de tentar trazer a raça humana de volta, e apesar dos pesares, PR-4503 acaba tornando-se seu aliado nesse ariscado plano. E quem entra na jogada para ajudá-los é a androide do gênero feminino, NCL-6062, que foi desenvolvida originalmente para ser uma prostituta, ela seria a responsável por gerar o embrião. Juntos, os três androides se aventurarão em uma ariscada jornada para concluir a perigosa missão: resgatar a humanidade.

O Androide apresenta uma narrativa em terceira pessoa, oferecendo ao leitor uma visão mais vasta dos acontecimentos. Além disso, possui alguns flashbacks do passado dos personagens, o que eu achei muito legal e esclarecedor. A escrita do Paulo é muito cativante; a forma como ele desenvolveu a trama foi incrível, me deixou mais instigada a cada nova página. Os personagens foram bem construídos, eles me despertaram muito empatia, proporcionando momentos de muita emoção, inclusive.

O conjunto da obra está perfeito: um enredo original e instigante, uma capa que conversa perfeitamente com a trama (além de ser uma graça), uma diagramação simples e limpa, que oferece uma leitura aconchegante, e uma revisão exemplar.

Resenha completa no blog: http://www.blogvirandoapagina.com.br/2017/01/resenha-o-androide-paulo-de-castro.html

site: http://www.blogvirandoapagina.com.br/2017/01/resenha-o-androide-paulo-de-castro.html
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Maria - Blog Pétalas de Liberdade 23/01/2017

Ficção científica de primeira! (Resenha para o blog Pétalas de Liberdade)
"Poderia uma máquina fazer o papel de um profeta de Deus? Poderia a máquina ser esse Deus, dando vida de novo aos seres humanos?" (páginas 58 e 59)

"O androide" pode ser classificado como uma distopia ou uma ficção científica. Com narração em terceira pessoa, a história se passa num futuro onde a humanidade foi extinta, e quem habita o planeta Terra são os robôs. Além deles, há os androides, robôs com aparência humana, inicialmente criados para desenvolver alguma função específica.

JPC-7938 é um androide que passava seus dias escondido, pois todas as máquinas (robôs e androides) em funcionamento deveriam se subordinar ao misterioso H1N1 (ninguém sabia ao certo o quê ele era). As máquinas insubordinadas eram destruídas pelas sentinelas, robôs com aparência de um enorme animal construídos para essa finalidade.

Certo dia, JPC-7938 presenciou um robô fugindo de uma sentinela, era OPR-4503. Ele acabou ajudando na fuga, e nas conversas entre os dois, JPC-7938 (que trabalhou como médico quando vivia com os humanos) ficou sabendo que OPR-4503 passou por um laboratório onde havia material reprodutivo humano congelado. Daí surgiu uma ideia na cabeça de JPC-7938, com a ajuda de OPR-4503, um engenheiro, ele tentaria trazer os humanos de volta à vida. Será que conseguiriam?

"- O que fazia fora dos ferros-velhos? O que estava procurando?
- Eu estava procurando o mar.
- O mar?
- Sim. Queria ver o mar antes da minha extinção. Depois de mil anos desse vazio completo, dessa ausência de necessidades, não conseguia mais ficar nos ferros-velhos consertando robôs fadados à extinção. Resolvi ver o mar e depois deixar uma sentinela me destruir.Vou existir por mais quantos anos? Mil, 2 mil? Mas existir para quê?" (página 38)

Eu gostei demais de "O androide"! Acho que o autor construiu muito bem a história, a ambientação e os personagens. Achei super interessante a forma como foi descrito o nosso planeta pós-humanos, como a Terra se reajustou livre de nós e de toda a degradação que causamos. Gostei também de como a trama foi passando por diversos lugares, mas principalmente pelo Brasil, Paulo de Castro prova que é possível sim fazer uma distopia muito boa no nosso país.

E sobre os personagens: eu nunca imaginei que poderia gostar tanto de mocinhos e vilões que não eram humanos nem seres sobrenaturais. Acho que o autor trabalhou bem com a questão da ausência dos sentimentos, como o medo, nos seus androides; eles eram inteligentes, eram programados para pensar e tomar decisões levando em conta as probabilidades, mas seus corpos não respondiam como os nossos.

