Dois Mundos

Dois Mundos Simone O. Marques




Resenhas - Dois Mundos


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Bruno1041 22/02/2018

[RESENHA] TESOUROS DA TRIBO DE DANA - DOIS MUNDOS
DOIS MUNDOS, primeiro livro da série Tesouro da Tribo de Dana, nos apresenta um Brasil distópico onde o capitalismo ruiu, as cidades grandes se tornaram desabitadas/saqueadas e toda a geografia brasileira foi modificada.
Nossa protagonista, Marina, é a encarnação de três grandes deusas celtas na mitologia explorada pela autora Simone O. Marques. Ela é jovem e por ser o receptáculo dessas divindades é tratada com extremo respeito e cuidado para não despertar a irá das que a habitam.
Marina odeia o tratamento que os habitantes da Fazenda Tribo de Dana tem com ela e se sente sufocada principalmente por não poder fazer suas escolhas livremente. Logo, temos uma personagem teimosa, imatura, ingênua e que não possui amigos por conta de sua importância.
Em pouco mais de duzentas e cinquenta páginas vemos uma jovem enfrentar aventuras que nunca sonhou e tentar a qualquer custo ter sua identidade pessoal reconhecida e não ser somente o corpo que está protegendo três deusas poderosas.
Brian e Artur são os “Sombras”, guerreiros que tem o papel de vigiar/proteger Marina e impedir que faça qualquer ato que possa vir a machucar o seu corpo.
Brian passa a ter uma importância que para mim foi apelativa no intuito somente de trazer identificação para o público leitor que gosta de um belo romance recheado de descobrimento. Preferia que ele tivesse se tornado apenas um belo amigo da protagonista.
As referências da mitologia celta apresentada junto com os seus deuses instiga a leitura onde confiar em algum deus é incerto com risco de ser trapaceado.
Pedro é o co-protagonista mas que não traz nesse primeiro livro importância alguma ou crescimento para o enredo. Acredito que poderá ter um papel fundamental na continuação se a autora o explorar com sabedoria.
Narrado na terceira pessoa do plural cada capítulo tem um protagonista como foco. Uma hora é a Marina, noutra é o Pedro, chegando até a ter trechos onde o Brian e o Artur tem o seu destaque seja em pensamentos como em atitudes.
A escrita da autora é bastante fluída e os cenários, mesmo que às vezes não tão claros, são bem criados. Se percebe o esforço para ser convincente.
Não encontrei furos no enredo, somente alguns mistérios que espero ler suas respostas no próximo volume.
A edição física da obra por parte da editora é primorosa mas ao mesmo tempo simples trazendo mapa em seu interior que na minha opinião é fundamental em qualquer enredo fantástico.
Também, o começo de cada capítulo traz um misterioso cenário como plano de fundo. A fonte das letras são medianas bem como o espaçamento de uma linha para outra. Os capítulos são curtos, o que é ótimo para o leitor que gosta de ter pausas na leitura para respirar. As páginas são amareladas trazendo grande conforto aos olhos em qualquer horário do dia para a leitura.
Recomendo a leitura para aqueles que apostam na fantasia nacional ou em enredo onde apresentam a mitologia celta.

site: http://www.refugioliterario.com.br/2018/02/resenha-tesouros-da-tribo-de-dana-dois.html
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Libera 05/10/2017

Após a devastação que ocorreu no dia da Aurora, onde o mundo foi atingido por furacões e terremotos, poucas pessoas restaram, vivendo em pequenos grupos isolados. A fazenda Tribo de Dana é um lugar que ainda se mantem preservado. Lá vive Marina, o avatar de três grandes Deusas, que guarda dentro de si este grande poder. Seu poder é tão grande que Marina ou Pequena Dana, que é como a chamam, é protegida por guerreiros valentes que sempre a perseguem, mesmo contra sua vontade. Mas após a Aurora algo aconteceu e dois mundos estão se fundindo, deixando pessoas e seres místicos e fantásticos presos entre esses dois mundos.

A história se passa no Brasil, o que é bem legal, já que o leitor pode imaginar como estaria lugares já conhecidos. Marina que cresceu no mundo normal, agora se sente perdida, rodeada de pessoas que querem sempre protegê-la, vivendo em um lugar com costumes diferentes onde sempre é vigiada, seguida por guerreiros aos quais ela chama de sombras.
“Marina estava com dezoito anos; fazia cinco anos que Vivia na fazenda e acabara até se acostumando com a paisagem, a tranquilidade e a ausência de shopping centers, de televisão, de celular, de computador...”
A história tem como foco principal a Pequena Dana e dois de seus sombras, Artur e Brian. Após Marina ficar presa em uma caverna com eles que não conseguiram impedir a teimosia da garota, ambos ficam perdidos e tentam encontrar o caminho de volta. Brian e Artur tem um grande destaque na história já que eles estão com a Pequena Dana durante o caminho de volta para casa. Ambos são muito corajosos, e são capazes de dar a vida por Marina.

Enquanto isso Pedro que é o Oráculo da Pequena Dana, embarca em uma viagem rumo a Fazenda Tribo de Dana, para que possa ajudá-la, mas o caminho não será tão fácil. Viajando com um comboio mandado por seu tio, ele precisa chegar sozinho até a fazenda, já que ninguém pode saber a localização da mesma.
“Pedro era o terceiro do comboio de motos quando cruzaram pela Marginal do Rio Tietê, completamente mudada. Havia apenas uma pista transitável, pois o rio tomara conta das pistas expressas, com muitos destroços próximos as novas margens."
O livro é narrado em terceira pessoa, acompanhando Marina em sua jornada. O enredo é um pouco parado, sem grandes reviravoltas, apesar dos personagens que são apresentados no decorrer da história. É uma leitura bem leve e agradável, que conta com muita fantasia, em alguns momentos nos lembram contos de fadas em outros, nos remete a aventuras de guerreiros e personagens misteriosos.

