Corações nas Sombras

Corações nas Sombras Allan Francis




Resenhas - CORAÇÕES NAS SOMBRAS


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Anna Bonniee 19/09/2017

Sensacional!
CORAÇÕES NAS SOMBRAS – ( Allan Francis )
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Fantasia não é um genêro que eu leia com frequência, então independente de eu estar apta ou não para comentar a obra, eu recomendo que vocês leiam e tirem suas próprias conclusões.
O livro tem uma escrita fácil e contínua, mesmo com suas 736 páginas.
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No ínicio do livro até metade ( mais ou menos ) confesso que fiquei muito confusa com a quantidade de personagens e reinos diferentes.
Quando eu tentava assimilar algo, já mudava para outros personagens e locais.
Posso tentar descrever como vários quebra-cabeças dentro de um caixa, e quando você conseguir montar todos, também tem que conseguir encaixar um no outro.
Em contrapartida, o que me fez prosseguir com a leitura foi que eu achei a história cativante.
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Corações nas sombras’, inicia com a história do reino Ifíanor, que em tempos antigos um elfo chamado Círdan criou um acordo de paz entre os reinos e exilou os orcs em Agonia.
Depois de muitos anos os centauros foram até Agonia e abriram um portal, mas este foi fechado por Círdan com magia.
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Existem seis talismãs que estão separados, já que juntos possuem um grande poder.
O castelo de Dankar, que tinha um talismã protegido pela feiticeira Selene, foi atacado e de uma forma bizarra através de magia negra , e agora existe um demonio dentro dela.
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Tem muita diversidade na história, como dragões, trolls, magos, anões, híbridos, elfos, golens, entre outros seres fantásticos.
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As peças vão se juntando gradualmente, e aquelas narrativas anteriores que pareciam desassociadas em determinado momento vão começando a fazer sentido, mas eu achei a trama bem complexa.
allanfrancis.salgado 10/10/2017minha estante
Obrigado amiga pelo reconhecimento




Acervo do Leitor 26/09/2016

O início de uma grande aventura!
Presságios de Guerra é o primeiro livro da saga Corações nas Sombras do autor brasileiro Allan Francis que têm já planejado outras 4 continuações, publicado em setembro deste ano pela editora portuguesa Chiado. A obra nos transporta para o mundo de Ifianor, local de magias, intrigas, guerra e criaturas místicas, tais como elfos, anões, orcs, demônios, dragões, goblins, entre outros.

“Quando Cirdan terminou o selo, apenas ele e outras quatro pessoas ainda estavam vivas... Uma raça inteira tinha sido praticamente extinta. ”

Ifianor é dividido em dois continentes: Primas e Pallas, que por sua vez abrange diversos reinos, entre eles o reino de Damatia, cuja figura governante recai sobre os ombros de sua rainha e seus exércitos, estes que são compostos pelas guerreiras do reino, em Damatia os homens não governam e tão pouco participam das principais decisões. Temos Lessália, reino dos elfos governado pelo orgulhoso e arrogante Tirdan, que acorrentado nas entranhas de seu ego, comum aos elfos governantes, mantém uma distância inapropriada aos outros reinos, tratando-os sempre com indiferença e inferioridade. Temos o isolado reino de Draconia, lar dos dragões comandado pelo poderoso Elegibur. E Dung-Dhar reino dos anões do norte, cuja liderança recai sobre o martelo poderoso e o orgulho feroz do assim considerado Deus por seu povo, Morghom. Há diversos outros reinos e cidades importantes, entre elas Abak, que será palco de um dos principais núcleos da história. Ao todo o mundo de ifianor é composto por 18 reinos e alguns outros pequenos reinos e principados.

