O Ópio dos Intelectuais

O Ópio dos Intelectuais Raymond Aron




Resenhas - O Ópio dos Intelectuais


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Filino 18/12/2016

Nadando contra a corrente
Que em sua maioria os cursos de Humanidades têm uma simpatia pelo espectro mais à esquerda da política não é novidade para ninguém. Igualmente não surpreende o encanto que muitos intelectuais nutrem pelo comunismo tal como foi implantado na União Soviética. Pois esse livro é um verdadeiro petardo contra os intelectuais que abraçam o comunismo tal como uma religião secular e abrem mão (frequentemente de maneira desonesta) de analisar o lado sanguinário que permeia a história dessa doutrina.

"O ópio dos intelectuais" é daquelas obras que a gente não ouve muito falarnos cursos universitários. Mas é indispensável. Uma pena.
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Diego 23/10/2017

Derrubando mitos e jogando água gelada nos embriagados
O francês Raymond Aron "provoca" seus conterrâneos intelectuais, em sua maioria seduzidos pelo socialismo, a confrontarem seus dilemas e incoerências. Sartre não deve ter gostado deste livro.

Seguindo na linha de pensamento que procura desfazer o mito de que o homem de esquerda é moralmente superior aos demais, Aron questiona justamente esta lógica: quem foi que disse que a ideologia política tem que ser uma espécie de salvação? E por aí ele chama o socialismo, em algumas passagens do livro, de "religião secular". Não é para menos; algumas pessoas enxergam no partido político uma salvação confessional. Pura embriaguez.

Ele começa questionando o mito da esquerda. Em seguida questiona a ideia (que considera metafísica) de um proletariado que tem uma "missão histórica". Em seguida ele ataca as noções de que a história humana tem um quê de linear -- e que poderíamos "evoluir" socialmente e politicamente até chegarmos numa sociedade ideal, guiados por determinada ideologia ou liderança política. Não é bem assim; funca foi. E finalmente ele se volta aos intelectuais e questiona (não com estas palavras, claro): "O que vocês fumaram, queridos?".

Se Marx cravou que a religião é o ópio do povo, Aron rebate ao dizer que o socialismo é o ópio dos intelectuais. Capaz de faze-los criticar qualquer gesto imperialista dos EUA mas fazer vista grossa aos excessos do regime soviético (só para citar um exemplo). O livro tem este tom. Uma crítica aberta á postura ideológica de parte dos intelectuais da época do autor (marcadamente os franceses).

Leitura profunda e recomendada para quem gosta de ciência política.
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Dissensão e Tréplica 12/11/2017

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site: https://dissensaoetreplica.wordpress.com/2016/09/27/conheca-o-opio-dos-intelectuais/
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davidplmatias 02/04/2019

Ótimo livro, conteúdo rico, de importantes análise políticas de um cientista político ex progressista que se ve inclinado no fim de sua carreira científica ao conservadorismo. Contudo, apesar da importância do conteúdo, eu não aguentava mais esse livro, tinha que acabar de ler para voltar a minha rotina literária, esse livro não acabava nunca. 350 páginas que pareceram 1000. Graças a Deus terminei... Leitura arrastada e muitas vezes redundante.
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Reginaldo.Andrade 28/09/2021

Apesar de ter sido escrito em meados dos anos 50, o livro continua atual mesmo após a queda do Muro do Berlim e do colapso da União Soviética. A crítica da subserviência dos intelectuais de esquerda às diretrizes de Moscou durante o stalinismo pode muito bem ser aplicada aos fanáticos de ambos os matizes que pululam na realidade política atual, que preferem fechar os olhos aos fatos através de sua fé na "pós verdade" e na narrativa vitoriosa da vez.
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