A edição está perfeita, a capa condizente a história, a fonte de tamanho adequado para a leitura.
Este é o primeiro livro, então fica aquela curiosidade no final. Gostei muito da história, e vamos aguardar a continuação.
“O braço dele sangrava muito, mas o guerreiro não dava atenção ao ferimento, pois tinha de se preocupar em sair dali e manter Marina segura.”
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Nu e As 1001 Nuccias 03/10/2017

Resenha do Blog As 1001 Nuccias
Simone conseguiu uma façanha incrível. Além de imaginar um mundo no futuro, totalmente distópico, devastado, ela atribuiu as catástrofes e desastres a uma única menina de 13 anos: Marina, a representante da Deusa celta Dana na Terra.

Juro!

Em seu aniversário de 13 anos, a Deusa Dana se manifestou. Conhecido como Dia da Aurora, em que um véu colorido como Aurora Boreal apareceu em todos os cantos do mundo, este dia também ficou marcado como o início do fim do mundo como conhecemos. Desde então, a vontade da garota se torna real e a natureza está tomando seu espaço novamente.

Marina, agora com 18 anos, continua vivendo na Tribo de Dana, uma comunidade escondida na Chapada dos Veadeiros, no centro do Brasil. É sempre seguida por dois guerreiros, Brian e Arthur, a quem apelidou de Sombras, e sente muita saudade de sair pelo mundo e de seu amigo, Pedro, o oráculo, que mora em SP com sua família.

Tudo ia nesse passo, todos aguardando a Grande Deusa Dana tomar para si o corpo da garota que é seu avatar e assumir seu lugar neste novo mundo, até que... Bem... até que a teimosia de Marina faz com que ela, Brian e Arthur caiam em uma caverna estranha no subsolo do Sidhe (o lugar de respeito aos mortos).

Só que a caverna não é só uma caverna. E as visões que Marina tem não são apenas visões. Agora, ela tem de encontrar os tesouros da tribo de Dana, caso contrário todos a quem ama morrerão. Palavra de Morrighan, a Deusa da Guerra.

Dei uma resumida boa!!! Vou dar a minha opinião sobre a leitura ao mesmo tempo em que apresento personagens, ok? É para tentar não estender demais a resenha.

Bom. Marina é uma mulher de personalidade. Ela sabe que é o avatar da Deusa, que sua vontade se faz presente, mas não sabe como essa vontade afeta o mundo. Não suporta ser seguida e paparicada por todos, odeia que a achem um estorvo ou um ser frágil. E com isso, sua teimosia ganha de tudo e a enfia em confusão.

Seus guerreiros são o que foram treinados para ser, os mais belos e durões guardiões de Dana. São homens de fibra, honrados, verdadeiros lutadores e são capazes de tudo pela garota.

Além deles, temos Pedro, o amigo oráculo que está travando uma viagem de SP até a Tribo por sentir a necessidade de ajudar sua amiga. Ele simplesmente percebeu que Marina e Dana começaram seu embate para comando do corpo. O problema é que não está fazendo essa viagem sozinho. Seu primo e os capangas do tio estão com ele e não podem chegar à fazenda. E agora?

A história é incrível! A autora conseguiu um feito e tanto em pegar os deuses e heróis da cultura celta e ambientá-los no Brasil, com uma explicação muito plausível! Eu simplesmente adorei!

"(...) os olhos dela brilharam com lágrimas, que lutava para não deixar escaparem, mostrando o quão frágil estava. Vinha lutando com aqueles sentimentos havia muito tempo. Não gostava de ser tratada como um ser que não deveria estar ali, mas na morada dos deuses no Outro Mundo!"

Como vocês puderam ver, os personagens são marcantes e bem estruturados. Os diálogos foram bem feitos. A narrativa em terceira pessoa nos dá uma boa visão de tudo. Ação e aventura não faltam, intrigas e até romance. E não é romance enjoado, não!

Quando o livro acabou, eu parei e fiquei pensando "como assim? E agora, quando sai o outro? Preciso saber.....!"

Pois é! Torçam comigo para que a continuação venha logo!

Por fim, recomendo muito a leitura! Amantes de fantasia, não sabem o que estão perdendo por deixar esse livro passar. Quem gosta de distopia, também tem um prato cheio. É uma belíssima leitura e pena que passa rapidinho!


site: http://1001nuccias.blogspot.com.br/2017/09/resenha-premiada-livro-dois-mundos.html
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Edi 03/02/2017

? Dois Mundos | Publicação @butterflyeditora ? #ResenhasDaEdi
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"Dois mundos" é uma distopia fantástica regada por mitologia celta, aventura, amor e destruição.

Marina era uma jovem de 13 anos quando descobriu ser o avatar de 3 deusas celtas: Dana, Morrigan e Brigitte, carregando consigo poderes de cura e morte.

Então vieram as três ondas, cada uma trazendo destruição ao mundo.

Agora é 2021. A terra estar completamente destruída e os poucos sobreviventes se reúnem em grupos que contam com um líder. Na fazenda Tribo de Dana vive Marina, protegida por guardiões e reverenciada por todos, Ela é a pequena Dana, receptáculo da grande Mãe.

Infelizmente -ou não- Marina não estar feliz com toda a adoração que a cerca, e não lembra de nada que aconteceu quando o véu entre os dois mundos foi rompido. Ela que vive longe de toda a destruição, deseja uma vida normal e não suporta ser seguida de perto por seus guerreiros guardiões (os sombras).
Numa de suas demonstração de independência ela entra em um local sagrado, ignorando Brian e Artur, seus guardiões e o que eles encontram do outro lado vai mudar o futuro, não apenas dos três, mas também da humanidade.
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"Dois mundos" é uma história bem diferente das que sou acostumada mas gostei, Marina é uma adolescente com o destino traçado, uma guerra entre Deuses nas mãos e muita teimosia.
Como é o primeiro livro de uma série ele é bem introdutório, nos situando no ambiente e a cerca das lendas celtas. Senti falta de mais páginas, fiquei frustada ao perceber que quando a historia finalmente ia começar, o livro acabou!

Mas é um bom livro e cumpre seu papel como fantasia, só me resta aguardar o Livro II.

