Tess de los d

Tess de los d'Urberville Thomas Hardy




Resenhas - Tess dos D'Urbervilles


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Brunakelle 31/01/2021

Fiquei surpreendida com a narrativa fluída e simples de Thomas Hardy, fui apresentada a uma outra faceta da Inglaterra, especificamente a vida rural do século XIX. Tess é um protagonista forte que passou por lutas difíceis ao longo de todo o livro e é impossível não torcer por sua felicidade. Mas sinto dizer que fiquei decepcionadíssima os últimos acontecimentos descritos pelo autor.
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24/10/2020

Uma grande tragédia
Thomas Hardy, um dos maiores romancistas ingleses do período vitoriano, é conhecido pelo seu realismo e pessimismo. Ambos, juntamente com sua rica descrição das paisagens rurais que rodeiam seus personagens, assemelham-no a contemporâneos seus como Turguenev, Guy de Maupassant, Flaubert, Eça de Queiroz e Machado de Assis. "Tess dos Duberville" é a sua obra mais conhecida, embora o autor também tenha escrito outros grandes romances que não lhe ficam atrás, como "Jude, o obscuro" e "Longe deste mundo insensato".

Tess Duberfield é um jovem moça de aldeia, ingênua e orgulhosa, a semelhança do Quixote de Cervantes. Seu pai, John Duberfield, conhecido pelo vício na bebida, descobre, numa conversa com um pároco, que seus ancestrais pertenciam a uma nobre linhagem antiga, de origem normanda, os "Duberville". Tal descoberta, porém, em nada tem o poder alterar a situação financeira e social da família, mas leva-os a considerarem a si mesmos como nobres. A mãe de Tess vê nela uma forma de casar sua filha com algum cavalheiro importante.

A "oportunidade" aparece quando Tess começa a trabalhar para seu "primo", o diabólico Alec Duberville. O jovem, realmente, não pertence a antiga linhagem dos Duberville. Seu sobrenome fora adquirido pelo seu pai, que fora um rico comerciante. Embora a mãe de Tess encare a convivência com Alec como uma oportunidade matrimonial para sua filha, ele apenas deseja seduzir a jovem e se aproveitar dela.

Após várias tentativas, aproveitando-se de um momento de vulnerabilidade da moça, Duberville a viola. Envergonhada, Tess abandona seu posto e retorna para casa, recusando a proposta de Alec em tornar-se sua amante. Por muito tempo, a moça se isola da sociedade, dando a luz a um filho, que logo falece.

Os dias se passam e Tess, visando recomeçar sua vida, consegue emprego numa leiteria. Lá, ela conhece Angel Clare, jovem cético e liberal, pertencente a uma família de clérigos. Ambos se apaixonam. Parece que Tess, finalmente, encontrou o amor. Porém, ela teme que Angel descubra seu terrível passado, pois a virgindade, para os padrões da época vitoriana, possuía um valor bastante elevado, inclusive para o próprio Angel, que vê em Tess essa característica, apesar de suas crenças mais progressistas.

Devido ao caráter trágico da obra, não devemos esperar por finais felizes. Ao encerrarmos a leitura, sentimo-nos como se tivéssemos lido uma tragédia de Sófocles e de Shakespeare. Mas, a semelhança deles, Hardy consegue levar o leitor a catarse nos penúltimos capítulos. Dentre aqueles que feriram a Tess ao longo da narrativa, haverá quem pague e haverá quem se redima, afastando do leitor o sentimento de impunidade para com os maus personagens do romance. Embora o destino da protagonista seja trágico, com ela mesmo sendo a causadora de sua desgraça final, conseguimos aceitá-lo e compreende-lo, dando-nos conta de que as pessoas a sua volta não eram dignas de uma mulher pura e virtuosa como Tess Durbeville.
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Pretenses 12/10/2019

Olá, venho compartilhar aqui minha leitura de Tess, do autor Thomas Hardy. Foi meu primeiro contato com alguma obra escrita por ele, mas já adianto que lerei outros livros em breve, porque foi uma experiência incrível. Como a sinopse é bem básica, vou contar um pouco da história, sem entrar em spoilers. Acredite em mim a trama é tão intensa e cheia de reviravoltas, que os primeiros capítulos que vou comentar nem de longe irão estragar a experiência de leitura de ninguém.