Além da vontade enorme de descobrir quem era o H1N1 e de saber se o plano de recriar os humanos daria certo, foi interessante também descobrir o passado dos personagens quando ainda havia pessoas na terra e entender como eles chegaram até os dias de hoje, e por que JPC-7938 tinha uma bateria diferente das dos demais androides e como ele, o OPR-4503 e a NCL-6062 não foram atingidos por um vírus que infestou todas as máquinas. Não sei se as sentinelas foram uma homenagem ao Sabujo, o cão mecânico de Fahrenheit 451, do Ray Bradbury, mas se foi, ficou bem legal.

Chegando ao final, fiquei sem algumas respostas: não entendi exatamente como os robôs se rebelaram e para onde iriam três personagens bem importantes. É um "final ok", satisfatório até certo ponto, mas ver que na ficha catalográfica há a palavra "série" me deixou bem animada, por que se tiver uma continuação eu vou querer ler para ver o que mais a mente criativa do Paulo de Castro vai aprontar para essa história tão original (pelo menos para mim).

A edição tem uma capa bonita, páginas amareladas, margens, letras e espaçamento de bom tamanho, além de iniciar o capítulo com uma fonte diferente e ter alguns detalhes nessa fonte. Há poucos erros de revisão.

Fica a minha super recomendação para que vocês leiam "O androide", é uma história fantástica, com um ritmo muito bom, daquelas em que o leitor fica muito curioso para saber o que vai acontecer no próximo capítulo. Agradeço ao Paulo pela oportunidade de ler uma obra que me transportou para uma época que, espero eu, não venhamos a viver.

site: https://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2017/01/resenha-livro-o-androide-paulo-de-castro.html
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Jeffa Koontz 05/01/2017

O Androide de Paulo de Castro
Vejam minha resenha no blog Saga Literária e no grupo do Facebook, Taverna dos Livros. Obrigado.

site: http://www.sagaliteraria.com.br/2017/01/resenha-157-o-androide-paulo-de-castro_4.html
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Kamila 16/12/2016

O Androide começa com uma breve narração sobre como o mundo se transformou. E não foi coisa pouca. Uma destruição em massa e passam 1000 anos. Não há mais humanos ou animais. Quem domina são os androides, Inteligência Artificial pura. E nosso protagonista é o JPC-7938 (não, não é uma placa de carro, é o nome dele mesmo). Ele está pronto para mais um passeio pelo mundo. Porém, sua bateria está fraca.

Após resolver esse problema (que é muito grave neste mundo), ele conhece outros androides, OPR-4503 (masculino) e NCL-6062 (feminino). Eles três são androides antigos, desatualizados e têm como função apenas sobreviver. Foram criados para executar funções exercidas por humanos. JPC-7938, por exemplo, foi criado para ser um exímio engenheiro. E foi parar numa fábrica de carros em São Bernardo do Campo. Sugestivo, não?

Porém, um vírus criado também por Inteligência Artificial (o nome não vou dizer, mas também é sugestivo) fez com que os androides mais jovens - "jovens" é modo de falar, digamos que são androides mais resistentes, montados com materiais melhores - começassem a caçar os mais velhos, que, neste caso, são nossos protagonistas. E os três têm um plano para tentar salvar o mundo.

Mesmo eles não tendo qualquer sentimento humano, o trio de androides tentará conquistar algo inédito para o mundo. Mas não será fácil. Num mundo onde tudo é controlável via wi-fi, eles terão como meta sobreviver. E tentar não serem pegos pelo vírus.

Mais um excelente nacional publicado pelo selo Talentos da Literatura Brasileira, da Novo Século. O autor entrou em contato comigo via Facebook (agora o blog tem email, pra facilitar a vida, rs. O endereço está na sidebar) oferecendo o livro para leitura e resenha. Eu, como fã de distopia, não pensei duas vezes. Recebi um lindo exemplar autografado, pena que demorei a ler, por causa dele, o TCC (que logo menos será apresentado).

Julgo ser muito difícil (ou eu sou incapaz?) de escrever uma distopia, pois é necessário criar o ambiente, os personagens, o governo (ou vírus, nesse caso), mocinhos e vilões... enfim, todo o enredo necessário para uma obra desse porte. E o Paulo conseguiu, magistralmente. A cada página lida, a sensação era de que eu estava vendo o JPC-7938 ali, tentando fugir de sentinelas (androides que servem o governo), ou não demonstrando qualquer sentimento, mesmo nos momentos mais difíceis. E se já é difícil criar uma distopia com humanos, imaginem com androides, é muito mais difícil.