Nota: 3,5/5?
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"E, depois da segunda onda, eu soube que era uma guerra entre deuses, e que nós, meros mortais, éramos como peças em um jogo que acabara ser inventado e do qual desconheciamos completamente as regras."
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Fernanda @condutaliteraria 11/09/2017

A história se passa em um futuro distópico, o ano é de 2021 e a terra está devastada. Muitas pessoas morreram e as que conseguiram sobreviver vivem em um mundo onde reina o medo e o caos.

Marina, com apenas 13 anos de idade descobriu que na verdade é o avatar de três grandes deusas celtas: Dana, a grande mãe, Brigith, a deusa da luz e Morrigan, a deusa da guerra e da destruição. Ela é muito poderosa, mas não tem consciência do seu poder e dos desastres que pode causar apenas com a força do seu pensamento.

Hoje, com 17 anos, Marina vive em uma fazenda com sua família, druidas e guerreiros treinados para protegê-la. É a Fazenda Tribo de Dana, em Chapada dos Veadeiros, onde as pessoas vivem como no tempo dos Celtas.

Dois Mundos é uma distopia fantástica, dividida sob o ponto de vista de Marina e de Arthur e Briam, dois dos guerreiros de Dana.

Após uma rebeldia de Marina, que não aceita ser vigiada o tempo todo, eles acabam sofrendo um acidente e indo parar em um outro mundo. Neste mundo terão que juntas os tesouros da Tribo de Dana para poderem retornar para casa.

"... você sabe que os Dois Mundos estão se encontrando... Sabe que os Deuses irão retomar o que lhes foi tirado por tantas eras..."

Temos ainda Pedro, personagem que representa o oráculo de Marina. Nesse livro ainda não tivemos muito a seu respeito, mas como se trata do primeiro livro, creio que virá mais pela frente.

A autora desenvolveu uma trama fluida e conseguiu mesclar elementos fantásticos com conceitos reais na medida certa. A mitologia celta é bem descrita, o cenário perfeito e os personagens cumprem seu papel.

Gostei muito da história criada por Simone, ainda mais a parte da mitologia Celta, que aumentou muito minha curiosidade durante a leitura e por passar no Brasil, é bom ver cenários tão conhecidos.

Marina é uma personagem que me conquistou por sua personalidade forte e determinada e olha que ainda estamos no primeiro livro. Então, imagino o que venha por ai.

“Encontre os tesouros da sua tribo e cumpra seu papel.”

Cheio de ação, magia, mitologia e um romance que promete, Dois Mundos surpreende em seu conteúdo e deixa o leitor ávido para a continuação.

A edição está impecável. Capa linda, com diagramação perfeita e cheia de detalhes que dão um toque especial e não encontrei nenhum erro.

Recomendo para todos que curtem uma distopia fantástica!
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Paula Juliana 18/02/2017


Não faço ideia de como começar essa resenha. Não é segredo para ninguém que amo de paixão fantasia e que 90% das minhas autoras preferidas escrevem esse gênero. Então quando recebi em parceria com a Editora Butterfly: Dois Mundos - Tesouro da tribo de Dana # 1 - de Simone O. Marquese, com essa capa lindíssima, e essa sinopse que consta uma promessa de fantasia, mitologia e distopia, é claro que eu fiquei maluca e fui correndo ler. Não me arrependi em momento algum.
Dois mundos mistura estilos, é uma história criativa e original, que com uma protagonista geniosa e juvenil promete proteger o mundo, ou melhor, proteger o que restou dele após a terceira onda!

Vamos começar do início, a leitura é daquelas que começa aguçando nossa curiosidade, uma narrativa envolvente e caótica, nos é apresentado um personagem, Pedro, que logo descobrimos ser o oráculo da história, com Pedro vêm a profecia, pois o que é uma boa história mitológica sem uma profecia? Impossível não ter, principalmente na mitologia Celta que tem inúmeros Deuses, druidas e uma ligação harmoniosa entre todos os elementos.

Porém, essa obra não é somente mitologia e fantasia, é uma distopia, e como sabemos o que prevalece no estilo é o caos e a destruição. Cinco anos antes do Dia da Aurora, Marina essa menina de 13 anos é uma jovem Brasileira que carrega dentro de si o poder de 3 Deusas, não sendo o bastante Marina é o avatar delas, podendo ser digamos que usada pelas Deusas para transmitir suas mensagens, Dana - a Grande Mãe, Morrigan - Deusa da Guerra e da destruição e Brigitte - Deusa da Luz.

Cura e morte!
São em três ondas que chega a destruição da terra. Então, chegamos a 2021 - cinco anos depois do Dia da Aurora ou o apocalipse. A Terra está devastada, apenas alguns grupos de sobreviventes, entre eles está a Fazenda onde aos 18 anos Marina vive. A moça está completamente descontente de sua vida, viver sem modernidades e presa, seguida sempre de perto por seus guardiões, guerreiros que chama de Os Sombras. Entre eles estão Brian e Arthur que logo embarcam em uma louca aventura com Marina e descobrem UM NOVO MUNDO.

O livro é simples, direto e envolvente. Original, cheio de nuances que elevam a história que poderia ser simplesmente um romance fantástico. Adorei a escrita da autora, a diagramação e o capricho da obra são palpáveis. Os personagens são envolventes, temos aquela busca pela salvação do mundo, misturado com a mitologia das Deusas e a busca pelos tesouros de Dana, é um primeiro volume, acredito que a história ainda vai crescer muito e espero continuar acompanhando.

Indico Dois Mundos - Tesouro da tribo de Dana # 1 - de Simone O. Marques para os apaixonados pela Mitologia Celta, sei que não é tão popular quanto a Mitologia Grega e Nórdica, e pelo seu diferencial é uma das minhas preferidas, indico para os fãs de distopia e fantasia, é um prato cheio. E principalmente é muito rica por seus personagens e misturas de estilos, com certeza adorei passar um tempo em companhia da pequena Dana. Recomendo!

site: http://overdoselite.blogspot.com.br/
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Lids 25/07/2017

Dois Mundos - Simone O. Marques
Um daqueles livros que nos fazem acreditar nas obras de fantasia nacionais *-*-*

Já havia falado algo parecido na resenha de As Faces da Luz (Tatiane Durães) e repito que são com livros como estes, com mundos complexos e bem elaborados, que voltamos a acreditar que o Brasil tem um grande potencial para livros da fantasia.

