Um amor feliz

Um amor feliz Wislawa Szymborska




Resenhas - Um amor feliz


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Julyana. 03/10/2016

Achei o primeiro volume melhor, mas que bom que temos mais poemas dela traduzidos por aqui.

:)
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Aguinaldo 25/10/2016

um amor feliz
Da Wislawa Szymborska já li duas boas antologias de poesia, o "Poemas", lançado em 2011 pela Companhia das Letras, e o "Paisagem com grão de areia", da portuguesa Relógio D'Água. Recentemente a tradutora Regina Przybycien produziu uma seleção de poemas, desta vez reunindo cousas desde o primeiro livro publicado pela Wislawa (Wolanie do Yeti, de 1957) até o último (o póstumo Wystarczy, de 2012). São 85 poemas, retirados de onze livros (Wolanie do Yeti, 1957; Sól, 1962; Sto Pociech,1967; Wszelki Wypadek, 1972; Wielka Liczba, 1976; Ludzie na Moscie, 1986; Koniec i Poczatek, 1993; Chwila, 2002; Dwukropek, 2006; Tutaj, 2009; Wystarczy, 2012). Os temas são bastante variados. A tradutora chama a atenção pelo interesse da poeta por temas científicos, pela astronomia, matemática e biologia, mas também encontramos investigações curiosas sobre o mundo das coisas inanimadas (pedras, areia, água, terreno) e dos conceitos puros (beleza, consciência, ausência, risos, cores). E há também as relações humanas, as coisas boas e más que fazemos todos, nós homo sapiens sapiens. Não é o tipo de livro para se ler de capa a capa. Folheamos vagabundos o livro e encontramos prováveis verdades, enigmas sem solução, perguntas que se esquivam de respostas, vestígios de memórias sepultadas pelo tempo, que se metamorfosearam em algo mais puro (será isso a poesia?). A poeta se orgulha de ser mulher, num mundo misógino e duro; controla a ironia que verte em gotas nos olhos do leitor. O livro inclui também o curto discurso de aceitação do prêmio Nobel de literatura de 1996, onde ela louva a potência infinita que guardam duas palavras que todos deveríamos prezar: "não sei". Grande poeta. Evoé Szymborska, evoé.
[início: 23/09/2016 - fim: 18/10/2016]
"Um amor feliz", Wislawa Szymborska, tradução de Regina Przybycien, São Paulo: editora Companhia das Letras (1a. edição) 2016, brochura 14x21, 327 págs. ISBN: 978-85-359-2788-7 [edição original: The Wislawa Szymborska Foundation]

site: http://guinamedici.blogspot.com.br/2016/10/um-amor-feliz.html
Daniel 15/12/2016minha estante
Se eu tivesse que indicar, gostei mais do livro "Poemas", o primeiro dela que foi lançado aqui no Brasil. Mas este também tem coisas tão lindas... Só "A Cortesia dos cegos" já vale o volume




Bruno.Dellatorre 23/07/2023

É a pior coletânea dela
E ainda assim é um excelente livro. Wislawa não tem erro: é poesia, mas é também conversa, desabafo, escape. E ironia, claro, que nunca é demais.

Minha razão pra não amar essa seleção como as outras duas é bastante pessoal: ele cobre muito a fase inicial dela, sobretudo dos primeiros livros: Chamando por Yeti e Sal, que contém sim bons poemas, mas a maioria me soa um pouco mais hermética que o normal, distante, vaga... e em alguns casos sem graça.

Em compensação, aqui estão alguns fortes vínculos meus com a obra dela. Destaco:
- ABC (li tantas vezes pra mim e pros outros que já decorei - em português e em polonês)
- Poça d'água (o último parágrafo às vezes me serve de mantra e também já decorei em ambas as línguas)
- Um amor feliz (clássico)

Antes de eu ler o livro de fato, dei umas espiadas e em meio a elas os três títulos acima me apareceram. Me fisgaram e não largaram ainda.

Durante a leitura convencional (de cabo a rabo), encontrei outras pérolas que gostaria de citar:
- Vida difícil com a memória
- Sobre a morte sem exagero
- Mapa
- O silêncio das plantas
- Identificação (esse é super forte, nossa...)
- Microcosmo

Tem também outros legais e muitos que passaram batido.

Meu veredito final: ainda que a coletânea mais fraca da escritora, inferior a "Poemas" e "Para meu coração num domingo", não se pode deixar de lado "Um amor feliz", não só por ter boas pérolas mas simplesmente por ser pedaço da obra szymborskiana. E isso significa: leitura obrigatória, sem desculpas.
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Yasmin O. 18/07/2023

Riso - Wislawa Szymborska

"A menina que fui -
conheço-a, é claro.
Tenho umas fotos
de sua vida breve.
Sinto certa pena
de alguns versinhos.

(...)

Criança engraçada,
Como podia saber
que até o desespero traz vantagens.
se por sorte
se vive mais tempo.

(...)

Era melhor que você voltasse
para o lugar de onde veio.
Não lhe devo nada,
uma mulher comum

(...)

