Chamado selvagem

Chamado selvagem Jack London




Resenhas - Chamado Selvagem


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AndrAa58 06/12/2023

Uma exploração das complexidades da natureza humana em meio às forças impessoais da natureza e da sociedade.
Jack London foi um escritor inegavelmente naturalista e profundamente influenciado pelas ideias emergentes de sua época, como o determinismo e o darwinismo. Essas influências permeiam toda a sua obra, e devo confessar que sua narrativa teve um impacto em mim.

Em "O Chamado Selvagem", não encontramos romantismo em relação à natureza, nem mesmo em sua expressão humana. A história retrata a luta pela sobrevivência, a brutalidade da lei do mais forte e a conexão primitiva entre homem e animal. Além disso, London tece uma crítica à sociedade e à busca desenfreada por riquezas a qualquer preço.

A trama nos transporta para as vastidões geladas do Alasca durante a corrida do ouro, onde seguimos a jornada de Buck, um cachorro inicialmente dócil e doméstico, considerado "civilizado". Roubado de sua vida confortável, Buck se vê imerso em uma luta constante pela sobrevivência, enfrentando a brutalidade tanto humana quanto da natureza. Ao longo da narrativa, ele aprende a se conectar e aceitar sua própria natureza selvagem.

É interessante observar que Buck é antropomorfo, possuindo pensamentos humanos. Essa característica nos permite identificar e sentir, de maneira mais profunda, as desventuras do protagonista. Nossa essência animal é tocada, e, ao final da história, nos vemos uivando para a lua na matilha de Buck.

Além do impacto emocional, a obra me fez refletir sobre nossa natureza primitiva, que muitas vezes permanece oculta abaixo da superfície civilizada. A luta entre a civilização e nosso instinto animal é explorada por London, levando-nos a questionar o papel da sociedade na contenção desse lado mais selvagem de nossa natureza.

Para compreender completamente a obra de Jack London, é importante considerar o contexto histórico do final do século XIX e início do século XX, uma época em que as ideias de determinismo e darwinismo estavam moldando as perspectivas da sociedade. O quanto continuam presentes e nos influenciando?
Pri.Kerche 06/12/2023minha estante
Otima resenha


AndrAa58 06/12/2023minha estante
Obrigada Priscila ??


Emerson Meira 06/12/2023minha estante
Mas que bela resenha! Então favoritou mesmo ?


AndrAa58 06/12/2023minha estante
Obrigada, Emerson. O que dizer, mexeu comigo. Com uma linguagem e narrativa simples, London conseguiu me envolver em um nível "primitivo". Engraçado, não é? Consegui me identificar com um cão, sofri, viajei e senti o chamado na natureza. Será que vou uivar na próxima lua cheia? ?
Sabe, às vezes sou meio Poliana e necessito um choque de realidade para voltar a prumo. As 5 estrelas são por isso. O livro chegou na hora certa e me deu o que estava precisando.


Michela Wakami 07/12/2023minha estante
Ótima resenha, Andréa.?


Emerson Meira 07/12/2023minha estante
Comentário gostoso de se ver ? É uma delícia quando se tem uma experiência transformadora e imersiva assim. Vou me lembrar disso quando for ler ?


AndrAa58 07/12/2023minha estante
Obrigada, Michela


AndrAa58 07/12/2023minha estante
Acho que você vai gostar, Emerson.




Max 06/04/2024

Buck...
Sempre fui tutor de animais. Vinculo que me impede de amá-los menos que amaria a um humano, a minha própria filha. Ao viver uma saga pelo corrida do ouro na perspectiva de um cão, no caso o Buck, sofrendo toda a brutalidade daqueles tempos em que valia tudo pelo ouro, foi uma experiência dolorosa. Tive que avançar pouco a pouco, dado que o autor consegue nos envolver com muita maestria por essas idas e vindas de perspectiva entre o ser humano e o cão. A redenção se encontra no fim, claro, não sem antes de nos emocionar profundamente.
Recomendo!
Jeff Ettore 06/04/2024minha estante
Adorei a resenha! ???


Max 06/04/2024minha estante
Obrigado, Jeff!


Débora 06/04/2024minha estante
Que lindo!??


Max 06/04/2024minha estante
Obrigado, Débora querida! ?