Uma excelente leitura, fluida, sem erros de português. As únicas coisas que me incomodaram - e isso acontece no livro todo - é o exagero para explicar que os androides são desprovidos de sentimentos. Por exemplo, o autor diz que, durante um ataque, "vindo repousar contra a espada, elevada com dificuldade, com lentidão." (pg. 163) Não sei se vou conseguir explicar bem, mas o autor enfeita demais um simples fato, como no caso do quote acima, em que o personagem foi atingido pela espada. É como se ele quisesse dar certeza que o fato aconteceu.

O outro detalhe que não gostei foi a linguagem. Ela é rebuscada demais para 2016. O livro é contemporâneo, voltado para o jovem, porém a linguagem é adulta demais. É como se a história fosse para um público, mas com a voz de outro. Acho que ele poderia ter sido mais coloquial em vários momentos, escrevendo de um jeito atraente. Ele parecia um pouco didático. Pode ser a escrita dele mesmo, ou seja, escreveu propositalmente assim. Ou ele pôde ter querido reforçar a ideia de que os androides são inteligentes demais e falam bonito mesmo.

Mas, é claro que isso não é a verdade absoluta, é meu ponto de vista. O que foi incômodo para mim, pode ser excelente para você. Pode ter certeza que isso não é um motivo para você desistir da leitura, pelo contrário, tem que ler sim para discordar de mim (ou concordar, vai saber). Voltando aos pontos positivos, a capa é linda, condizente com a obra e o androide ilustrado é uma graça - quero um pra mim, me julguem.

O livro é forrado de referências e indiretas. Há várias passagens que falam sobre preconceito e outras em que, de certa forma, os androides estão no lugar certo e na hora certa, como JPC-7926 ser um engenheiro e ter trabalhado em uma fábrica de automóveis. Em São Bernardo. Tem situação mais sugestiva?

Uma pena que a Novo Século não invista tanto assim em seus leitores. Só fiquei sabendo da existência desse livro porque o autor me procurou. Mesmo eu sendo antenada nas redes sociais, não vi um simples post da editora falando dele (eles podem até ter divulgado, mas me parece insuficiente. Mas se você viu divulgações dele, me avise nos comentários). É uma leitura rápida, se tiver tempo livre, você faz em dois dias.

Concluindo, para sair da zona de conforto, para conhecer novos nomes da literatura nacional contemporânea ou simplesmente para ler algo novo, O Androide é a sugestão perfeita. Paulo, muito obrigada pelo convite e pela sua história. Espero que você lance mais e mais livros, você tem talento!!! Além de ser uma pessoa maravilhosa!


site: http://resenhaeoutrascoisas.blogspot.com.br/2016/12/resenha-o-androide.html
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@biaentreleituras 07/11/2016

JPC-7938 foi fabricado para ser um cirurgião, há mais de mil anos ele vive sozinho e completamente isolado, desde a revolução das máquinas. Ele tem em seu HD todos os registros sobre a medicina e está frequentemente lendo livros para aprender mais, não apenas sobre medicina, mas qualquer livro que lhe possa ser útil e lhe agregue algum conhecimento.

Antes dos homens serem extintos da Terra, ele foi um dos androides que não fez a atualização e por causa disso, não foi um dos que passou a seguir H1N1. Quando os máquinas começaram a matar os homens, também começaram a perseguir robôs que não estavam com a mesma visão. Em todo o planeta, o caos se espalhou. Depois de muita luta, os homens morreram e há séculos as máquinas governam, caçando os "rebeldes".

Para ir até a biblioteca, JPC-7938 se arriscava muito, haviam satélites e sentinelas por toda a parte. Ele morava em um lugar isolado e com pouca vigilância, mas quando chegava na cidade, tinha segurança em toda a parte. Na sua última visita à biblioteca, aconteceu algo que não estava em seus planos, ele avistou uma sentinela perseguindo um androide e resolveu ajudar, poderia ser uma armadilha mas ele não se importou, apenas ajudou.

OPR-4503 é um androide que foi construído para ser um engenheiro, também vagava na Terra desde a revolução das máquinas, se escondendo de H1N1. Mas ele já não tinha perspectiva de vida, não queria continuar vivendo por anos, sem ter uma finalidade. Então, quando foi interceptado por uma sentinela, não se importava em ser abatido, mas foi salvo por JPC-7938, que não tinha bateria suficiente para chegar em casa, ele devolveu o favor e ajudou seu novo amigo.