Apesar de a sinopse ressaltar que o livro se trata de uma distopia, é inegável que os elementos fantásticos são o ponto central da trama do livro. Marina é a reencarnação de três deusas célticas, uma delas sendo Morrigan, a Deusa da Morte e da Guerra. O mundo entrou em colapso após Marina usar seus poderes para extinguir todas as armas de fogo do mundo; e depois ainda gerou uma destruição em massa, por meio de terremotos, maremotos e outros desastres naturais.

Com apenas 18 anos e tendo toda essa responsabilidade de ser a "Pequena Dana", aquela escolhida pelas três deusas célticas, vive isolada da maioria das pessoas. O povo de sua tribo a teme, evitando contato físico ou próximo com ela. Não é de se espantar que um dia ela se revolte e resolve explorar uma caverna dentro de um templo sagrado em sua tribo, é seguida pelos seus Sombras, que são responsáveis pela sua proteção e eles acabam presos nesta caverna e indo parar em um lugar desconhecido.

A narrativa oscila entre dois núcleos. O núcleo de Marina e seus Sombras: Artur e Brian, seus protetores, que estão explorando esse lugar desconhecido no qual foram parar; e o núcleo de Pedro, o jovem escolhido para ser Oráculo de Marina, que está em sua jornada para chegar até a Tribo onde ela mora. A divisão da história em dois núcleos permite uma visão mais global do impacto que o surgimento de Marina nas demais localidades do Brasil.

Simone O. Marques explora a mitologia celta dentro da realidade brasileira da maneira interessante, porém com um roteiro pouco inovador. Em certos momentos no núcleo de Marina, é visível a clássica Jornada do Herói, com elementos de roteiro que são previsíveis demais, o que torna a leitura cansativa do meio para o final. Apesar disso, os personagens são aprofundados na medida certa logo no início do livro, o que prende o leitor pela curiosidade e pelo vínculo formado com os personagens.

É um ótimo livro, apesar do roteiro clássico de livros de fantasia, com a Jornada do Herói e tudo. Ainda se mostra interessante, com uma mitologia rica e personagens carismáticos. A impressionante escrita de Simone O. Marques é grande diferencial, ela não perde tempo com detalhes inúteis e entrega um livro de aventura sem frescuras e bem direto ao ponto.

Recomendo para quem gostou de As Faces da Luz (Tatiane Durães), A Chave de Rondo (Emily Rodda) e A Quinta Onda (Rick Yancey).

Disclaimer: Este livro foi recebido em parceria com a Butterfly Editora. No entanto, as opiniões contidas nesta resenha crítica são de responsabilidade da autora da mesma

site: https://cacadorasdespoiler.wordpress.com/2017/07/25/dois-mundos-simone-o-marques/
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Arca Literária 25/06/2017

resenha no link http://www.arcaliteraria.com.br/dois-mundos-simone-o-marques/

site: http://www.arcaliteraria.com.br/dois-mundos-simone-o-marques/
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Verônica 22/06/2017

Dois Mundos - Tesouros da tribo de Dana, Livro 1 - Por Pensamento Literário
Após ler esse livro fiquei pensando nas diversas maneiras de iniciar essa resenha. Há inúmeras abordagens para a introdução de um texto, mas optei pelos detalhes da obra. Não vou dar spoiler, todavia acredito que um resumo da estória é necessário.
A narrativa ocorre no século XXI, a tribo de Dana é uma fazenda localizada na Chapada dos Veadeiros em Goiás. Logo, há um mapa que contempla os cenários dos acontecimentos, por isso alguns locais realmente existem e os outros são fáceis de imaginar. Dessa forma perpassamos territórios como: Ribeirão Preto, Uberlândia, Brasília, Pantanal e a Ilha de Mar que fica em outra realidade.
Nesse mundo distópico conhecemos Marina que é um avatar, mas precisamente “a representação física de uma deusa celta chamada Dana” (p. 10). Toda ficção é em terceira pessoa, o que nos permite um olhar mais abrangente sobre os acontecimentos da obra. No primeiro capítulo temos uma visão bem pessoal do avatar da deusa por intermédio do relato de Felipe, um ex-padre que acompanhou a descoberta dos poderes de uma menina que acabava de completar treze anos. Por essa descrição entende-se que tudo aconteceu em ondas; exatamente três. A primeira foi o desejo da protagonista em destruir as armas de fogo, deixando apenas as consideradas armas brancas. A segunda foi movida pelo desejo de justiça e como tal destruiu todo e qualquer templo religioso. Já na terceira, surgiu através da devastação da terra. Em seguida ouve uma divisão temporal, mudando o calendário para d. A (depois da Aurora), pois esse fato aproximou dois mundos, surgindo: oráculo, sacerdotes, guerreiros, druidas, fadas, deuses, duendes e outros elementos sobrenaturais. Fábulas se tornaram reais e interligou-se com o ambiente dos humanos.
Passam-se cinco anos, Marina se desenvolveu e agora com 18 anos está apta a começar sua aventura. Essa não sabe muito sobre a deusa, apenas que é um casulo e que seu futuro é incerto. Ela representa as três faces da deusa: a donzela, a mãe e anciã e por mais confuso que possa parece em minhas palavras isso não ocorre com a escrita da autora. Conforme as informações vão sendo decodificadas somos surpreendidos por um universo único, com ingredientes essenciais para ser cativado. Somos sugados junto com a heroína para outro mundo, e isso inclui seus “sombras”, os cavaleiros que são responsáveis pela sua segurança, ou como nomeados: os guerreiro de Dana.
É no Sídhe, o local de descanso dos mortos, o ponto de partida para o destino que os aguardam. Ao ser transportado para um mundo paralelo somos envolvidos pelas teias de romance, perigos, coragem, acasos, divino e celestial. Além disso, a autora mistura a mitologia grega com pitadas da celta, irlandesa e da escandinava (as que conheço). Somos permeados por lendas, fábulas, folclore e seres mitológicos. Toda essa gama de figuras permite uma significância primordial para trama, promovendo dessa forma ação do começo ao fim. É perceptível o talento de Simone e o quanto a mesma estudou sobre sua criação, a curiosidade é um ingrediente que aguça a leitura, deixando o ledor eufórico, devorando cada página. Sou suspeita para falar, dado que amo esse gênero literário, mas com toda a certeza a literata nasceu para transformar a magia em escrita e consequentemente na efetividade real de como a fantasia pode assumir ideias fascinantes e arrebatadoras.
Ganhei esse livro de presente pela renovação da parceria entre as editoras Butterfly e Petit e confesso que fiquei extremamente feliz, pois esse volume já estava na minha lista. Como de práxis a equipe gráfica está de parabéns, já que a capa e a diagramação estão lindas, os detalhes são minuciosos e perfeccionistas. Por fim, fui sucumbida por esse exemplar e indico a todos. Estou ansiosa aguardando a continuação e espero ser tão maravilhosa quanto esse.