Fabio.Nunes 07/04/2024minha estante
Excelente dica Max! Adicionado aqui


Regis 07/04/2024minha estante
Resenha perfeita, Max! ? É realmente impossível não se emocionar profundamente com a história do Buck. Torço para que leia Caninos Brancos, sei que vai gostar tanto quanto de O Chamado Selvagem. ?


Max 07/04/2024minha estante
Obrigado, querida Regis!?
Já adicionei a dica!




Michela Wakami 21/10/2023

Pesado
Tanto a escrita como a história foram conflitantes para mim.
Ao mesmo tempo que as vezes eu estava gostando em outros momentos tive vontade de abandonar o livro.

Um livro que contém crueldade de homens para com os cachorros e de cachorros para com os homens e de homens para com homens e cachorro para com cachorros.
É crueldade para todos os lados, mas principalmente de homens para com os cachorros.
Jordana Borges 22/10/2023minha estante
??


Fabricio268 22/10/2023minha estante
Também passei por isso no livro. Tinha momentos que gostava e outros que não.


Michela Wakami 22/10/2023minha estante
Então você me entende, Fabrício.


Rogéria Martins 22/10/2023minha estante
Vou passar longe desse, amiga. Não gosto dessa temática cheia de crueldade ?


Michela Wakami 22/10/2023minha estante
Faz bem, amiga.




Kleber 21/05/2022

A Natureza Nua e Crua!
Com certeza todos já ouviram a expressão "tapa de luvas", bom aqui seguramente não se encaixa este bordão. As mãos nesta obra estão sem luvas e provavelmente foram mergulhadas em cerol e pregos antes de lhe socarem a face, Jack London não tem a menor sutileza na hora de retratar a crueldade e quase normalidade da natureza em cada uma das páginas em que vamos conhecendo o nosso personagem Buck.
Um cão domesticado, dócil, que sempre viveu em mordomia, um dia tem sua vida roubada, a partir do momento que o mesmo fora sequestrado e se vê obrigado a ser um cão puxador de trenós, Buck entende que ou muda e se adapta ao novo ambiente, ou terminará com suas vísceras expostas, devorado por algum outro animal selvagem.
Vamos nos familiarizando com a nova rotina, o perigo está sempre em cada curva, após cada árvore da gélida floresta, em muitos momentos senti raiva absoluta dos diversos "donos" que a vida lhe impõe, e eu não recomendo este livro se você não sabe lidar com "violência animal", sentirás uma certa impotência de não poder invadir as folhas e esmurrar alguns personagens.
Talvez a nota devesse ser um pouco menor do que avaliei, principalmente pelo sentimento ruim que as vezes o livro me causou e até por algumas passagens que de tão descritivas chegam a durar duas ou três páginas (o que prolonga o livro seguramente).Entretanto não ousei fazer isso. Depois de lê-lo, acho que compreendo a riqueza da narrativa e o quanto ela na verdade edifica este livro como um dos mais realistas que vi sobre a retratação da natureza em seu molde mais cru. Quanto ao sentimento amargo que alguns capítulos vão lhe impor, acho que não saborear o fel deles em algum instante, te tornaria até um pouco robô. Pena, raiva, angústia, tristeza é o que nos torna humanos né verdade?!
Então esteja em paz na hora de adentrar nesta obra maravilhosamente dolorida, e se adapte assim como Buck precisará.
Jucorujinha 12/06/2022minha estante
Fiquei com vontade de chorar só lendo seu texto.


Kleber 12/06/2022minha estante
Julia é um livro de emoções intensas. Não recomendo se você não souber lidar com violência animal. Mas sem dúvida é um ótimo livro!


Jucorujinha 14/06/2022minha estante
Então acho melhor eu evitar essa leitura. Obrigada pela dica.


Kleber 14/06/2022minha estante
Ele em muitos momentos me deu sentimentos ruins, mas não pela qualidade da história (que é incrível), e sim pela própria história que é pesada, triste, porém linda!


Lisa 17/01/2023minha estante
Acho que foi a violência animal que me impactou tanto.? Duro é saber que é mesmo atitude comum.