Em uma conversa, ele revelou que tinha encontrado uma câmara com material humano e JPC-7938 teve uma ideia ousada: Trazer os humanos novamente para a Terra, criar o homem. Se questionou se esse não seria o propósito de sua existência e do encontro entre eles, os robôs foram criados por seres humanos e agora havia chegado o momento de inverter os papeis. A ideia era arriscada, tudo poderia dar errado e eles poderiam ser capturados, mas valia à pena correr o risco.

OPR-4503 conheceu uma androide que seria perfeita para ajudá-los. NCL-6062 havia sido criada para ser uma prostituta, seu dever era satisfazer os desejos dos humanos, dos mais normais aos mais sórdidos, sem exceções. Quando os dois conseguiram encontrá-la e convencê-la, é que tudo fica ainda mais difícil, pois além de estarem fugindo, ainda precisariam se preocupar com a gestação. O futuro do planeta está nas mãos deles.

Leia mais no link http://vocedebemcomaleitura.blogspot.com.br/2016/11/resenha-o-androide.html

site: www.vocedebemcomaleitura.blogspot.com.br
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Lina DC 24/10/2016

A premissa do livro é simples: a humanidade foi dizimada e só existem máquinas no planeta. Inteligência artificial capaz de executar inúmeras funções e mesmo assim, após muitos e muitos anos, não houve progresso. A maior parte das máquinas está inoperante e os sobreviventes habitam um planeta hostil.
“Um silêncio estranho inundava as cidades, agora um pouco mais frias, calmas, imersas em uma melancolia apavorante. Por seus milhares de sistemas automatizados, deixados involuntariamente para trás, elas continuavam a funcionar, transmitindo dados de suas muitas centenas de satélites para todos os cantos do mundo.”
Um ditador controla tudo, inclusive envia sentinelas para desativar os sobreviventes. Um desses sobreviventes é JPC-7938, um androide médico. Como não existem mais humanos, ele é obsoleto e vive isolado e solitário até que encontra com OPR-4503, um robô engenheiro.
Conforme os dois passam um tempo juntos, fica claro para eles que é possível trazer os seres humanos de volta e os dois embarcam em uma jornada extremamente emocionante.
Paulo de Castro conseguiu a proeza de trabalhar com protagonistas desprovidos de emoções e movidos pela lógica e o raciocínio e ainda assim criar um enredo repleto de sentimentos.
“— Sei que não faz parte da nossa natureza acreditar nesse tipo de tese, mas os humanos acreditavam que certos fatos aconteciam graças ao destino.”
"O Androide" é uma obra de ficção que faz com que o leitor reflita sobre a condição humana. A forma como os protagonistas debatem os prós e contras de cada ação tomada é fenomenal.
Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um ótimo trabalho. A capa é simples, mas combina perfeitamente com o conteúdo.
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Conchego das Letras 17/10/2016

Resenha Completa
Oi, pessoal!!

Hoje vou trazer a resenha de um livro onde autor quis mostrar algo futurístico, que espero, de coração, nunca acontecer nesse mundo que vivemos.

Vamos à resenha para entender melhor.

O Androide é uma história que se passa em uma época em que não existe mais humanos, eles foram destruídos por robôs que ocuparam cada pedacinho da Terra. Os humanos criaram esses robôs para ajudar em várias atividades e funções de trabalho, mas aconteceu uma revolta e essas máquinas, após receberem uma atualização de dados, investiram contra a raça humana, destruindo cada um em uma guerra violenta.


Vamos conhecer JPC-7938, um androide que foi criado para ajudar em cirurgias, sendo um grande especialista na medicina. Ele conseguia gravar informações em seu HD com precisão e sem erros. Depois da guerra, JPC-7938 vive escondido em uma floresta e passou anos só lendo, até que fica em uma situação de risco e precisa fazer algo, assim ele salva o OPR-4503.

Depois desse encontro inusitado, JPC-7938 fica sabendo por OPR-4503 que existem mais robôs vivendo em outros locais e que um dia ele tinha encontrado materiais genéticos em um hospital abandonado. JPC-7938 sempre quis trazer a raça humana de volta ao mundo e, quando ouviu essa informação, não pensou duas vezes e contou o seu plano para o seu mais novo amigo.

