Taíla 30/06/2020
“Tudo é raso quando a gente não vai a fundo.”
Um é pouco, dois é bom e três é o fechamento da sequência de resenhas dos livros do autor Pedro Gabriel. Depois de Eu me chamo Antônio e de Segundo, trago para vocês a resenha sobre o livro Ilustre Poesia.
No mesmo formato físico das duas obras anteriores, cheio de cores, formas e libertando a nossa imaginação, Ilustre traz para os nossos corações mais frases e textos falando de amor, de sentimentos, daquelas coisas que todo mundo sente em algum momento da vida, mas muitas vezes não sabe como expressar, como falar e muito menos, declarar. O autor consegue acessar na gente um lugar que nem sabemos como chegar e se já estivemos lá algum dia, foi trilhando um caminho cego, guiado pela mais forte das paixões.
Segundo o próprio autor, este livro fecha o ciclo deste projeto junto com os outros dois. Aqui a gente encontra ainda mais textos do que nas obras anteriores. Vê-se o crescimento do projeto do autor e seu caminho tomando forma.
Ilustre Poesia é dividido em quatro partes ou, melhor, em uma apresentação de personagem, mais três partes. Não que elas estejam realmente marcadas ao longo da obra (só no sumário mesmo), mas são transições aos quais vamos sentindo ao longo da leitura.
- Apresentação do personagem
“Preso neste guardanapo em branco me tornei livre para entornar o que sou.”
- Parte I – À espera de uma colisão
“Você é realmente um sonho. Sempre termina na melhor parte.”
- Parte II – A força de um nó frágil
“Tudo é raso quando a gente não vai a fundo.”
- Parte III – O destino das palavras
“O caminho do outro não precisa ser um outro caminho.”
As ilustrações continuam lá e a forma diferentona de escrita das frases, também.
Sabe aquele livro que parece que oras a bora fala com a gente, oras ela fala com o Antônio e oras ele é que fala com a gente? É isso que eu senti ao ler Ilustre Poesia. É como se fosse tudo vivo, se fosse uma conversa franca e aberta e como se os textos do autor realmente falassem da gente, como se o Pedro estivesse vendo a gente de verdade, sabe? Dá até um pouco de medo quando a gente está lendo que chega a olhar na volta do quarto para ver se não tem ninguém mesmo.
Os textos seguem nos expondo de um jeito muito íntimo e de uma sensibilidade muito especial. Você quer mostrar o livro para todo mundo, mas fica com medo de acharem é uma declaração de amor daquelas bem sofridas. Como fazer todo mundo entender que tal obra, assim como o amor deve ser compartilhada?
O sumário ao final da obra segue firme e forte “traduzindo” alguma frase escrita em letra cursiva que possa não ter sido bem entendida nos seus desenhos e na sua arte. E pode ficar tranquilo que os textos mais longos são escritos com o formatinho tradicional com fonte de computador que estamos acostumados.
Você já leu a triologia Eu me chamo Antônio? Conta nos comentários o que você achou.
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