Polly 12/07/2022

O Chamado Selvagem
Buck é um cachorro enorme e afável que leva uma boa vida em um rancho na Califórnia, comendo e dormindo ao sol. Porém, durante a febre do ouro nos anos 1890, ele é sequestrado e vendido para trabalhar puxando trenós no gélido norte da América.

Passando por donos rudes e cruéis, Buck precisa lutar pela vida. À medida que aprende a se defender do porrete dos humanos e dos caninos de outros cães, ele cede a seus instintos primitivos, reconectando-se a seus antepassados.

Sem julgar ou atribuir pensamentos humanos aos animais, Jack London envolve o leitor no conflito de Buck entre natureza e civilização, criando uma fábula moderna sobre a relação do homem com o mundo selvagem.

O livro mais popular do autor. Para completar, o livro não é extenso e não traz informações desnecessárias, nem fantásticas e não apresenta enrolações e isso faz com que a obra seja enxuta e agradável. Eu gostei porque fala de cachorro, da raça Husky, eu amo essa raça! Recomendo a leitura a todos os que gostam de livros com cães, e aos que apreciam a arte da narrativa, pois Jack London é um grande narrador, capaz de cativar qualquer leitor que se aventura por suas páginas.
Naiara136 12/07/2022minha estante
Ei, ta boa? Esse Jack London num é o nazista?


Polly 12/07/2022minha estante
Ele morava na Alemanha né! Não sei muito desse autor, primeira vez que leio um livro dele.. eu avalio pelo livro? então não sei te dizer




Buell 17/07/2022

QUE HISTÓRIA!
Nunca imaginaria que uma história em resumo, narrando a vida de um cachorro seria tão sensacional! Nós moldes de "Beleza Negra" (onde se narra a vida de um cavalo) aqui conseguimos nos emocionar e nos prender a cada pagina lida.
Se você gosta de animais (ou não também) você deve ler este livro, não tem como não gostar, imperdível!
Um Surto 17/07/2022minha estante
Esses livros sempre nos pegam de surpresa kkkkkkk


Buell 17/07/2022minha estante
Com certeza Luan! E que bom pelo lado positivo ?




jucoaio 11/09/2023

? o chamado selvagem
junho/2015 ??

??:: depois da fase de diário de um banana, entrei numa ressaca literária braba (mesmo sem nem saber o que era na época) e só fui voltar a ler no ano seguinte. peguei esse livro na biblioteca da escola porque tinha um lobo na capa e eu amava lobos (KKKKK) e até hoje não sei se entendi direito o propósito da história porém também me surpreendeu e me trouxe de volta pro mundo bookstan, então considero como um bom livro!
Adamastor Portucaldo 11/09/2023minha estante
Jack London é flóóórida. E esse cachorro hein?




Jay 26/01/2021

A natureza em sua mais pura forma
Primeiro eu queria dizer que cheguei aqui enganada pelo trailer do filme com o Harrison Ford. Achei que essa era a mais uma história de amizade entre um cão e um humano. Não é, e aqui eu confesso que subestimei London. A crueza do sofrimento imposto ao Buck e a todos os outros cães nessa narrativa me chocou. Me chocou porque os cães desta história passam boa parte dela sendo apresentados de uma forma que não estamos acostumados a ver: a de meras ferramentas de trabalho, a de animais que são vistos apenas como meios para um fim, meios para o lucro, sem a menor consideração pelos seus sentimentos ou aflições. Não estamos acostumados a ver cães nesse papel.

Dói, tudo dói nesse livro. Toda a transformação do Buck, em todos os estágios da sua vida, é dolorosa. Mas, arrisco dizer, Buck sequer é o personagem principal desta obra. Penso nele mais como o veículo no qual a verdadeira protagonista transita: a natureza. Através do Buck e sua relação com o tráfico, os donos, o trabalho puxando trenós, em tudo conseguimos ver o trabalho implacável da natureza na manifestação dos instintos e na sobrevivência, e London é BRILHANTE em toda o o seu trabalho nessa representação.
Katia Rodrigues 28/01/2021minha estante
Parabéns pela excelente resenha! Fiquei com vontade de reler esse livro maravilhoso ?