Então, você já leu? Quer ler? O que achou? Aguardo sua opinião nos comentários.

site: http://pensaliterario.blogspot.com.br/2017/06/resenha-dois-mundos-tesouros-da-tribo.html#.WUx9vtLyvIU
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Camila Lobo 17/06/2017

Resenha: Dois Mundos (Por Livros Incríveis)
Marina é uma garota que, por sua aparência, é normal. Mas acaba por aí. Ela é o avatar, uma "casca" para Dana, uma poderosa Deusa que faz parte da tríplice celta. Por isso, Marina vive isolada com a Tribo de Dana numa fazenda no centro-oeste brasileiro, para que seja protegida. Cinco anos do que causou a destruição no país, a garota, nervosa por ser tão presa, resolve desafiar seus guardiões, e junto com eles, se metem em uma enrascada. Agora, eles precisam procurar e encontrar os tesouros raros que só eram contados nas histórias.

Quando Dois Mundos foi lançado no ano passado, li a sinopse e deixei passar, não tinha me interessado pela história, confesso. Recentemente, porém, a editora enviou o exemplar como cortesia e fico muitíssima feliz em dizer que tive uma ideia absolutamente errada do que seria a história de Marina. Mais feliz ainda que tive a chance de ler uma distopia fantástica (mais fantasia, ao meu ver) que chama a atenção pela originalidade.

"Você carrega forças poderosas dentro de si, mas não poderá usá-las em sua plenitude. É apenas um casulo, minha linda, que aprisionou três mulheres muito diferentes. [...] Três deusas poderosas presas juntas. Saiba que todas nós lutaresmos para sermos libertadas."

O que mais chama a atenção é que ao mesmo tempo que o livro parece uma distopia, pelos cenários devastados ao longo do país. O Rio de Janeiro, por exemplo, desapareceu por tsunamis, as usinas nucleares de Angra exalam radiação. Há grupos de saqueadores, cidades destruídas, um verdadeiro cenário apocalítico. Entretanto, há uma divisão para a fazenda Tribo de Dana. Como o lugar não foi afetado pelos poderes da Deusa Celta - que faz parte de uma tríplice, são três deusas no corpo da jovem - trata-se de um lugar quase que fantasioso, com druidas e sacerdotisas, excluindo a tecnologia que havia no mundo no momento (ainda que haja tribos indígenas vivendo de modo semelhante no país).
A distinção foi um tanto interessante, mas gostei ainda mais de quando a história alavanca, com Marina e seus guardiões - Brian e Artur, caem em uma caverna e a partir daí, entram no que parece ser um mundo deslocado. Fica confuso saber se eles ainda estão no país, em lugares desconhecidos por eles, ou de fato em um mundo novo. O fato é que a fantasia que acontece em Dois Mundos é semelhante aos contos de fadas. Para que o trio possa coletar os tesouros, eles precisam enfrentar de irmãs que se transformam em aves a uma feiticeira que morre e deixa um mistério.

A única coisa que me desagradou foi o triângulo amoroso que a autora parece inserir no fim da história. Ao longo de todo o primeiro volume, a tensão romântica entre Marina e Brian é bem construída e convence o leitor, já que há química entre os dois. Entretanto, no fim, Simone O. Marques inseriu Artur no meio da história de ambos de forma desnecessária, eu diria, já que a obra funciona muito bem sem o triângulo amoroso. Artur é um ótimo personagem, tanto quanto os outros dois, mas que eu não acho que funcione bem em um romance, dada sua personalidade e a forma que pareceu ter se apaixonado absolutamente do nada.
Outro ponto a se destacar é que, paralelo a história da protagonista, há a história de Pedro, o oráculo da Deusa. E é por ele que o leitor acompanha a destruição ao longo do país, já que ele precisa encontrá-la. Essa parte também é bem interessante e também com certo toque de magia e mistério, que fica a cargo de Líban e Merlin, uma garota e seu cachorrinho que são encontrados ao longo de São Paulo pelo garoto.

A conclusão é repentina, encerrando o primeiro livro de forma aberta, sem nem metade dos tesouros coletados e com um grande gancho para o próximo volume, além de o que considero ser uma pequena pista para o próximo nome. Felizmente, não me irritei tanto com o fim, de certa forma, abrupto, porque não foi um livro de reviravoltas e segredos, ainda que fique intriga para ler o que vai acontecer.
Resumindo, Dois Mundos foi um livro que não esperava muito, mas que pude dar uma chance e acabou se tornando um dos ótimos livros fantásticos que tive a oportunidade de ler. Válido também porque o gênero normalmente é tomado por terras inventadas, e esse se passa em nosso país.

site: http://porlivrosincriveis.blogspot.com.br/2017/06/resenha-dois-mundos-simone-o-marques.html
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Denise @nise.rodrigues 14/06/2017

As pontos ficam soltas, mas a histórias é envolvente!
No Dia da Aurora e nos que se seguiram, a população mundial sofreu grandes perdas, os seres humanos precisavam retomar a sua conexão com a natureza e com os deuses, desapegar de sentimentos egoístas e aprender a viver em situações extremas. Foi nesse dia que Marina, uma jovem brasileira, mostrou o porquê era considerada avatar de três deusas celtas. Ainda com pouca idade, a jovem não sabia da grande responsabilidade que estava em suas mãos: o destino de dois mundos.