A história começa contando sobre um camponês John Durbeyfield que por mero acaso do destino descobre que possivelmente descende de uma grande e aristocrata família, dada por extinta os D’Urbervilles, o sr. Durbeyfield embevecido por essa descoberta, começa a agir como imagina que alguém que descende de tão renomada família deveria. Porém sua fala rude e com graves erros de pronuncia, denunciam a ausência do berço nobre e também de fortuna, sem nenhum senso de responsabilidade, que um homem que prefere beber a trabalhar ou se dedicar à família.

Assim, o autor nos apresenta a região rural onde os Durbeyfield moram, seus costumes e também a família da qual Tess faz parte cujo o pai correu para o pub para contar a novidade aos amigos e ali ouve dizer que há uma senhora d’Ubervilles muita rica, vivendo em uma mansão, não muito longe de Marlott que é onde vive Tess e os seus. Com a falsa ilusão de que isso seria o suficiente para que a troca de gentilezas fosse algo correto entre "parentes" John e a esposa, Mrs. Joan Durbeyfield, enviam Teresa a essa senhora com a missão de pedir-lhe ajuda financeira. É aí que os verdadeiros problemas da jovem e inocente Tess começam e toda a tragédia que se abateria sobre ela.
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Resenha completa no blog.

site: http://www.blogpretenses.com.br/2019/08/resenha-tess-dos-durbervilles.html
Graziela 11/04/2020minha estante
Oi, tudo bem? Onde vc comprou o livro? Estou doida para ler e não encontro.




Silvia Ribeiro 03/02/2019

Tess dos D'urbervilles
Como um pessimista radical que era, HARDY expõe em Tess dos D'Urbervilles todo o seu estilo prosaico e objetivo, tratando dos temas que são fiéis em suas obras: o amor, a velhice e a morte... demonstrando-os através dos perfis psicológicos de suas personagens.
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Em Tess dos D'Urbervilles ele retrata a história de uma jovem e bela mulher chamada Teresa Dubeyfield, mais conhecida como Tess, cuja vida cheia de sonhos e esperanças teve um destino marcado por desilusões, lutas, preconceitos e tragédias.
Tess se vê dividida entre seu passado recente e seu futuro incerto; entre uma experiência trágica e um amor verdadeiro; entre uma linhagem parental e uma linhagem religiosa... um emaranhado de fatos e circunstâncias que juntamente arraigados aos costumes e preceitos da época, proporcionaram sua história, até o fim.
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Um clássico inglês que retrata a FORÇA FEMININA, mesmo em meio a uma condição de subjugação, típica da época.
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Carol 14/01/2019

Tess dos D'Urbervilles
Tess dos D'Urbervilles é o último dos grandes clássicos vitorianos e nos apresenta uma das heroínas mais trágicas que já vi na literatura.

A qualidade da prosa de Hardy é sublime. Suas descrições dos vales ingleses, com suas cercas vivas, trabalhadoras do campo, celebrações provinciais, beiram à pintura. Porém, o que há de bucólico nas paisagens, há de catastrófico nos infortúnios de seus protagonistas.

Diferentemente de seus contemporâneos, Hardy não era um misógino empedernido. Ele gosta de Tess, ele enxerga a sociedade patriarcal dos fins do século XIX e a moral dúbia, hipócrita, com seus dois pesos duas medidas quando se trata de julgar o pecador e a pecadora.

Ainda assim, há um determinismo fatal. Tess tem seu destino traçado no início do romance. E contra essa força superior não há como se rebelar. Creio que a beleza de Tess dos D'Urbervilles reside no desenvolvimento da narrativa, em suas reviravoltas.

Hardy referencia muitos clássicos e a Bíblia. Alguns críticos literários enxergam a história de Tess como um espelho da de Jó. Por isso recomendo a edição da Editora Pedrazul, pois além da tradução ser muito boa, traz várias notas de rodapé bem úteis.

De certa forma, não posso dizer que foi uma leitura fácil. Não pela forma nem pela escrita de Hardy, que é bela e simples. Mas pela narrativa em si. Tess é uma história triste, trágica. Hardy cria personagens muito reais e retrata o bom, o mau e o feio de seu tempo.