Radija Praia 15/02/2016

Amantes do livro “Na Natureza Selvagem”, esse era um dos autores amados de Christopher McCandless

Publicado em 1903, “O Chamado Selvagem”, no original “The Call of the Wild”, conta a historia emocionante das aventuras de Buck (narrado sobre seu ponto de vista), um cão leal, resultante do cruzamento de uma cadela Pastor Alemã com um São Bernardo.

Buck é um cão domestico e vive uma vida de grandeza com seus donos que o amam, até que um dia ele é roubado de sua confortável casa de família pelo jardineiro, e é vendido para exploradores de ouro no Ártico onde então, começa o sofrimento em sua vida.

Forçado a entrar na dura vida de um cão de trenó do Alasca, passando de mestre para mestre, reféns dos porretes, Buck embarca em uma jornada onde terá que aprender a se adaptar, mudar hábitos para sobreviver em meio à fúria e a competitividade nesse novo ambiente. Diante das novas circunstâncias, ele começa a vivenciar seus ancestrais primitivos, encontrando a fera oculta dentro do seu corpo, transformando-se em um ser audaz.

Talvez você pense, é só isso?! Uma historia de um cão dócil que fica selvagem e nada mais?! Mas digo a vocês: não!

O romance traz em suas linhas: sobrevivência, adaptação, amizade, fé e barbárie. Seu enredo simbólico é recheado de teoria determinista. Há uma linha tênue entre Buck - um cão- e um homem. London criou uma narrativa carregada de traços naturalistas. O livro ao mesmo tempo em que traz uma história de aventura, traz também uma meditação sobre a civilização versus a barbárie.

Através de um cenário memorável e brutal em determinadas partes, London, delata os terríveis maus tratos que cachorros padecem nas mãos de garimpeiros. E tal como o autor George, em “A Revolução dos Bichos”, também aplica sentimentos humanos a animais, mostrando através dos mesmos, a capacidade do ser humano de ser transformar em diferentes ambientes.

Vide Buck, um cão domesticado, mimado por seus donos, que teve sua vida modificada radicalmente por um novo ambiente - tomado pelo frio e pela violência - onde se tornou um ser portador das características deste novo círculo.

Leitura desde já recomendada! Até então, nunca havia lido nada do autor, mas terminei este como vontade de ler outros de seus livros. O próximo com certeza será Caninos Brancos.

Editora Hedra está de parabéns pela bela capa e revisão.

Quote favorito:
“Existe um êxtase que sinaliza o auge da vida, além do qual a vida não vinga. E é tal o paradoxo da existência que este êxtase sobrevém quando se está mais vivo e ao mesmo tempo quando se esquece completamente que se está vivo. Esse êxtase, esse esquecimento da vida , é o que sobrevêm ao artista, arrebatado por uma centelha viva; é o que sobrevêm ao soldado delirante que, vencido, não se rende.” Pág. 48

@rhadijapraia

site: https://www.instagram.com/p/BAseNWfnajO/?taken-by=rhadijapraia
MORE HOT 03/05/2017minha estante
Realmente, um dos melhores livros junto a A vida nos bosques, Thoreau




Eric 20/09/2015

Magnífico
Buck é um enorme cachorro da raça são bernado que vive em uma vida carregada de majestades, porém foi sequestrado pelo jardineiro da casa onde morava e vendido para exploradores de ouro no Ártico.
Refém da lei dos porretes, Buck terá que aprender a sobreviver no meio de cães violentos, para isso ele precisará adotar o seu lado selvagem, mudar seus hábitos e demonstrar a fúria e a competitividade.
Mudando constantemente de donos, uns mais violentos que os outros, Buck passa a modificar seus costumes e começa a vivenciar seus antepassados primitivos, descobrindo a fera escondida dentro do seu corpo, se tornando aos poucos um ser inabalável e perigoso em busca do seu verdadeiro selvagerismo

Um livro curto e fascinante, carregado de traços naturalistas, a teoria determinista é explícita durante a obra inteira. Com um cenário histórico e violento, London denuncia os terríveis mal tratos que cachorros sofrem nas mãos de garimpeiros. Assim como Orweel em Revolução dos Bichos, Jack aplica sentimentos humanos ao cachorro, mostrando através de animais como o homem se modifica em diversos ambientes em busca de sobrevivência. Buck era um cão dócil, cheio de mimos pelos donos e ao ter a vida mudada drasticamente por um ambiente frio, violento e quase inóspito, o cão se tornou um ser portador das características do ambiente em que se vive. Cercado de ganância humana, Buck se torna um cachorro igual ao seus donos, sempre competitivo e violento na busca pela liderança.