Ainda criança Marina fora levada à Fazenda Tribo de Dana, um verdadeiro refúgio situado na Chapada dos Veadeiros e o lugar era muito mais que uma simples fazenda. Por lá os antigos ensinamentos e rituais celtas ainda eram preservados pelos druidas, guerreiros e seus descendentes. Não havia televisão, celulares ou internet, eles viviam da terra, do culto às deusas e deuses celtas, um lugar sem influência do mundo globalizado e que se mantinha através dos ensinamentos de seus ancestrais.

Marina é o avatar de três grandes deusas celtas: Dana, Brigith e Morrigan e isso trouxe grandes problemas à jovem e sua família. Para muitos religiosos ela era vista como o anticristo, assim ela e todos que a adoravam deveriam ser mortos. A Fazenda era o refúgio perfeito, lá a “Pequena Dana” estaria segura, sendo protegida por seus guerreiros e ensinada a controlar seu grande poder pelos sábios druidas. Mas o fanatismo religioso e o medo pelo desconhecido transformou a Fazenda em um campo de guerra e desencadeou ondas de poder que devastou a Terra.

Cinco anos após o Dia da Aurora e da grande devastação, Marina ainda não se acostumou com seu posto de Grande Deusa. Agora com 18 anos, nunca mais havia saído da Fazenda e apesar de rodeada de mimos e cuidados era muito solitária. Tirando poucas pessoas de sua família, todos os outros a tratavam de modo respeitoso, mas superficial. Só lhe dirigiam a palavra se ela falasse primeiro, era seguida por seus Sombras (guardas treinados para mantê-la segura) a todos os lugares, parecia que o medo do poder da deusa sempre falava mais alto e isso a aborrecia. Cansada de ser incompreendida, a jovem se afasta da Tribo e acaba caindo em um lago, mas é salva graças a Brian e Artur, os Sombras, mas naquele momento o véu fora rompido e ao voltar à superfície eles não estavam mais no Mundo que conheciam e nem imaginavam as surpresas que os aguardavam.

Sou super apaixonada pela cultura celta e desde que conversei com a Simone na Bienal do Livro fiquei bastante curiosa com a sinopse do livro. Confesso que iniciei a leitura com um pé atrás: distopia, mitologia celta no Brasil e pelo fato de que Marina é o avatar de **três** deusas, mas deixei o receio de lado e dei chance à história.

Apesar de ser um pouco imatura e teimosa, as queixas de Marina são altamente aceitáveis. Ela vive com muitas restrições e todos a tratam de modo muito superficial e formal esquecendo que apesar de ser uma deusa, ainda é uma jovem que gostaria de ter amigos que não a adorassem/temessem. No decorrer da história há uma pequena evolução de sua personalidade, mas nada muito exagerado.

Brian e Artur são guerreiros formidáveis com personalidades bem distintas e que também enxergam Marina de formas diferentes. Enquanto Brian a vê como uma jovem com grande responsabilidade, Artur a vê como uma deusa intocável e punitiva. O contraste é legal para aproximar os personagens e a relação entre os três vão evoluindo no decorrer do livro, mas acredito que será melhor explorada na continuação.

No geral, o livro possui uma boa narrativa, mas acredito que o excesso de repetições sobre a condição de Marina e do romance que surge diminuem um pouco o ritmo da leitura. Enquanto outros temas que poderiam ser melhor explorados são abordados superficialmente. Como é caso do plot de Pedro, que achei super interessante, mas são passagens super rápidas que só te deixam mais curioso e que ~ ainda~ não temos mais detalhes. Algumas respostas poderiam ser deixadas no decorrer do livro, sobre a ligação do Brasil com os celtas e porquê a Fazenda está em nosso território, senti falta disso.

Apesar de gostar da leitura, achei que ficou com *muitas* pontas soltas e alguns personagens não foram bem explorados por isso. Queria saber mais sobre as três deusas celtas e suas lutas pelo corpo de Marina. Esperava encontrar algumas dessas informações já nesse primeiro livro e tantas aberturas me deixaram um pouco frustrada, mas acredito que no(s) próximo(s) livro(s) toda a história fluirá muito melhor, já que o pano de fundo já está todo montado. #Ansiosa!

O ponto alto para mim foi a releitura das lendas e deuses celtas feita pela Simone, a metade final do livro é muito mais dinâmica justamente por eles! Para quem curte a cultura celta vai se deliciar como ela abordou e inseriu na história. Eu achei muito criativo e tornou a aventura de Marina mais fantástica! Amei! ♥


site: http://www.entrelinhasfantasticas.com.br/2017/06/resenha-dois-mundos-simone-o-marques.html
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Silvana 06/06/2017

Em 2016, quando completou treze anos, Marina descobriu que era o avatar de três deusas celtas, Dana, a grande mãe; Morrigan, a deusa da guerra e da destruição; e Brigite, a deusa da luz, e que existia uma fazenda, a Fazenda Tribo de Dana, na Chapada dos Veadeiros, escondida em um parque nacional onde as pessoas viviam como os antigos povos celtas, sem qualquer tipo de tecnologia. Entre eles viviam druidas, druidesas e os guerreiros de Dana. Quando chegou ao local, Marina foi recebida como uma celebridade, todos a chamavam de deusa, de Dana, de Pequena Dana e fizeram todas as suas vontades. Mas então alguns grupos religiosos começaram a dizer que Marina era o próprio anticristo e começaram a formar grupos para acabar com ela. Foi então que a destruição chegou em forma de três ondas e o apocalipse aconteceu. A primeira onda destruiu todas as armas de fogo, a segunda todos os templos religiosos e a terceira, o mundo todo. Na Fazenda o evento foi chamado de Dia da Aurora.