“A Guerra cobra seus maiores tributos dos mais inocentes”

Ifianor é um mundo complexo com suas diversidades de raças e culturas, para amenizar e tentar controlar os ânimos dos reinos mais exaltados foi criado o Alto Conselho, que por sua vez obteve autonomia em suas decisões a partir dos tratados de reinos e raças, assinados por seus respectivos governantes há aproximadamente 200 anos, quando acabou o que ficou conhecido como as Guerras Seculares e os orcs, demônios e grande parte das ameaças foram levados para Agonia e presos sob um poderoso selo de magia. O Alto Conselho é composto por várias cadeias de responsabilidades e decisões, todos os reinos são integrantes deste comitê, que têm sua liderança figurada no poderoso elfo Cirdan.

Nossa história começa quando misteriosos atentados são realizados em diferentes partes do mundo, sejam eles proferidos na ilha de Sisam, onde um exército de orcs atacou a cidade e matou várias pessoas ou no castelo de Dankar, lar de um dos seis talismãs detentores de poderes extraordinários e guardado pela poderosa maga Selene. Outro ataque ocorreu nas montanhas de mercúrio onde um dragão negro de aspecto mortal aterrorizou e ceifou durante um ritual religioso. A partir daí temos as consequências destes ataques e a sombra de uma guerra pairando sobre os céus de Ifianor.

“ - No que estava pensando Itzanami?
- Como as coisas mudaram, como o destino nos joga de um lado para o outro como galhos de árvores em um vendaval... Bastou um dragão negro descer jorrando fogo que tudo que tinha se perdeu “

Acompanhamos o livro através de diversos pontos de vista, são vários personagens de variadas partes do mundo e com objetivos diferentes. Todos eles são muito bem trabalhados, e ao que à primeira vista pode denotar uma conotação simples e rasa na construção dos personagens, ao longo do livro é interessante acompanhar esta evolução, sublinhando as mudanças em suas personalidades e no modo de agir. Seja ele o forte guerreiro que ao longo do livro vai definhando em suas desconfianças ou na pobre moça que se sente insegura e com o decorrer dos eventos se torna um símbolo de poder e esperança.

O livro detém uma escrita bem simples e direta, por mais que seja um livro grande, com pouco mais de 730 páginas, não há prolixidade em demasia por parte do autor. Na obra encontramos bastante cenas de violência e algumas passagens com clara conotação sexual. A primeira parte do livro não me agradou muito, seja pela narrativa inicial ou pelas descrições das primeiras batalhas, que não me prenderam como esperava. Entretanto, há de se notar a evolução muito clara da história, principalmente a partir da segunda metade do livro. Todo o amarrar do enredo e o rumo a que ela se deu me cativou instantaneamente, as batalhas melhoraram consideravelmente assim como a clara e evidente evolução da narrativa, todos os personagens tiveram seus momentos no livro, naturalmente por haver diversos, sempre há aquele a qual você não simpatiza, da mesma forma que há outros que lhe farão acompanhar detidamente sua trajetória.

“Melkina fechou seus olhos e pronunciou algumas palavras. O olho de Selene voltou à cor normal, mas algumas escamas negras permaneceram. Selene sabia o que ela estava fazendo, quis gritar para que não fizesse aquilo, mas era tarde...”

Acredito que esta é a proposta da obra, ser mais minuciosa na primeira metade e mais explosiva e voraz na segunda. Mesmo sendo um livro grande que se não fosse por sua letra pequena, facilmente passaria a barreira das 1000 páginas, não me senti fadigado e cansado em nenhum momento. Os personagens te prendem na primeira metade, e a história, a tensão, as intrigas e as descobertas são o grande trunfo da segunda. O final é muito bom, beirando ao espetacular, amarrando muito bem as pontas soltas e criando outras novas ainda mais empolgantes.

Um ponto negativo são os erros de ortografia e alguns de diagramação e formatação encontrados ao longo do livro. O trabalho de revisão não foi apropriado e em contato com o autor ele se mostrou bastante descontente com estes elementos e já está providenciando suas efetivas correções.
Em suma Corações nas Sombras é um ótimo livro de literatura fantástica nacional, com uma história complexa e personagens muito bem construídos ao longo de um mundo gigantesco. É indicado para todos os amantes de Fantasia e até mesmo para aqueles que nunca se aventuraram no gênero.


site: http://acervodoleitor.blogspot.com.br/2016/09/resenha-08-coracoes-nas-sombras-vol-1.html
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Vanessa Boedermann 20/10/2017

Corações nas Sombras | Blog Corredora Literária
O autor nos apresenta Ifíanor com seus dois continentes, reinos e vilas. Por razões desconhecidas os talismãs de Ifíanor são roubados, há muita disputa pelo poder e veneração. Não só os humanos, anões e elfos entram nessa disputa como também os dragões e criaturas nefastas do mundo inferior (Agonia).

