Resenhas - Enclausurado

Jackson 01/07/2021

Um narrador que ainda não nasceu
Essa é uma das poucas histórias em que o narrador é o personagem principal. Um narrador que ainda não nasceu descreve uma série de acontecimentos com suas impressões limitadas da vida.

anna 21/06/2021

Precisa estar na onda de que substância para escrever isso?
Cansativo e maçante. No começo a ideia do narrador ser um feto na barriga da mãe parecia muito boa, mas não. Fica chato, seria um livro ótimo se umas 30 páginas dele não existissem.

Ingrid 20/06/2021

Resenha - Enclausurado
Enclausurado tem como autor Ian McEwan. O livro não é nem um pouco convencional, pois seu narrador é um feto, que consegue compreender o que está acontecendo no mundo ao seu redor. Ou seja, ele escuta a mãe, entende o que ela diz, e também o que acontece à volta dela.

Durante a narração nós vemos que existe um homem na história, além da mãe e do feto, mas ele não é o pai. O feto percebe não só isso, mas que a mãe e o amante estão tramando um plano para assassinar seu pai.

Então, o feto passa a imaginar as consequências desse assassinato. Além de não conhecer o próprio pai, que seria morto, a mãe acabaria sendo presa. E ele, o feto, nasceria como filho de uma prisioneira, dentro da prisão.

Um dos pensamentos que mais permeia a mente do feto é o fato dele estar enclausurado, preso. Ele não pode dizer pra mãe que não concorda com o assassinato, ele não pode falar pro pai o que vai lhe acontecer. Ele é totalmente dependente da mãe, e mesmo que nascesse não teria como se comunicar tão rápido.

Além de tudo, o feto é muito culto. Ele sabe citar grandes pensadores, entende de política, conhece bastante sobre muitas áreas, e está sempre refletindo sobre esses pontos. É interessante ver como ele é uma pessoa normal, como um adulto, mas preso dentro do corpo da mãe, e entendendo muito bem suas limitações como feto.

Por fim, o livro tem uma trama instigante, tanto por seu protagonista diferente, como pelas problemáticas ao seu redor. Não foi um dos melhores livros que li, mas visto que é uma leitura rápida, valeu muito a pena.


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CamilaOsterne 16/06/2021

Esperava mais
O livro tem um narrador inusitado: um feto. Inicialmente achei interessante mas com o passar do tempo fui começando a achar cansativo e maçante. Em alguns momentos o narrador viaja muito refletindo sobre a situação política mundial. Enfim, se fosse mais direto eu iria preferir mais. Se focasse apenas no enredo principal sem divagar tanto. É um livro ok. Não me conquistou.

cami 31/05/2021

me fez sentir uma espécie de raiva por todos os personagens, esperava mais do final porém não havia muito o que mudar também, diria que me arrependi, mas se arrepender é errar duas vezes, no final somos resultados de nossas vivências

dani 28/05/2021

Minha Framboesa de Ouro Literária vai para...
Ian McEwan ficou conhecido e foi premiado por obras como "Reparação", "Sábado" e "Amsterdã". Mas achei interessante a proposta de "Enclausurado", então decidi começar por esse livro. Talvez tenha sido um erro começar por uma obra não tão óbvia.

Tendo como pretensão ser uma releitura de "Hamlet" de William Shakespeare, a trama se desenvolve (ou não) entre as profundas e intrincadas elucubrações de um cérebro fetal e o planejamento arrastado de um crime.

Confesso que o narrador, um bebê ainda no ventre materno, não me convenceu com seu tom lânguido e remarcações ácidas. Em certo momento, nosso narrador afirma: "Eu sei. O sarcasmo não cai bem num ser não nascido." Que bom que ele tem consciência disso.

Na verdade, não consegui desenvolver empatia por nenhum dos personagens. Acredito que faltou profundidade psicológica. Entre os mocinhos e vilões, ninguém é cativante.

No texto da orelha da capa, é traçado um paralelo entre essa obra e "Memórias póstumas de Brás Cubas", por também ter um narrador inusitado. Em respeito ao nosso querido Machado, considero incabível qualquer comparação que vá mais além.

Acredito que tentar recriar ou se apropriar dos clássicos e obras consagradas é uma empreitada perigosa. Diria que o autor andou na corda bamba e, na minha opinião, dessa vez ele caiu. Não tive uma boa experiência com esse livro, mas não desisti desse escritor. Vou procurar pela aclamada genialidade de sua escrita em outras obras.

danielrgs 24/05/2021

Bip bip
Muito criativo. Um narrador único e diferenciado, que nem Bras Cubas foi em seu tempo. Uma história simples, com traços shakesperianos, quase um Hamlet moderno, re-imaginado. Um livro rápido, criativo e divertido, com conjecturas filosóficas feitas por um feto.

Leonardo 13/05/2021

Um ponto de vista inovador
O livro é bem interessante! A trama não é inovadora, mas o narrador e o ponto de vista de tudo é muito criativo, com boas doses de humor. Infelizmente em vários trechos a linguagem fica rebuscada demais, o que dificultou a leitura, mas nos momentos de mais diálogo fica mais fluido. No geral, eu recomendo.