Confesso que, em alguns pontos, largava o livro e pegava algo mais leve para contrabalançar. Mas posso garantir que ao fim, Tess dos D'Urbervilles foi uma leitura bastante gratificante.
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Roberta.Rozin 05/07/2018

Espetacular
Um romance do século XIX com toda as tragédias e amores descritas da época. Essa edição da editora Pedra Azul está primorosa, com muitas notas de rodapé, contendo as explicações que o autor usava na época em que foi escrito.
Tess e Angel ficarão na minha memória pra sempre.
Recomendo para quem gosta de Romance Histórico, e esse é dos bons.
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Peregrina 27/10/2016

Leitura indispensável a todo amante de clássicos
Tess dos D'Urbervilles é um dos romances mais aclamados do autor Thomas Hardy, publicado pela primeira censurado em 1891 e, em forma de livro, pela primeira vez em 1892. Tess causou na época um grande rebuliço e suas críticas acabaram não sendo unânimes quanto à sua indiscutível grandeza devido ao confronto moral com as cristalizadas convenções vitorianas.

Situado durante a Grande Depressão de 1870, o romance narra a história de Tess, uma garota de dezesseis anos quando o livro se inicia. Ela é a mais velha dos filhos de John e Joan Durbeyfield e a mais bem-educada da família também.

Eles vivem em Marlott, um pequeno vilarejo, e não passam de mais uma família comum até que o vigário da região expõe uma descoberta ao pai de Tess, a qual seria responsável por sua ruína. O religioso acreditava que os Durbeyfields tinham, na verdade, sangue nobre e descendiam de uma antiga família que deixara desaparecera há muitos anos: os D'Urbervilles.

Não muito longe dali, entretanto, vivia uma viúva e seu filho que haviam adotado o nome D'Urberville a fim de que este lhes conferisse algum prestígio além do dinheiro que já possuíam, mas os Durbeyfields de Marlott não faziam a menor ideia disso e, em meio à euforia e ao crescente orgulho por serem nobres que haviam nascido das palavras do vigário, John e Joan Durbeyfield enviam a filha Tess para estabelecer relações com os novos "parentes".

Lá, Tess conheceu o filho da velha senhora e o responsável pela sua ruína: Alec D'Urberville, um rapaz orgulhoso, debochado, cínico e manipulador. Ele enganou Tess com suas gentilezas insinceras e galanteios dissimulados, que fizeram com que ela não percebesse o perigo que corria em cada segundo em sua presença. Tess não estava se apaixonando por Alec, longe disso, ela estava ali para estabelecer relações com os "familiares" ricos para, quem sabe, conseguir ajuda financeira à família. Sua sensibilidade pelas finanças da família e obediência aos pais, porém, traria uma consequência irreparável, pois logo Alec se viu a sós com Tess em um momento de vulnerabilidade da mocinha e a seduziu inescrupulosamente.

A partir daí a vida de Tess entraria em um declínio acentuado. Muitas dificuldades surgiram como consequência do episódio com Alec. Ela voltou para casa apenas para ser julgada severamente pelas convenções e pela moral vitoriana e, assim, resolveu deixar o lugar para buscar trabalho em uma região distante dali, onde seus infortúnios não fossem conhecidos e ela não passasse de mais uma entre a multidão errante dos castigados pela crise que assolava a Inglaterra.

Tess conseguiu emprego na vacaria de Talbothays, onde conheceu Mr. Angel Clare, um jovem ambicioso, inteligente e que desafiava algumas verdades pregadas pela religião do pai, um clérigo tradicional e severo que ainda não lidava muito bem com o fato de que seu filho mais novo não seguiria o seu ofício nem compartilhava de uma fé tão certa e imutável quanto a dele.

Angel era um jovem atencioso, sonhador e talentoso, que desempenhou um papel fundamental nos que seriam, durante a história, os momentos mais felizes da mocinha que dá nome ao livro. Angel e Tess se tornam grandes amigos no período em que o rapaz está na vacaria para aprender a fim de ele próprio se tornar um grande fazendeiro. Angel compartilha com Tess suas crenças e descrenças e ele enxerga além da aparência abatida e essencialmente campestre de Tess. Há uma conexão quase que instantânea entre eles e o rapaz se vê cada vez mais apaixonado pela mocinha.