Quem estava na fazenda foi poupado, mas no resto do mundo a destruição foi quase total, poucos sobreviveram. E muitos ainda morreram de doenças por falta de atendimento médico no período de adaptação após o ocorrido. Foi o caso da mãe de Pedro, que no dia fatídico estava na fazenda, mas que saiu de lá a procura de sua família. Isso aconteceu há cinco anos e aos poucos as pessoas que restaram foram se organizando, chamando os locais de Rede, mas a situação ainda é precária. E Pedro ultimamente vem sentindo que precisa voltar para a fazenda. Os druidas da Tribo haviam-no chamado de "Oráculo" e como está conectado a Marina, ele sente que precisa ir até ela. Para chegar até a fazenda ele precisa pedir um carro para seu tio, que é o comandantes da Rede onde eles vivem e seu tio insiste que seu primo Tiago vá com ele. E no caminho enquanto pensa em uma maneira de despistar Tiago, ele acaba conhecendo Liban, que pertence ao Outro Mundo.

Marina agora está com dezoito anos. E não aguenta mais ser tratada com tanto cuidado. Ela só queria ser como as outras garotas, mas as pessoas não veem a Marina e sim a deusa Dana, por isso ela vem fugindo do treinamento que deveria estar recebendo. Ela tem de tudo, mas se sente presa. Ela não tem um minuto sozinha e onde vai, pelo menos um de seus quatros guardiões está com ela, tanto que ela os apelidou de Sombras. E num ato de rebeldia Marina acaba entrando no Sídhe, o lugar dos mortos e dois de seus Sombras vai com ela, Brian e Artur. Um acidente acontece e eles acabam caindo em uma caverna e Marina tem uma visão onde é avisada que ela abriu o véu que separa o mundo dos mortais do Outro Mundo. E ao abrir o véu, Marina acaba libertando antigas divindades, e agora para salvar seu povo, ela tem que encontrar os Tesouros da Tribo de Dana. O destino da humanidade está em suas mãos.

"Desesperada, Marina viu sua mãe, suas irmãs, seus tios, seus avós. Todos mortos. Sem conseguir suportar a dor, caiu de joelhos e as lágrimas desceram pelo seu rosto enquanto soluçava sentindo um vazio insuportável, que jamais sentira antes.
— Isso pode ser evitado. Encontre os tesouros de sua tribo e cumpra seu papel — a voz aveludada sumiu e a água envolveu Marina, sufocando-a."

Eu já conhecia a escrita da autora. Faz alguns anos que eu li Agridoce e gostei bastante do que eu li na época. Mas como esse livro era de um gênero bem diferente, não sabia o que esperar. Amo qualquer história que tenha mitologia e ainda aliado a essa edição maravilhosa, as expectativas eram grandes. E gostei do que li apesar de ter achado a história bem mais juvenil do que eu esperava. Mas em parte foi bom, porque me lembrei das histórias da Série Vagalume, o livro tem aquela mesma pegada. Os capítulos são curtos o que deixa a história bem ágil e quando a gente percebe já terminou, e fiquei querendo a continuação. A autora soube mesclar uma história futurista, com as crenças antigas muito bem e ainda acontece aqui no Brasil, que é um ponto super positivo.

Já os protagonistas, deixaram um pouco a desejar. A Marina está com dezoito anos, mas se comporta como se tivesse treze, quatorze, e os meninos são mais velhos que ela, mas também tem um comportamento abaixo da idade. Isso me irritou um pouco. E a Marina também me deu nos nervos boa parte da história. Cheguei a lembrar da Eadlyn, de A Herdeira. O comportamento delas era muito parecido. Mas aí temos que levar em conta que ela foi criada sendo tratada como uma deusa. Mas depois que ela percebe a enrascada que se meteu, ela deixa o comportamento mimado um pouco de lado. E outra coisa que não gostei muito, foi que a autora quis inserir um bendito triângulo amoroso entre a Marina e seus Sombras, que com certeza vai ficar mais forte nos próximos volumes.

Mas em contrapartida temos Pedro, um personagem muito interessante. A história se divide entre o que está acontecendo com a Marina e o que está acontecendo com Pedro e acho que ele tem muito à oferecer para a história. E uma coisa que amei foi a parte mitológica. A autora soube inserir isso muito bem na história e despertou tanto minha curiosidade, que até fui pesquisar mais sobre o assunto. Quanto a edição eu já sabia que a Butterfly era incrível, mas ainda assim me surpreendi com o capricho do livro. Está perfeito. É daqueles livros que a gente para de ler para admirar a edição. Tirei algumas fotos, mas nem de longe dá para mostrar o quanto ele é lindo. Enfim indico o livro pra quem gosta do gênero e para quem ama ter edições maravilhosas na estante.


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Kamilla 19/05/2017

Eu não esperava gostar tanto do livro!
O livro conta a história de Marina, uma adolescente que aos 13 anos descobriu ser o Avatar das três deusas Dana (a Grande Mãe), Morrigan (Deusa da Guerra e da destruição) e Brigitte (Deusa da Luz) . Ela não tem muito noção do seu poder - que é a junção dos poderes das três deusas-, e acaba destruindo muito o mundo, através de ondas que devastaram a terra. Um exemplo é que Marina desejou que não houvesse mais armas de fogo e todas elas derreteram. Sentiram o poder?! Pois bem... Cinco anos se passaram, 2021, Marina agora vive na Fazenda Tribo de Dana, na Chapada dos Veadeiros, onde tem tudo o que precisa, menos liberdade. Ela não pode sair da Fazenda e até pra andar por ela, precisa de guerreiros (que ela chama de sombras).

“Os mortos não são perigosos, Artur. É dos vivos que devemos ter medo.”

Em paralelo a isso, conhecemos também o Pedro, um amigo da infância da Marina, que esteve presente na Fazenda e viu a Marina exercendo seu poder, na última onda até então. E a destruição fora tão grande que ele, por mais que estivesse a salvo na Tribo, resolveu voltar para sua casa, para saber como os seus pais estavam. A mãe falecera, só restou o pai e a irmã. Passaram os cinco anos, e ele sentiu que Marina precisava dele... resolveu então voltar a Fazenda. E vamos acompanhando a jornada dele.

