Fabián e o caos

Fabián e o caos Pedro Juan Gutiérrez




Resenhas - Fabián e o Caos


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Luciano 07/03/2021

Muito bom.
Uma boa surpresa. O livro retrata as dificuldades enfrentadas em Cuba durante a segunda metade do século passado e faz isso pelos olhos de dois personagens: Fabían, garoto tímido, gay e um pianista promissor; e Pedro Juan, sedutor, másculo e de tom perceptivelmente autobiográfico. Acho que este último aspecto foi o que me impediu de dar as 5 estrelas. Pedro Juan fica relatando suas proezas sexuais e dando biscoitos a si mesmo o tempo todo... Fabián, apesar de agir de maneira destestável em alguns momentos, me comoveu bastante.
Klaus Costa 07/03/2021minha estante
Interessante!


Luciano 07/03/2021minha estante
recomendo, Klausto!


Klaus Costa 07/03/2021minha estante
Obrigado pela dica! =D


Luciano 07/03/2021minha estante
:D


Bruno Gordiano 08/03/2021minha estante
Já leu O Rei de Havana? É muito bom. Recomendo.


Luciano 08/03/2021minha estante
ei, Bruno. ainda não, mas fiquei bem tentado a ler mais coisas do Gutiérrez dps deste. valeu pela dica!




Vinícius 06/12/2016

Pedro Juan Gutierrez é um baita autor. Já li todos seus livros publicados aqui e, tão logo soube desse lançamento, corri pra ter e ler mais uma de um dos meus autores favoritos. Infelizmente esse não é um puro sangue. O livro tem em alguns momentos o ritmo frenético que é peculiar à obra dele, mas é meio enrolado também. Longe de Trilogia ou Animal Tropical, aqui ele parece menos inspirado. Faltou o 'sangue nos olhos" do resto da carreira. As estrelas ficaram mais por conta do escritor que eh admiro do que exatamente pelo livro. Passava sem.
Junior 27/04/2020minha estante
ao contrário de vc eu nunca tinha lido nada dele e resolvi ler esse. fiquei com uma ótima impressão do trabalho do autor. o que me faz pensar que talvez eu não vá gostar de outras obras dele (?)




Lú Ribeiro 02/07/2021

Revelador
Esse livro me sacudiu.
Muitos aspectos humanos e da história do mundo são abordados durante a leitura, nas entrelinhas...
Não diz respeito somente a Cuba.

Reflexivo.
Algo se transformou em mim
Sou uma outra pessoa após essa leitura.
Alê | @alexandrejjr 06/07/2021minha estante
Que fantástico saber isso, Lú! É exatamente isso o que eu espero de qualquer leitura que faço: não ser mais o mesmo ao final.




Na Literatura Selvagem 19/11/2016

Uma Cuba efervescente como palco de uma amizade improvável... Fabián e o caos, de Pedro Juan Gutiérrez
Pedro Juan Gutiérrez é um dos nomes mais benquistos em meu Acervo Particular... Ler algo que ele escreve é como acariciar uma bomba prestes a explodir. Choca, perturba e me deixa inquieta. Sempre. E pra ser bem sincera, adoro a sensação...

Sobre Fabián e o caos, sua mais recente obra publicada pelo Selo Alfaguara da Companhia das Letras, preciso dizer algo: dilacerante. Me senti em pedaços, juntando cacos de vidro entre lençóis, ao concluir suas quase 200 páginas...

Fabián desde muito cedo aprendeu que ser o que desejava poderia lhe trazer problemas. Não apenas pela sua orientação sexual: um gay na década de 1960 numa cuba revolucionária, como pelo fato de adorar tocar piano, chegando a ganhar uns trocados durante o auge do regime político cubano. Herdou essa paixão e vigor pelo instrumento devido à sua mãe que o pariu tardiamente, com mais de 50 anos, para assombro de seu marido que nunca desejou filhos pois o gasto seria demais, e ele vivia de contar moedas, e nunca gastar: um típico sovina. Mas a revolução veio e confiscou seus bens...

leia mais em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2016/11/uma-cuba-efervescente-como-palco-de-uma.html
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Leituras do Sam 27/12/2016

O caos e a calmaria (nem tanto)
Pedro Juan Gutierrez construiu nesta pequena biografia dá sua vida e de Fabián um retrato de parte da história Cubana. Essa parte conta o lado daqueles que não se enquadravam na padronização requerida pelas forças revolucionárias.
Por motivos distintos, Pedro Juan e Fabián em sua juventude foram taxados de párias dá sociedade.o primeiro por ser o caos, vagabundo e o segundo, "Fabián se deu mal porque é veado"
Acompanhamos em meio ao caos de Pedro e a calmaria de Fabián os primeiros anos de implantação dos idéias socialista na ilha. E aos poucos vamos conhecendo os bastidores dá revolução, suas leis, as dificuldades econômicas, as adaptações que a população precisou fazer em suas vidas em todos os aspectos delas.
Uma narrativa poderosa, lúcida, crua e que me deixou com uma certeza, levará muitos anos pra entendermos o que aconteceu e o que acontece na República de Cuba.