“O grande dragão desceu e pousou à frente da irmã e a balsa ficou atrás dele. A fera olhou para Tallis, sorriu e incinerou Nicte Ha.”

É uma história bem complexa, que mostra a diversidade de raças desses continentes e até mesmo como funciona o comércio entre os reinos.

Há quatro núcleos de personagens que seguem uma ordem padrão e vão se misturando aos poucos no decorrer da narrativa. De início você pode achar que está perdido e não entendendo nada, mas fique calmo porque o livro tem muitos jatos de fogo! Falando em fogo, você também descobrirá sobre Draconia, uma ilha onde somente os dragões podem habitar.

“Enquanto ela caía viu uma sombra, era maléfico e aos poucos entrava na boca de Selene e, no meio de suas pernas, eles se beijaram.”

Você encontrará cenas com conotações sexuais pertinentes a trama.
Há muitos jogos políticos, troca de favores e toda a sujeira de quando se busca o poder.

Batalhas fantásticas e mágicas com cenas muito bem detalhadas, cheguei a ficar com o estômago revirado em cenas de canibalismo e estupro por exemplo, como também chorei ao final de um capítulo que trata sobre almas vagantes.

A religião de cada raça de Ifíanor também é bem explorada durante toda a trama.
Personagens fortes, carismáticos e muito bem trabalhados.

Ao primeiro impacto você percebe mais a mudança das personagens femininas “frágeis” para mulheres fortes, mas isso também ocorre com os personagens homens o que equilibra o dois gêneros.

“Foi aí que ele viu uma pequena mão de criança negra - dedos finos, havia garras no lugar das unhas - timidamente saindo pela boca de Selene. Quando Alfris segurou aqueles pequenos dedos e com sua faca cortou três deles, houve um urro que lhe causou calafrio, e ele ouviu um nome dentro de sua cabeça.”

A mitologia que o autor criou para esse livro é incrível, é fantástica. Os personagens são muito bem trabalhados e é impossível não se apegar a eles. As pontas soltas que foram deixadas para o próximo livro estão me deixando sem dormir de tanta ansiedade. Ele possui uma escrita limpa e muito fluída.


SENTENÇA
Indico com certeza esse livro a todos os leitores, sejam eles amantes de qualquer gênero literário. Sério! Vocês têm que ler essa obra!
Livro recomendado para quem quiser iniciar no gênero alta fantasia e/ou quem quiser ler o primeiro calhamaço na vida. Não se intimide com o tamanho do livro, leia cada dia um pouco e no seu ritmo, pois garanto que vai amar assim como eu!
Um livro envolvente do começo ao fim, não houve nenhuma parte que ele tenha esfriado.

Só gostaria de saber o porquê de uma editora grande no Brasil ainda não ter divulgado o trabalho desse autor, pois sua escrita não deixa nada a desejar para os grandes nomes da literatura estrangeira.


Pontos a melhorar:
Revisão do texto. A editora Chiado deixou muito a desejar nesse quesito, deixo claro aos leitores que isso não impede o entendimento da história e
Uma das orelhas do livro está vazia, poderia ser colocado por exemplo os endereços de mídias sociais.

site: https://corredoraliteraria.wordpress.com
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Thiago.Mello 18/09/2017

Corações nas Sombras é o melhor livro do ano
Confesso que não esperava muito deste livro, por se tratar de um livro nacional, os livros de fantasia que saem aqui não são muitos bons, então admito que até hoje não li este ano um livro tão bom, complexo sem ser enfadonho, inteligente sem nos confundir, fantástico, simplesmente o melhor livro do ano. Uma fantasia com todos os requintes que se espera. Disparado o melhor livro de fantasia nacional, porém possui erros de revisão .
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Bruno.Oliveira 12/10/2017