A escrita do London é bem dinâmica, de fácil compreensão e profunda. Violenta e triste, a história nos permite inúmeras reflexões sobre o ser humano e a sociedade em que se esta inserido e em como somos passíveis de corrupção moral quando a busca pelo poder toma conta de nossas cabeças e nos leva a destruição de nossos princípios, substituindo-os pelo o egoísmo e violência.

Ainda que se trate de uma história de cachorro, o Chamado Selvagem não é nada infantil, e sim um livro adulto. Apesar de ser uma obra de fácil compreensão, seus personagens, principalmente Buck, possui uma imensa complexidade. Não é a toa que este livro é um clássico, Jack London critica os instintos humanos através de um cão transformado pela ganância dos homens e pela violenta sociedade com a qual convive.

Recomendo muito a leitura deste livro, é uma história curta, eletrizante e com um desfecho maravilhoso que irá emocionar qualquer leitor.
Gabriel.Morais 05/04/2017minha estante
piroka




Inlectus 16/04/2009

Belo.
A história de um cão, arrancado tão abruptamente de seu lar e sua família, conhecendo o dureza e crueldade da vida, assim como o lado mais natural dos homens, a maldade, a tudo se adaptando e tudo aprendendo. Conhecendo e amando a bondade de um coração humando uma última vez, para enfim voltar a vida de seus ancestrais, belo, belo como o respeito que todos nós deveriamos ter pelas outras vidas.
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Gil 23/05/2012

O livro narra a história de Buck, ele vivia com seus donos, sem se preocupar com nada, tudo ia bem, até que um dia ele foi sequestrado. Dai em diante é narrado tudo o que Buck irá passar. Ele será domado e assim, consequentemente castigado, já que irá sempre revidar. Após esse tempo traumático ele é levado para trabalhar como, (eu esqueci o termo exatamente), mas ele passa a puxar trenó na neve junto com outros cães. Devido a está convivência com outros cães, surgem novos conflitos. Buck passou por alguns donos, cada dono tinha seu jeito com os cães, alguns eram mais cuidadosos, outros negligentes, fazendo os cães puxarem muito mais do que realmente podiam. Em meio a isso que vamos conhecendo os pensamentos de Buck, até que ele ouve o Chamado.


O livro é bem fino e a leitura flui não só pelo tamanho do livro, mas pela narrativa também. A história tem seus momentos tristes, mas em alguns momentos emocionantes. É notável a grande sensibilidade do autor ao escrever este livro. Ele mostrou a esperteza e amizade entre raças. A capa é bonita e a diagramação é simples( páginas amarelas, boa numeração da fonte). E pra quem gosta de histórias de animais, cães, com certeza irá sensibilizar-se com a história.
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ThaisTuresso 19/09/2011


A resenha de hoje é de um livro maravilhoso que li e que não poderia deixar de resenhá-lo por aqui! Um clássico, um livro indescritível! E essa versão da Editora Dracaena está impecável!


Pelo que pesquisei Jack London foi uma lenda, um escritor que dedicou seu tempo em filisofar com as palavras descrevendo precisamente livros de mote indígenas e selvagens, florestas e suas profundidades. Sendo considerado um dos principais autores dos EUA na transição do século XIX para o século XX. Lançado anteriormente por grandes editoras, ele ganha um nova edição pela Editora Dracaena, que vem expandindo seu catálogo com livros incríveis!

O livro é pequeno, você pega para ler e não para até chegar à última página, pois a narrativa tem nuances de muita cultura da época, narrando a vida de um cão, Buick.

A narração é leve e segue te envolvendo até o final, é impossível não se comover com as atrocidades daquela época, com esses animais, onde viviam precariamente e trabalhando arrastando trenó para seus donos arduamente. Buick fora roubado, maltratado e foi forçado a viver em condições de vida precárias e irracionais. Mas ele sobreviveu. Foi líder. Adquiriu uma força descomunal, teve a audácia de se adaptar aos climas frios e rigorosos, de vencer entre os seus.