Mika 12/05/2021

Escrita bem vagarosa
Admito que pulei vários parágrafos de devaneios desse ser em formação... achei que teve muitas informações sem sentido e desnecessárias só arrastando uma história que não me surpreendeu.
Eu teria gostado mais realmente se o fantasma do pai tivesse chegado e matado Claude, QUE HOMEM CHATO! Enfim, é um livro bom pra quem gosta de uma escrita mais detalhada e filosófica, eu não curti muito.

Vagner Vieira 30/04/2021

Trio assassinos
Toda a história é contada por um feto, o que a princípio é interessante. Todos capítulos começam com um monólogo intrauterino. John deve morrer, sua ex esposa e irmão planejam tudo.
Em algumas situações a impressão é de que os sentimentos e vontades da mãe são os mesmos do bebê.
Durante toda obra se estende um pouco de humor, ódio, vingança, agonia, arrependimento, sexo.
O final do livro acaba repentinamente, deixando a dúvida, uma incerteza do que veio depois. O que considero uma lástima.

Rogério 02/04/2021

O livro é muito bom por trazer a perspectiva de um feto, do que ele sente, de como é viver no espaço apertado do útero. É uma coisa que nunca tinha lido, pensado, assim como a surpresa que se tem quando se lê Brás Cubas, de Machado de Assis, e a narração é feita por um morto. Além disso, o desespero do bebê com o plano mórbido da mãe de assassinar seu pai, tendo como cúmplice o amante, te leva pelas páginas rapidamente.
Uma coisa a se destacar: as cenas de sexo, na visão do bebê, chegam a ser repulsivas.
Ele é meio lento em algumas partes, principalmente na descrição de vinhos, mas compensa muito a leitura. O início e o final são impressionantes, e há uma virada de mesa atrás de outra.

Diogo 27/03/2021

Chato
O livro até começa bem, em especial pelo ponto de vista do narrador e suas percepções. Mas fica por isso mesmo (1/3 do livro). A história que segue não é nada interessante, é previsível, fraca e arrastada.

Natália | @tracandolivros 15/03/2021

Enclausurado
"Enclausurado" foi um livro que me interessou pela ideia de ter um bebê ainda no útero como narrador, porque eu nunca tinha visto tal proposta, e poderia ser uma leitura interessante.⁠
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O que a gente espera de uma narrativa assim é algo mais simples, mais leve, e com certeza inocente, o que o autor faz? O completo contrário. Aqui temos um bebê que julga tudo e todos, que é conhecedor das mais diversas culturas, e que sabe o significado de palavras que eu, em 21 anos de vida, nunca nem vi.⁠
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Os pais desse bebê estão separados, e tudo bem, mas logo de início percebemos que o buraco é mais fundo, quando a mãe dele, grávida de quase 9 meses, passa a maior parte dos capítulos bebendo e transando com o amante.⁠
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Depois ainda vem a revelação de quem é esse amante, que eu não vou comentar, mas ao falar que essa é uma história muito semelhante — e, claramente inspirada — a Hamlet, muitos possam imaginar, nossos sentimentos pela mãe da criança ficam ainda mais dúbios.⁠
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Obviamente era intuito do autor que não gostássemos dos personagens, o problema é que em momento nenhum eu consegui me conectar com o bebê, que era de fato quem importava nessa história, e provavelmente por causa da narrativa madura dele.⁠
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A história em si é bem interessante, me manteve de certa forma presa enquanto eu lia, contudo, depois de largar o livro, não ficava me chamando a atenção.⁠
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O final é bem dentro do esperado, e um tanto corrido, pois o livro tem apenas 200 páginas e a maior parte dele ficou no suspense do que iria acontecer, quando de fato aconteceu, o livro acabou e com algumas pontas, não soltas, mas sem uma resposta concreta.⁠
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Eu encerro dizendo que esse livro não funcionou para mim, porém eu não deixo de recomendar ele, porque não é um livro que deva ser desconsiderado nem nada, inclusive, tem diversas resenhas positivas e favoritadas dele pela internet.⁠
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Se por acaso você se interessou, faça a leitura dele e tire suas conclusões, pode ser que seja uma experiência melhor. Se você gosta de Hamlet (eu ainda não li), pode ser que aprecie melhor a leitura.⁠
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⚠️ALERTA DE GATILHO: Alcoolismo, romance tóxico, assassinato.

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Ana Cláudia 08/03/2021

Já tinha tentado ler esse livro várias vezes desde que ganhei, há 5 anos. E em todas as tentativas faltou força de vontade pra passar das primeiras 50 páginas.
O personagem narrador, que é o feto, faz umas reflexões as vezes muito pertinentes mas outras vezes completamente desnecessárias, e isso é muito marcado no começo, quando a história ainda não engatou. Acho que, pelo que li das pessoas resenhando, isso era pra dar um ar irônico ao feto sabendo de acontecimentos do mundo, um 'feto intelectual'. Só que em partes só quebrava o ritmo da história sem acrescentar em absolutamente nada.
Não reclamando também de todos os monólogos e reflexões do feto, alguns são muito bons inclusive, e a trama em si é interessante.