Melhor leitura de 2017!
Livro sensacional que mostra um mundo fantástico repletos de elementos e seres conhecidos pelo público do gênero de fantasia como Elfos, Anões, Orcs, Dragões, feiticeiros, entre outros, mas que também tem uma vasta gama de raças criadas pelo próprio autor. Uma obra complexa com uma narrativa bem descritiva, mas que ao mesmo tempo é bem fluída, por conta da forma usada pelo autor, colocando seus personagens em situações, que faz com que o leitor leia o livro compulsivamente! Recomendo a todos fãs do gênero de fantasia que gostam de obras como "Senhor dos Anéis", "World Warcraft" "As Crônicas de Gelo e Fogo", entre outras, vão se deliciar com essa obra!
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Thais.Paizon 18/09/2017

UMA FELIZ DESCOBERTA
Um livro que quebrou paradigmas, tinha um certo preconceito com autores nacionais e também com a editora chiado que peca demais em revisões, a revisão deste não foi ruim, mas o livro, que livro excelente, um livro de fantasia que veio colocar a fantasia nacional em um novo padrão, estamos falando de algo que esta no mesmo nível de autores internacionais. Excelente livro.
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João 03/01/2017

O mundo fantástico mais interessante do ano.
Corações nas Sombras foi sem dúvida um dos melhores livros lidos por mim em 2016, e o mundo fantástico mais interessante que conheci esse ano.

A historia se passa em Ifianor, um mundo fantástico dividido em dois continentes onde a magia existe porque as pessoas acreditam nela, e onde raças convivem hoje em harmonia graças a um tratado, feito após uma guerra que terminou com a quase extinção dos centauros.

A narrativa de Presságios de Guerra, livro um da série, é muito bem construída e dinânica Lenta sim, de inicio, detalhista e minuciosa, o que é bom por te apresentar muito bem o universo ao qual você foi inserido e os personagens que você irá acompanhar. Explosiva em sua segunda parte.Você se vê terminando um capítulo ansioso para começar outro.

Semelhante a obra de George Martin, aqui os capítulos são do ponto de vista dos personagens. Sejam eles humanos, magos, elfos, centauros, todos tem uma capacidade intensa de encantar e cativar o público com sentimentos e características verdadeiras, pelas quais todos passamos, nos levando a nos identificar com eles em algum momento de sua jornada, seja lutando contra demônios internos como Selene, tendo dúvidas de fé como Nami ou sendo totalmente cético como Gael, até mesmo sentir-se sufocado por um amor como Alásia.

Um livro que fez o que outros livros de fantasia não conseguiram. Me envolver e me fazer mergulhar em seu universo, ficando sedento por mais. Presságios de Guerra não deixa nada a desejar a qualquer fantasia gringa mundo a fora. Digo mais, Corações nas Sombras deve ser louvado, por afinal, ter um escritor brasileiro que soube muito bem criar um universo e uma mitologia, envolver seus leitores e criar personagens tão maravilhosos e "humanos". Merece muito mais que cinco estrelas. Merece um reconhecimento gigantesco.

allanfrancis.salgado 03/01/2017minha estante
Excelente resenha, obrigado




Lucas.Machado 21/12/2017

A fé e o medo caminham lado a lado em “Corações nas Sombras”
Em “Corações nas Sombras”, somos levados ao típico universo que desfruta da paz, que foi conquistada com muito esforço em uma união entre as raças para combater um terrível mal que os assolou há 200 anos atrás e selando-o em outro universo chamado de “Agonia”. Os responsáveis pela manutenção dessa paz são os membros do Alto Conselho, que resguardam pelo pacto entre raças em prol da paz.