@leiturasdosamm
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Fabrício Goulart 08/01/2017

O duro início do regime cubano
"Fabián e o Caos" apresenta muitos dramas. E os principais estão ligados ao regime cubano - ao qual o autor faz muitas críticas bem pouco veladas. É uma obra que não relata a Cuba ,de agora, mais aberta ao mundo, mas se concentra na ilha do passado - que resultou, obviamente, no que se vive hoje.
É muito interessante a ótica do autor. Normalmente se aborda os anos 60 e 70 - o auge da Guerra Fria - pelo lado da luta. Um período de forte idealismo, em que se busca estruturar um regime, apesar dos desafios impostos pelo resto do mundo. Ou então pela visão dos que desejam fugir do sistema em direção a Miami.
Pedro Juan Gutiérrez mostra uma terceira via: a resistência. A luta daqueles que sofrem com a miséria e os desmandos do regime de Fidel Castro - e que não estão envolvidos com comunismo ou capitalismo. É uma obra crua, que tal como a passagem no abatedouro, está despida de romantismo.
As coisas não se resumem a apoiadores ou desertores. Há muitas vítimas e dores em meio à guerra ideológica e o autor traz isso com uma emocionante narrativa. Mais do que um romance, um livro para entender também a política da ilha caribenha.
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Marcelo 11/01/2017

Pedro Juan em grande estilo
"Fabián e o Caos" é a síntese do que Pedro Juan Gutiérrez está lá. O texto escrachado ao estilo Bukowski; A Cuba afundando aos poucos com o bloqueio econômico; Os personagens marginais, depravados, desesperados. Tudo isso numa linguagem crua e direta.

É a poesia tirada das podridão e do caos.
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Poesia na Alma 05/08/2017

A caixa de pandora da revolução
Pedro Juan Gutiérrez esclarece que esse é um romance autobiográfico e que Pedro Juan é seu alter ego e Fábio um amigo íntimo, da adolescência, que detestava os pais e tinha obsessão pela música, o piano. O autor não poupa esforços em fazer com que a leitura seja um processo de imersão no que seria a caixa de pandora dos primeiros anos da revolução.

continue lendo - http://www.poesianaalma.com.br/2017/08/resenha-fabian-e-o-caos.html
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Luciana - @minhaestantemagica 25/07/2018

E bote caos nisso!
É o segundo livro de Gutiérrez que eu leio e só confirmou o que eu esperava: o estilo naturalista continua à flor da pele. Não é à toa que ele é comparado a Bukowski. Porém, acho o cubano mais visceral. Não enxergo muito nele a romantização do "Velho Safado". A história começa contando como os pais de Fabián saíram da Espanha e se mudaram para a próspera Cuba. Felipe trabalhou e conseguiu juntar uma fortuna que escondia no quintal de casa. Lucía era louca para ser mãe, mas o marido nunca quis ter filho. Até que em um descuido, ela engravidou tardiamente e nasceu Fabián. Mimado ao extremo pela mãe e desprezado pelo pai, o frágil Fabián, desde pequeno, se mostrou um exímio pianista. A família vivia financeiramente bem até a revolução cubana de Fidel Castro. Empresas estrangeiras foram estatizadas, os grandes latifúndios confiscados, pequenos comércios fechados e o golpe de misericórdia foi a troca da moeda corrente: cada pessoa só podia depositar dez mil pesos no banco, quem tivesse mais dinheiro que isso, perderia. Foi assim que Felipe viu sua fortuna desaparecer da noite para o dia. Do outro lado da narrativa, está Pedro Juan, o caos em pessoa. Sua única regra na vida era quebrar todas as regras, desobediência total. Gostava mesmo era de sexo e bebida. Ao longo da vida, as histórias de Fabián e Pedro se cruzaram algumas vezes e uma improvável amizade nasceu em meio a miséria e ao desespero. O livro é bem angustiante, traz o lado mais podre do ser humano que, como uma barata, se adapta a situações degradantes e nojentas, além de cometer atos asquerosos, como Fabián faz com seus pais. Mostra como uma ditadura é capaz de aniquilar sonhos, liberdade, desejo e dignidade. Mesmo quando o intuito era uma "utópica" sociedade igualitária para todos! Quer dizer, menos para os homossexuais, bastante perseguidos por Fidel. Realidade brutalmente retratada no livro.
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Barbara 24/03/2020

Perturbador
Muito bem escrito e com críticas ferozes ao regime ditatorial cubano, porém MUITO perturbador. A obra é permeada do pior e melhor (a arte) do ser humano em condições em que questionamos o limite do que é ser humano e do quanto aguentamos em nome da vida. Vale a leitura, mas se prepare pra sentir tudo remexendo dentro de você.
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Vanessa.Vetritti 17/08/2023

A escrita do autor é bem marcante, incomoda em levantar alguns aspectos humanos e sociais que impactam demais ao longo da leitura
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Bookster Pedro Pacifico 26/06/2020