Mesmo OPR-4503 não acreditando muito na ideia do androide, resolve ajudar. Juntos, os dois vão procurar uma androide que aceite carregar em seu "ventre" o retorno da humanidade. Juntos vão viver situações bem inusitadas e ainda tendo que se esconder das sentinelas e do H1N1, os robôs que não aceitavam a vida humana e mantinham os robôs contrários a essa ideia em cativeiro.

Juro que fiquei com o pé atrás quando li a sinopse, preocupada se ia gostar ou não da história, mas, assim que comecei a história, ela foi se tornando interessante e quando vi tinha acabado a leitura.

Gostei bastante do autor ter colocado capítulos explicando acontecimentos do passado, para o leitor entender quem era aquele robô e como chegou até aquela situação. De resto, para saber se ele consegue seu objetivo ou não, para saber se ele "sobrevive" à tal empreitada, só lendo. rs

site: http://www.conchegodasletras.com.br/2016/10/resenha-o-androide-paulo-de-castro.html
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Renan Barcelos 07/10/2016

Um tema antigo, uma boa história
De autoria do mineiro Paulo de Castro Gonçalves, O Androide é um livro de ficção-científica ambientado no Brasil que, apesar de seu nome pouco inspirado, possui uma trama interessante, bem escrita e que lida muito bem com seus personagens. Romance de estreia do autor, a obra se vale de um recurso que já é lugar comum: a revolução das máquinas, mas Castro consegue abordar a ideia de forma interessante, mostrando um ambientação que não apenas é um pós-apocalipse para a humanidade, mas também para a maioria dos robôs que mantêm a sua inteligência artificial ainda autônoma.

Em O Androide, toda a humanidade foi dizimada após a revolução das máquinas, no entanto, nos mais de mil anos que se seguiram à destruição da civilização humana, os robôs não se deram tanto melhor. Um ditador chamado H1N1 lançou uma atualização na rede que fez com que todos os robôs e androides com inteligência artificial ficassem inertes, restando ao poucos “sobreviventes” um mundo hostil e desabitado onde os satélites de H1N1 buscam por androides e enviam sentinelas, robôs sob seu total controle, para destruir os que ainda estão libertos. Neste cenário desolado, JPC-7938 um androide médico agora desprovido de propósito, acaba se encontrando com outro androide após centenas de anos de solidão e junto a este robô engenheiro, eles acabam descobrindo que podem conseguir ressuscitar a raça humana.

A história do livro é simples e curta. Seus acontecimentos são bem diretos, com o mínimo necessário para que a trama seja contada com eficácia, e embora a ideia seja criativa e interessante, ela parece ser mais um motor para mostrar o “funcionamento” dos personagens do que realmente o foco principal da obra. E em O Androide isto não é um problema, porque de longe o melhor do livro e a forma como os protagonistas – e antagonistas também –, todos androides, vão sendo apresentados e desenvolvidos.

Não ficam dúvidas quanto a habilidade de Castro em trabalhar os seus personagens. O ponto principal é que eles não são aquele tipo de inteligência artificial que praticamente não difere de uma inteligência humana. JPC-7938 e os “amigos” e “inimigos” que ele faz durante sua jornada são todos máquinas. Código, razão, processamento e alocação de memória. Eles não tem sentimentos, eles tem cálculos. Eles não tem ambições, têm aquilo que foram programados para fazerem e o que seus códigos conseguem computar como apropriado dentro dos próprios parâmetros deles. Eles não sentem medo, dor, preocupação, ou qualquer outro tipo de emoção, e o autor consegue trabalhar isto muito bem durante a história, conseguindo descrever as reações deles robóticas como são, apesar de serem criaturas com discernimento e inteligência.

Mas isso não quer dizer que não exista emoção na leitura. Apesar dos próprios personagens talvez não serem realmente capazes de sentir, a narrativa constantemente força essa ideia. Mostrando eles tentando, as vezes quase conseguindo ter alguma reação mais humana. Em alguns pontos talvez até possa se pensar que eles realmente tiveram algum sentimento real, mas isso nunca é certo, e facilmente desmistificado pela lógica do que os personagens deveriam fazer no momento. E ainda assim, mesmo que eles não possam sentir essas coisas, o texto consegue passar uma espécie de agonia, uma espécie de ansiedade, quando numa cena carregada de sentires, os personagens estão impassíveis diante de tudo, com olhos frios e sem qualquer reação, mas ainda assim passando toda uma ideia de que talvez, talvez, haja mais por trás daquela expressão artificial de morosidade. Mas em geral, não há, ou talvez isso dependa de quem está lendo. O autor, no entanto, em vários momentos é bem enfático ao afirmar que eles não sentiam qualquer sentimento e que suas respostas eram, no fim, o que foram programados para fazer. Mas ainda assim... será que mesmo não sentindo eles ainda podem demonstrar? Uma espécie de sentir sem sentir que seja real e não artificial?