Ao longo do livro, somos apresentados a diversos personagens, cada qual com suas características específicas e suas cicatrizes particulares também. Mas o que os une é um grande dragão negro, que corta o céu como o presságio do caos, mostrando seu sorriso maléfico como a morte. Este sinal é o início de toda uma conspiração por trás dessa paz que fora construída até então, por trás dessa reviravolta está o mago Tanor, a feiticeira Alessandra e Goldax, “O Imortal”, um orc mitológico que consegue junto a essas dois primeiros atravessar o selo e avançar em prol da liberdade e glória de sua raça que até então havia sido banida.

“O dragão não tinha compaixão em seu olhar, mas uma maldade refinada pelos séculos de existência. Mas o que mais se destacava era o sorriso — já havia visto algumas dezenas de dragões, mas nenhum que sorrisse de fora dissimulada e amedrontadora.”
Os personagens mais frequentes na história são Alfris e Selene, o primeiro é o guardião de um castelo e a segunda é uma grande feiticeira protetora de uma dos seis talismãs mágicos que foram utilizados para selar os inimigos dos reinos. O segundo é Tallis e Itzanami, dois jovens pertencentes ao grupo dos viajantes, o primeiro é um “caçador”, lendário guerreiro deste grupo, a segunda é sua irmã e vista como “inútil” por grande parte da população pois a mesma detém um defeito físico em sua perna, ambos são surpreendidos com a morte de um ente querido pelas chamas do dragão sorridente. Ilron e Alásia são jovens discípulos do Templo da Luz, um local que prepara jovens para o combate e a mágia, ele é sobrinho de Cirdan, o elfo presidente do Alto Conselho, ela é futura rainha de Vescra, que tem sua independência tirada por conta de um casamento arranjado por seus pais.

Outros personagens frequentas em “Corações nas Sombras” são o comandante Leon, a subcomandante Sarah e o misterioso elfo Cogar, os dois primeiros são responsáveis pela segurança de Abak, um reino intransponível que está nas mãos do corrupto prefeito Sorog, que a todo momento tenta tirar Sarah e Leon de sua “jogada”. O terceiro foi encontrado na Ilha de Sisam, uma das ilhas atacadas pelos orcs de Goldax e que Leon fora investigar o ocorrido, entre todos os mortos, ele foi o único sobrevivente. O último personagem tido como “protagonista” é o humano Gael, um inventor que constrói maquinas colossais que substituem a magia, ascendendo o debate sobre a necessidade da mesma naquele universo e criando diversos inimigos pela sua frente, incluindo Tirdan, o rei de Lessália e de todos os elfos.

“Havia poucas pessoas nas ruas. [Leon] Conhecia todas — senhoras, comerciantes, guardas. Em seu coração uma sensação de desolação surgiu. Temeu perder tudo aquilo, temeu que sua cidade fosse destruída.”
Após os cruéis episódios, todos se encontram no conclave do Alto Conselho, em que os problemas são apresentados e soluções prévias também, mas o futuro de Ifíanor até então se mostra com os dias contados, fazendo com que àqueles de coração puro se curvem as sombras em movimentos desesperados e com que a esperança seja apenas uma mera luz no fim do ano. A salvação para este universo depende de muitos fatores, entre eles o cumprimento de algumas profecias que serão reveladas durante o livro e da resolução de muitas intrigas palacianas e de mistérios que assolam figuras veneradas como deuses. Portanto, embarque em “Corações nas Sombras” e encare o fim de tudo.

“A fé é o que move este mundo.” — Tirdan, rei de Lessália

site: https://medium.com/revista-subjetiva/a-f%C3%A9-e-o-medo-caminham-lado-a-lado-em-cora%C3%A7%C3%B5es-nas-sombras-97dd9cfd919e
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TigreBranco 16/03/2022

Alan Francis.... Lança o segundo por favor... NAO AGUENTO MAIS!!!
O livro é incrível, o adquiri em 2018 por recomendação de uma ex, e fiquei 1 mês esperando pra adquirir pois estava sem estoque... E olha... Esse livro.... Esse livro.. É fantástico! Minha melhor leitura de 2018 e meu xodo literário. Me sinto muito feliz por ele ser uma obra nacional, e triste ao mesmo tempo, por literatura não ser tão influenciada em nosso país...