Fabián e o caos, de Pedro Juan Gutierrez - 9/10
Ambientado em uma Cuba assolada por intrigas políticas, em plena transição da Revolução, “Fabián e o caos” relata os encontros e desencontros entre duas pessoas muito diferentes. De um lado temos Pedro Juan - inspirado no próprio autor - que vive em busca de sexo e álcool. De outro lado conhecemos Fabián, um personagem peculiar, com traços introvertidos e que nutre uma paixão pelo piano. Além disso, Fabián é homossexual.⁣

E é a historia de Fabián que mais impressiona o leitor. Impressiona de forma negativa, tamanha a solidão que habita dentro do personagem. Por ser homossexual, Fabián era considerado como portador de um “desvio ideológico”, que justificava a sua exclusão do seio da sociedade. Por isso, não bastasse ter sido criado por pais caóticos, o personagem também passa a viver na margem da sociedade. O destino de um pianista apaixonado pela música é uma fábrica de enlatados. E essa invisibilidade de Fabián, que não pertence a lugar algum, incomoda - e muito. Chega a dar uma vontade de poder conversar com ele e tentar suprir um pouco dessa total falta de afeto. ⁣

Mas é essa capacidade de incomodar o leitor que tanto me impressiona na obra do autor cubano. Gutierrez escancara a condição selvagem do ser humano, largado pelo Estado e que luta para sobreviver. E para quem luta pela sobrevivência, os laços afetivos e as emoções não tem lugar a ocupar. ⁣

A vida de Pedro Juan também carrega essa característica animalesca, embora não transmita tanta solidão. O personagem vive em busca de sexo e bebidas, verdadeiros refúgios do caos em que vive. E a linguagem crua e direta contribui para a construção desse cenário.⁣

O contexto histórico também é muito interessante no livro. Os pais de Fabián saem da Espanha em busca de uma Cuba em desenvolvimento. Mas a riqueza da família desaparece com a revolução implementada por Fidel Castro. A estatização total das empresas estrangeiras, com a tomada de terras pelo governo, levou grande parte da população à pobreza e ao racionamento. As consequências da ditadura são devastadoras e caóticas. ⁣

Sou fã do autor! Resenha em homenagem ao mês do orgulho LGBTQ+.

site: http://instagram.com/book.ster
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Amanda Hryniewicz 17/07/2020

Esse livro, ambientado em Cuba e com o plano de fundo da revolução socialista, nos apresenta a dois personagens. Um deles é Pedro Juan, um homem violento, bruto, que não aceita autoridade, apático ao mundo e que vive pelas mulheres e pelo rum. O outro é Fabián, quieto, pianista, vive pela arte e é homossexual. A vida deles se cruzam em alguns momentos e é mostrado como elas, apesar de muito diferentes, padecem sobre o mesmo regime sociopolítico.


A escrita do livro é muito seca e rápida, e acaba passando por muitos pontos. Algo que me chamou muito atenção foi a descrição da vida dos trabalhadores em uma fábrica que, apesar do regime socialista, Fabián pensa que um proletário continua sendo um proletário, um escravo miserável, ignorante e inculto.

O livro também expõe a necessidade que o governo teve de fazer os ?bons costumes? prevalecerem, com a censura discreta mas direta. Isso em especial trouxe consequências duras pros personagens e, para mim, levantou questões acerca da necessidade da arte pela vida ao ver como os personagens foram desumanizados com o tempo nesse contexto.

Sinceramente, eu não gostei de nenhum dos personagens, em especial de Pedro Juan que me deu muita aversão. Entretanto, isso me fez procurar respostas no contexto repressivo que eles compartilharam e que os moldou para os estados em que se encontram.

A leitura me deu muita coisa pra pensar, junto com uma escrita fácil e direta. Foi enriquecedor viver nesses personagens em um contexto histórico tão diferente do meu e recomendo essa leitura!
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Mari 18/07/2020

Um livro bonito, triste e instigante que retrata como era viver em Cuba antes, durante e depois da Revolução Cubana liderada por Fidel Castro e Che Guevara. Através dos personagens, principalmente Fabián (por ser homossexual), vemos como era asfixiante viver sob tal regime. Se os outros livros do autor também forem assim, não é à toa que pouquíssimos foram publicados na ilha.

"A humanidade está sentada em um trono de sangue e dor. A verdadeira história nunca pode ser conhecida a fundo porque sempre há muitas mãos manipulando, escondendo, torcendo os fatos e, principalmente, os rastros que os acontecimentos deixam."

Como o livro é curto e a linguagem fácil, a leitura flui bastante, só não li em uma sentada, porque queria sentí-lo mesmo. Ele foca no dualismo entre Fabián e Pedro Juan (baseado no próprio autor) para nos mostrar como era viver em Cuba nos anos 60 e 70. Apesar de parecerem pessoas totalmente opostas, eram consideradas iguais por aquele governo opressor, que via a ambos como subversivos: o primeiro pela sua sexualidade e o outro por sua vida boêmia. Dessa forma, é muito interessante acompanhar a amizade que acaba sendo construída entre os dois.
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