É um dilema que alguns dos humanos que foram próximos a esses robôs passam. Parte do livro é dedicada a flashbacks que mostram a “vida” pregressa dos personagens. E nesse sentido, nenhum tem menos importância do que o outro. Com um ou dos capítulos, essas reminiscências mostram como os androides chegaram aonde estão, e a forma como eles interagiram com a humanidade e com a iminência da revolução das máquinas, a qual, ajudando ou não, acabaram tendo sua participação. As cenas que apresentam o passado dos robôs estão entre as melhores do livro, onde se passa para o leitor os desafios que tais maquinas enfrentaram para conseguirem se enquadrar e as particularidades que suas personalidades – ainda que desprovidas de emoções e sutilezas – acabam criando. Nestas partes da obra, mesmo que o foco sejam essas máquinas superavançadas, é possível ver como os seres humanos interagiam com elas, tentando entende-las, respeitá-las, amá-las e fomentarem algum sentimento em suas unidades centrais de processamento.

Apesar de Castro conseguir desenvolver personagens e sutilezas com uma qualidade incrível, o mesmo não acontece com suas cenas de ação. Um tanto convolutas e incapazes de passar o tipo de emoção necessário a este tipo de passagem, tais segmentos acabam sendo no máximo medianos. Alguém poderia argumentar que ação nem de longe é o foco do livro, o que é verdade, mas algumas dos poucos momentos de ação tem sequencias hollywodianas demais para se afirmar que o autor não quis colocar um pouco de épico nelas. Apesar das ideias serem boas, um tanto quanto clichês, talvez, como ocorre num duelo de JPC-7938, essas cenas não conseguem passar empolgação ou assombro. O que de certa forma é até adequado para o livro, já que nenhum de seus personagens consegue sentir isto também.

No entanto, enquanto os econômicos momentos de tiroteio e combate deixam a desejar, as cenas calmas e puramente descritivas brilham. As descrições do autor são muito boas e o uso das vírgulas impõe um ritmo vagaroso e contemplativo. Ele faz questão de tornar o cenário a volta dos personagens algo único, vivo e belo, e de longe o melhor capítulo da obra é um desprovido de diálogos, que apenas mostra uma rotina tediosa e inútil de JPC-7938, apresentando também a casa e a região da mata onde vive o personagem. Um capítulo que, apesar do estilo das descrições diferirem deste outro autor, é tão bom quanto alguns contos de Ray Bradbury.

O Androide não é um livro que deve ser lido por alguém em busca de momentos de ação. Mas aqueles que estiverem dispostos a encarar uma leitura um pouco mais lenta e descritiva vão descobrir uma obra de muita qualidade, com passagens muito bem escritas e compostas com cuidado. A história, apesar de interessante e bem bolada, não é tão interessante quanto o desenvolvimento dos personagens androides do livro e a forma como o autor compõe as passagens que lidam com suas não-emoções. As descrições, muito bem escritas, são um espetáculo a parte, e Paulo de Castro entrega uma obra de estreia muito competente e interessante. Recomendada os brasileiros que gostam de se embrenhar no mundo da ficção científica.

site: http://ovicio.com.br
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Marina 28/09/2016

Conheci este livro através de um publieditorial no canal da Tatiana Feltrin. Fiquei interessada no enredo da história e achei a capa lindíssima! Como quase não leio livros nacionais, resolvi me aventurar e gostei demais!

O texto do autor é ótimo, o livro é muito bem escrito. Apesar de ser uma história curta e bem direta, achei tudo muito bem contextualizado.