A leitura é boa de inicio ao fim, devorei todas as paginas em uma semana, e eu trabalhava MUITO na época, tem combate, tem macetagem (embora não seja lá pra um livro hot), tem traição, tem um dragão que fica rindo igual um psicopata e tocando o caos no mundo (meu personagem predileto, tirando o casal principal) tem de tudo! Tem até elfo caçando treta com anão.
E agora estou triste por ainda não ter lançado o segundo livro... Obrigado por escrever corações nas sombras Alan Francis, mas lança o segundo por favor kkkk.
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Gleyzer.Wendrew 02/05/2017

Ótimo livro!
Corações nas Sombras é um ótimo livro. Mesmo pegando emprestado raças já consagradas (elfos, anões, orcs entre outras) o autor consegue inovar e dar originalidade à sua história. Seus personagens, fugindo de clichês, são originais e muito bem construídos... Uma excelente fantasia nacional!
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Danilo Sarcinelli 28/10/2017

Colossal!
Corações nas Sombras de Allan Francis Salgado é um livro colossal em vários aspectos. Desde a construção do mundo é soberba até a caracterização dos personagens, todos bem desenvolvidos, com suas próprias vozes e motivações. Para mim, porém, o ponto alto ficou com a escrita por vezes dinâmica por vezes poética do autor, sem falar da trama envolvente que nos deixa presos do início ao fim. Serão cinco volumes essa história e o que mais desejamos ao fim desse livro é poder voltar ao mundo de Ifianor e continuar devorando os próximos capítulos.
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Orlando 19/07/2017

Corações nas Sombras: Presságios de Guerra, de Allan Francis
Em Corações nas Sombras: Presságios de Guerra, o autor brasileiro Allan Francis convida seu leitor para uma extensa viagem pelo mundo fantástico de Ífianor, um mundo repleto de reinos diversos, governantes poderosíssimos, magos e criaturas fantásticas de toda ordem.

Pelo caminho dos que adentram os reinos criados por Francis, pode-se encontrar elfos, anões, centauros, humanos, orcs, dragões, feiticeiros e muitos outros seres e raças numa miríade digna do que há de mais tradicional em livros do gênero Fantasia.

Em Presságios de Guerra, primeiro livro de um total de 5, com suas quase 800 páginas, é uma grande, grande mesmo, introdução ao mundo criado por Allan Francis para contar uma jornada épica para salvar Ifíanor de uma guerra de dimensões catastróficas que se aproxima.

Repleta de detalhes e com uma rica mitologia cronológica, a história de Francis é um deleite para os amantes de detalhes contados por muitos pontos de vista e com um grande número de personagens se alternando na ação e nos atos da obra em locais do reino fantástico criado pelo autor. Então, prepare-se para um leitura densa e extremamente imersiva.

OS PRESSÁGIOS COMEÇARAM: AGONIA E O VÉU
A guerra que ameaça o mundo de Ifíanor remete ao passado histórico que persiste na memória dos muitos reinos desse mundo.

Há muito tempo atrás a raça dos centauros tentarou romper os limites da realidade física de Ifíanor e adentrar o estranho mundo de Agonia, um mundo quase como o avesso de Ifíanor ou uma realidade paralela corrompida, um mundo inferior repleto de energias obscuras, criaturas sombrias e uma malignidade latente em tudo que existe nesse estranho mundo cujo poder desperta a cobiça da raça dos centauros.

Para chegar até Agonia é precisar passar pelo Véu, algo como uma barreira ou substância que separa mundos diferentes, no caso Ifíanor e Agonia.

As ações dos centauros para romper o Véu em Soronto não passaram despercebidas pelos muitos reinos e seres poderosos de Ifíanor, dentre eles o elfo Círdan e muitos dos magos mais poderoso do reino como Tanor, sua irmã Tania, Morlila (esposa de Círdan) e Selene.