Este é o primeiro livro que leio que o protagonista é um animal, com instintos primitivos e ao mesmo tempo com características humanas. Incrível. O Chamado Selvagem é um livro com uma história indescritível, com originalidade impecável, que leva o mais ávido leitor, a uma estrada de descobertas e instintos da natureza. Recomendadíssimo!
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Bianca 29/04/2024

O chamado selvagem
Esse foi para mim o melhor livro que li esse ano, a história é linda, emocionante e muito bem contada.
Gosto de que o escritor não busca humanizar os animais e sempre procura mostrar os instintos deles de forma neutra.
Confesso que chorei em algumas partes, achei o final do livro maravilhoso.
Definitivamente merece 5 estrelas!
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Julia G 25/01/2012

O Chamado Selvagem - Jack London
Resenha publicada originalmente no blog http://conjuntodaobra.blogspot.com

"Esse primeiro roubo veio a mostrar a aptidão de Buck para sobreviver no ambiente hostil das Terras do Norte. Mostrou a sua adaptabilidade e capacidade de se ajustar às condições de mudança, cuja falta teria significado morte rápida e terrível. Mostrou, posteriormente, a decadência ou desintegração da sua natureza moral, tida como uma coisa vã e um obstáculo na luta cruel pela existência. No Sul, sob a luz do amor e da amizade, tudo foi muito bem e se podia respeitar a propriedade privada e os sentimentos de cada um. Entretanto, no Norte, sob a lei do porrete e das presas, quem quer que levasse tais coisas em consideração seria um tolo e, na medida em que Buck as cumprisse, não prosperaria." (pág. 31)

Buck vivia tranquilamente nas Terras do Sul, na vastidão da fazenda de seu dono, sendo um fiel companheiro e protetor de toda sua família. O sol conseguia aquecer aquela região, e a liberdade que tinha de passear por aquelas terras, mergulhar nas águas próximas, brincar com as crianças e descansar aos pés do dono perto da lareira, ao tempo em que cumpria suas funções de defensor, o enchiam de um grandioso orgulho.

Mas o fato de ser um são bernardo - em uma época que animas fortes e peludos eram necessárias para buscar o ouro nas frias Terras do Norte - o tirou de sua vida confortável. Um jardineiro da fazenda entrega Buck a um estranho, em troca de algumas moedas. E, assim, Buck inicia um novo momento da sua jornada, aprendendo coisas que até então não precisava aprender e precisando viver de acordo com a "lei dos porretes e das presas".

O chamado selvagem, de Jack London, não pode ser descrito como outra coisa senão instigante. A narrativa foge do comum e, apesar de mostrar os fatos de uma forma inteiramente racional e objetiva, sem se utilizar de recursos sentimentais, faz com que nos encantemos com a beleza implícita na história de Buck.

Buck, um cachorro "civilizado", arrancado de seu lar e jogado à selva, ao trabalho, ao frio, ao convívio com outros cães, aprende a viver por meio de conhecimentos ancestrais que nem mesmo sabe de onde vêm, apenas instinto selvagem e natural. E o horror da vida primitiva tira de Buck quase todos os seus traços de "humanidade". Ele respeita os homens e animais mais fortes apenas por causa das leis da sobrevivência; quase não há sentimentos de lealdade ou afeto, apenas conveniência.

O livro, apesar de ter apenas 116 páginas, não é superficial de maneira alguma. Só aviso para que fiquem atentos, já que não se trata de uma história "fofa" de cachorrinho, passa bem longe disso. O livro vai a fundo e mostra a crueldade da luta pela sobrevivência e para mostrar força aos oponentes, e os instintos são expostos tão claramente que não se consegue julgar as atitudes dos animas, apenas entender e quase sentir. Mas mostra também que, apesar dessa luta, o animal pode ter os sentimentos mais puros e sinceros do que muitos que se denominam seres humanos.

A linguagem rica de London permeia todo a história, mas, mesmo possibilitando uma leitura fácil, essa pode se tornar maçante para aqueles que não a compreenderem, por tratar-se, afinal, de um clássico. É uma leitura diferente, para aqueles que gostam desse tipo de escrita e que conseguem enchergar a excelência da obra além das entrelinhas.
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