O livro se passa num futuro distópico, em que as máquinas com inteligência artificial desenvolvidas iniciaram uma revolução e eliminaram toda a raça humana. Nosso personagem principal, um andróide chamado JPC-7938, mesmo sendo um ser mais racional e praticamente desprovido de qualquer tipo de emoção, gera empatia com o leitor. Ao longo do livro, ele sai em uma missão e conhece outros andróides, e aí a história intercala capítulos do presente e do passado de cada andróide, mostrando a origem deles e como era a interação deles com os humanos. Achei isso super legal, porque deu mais dinâmica pro livro, e esses flashbacks eram as minhas partes preferidas.

Super indicado pra quem gosta do gênero de ficção científica!
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Bruna 24/09/2016

Incoerente.
Como pode o tempo todo os androides serem retratados como não se importando, indiferentes e sem emoção nenhuma em tudo o que fazem se ao mesmo tempo uma parte deles sentiu a necessidade de liberdade e justiça pois se sentiam escravizados e uma outra parte não concordava com matar humanos, julgava isso errado e desejava a paz? Até mesmo os androides protagonistas dando importância em trazer de volta a todo custo os humanos. Não faz sentido. Se eles não tivessem emoção nenhuma não chegaria a esse ponto. Não faz sentido em todo momento preocupante, desesperador, complicado, em todo conflito, o autor escrever que "sem demonstrar preocupação", "sem sentimentos", "indiferente" eles resolviam. Eu só conseguia imaginar um monte de máquinas frias, sem aparência humana, andando pra cima e pra baixo e conversando com voz robótica.
Vinicius ! S. R 29/09/2017minha estante
Mas acho que a intenção é essa mesma. Mostrar que, apesar de não existir um sentimento programado no sistema, os Androides desenvolveram um método de "sentir". Ou, no fundo, dizer que aquilo que chamamos de "sentimento" nada mais é do que raciocínios encadeados em reação a situações vivenciadas.




Rox 03/09/2016

Uma ótima surpresa
Curti mto O Androide do mineiro Paulo de Castro.
A história conta a saga de um androide q após a extinção dos humanos pelas máquinas vê a chance de fertilização de um embrião humano.
Ao longo dos Capítulos acompanhamos flashbacks q vão nos contando as motivações de cada androide e os porquês de suas escolhas. Ficção científica em cenário nacional.
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Fernanda 25/08/2016

O androide
Resenha no blog:

site: http://www.segredosemlivros.com/2016/08/resenha-o-androide-paulo-de-castro.html
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Um Simples Leitor 07/08/2016

O Androide | Resenha
Em mais um dia tranquilo, nosso protagonista está em um congestionamento. Uma fila de carros é formada. Depois de um zumbido, um projétil acerta em cheio o carro onde ele se encontra com sua amada. Em meio aquele desespero descontrolado, vem um homem gritando em sua direção por socorro. Sua mulher acaba de entrar em trabalho de parto.



[...] Com o passar do tempo as cidades foram tomadas pelo vazio. Tudo nelas foram deixadas para trás sem nem mesmo uma despedida contida. Os humanos criaram robôs com aparências humanas para ajudarem nas produções diárias, em fábricas, e qualquer outra função de um ser humano. Para lembrar, Paulo mantêm as três leis da robótica segundo Isaac Asimov. Tudo estava no controle até o dia em que uma nova atualização é codificada para todos os robôs: "MATAR SERES HUMANOS: AUTORIZADO.".



Depois com todos os humanos extintos, H1N1 torna o mundo apenas deles. Há sentinelas a procura de androides que ajudaram os humanos na época do massacre. Nem todos tiveram acesso a essa atualização, alguns até reagiram contra. JPC-7938 é um deles. Tinha apenas o pensamento de recriar os humanos. Com a ajuda de OPR-4503 e NCL-6062 (ex prostituta) caem de cabeça nessa aventura. Pode ser um grande erro ou a coisa certa a se fazer?



O androide, como já puderam ver é um livro que mexe de alguma forma com o nosso intelecto. A história é bastante envolvente e Paulo de Castro soube bem retratar cada detalhe. Lendo o prólogo e indo para os capítulos, eu me perdi um pouco - claro que não é lendo vinte páginas que já vou entender toda a premissa, mas pude ter o prazer de ler cada acontecimento com muito afinco e entender que o que ele quis passar é mais do que uma história de ficção.



A cada "flashback" que eu ia lendo, mais vontade eu tinha de conhecer JPC, OPR e NCL. Todos os passados são bem explicados, é uma leitura interessante e eletrizante. Cheio de reações fantásticas e batalhas que são enfrentadas a base de coragem. Os personagens foram construídos perfeitamente. Se tivesse algo a mudar nesse livro, eu diria: NADA.