"Observou as próprias inconsistências em se demorar sobre acidentes na ida de Tess como se fossem eventos vitais. Amava-a por quem ela era; sua alma, seu coração, sua substância - não por sua habilidade na ordenha, sua vontade de aprender, e certamente não por sua simples e formal profissão de fé. Sua existência ao ar livre, pouco sofisticada, não requeria verniz algum de convencionalidade para torná-la palatável a ele."

O problema é que Tess havia feito um voto de nunca se casar em virtude dos acontecimentos de seu passado e jamais poderia contar a Angel, o seu perfeito Angel, os eventos obscuros que macularam seu corpo e condenavam sua alma para sempre.
Tess foi um livro que questionou incisivamente as regras de conduta da Inglaterra Vitoriana. Em determinado momento, Hardy é categórico: "Quem era o homem moral? Ainda mais pertinentemente, quem era a mulher moral?" e acrescenta: "A beleza ou feiura de um caráter não está apenas em seus feitos, mas em suas intenções e impulsos; sua verdadeira história não se encontra naquilo que realiza, mas naquilo que sonha". Hardy critica duramente os dois pesos e duas medidas de julgamento dos quais Tess se torna uma vítima, pois, apesar de ser verdadeiramente uma boa pessoa, ela acaba marginalizada devido à perda de sua virtude fora dos laços matrimoniais.

Além disso, a narrativa é repleta de referências tanto mitológicas e pagãs quanto bíblicas. Não raro, Hardy associa imagens de equipamentos avançados ao inferno, de modo a criticar a separação, ocasionada pelos avanços industriais, do homem e da natureza, que representaria o paraíso para o autor e, assim, muitas vezes a associa à própria Tess, "uma mulher pura", como descreve o subtítulo, e que também é representada como uma espécie de força da natureza, quase como uma deusa.

De todo modo, o autor traça uma representação fiel das mazelas vitorianas no que tange, especialmente, ao aspecto socioeconômico devido ao caótico momento de crise pelo qual a Inglaterra passava no momento em que a história é situada; e ele o faz com tamanho talento e maestria de modo a causar em nós, leitores, uma leitura vívida de forma a proporcionar um deleite tão grande, que fechar o livro antes de ler até o final torna-se uma tarefa árdua, dolorida e um tanto laboriosa, devo dizer, uma vez que mal conseguia conter meu sono às altas horas da madrugada e, ainda assim, permanecia a ler, como que por encanto pelas palavras poéticas de Hardy, a torcer por Tess. É por isso que Tess é um clássico venerado no mundo inteiro e por que eu o recomendo fortemente, leitura indispensável a todo amante de clássicos.
Lucas 27/10/2016minha estante
Excelente resenha, para variar. "[...] Amava-a por quem ela era; sua alma, seu coração, sua substância - não por sua habilidade na ordenha, sua vontade de aprender, e certamente não por sua simples e formal profissão de fé. Sua existência ao ar livre, pouco sofisticada, não requeria verniz algum de convencionalidade para torná-la palatável a ele". Genial, simplesmente isso. :)


Peregrina 27/10/2016minha estante
Caríssimo Lucas, o que vem após a citação supracitada é ainda mais genial. Mas resolvi deixar para o futuro leitor descobrir... ;)


Lucas 27/10/2016minha estante
E irei, então :D


Joice (Jojo) 14/11/2017minha estante
Oi, Enza! O que achou da versão da Pedrazul?


Peregrina 14/11/2017minha estante
Oi, Joice. Achei excelente. A tradução está muito boa e tem umas notas explicativas que melhoram ainda mais a experiência de leitura.


Joice (Jojo) 15/11/2017minha estante
Obrigada! Quero muito ler uma obra do Hardy, mas não conheço a editora. Agradeço a dica. :)


Peregrina 15/11/2017minha estante
Hardy é maravilhoso e Tess é um dos meus livros favoritos. Pode comprar sem medo que esta edição está ótima. :)




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