O que se segui foi uma das batalhas mais devastadores de Ifíanor, quase extinguindo a raça dos Centauros e levando ao sacrifício da esposa de Círdan, Morlila, grávida na ocasião do incidente do portal, bem como a perda de um de seus braços, a morte de Tania, irmã de Tanor, bem como a perda de muitos outros magos e guerreiros.

Círdan ergueu um poderoso selo que isolou Agonia de Ifíanor, um poderoso encantamento antigo passado por gerações e gerações da família real, um encantamento tão antigo que as lendas dizem ter sido usado para aprisionar os antigos deuses da mitologia de Ifíanor.
Esse acontecimento mudou tudo em Ifíanor: elfos, orcs, anões, dragões e outras raças precisaram estabelecer novas regras e um tratado para proteger tudo e todos.

Os talismãs foram espalhados pelos reinos de Ifíanor, confiados a guardiões poderosos ou cuja identidade é um mistério completo, uma salvaguarda para evitar que os poderosos artefatos caiam em mãos erradas. Mas há olhos rondando na escuridão...

"Agonia era o nome dado pelos primeiros magos a romperem o véu e chegar naquele local. Situava-se numa camada inferior ao mundo comum, era um mundo paralelo, uma das camadas da realidade que foi distorcida com a prisão da deusa da destruição Velda, nos primórdios da criação."

CORAÇÕES NAS SOMBRAS E O TRIPÉ DA NARRATIVA: CENÁRIO, TRAMA E PERSONAGENS
A quase totalidade da obra de Francis gira em torno de conceituar seu mundo, apresentar seus personagens e suas motivações e construir gradativamente sua aventura numa narrativa que sabe alternar momentos de explicação, conceituação e ação ao longo de seu desenvolvimento.

Francis tem excelente domínio do que escreve e ao optar por blocar sua história nos muitos pontos de vista de sua gama de personagens acaba dando ao leitor uma panorama geral de seu mundo e de suas particularidades.

Ao "distribuir" uma trama complexa e detalhada entre seus personagens principais e seus coadjuvantes, o autor nos permite viajar pelos vários reinos de Ifíanor e suas particularidades e isso já nos primeiros capítulos, quando muitos dos protagonistas são apresentados aparentemente de forma isolada, mas já deixando antever que todos irão se encontrar em algum momento para que a trama, um imenso quebra-cabeças, seja montado peça a peça em conjunto com os muitos personagens e cenários da obra.

IFÍANOR: OS CONTINENTE DE PALLAS E PRIMAS
Ífianor, mundo fantástico onde se passa a história do livro, é dividido em dois imensos continentes, Pallas e Primas, onde cada um conta com grandes e influentes reinos com diverso níveis de poder político e militar, como, por exemplo, Damatia, Lessália, Minos, o Principado de Dankar, Physara, Narda, Vescra, Gringor e Dûng-Dhar, apenas para citar os mais ativos neste primeiro livro.

O Reino dos Dragões há muito rompeu relações com o mundo dos homens e o seu ínfimo contato se dá apenas através de seu representante no Alto Conselho.

É nesse vasto e rico cenário que o leitor irá viajar e participar de uma rica trama fantástica envolvendo criaturas, reinos, artefatos místicos e uma conspiração que esconde os priores segredos de muitos dos personagens da obra.

ALFRIS, SELENE E O CERCO AO CASTELO DANKAR
A linha mestra da narrativa de Corações nas Sombras se inicia com a apresentação da dupla Alfris e Selene; ele um poderoso guerreiro integrante chefe da guarda de proteção do castelo Dankar, residência de Selene, uma das magas mais poderosas dos reinos de Ifíanor, não por acaso guardiã de um dos talismãs de poder.

Ao lado de Alfris está seu irmão Aag, que ouve durante toda a noite uma voz sussurrar em seu ouvido que a morte o espreita. Não tarde para que os presságios murmurados na mente de Aag se concretizem durante um rápido e pesado cerco empreendido por Tanor ao castelo de Dankar em busca do talismã de posse de Selene.