Não nos olhe desse jeito
com esses teus olhos
tão abertos
como os olhos dos mortos."
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Yara 29/02/2024

Ler os poemas dessa queen foi uma realização pessoal, fazia tempo que paquerava trechos diversos no Instagram.
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Vorspier 29/02/2020

Não sou de ler obras de poesia, sou mais prosa mesmo. Mas depois de ter lido várias opiniões favoráveis a este livro, decidi comprá-lo e colocá-lo na meta de leitura. Amei várias poesias da Szymborska, como Riso, Um Amor Feliz, Salmos, Visto do Alto, Sobre a morte sem exagero, Cálculo Elegíaco, o Silêncio das plantas, Fotografia de 11 de setembro, Bagagem de volta, Divórcio e Consolação.
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Bebel.Aroeira 12/02/2021

Poetisa ganhadora do Nobel
Em um tempo onde a poesia é tão desvalorizada, ler uma poetisa agraciada com o Nobel de Literatura é muito inspirador. Com seus poemas filosóficos, cheios de indagações sobre coisas ínfimas e grandiosas, a autora nos faz refletir sobre a nossa existência e de tudo o que nos rodeia. Leitura indispensável!
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Lucas Gui 13/02/2018

Diante do assombro, ... ainda
Escreve-se para não morrer. Para fugir de si. Mas sobretudo, escreve-se para esquecer. Ler a poesia de Wyslawa é adentrar o jogo de espelho dessas afirmações. Palavras que nos lançam dentro, do acaso e do caos, trazendo consigo um fraque ascendido ao céu contra o fundo da devastação. Uma poesia que emerge como um último respirar, o respiro de um folêgo para atravessar os trilhos da incerteza e da dor. Nietzsche escreve que os povos gregos são capazes de criar a tragédia, pois trazem consigo a devastação e o horror. O coro trágico é, portanto, diante do desmanchar da vida, um coro alegre para fazer subsistir o que parece morto. Celebra-se a vida sob os véus da morte, mais que sete. Eis o instinto dionisíaco. Esse instinto dionisíaco, é também o que se lê na poesia de Wislawa: "Os trilhos dão em uma floresta escura./ Sim, é assim, segue pelos trilhos o trem./ Sim, é assim. O transporte dos gritos de ninguém./ Sim, é assim. Desperta na noite escuto/ sim, é assim, o surdo martelar do silêncio." (p. 49) Diante do horror, a palavra não só narra os infortúnios, mas dá potência para respirar mais uma vez diante do assombro da vida. O trecho é envolvido num nome, tal como um grito, entitula-se: ainda. Diante do assombro, um ainda, ainda mais, mas ainda não.
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Isotilia 29/07/2019

Amei!
Amei. Confira alguns trechinhos no blog.

site: https://600livros.blogspot.com/2019/07/o-odio-wislawa-szymborska.html
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Felip_ 04/02/2023

Lindo, porém ordinário
É uma coletânea de uma poeta reflexiva e fofa, que vê com espanto e curiosidade os mínimos detalhes do universo, um tipo de simplicidade que a gente tem que retornar sempre, de tempos em tempos, depois de uma série de leituras complexas e pessimistas. É fofo, é feminino, é preciso; o poema que dá título, "um amor feliz" é um tipo de texto que vai ficar contigo.
Só que esse tipo de poesia simples e objetiva é algo muito comum para quem lê poesia brasileiro: Manuel Bandeira, Manoel de Barros, Cora Coralina, alguns livros do Drummond, etc, então não tem nada de muito novo para mim, esses já me alimentaram de otimismo.
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Mari 26/12/2017

O mundo precisa ler essa mulher
Com a Wislawa, eu me lembrei o porquê de escrever. Em vez dela se jogar em um pedestal ao ganhar o prêmio Nobel, ela magnificamente nos conta que as incertezas nunca vão embora. Que não somos melhores do que o leão, antílope ou até os seres microscópicos. A maravilha que Wislawa via nunca foi a gente, foi a vida em si. Foi saber que todos os dias vão ser novos, a combinação de cada partícula podia ser transformada em poesia. Nenhum escritor tem uma total certeza e é isso que torna cada nova página um desafio. Ela não é prepotente, porque sabe que se fosse, seria o seu fim. Todos os poemas dessa mulher foram deliciosos por essa visão incrível de estrutura. Uma inspiração e um prazer ler este livro.
Leonardo 25/12/2018minha estante
Foi uma agradável surpresa conhecer os poemas da Wislawa. Realmente uma poeta incrível!




KeylaPontes 25/03/2020

Li esse livro através da indicação de uma amiga para o meu desafio leia mulheres e que jornada de sentimentos. Segui a recomendação de ler de acordo com a organização proposta no índice e realmente faz toda a diferença. Confesso que em determinado momento li o livro quase sem parar, mas tentei preservar ao máximo uma respirada a cada parte concluída, busquei refletir cada palavra que a autora colocava nos seus poemas e isso é necessário para realmente sentirmos um livro que aborda o sentir. A solidão, o amor, a incerteza, a liberdade (ou a falta dela), a saudade, o viver e o morrer. Os infinitos segundos de um instante. Ótima primeira experiência, espero poder ler outras obras da autora.
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Priscila (@priafonsinha) 20/03/2017

Belíssimo livro!
"Nada acontece duas vezes
nem acontecerá. Eis nossa sina.
Nascemos sem prática
e morremos sem rotina.
(...)
Nem um dia se repete,
não há duas noites iguais,
dois beijos não são idênticos,
nem dois olhares tais quais."

Poemas que enchem o coração, nos sentimos abraçados por suas palavras. Uma coletânea sobre diversos assuntos escritos entre 1957 e 2012. Wislawa, quando ganhou o Nobel de literatura, ficou conhecida como a "Mozart da poesia".
Ao ler parece que estamos conversando com uma amiga íntima. Para quem gosta de poesia é um deleite.

"Um amor feliz. Isso é normal,
isso é sério, isso é útil?
O que o mundo ganha com dois seres
que não veem o mundo?"
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