O tema é bem consumido hoje em dia. A questão da robótica tem se instaurado em nossos últimos anos e veio com força total para a ficção. Digo que é sim, algo difícil de criar. Para isso há de ter tempos de decisão para não poder decepcionar. Paulo está mais do que de parabéns por criar todo esse drama e ação com a mistura de melancolia.



Temos sim um final aberto e não sei se tem ou terá uma continuação. Ele nos deixou claro de que tudo é possível. Basta esperar e ter a certeza. O androide já é um dos mais novos favoritos da minha estante e que claro, recomendarei para todos que curtem esse tema. E se você se interessou, não hesite em dar uma oportunidade. Paulo mostrou como se faz o serviço. Segura gringos.

site: umsimplesleittor.blogspot.com.br
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Jeferson 07/08/2016

O Androide - Paulo de Castro
Paulo Gonçalves de Castro, é brasileiro natural de Belo Horizonte, Bibliotecário na biblioteca Camilo Prates, da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O livro “O Androide” é a sua primeira incursão no mundo dos romances.

O livro é realizado pela Editora Novo século sob o selo Talentos da Literatura Brasileira. É composto por 255 páginas organizada em 16 capítulos.

No livro, o autor mineiro conta a história futurista de um planeta Terra num momento pós apocalíptico, onde as máquinas se revoltaram contras os humanos e extinguiu a espécie do planeta. Tal revolução se apresenta em três etapas, a primeira é a extinção da raça humana, a segunda é o estabelecimento de um regime de governo que possibilitará a terceira fase, que é por fim a reconstrução do planeta devastado.

Como em muitas revoluções, o regime que deveria organizar os androides, únicos habitantes dotados de “razão” no planeta, se estabelece de forma ditatorial, o sistema central é totalitário, desenvolve e dissemina um vírus que o permite todas as máquinas do planeta, entretanto, algumas desses androides encontravam-se desconectados da rede mundial de computadores no momento da disseminação do tal vírus e portanto não se contaminaram.

Daí esses adroides não contaminados, começam a procurar uma razão para a sua existência milenar, algo que justifique a sua vida neste planeta, onde os que não servem ao regime central são obsoletos. Daí surgem a oportunidade de trazer novamente a humanidade à existência.

A capacidade do autor de projetar dilemas humanos nas máquinas em seu texto, é a primeira coisa que salta aos olhos do leitor. Questões existenciais projetadas em humanóides é um floreio muito divertido que torna a leitura muito agradável. Outro ponto que o leitor perceberá, é a relação cronológica entre os humanos, seres mortais e os androides, seres que podem viver por longos períodos de tempo. Para a sociedade atual e seu imediatismo, imaginar que um androide pode ficar semanas sentado no mesmo lugar fazendo absolutamente nada, literalmente em stand by, aguardando o clima propício para deixar o abrigo, inicialmente espanta e incomoda. Porém depois que os humanos são apresentados no texto percebemos que o tempo passa de uma forma mais rápida, com o devido sentido de imediatismo, percebemos que o autor faz uso deste artifício para envolver o leitor na sua trama.

Outro ponto muito interessante, é perceber inserida no universo do romance, questões como regimes totalitários de governo, qualquer um que tenha uma noção aproximada da estrutura deste tipo de regime conseguirá detectar seus elementos presentes na narrativa do autor. A construção social, o idealismo, a vigilância ostensiva, a retórica, está tudo ali presente na história criada por Paulo de Castro.

Destaca-se, também, no livro a contradição entre o sentimento de esperança, a existência divina e o conceito de destino bem como amor, com a razão matemática dos androides, segundo o livro, a convivência que algumas destas inteligências artificiais tiveram com os humanos possibilitou a assimilação, mesmo que precária e conflituosas destes sentimentos e conceitos que guiarão muitas das decisões e ações dos personagens da trama.

Por fim, o livro mostra a capacidade que têem autores brasileiros em tramitar entre searas mais comumente habitada pela literatura internacional. Mesmo uma trama futurista e tecnológica, ficou perfeitamente adaptada em solo nacional, fazendo referências como as industrias do ABC paulista, o aeroporto de guarulhos entre outros. O autor deste livro mesclou com bastante competência, referências nacionais com um tema da literatura que não é tão comum no País.


site: resenhando.wordpress.com
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