O maior foco é na Marina, geralmente são dois (ou mais) capítulos seguidos sobre, e depois vem um sobre o Pedro. Segue nessa linha. Vamos conhecendo melhor sobre a Marina, os seus sombras, Pedro e o que aconteceu - no que muitos chamam de Apocalipse. Gostei bastante do desenvolvimento da trama, me vi ali dentro do livro, vivenciando tudo, com raiva, cheio de amorzinho.

“– Minha mãe sempre dizia que nossos pés não devem nos levar para trás, por mais difícil que seja o caminho à frente.”

A Marina estava bem tediosa, porque desde que chegara a Fazenda só vivia sendo seguida por seus guardiões e não podia sair dali pra mais nada. Um dia ela começa a andar pela fazenda e por conta do seu orgulho e teimosia, ela acaba caindo (com os seus sombras) em Um Outro Mundo. Lá, ela descobre que precisa ir em busca de um tesouro pra salvar a tribo, seus familiares. É uma aventura e tanto, os Sombras são maravilhosos, defendem e não tem medo de defender a Marina (ou a Pequena Dana, como também é chamada).

Dois Mundos é um livro de fantasia fantástica, mitologia celta e ainda é uma distopia. Poderia ter dado muito errado, mas não, foi o contrário. Foi uma leitura incrível, a autora soube abordar tudo de um forma que não deixa nada confuso ou forçado. Os personagens são muito bem construídos e ela até me fez um pouco de trouxa, já que no começo achei que iria vir um triângulo amoroso. Mas até o final do primeiro livro, não aconteceu nada gritante em relação a isso. Inclusive, não tem muito romance e olha que pra mim a leitura fica melhor com um casal (sou romântica, me julguem! rs), claro que ao longo do livro rola um climinha entre Marina e um dos seus sombras (que já considero pacas), é crível o carinho principalmente dele por ela. Mas tudo pode mudar, esse só é o primeiro livro...

Como vocês podem perceber é um livro de tirar o fôlego e de não largar por nada. Essa foi a minha sensação durante a leitura, é intrigante, é até angustiante em certas cenas, fofa em outras, mas sem dúvidas é uma história incrível de se acompanhar. Não vejo a hora de ler a continuação! Sobre a narrativa em específico, é muito fluída e sem encheção de linguiça (como falam por aí). Claro que se explica e descreve o que aconteceu e os porquês, mas nada arrastado ou cansativo.

Sobre os detalhes: A Editora Butterfly teve um cuidado maravilhoso com a obra, cada início de capítulo tinha um destaque, nas mudanças de datas ou locais era descrito no início do capítulo. Algo que me incomodou um pouco foi a fonte ser pequena, já vi menores, mas o livro só tem 200 e poucas páginas, poderiam ter aumentado um pouquinho. Avistei alguns errinhos de digitação, mas nada que atrapalhe.

Comentário final: Se vocês gostam de livros que tenha em sua história amizade, aventura, aflição, adoração e amor sem dúvidas irão gostar muito de Dois Mundos. Foi uma grata surpresa pra mim, não esperava gostar tanto da história. Espero que leiam e depois venham me contar o que acharam!

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Milena @albumdeleitura 01/05/2017

Dois Mundos
Dois mundos é o primeiro volume da série Tesouros da tribo de Dana narra um futuro distópico em terras brasileiras, mais precisamente no ano de 2021, depois do Dia da Aurora (Apocalipse).

A causa disso? Marina, uma jovem de 18 anos que carrega os poderes de três deusas celtas. Ela é aquela que cria, acolhe e mata. Vive na Tribo de Dana, localizada na Chapada dos Veadeiros, o único território que parece ter saído ileso após a devastação. Após sofrer uma tentativa de assassinato por parte dos líderes católicos, Marina é superprotegida e cercada de guerreiros chamados por ela de Sombras, dentre os quais destacam-se Brian e Artur. Insatisfeita por ser tão idolatrada por todos, acaba desafiando os guerreiros e entra em um lugar sagrado chamado Sídhe. É assim que ela abre o véu que separa o mundo dos mortais do Outro Mundo, libertando antigas divindades e embarcando em uma aventura que parece não mais ter fim... E é aí que percebe que o destino da humanidade está em suas mãos.

"Encontre os tesouros de sua tribo e cumpra seu papel."

Paralelamente a esses acontecimentos, conhecemos Pedro, o Oráculo da Deusa, que esteve ao lado de Marina no Dia da Aurora. Sentindo que a protagonista corre perigo, ele decide partir para prestar-lhe socorro. E é quando conhece a simples e bela, porém misteriosa, Liban.

O livro possui uma escrita muito envolvente, regada de mistério, mitologia, amor proibido (entre uma deusa e um mortal), amizade, aventura e reflexão. Os personagens são simplesmente apaixonantes e, apesar de a história ser um pouco corrida, consegue ser bem compreendida do início ao fim, tendo as amarras necessárias para deixar o leitor bem curioso extasiado. A edição está maravilhosa! A Editora Butterfly caprichou!

Devo ressaltar que fiquei esperando por algo semelhante ao que acontece nas narrativas de Juliet Marillier, autora da série Sevenwaters, porém, o fato de o livro não possuir um fechamento e o núcleo de Pedro não ser tão bem trabalhado, deixou a narrativa a desejar. Certamente, minha opinião (classificação) poderia ser outra se já tivesse sido lançado o segundo volume da série, que dá continuidade a essa narrativa. Não tenho dúvidas de que leria o mais rápido possível, para saber qual o desfecho de Marina e seus amigos após embarcar nas aventuras e desventuras pelo Outro Mundo.

site: http://albumdeleitura.blogspot.com.br/2017/05/eu-li-e-voce-98.html
Nina @vicioseliteratura 01/05/2017minha estante
Capa liiinda, liinda, liiiiiiiiinda!


Milena @albumdeleitura 01/05/2017minha estante




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