Paty Gazza 02/05/2023"Ele falava com os livros, como se fossem amigos.Perguntava a Flaubert o que achava disto ou daquilo e abria o livro e obtinha respostas.
E isso deleitava-me."
Afonso Cruz constrói, de forma muito peculiar e por vezes irônica, uma narrativa única que discute qual é o papel e a utilidade da arte (mais especificamente da literatura) em um mundo onde as coisas são cada vez mais valorizadas por seu aspecto financeiro, e ele consegue fazer isso de forma sensível e habilidosa, mesmo em tão poucas páginas.
Esse livro é, em sua essência, uma carta de amor à arte e como ela nos ajuda a (sobre)viver dia após dia, nos lembrando de que, às vezes, tudo o que precisamos fazer é passar a mão no espelho embaçado após o banho até vermos um sorriso.