Assim começa a caçada pelos demais talismãs, com um alto custo em vidas e com Selene vítima da um feitiço de possessão de ódio que colocou em seu corpo um demônio que em alguns meses dominará seu corpo e aprisionará sua mente na escuridão e sofrimento.

ALÁSIA, ILRON, MESTRE ABEL, SEUS AMIGOS E O TEMPO DA LUZ
Alásia está quase concluindo seu período de aprendizado no respeitado Templo da Luz ao lado de seu amigo elfo, Ílron, sobrinho do poderoso Círdan, responsável por selar Agonia na batalha que quase extinguiu o povo dos Centauros; ao lado da dupla estão vários amigos e companheiros de treinamento no Templo da Luz.

Preocupada com seu vindouro casamento arranjado para superar rusgas entre seu reino e o reino do príncipe Éder de Vescra cuja capital é a imponente cidade de Vanir, Alásia buscava em seus treinamentos uma fuga temporária para as responsabilidades que lhe foram impostas ainda muito cedo; mal percebendo que muito mais ainda lhe seria cobrado antes do fim deste dia.

Sob a supervisão de mestre Abel que pretende exigir de seus alunos o máximo de suas habilidades físicas, mentais e mágicas, Alásia e seus amigos foram divididos em trios para serem testados de uma forma que vai mudá-los drasticamente, sobretudo Alásia.

O resultado do severo teste servirá para escolher os melhores alunos para saírem em uma caravana especial protegendo e transportando um segredo conhecido por poucos: um dos talismãs de poder sob a guarda do Templo da Luz.

A estratégia terá como objetivo desviar a atenção daqueles que buscam os demais talismãs após o ataque ao palácio de Dankar e que vitimou Selene com um demônio adormecido em seu corpo.

LEON, SARAH, COGAR E A CIDADE PORTUÁRIA DE ABAK
Abak é a segunda maior cidade de Damatia e a maior cidade portuária do reino de Ífianor. Por ela as rotas de comércio passam em grande intensidade: pessoas e mercadorias constantemente precisam aportar na cidade e seguir para o interior do continente. Abak é um enorme centro de poder e influência, não à toa possui um dos melhores e mais eficazes sistemas de proteção, para que nada aporte na cidade inadvertidamente...

Leon, capitão da guarda de Abak era o segundo em comando na importante cidade. Seu cargo ficava apenas abaixo do prefeito da cidade. Leon goza de imenso prestígio na cidade portuária, sob seu comando a estrutura de alfândega da cidade funciona sem falhas ao lado de um sistema de segurança praticamente inexpugnável.

Devido a sua posição estratégica e influência, Abak é constantemente visada e, como toda cidade de intenso comércio e fluxo de pessoas e suas mercadorias, é alvo de jogos de poder, organizações diversas, políticos de intenções duvidosas e seus asseclas.
Entre os grandes inimigos de Leon em seu posto está justamente o prefeito Sorog, cujos acordos para o futuro da cidade tem em Leon um grande obstáculo, um que precisa ser removido rapidamente, pois o tempo para quitar estes acordos está acabando e muito se cobrará de Sorog caso falhe.

Mas o jogo de poder em Abak não é regido apenas pelos cargos oficias e Leon tem no submundo seus próprios aliados e contatos, cujos olhos, mãos e ouvidos estão atentos a tudo e Marisa é uma dessas aliadas com poder e influência no submundo de Abak.
Mas também há os soldados de confiança de Leon, sobretudo Sarah, jovem corajosa e calculista que tem em Leon não só seu mestre, mas um tutor a quem deve muito respeito e uma fidelidade ferina...

Em meio a rotina de comércio da cidade, um incidente nos arquipélagos de Sisam mobiliza a saída de Leon da cidade a pedido do prefeito. A contra gosta Leon parte junto com um pequeno grupo e ao seu lado seus homens de confiança: um ataque de Orcs dizimou várias vilas pelo arquipélago... O grande problema? Orcs não eram vistos em grupos organizados há muitos e muitos anos em Ífianor...

Em Sisam um novo elemento se adiciono ao lado de Leon nas estranhas equações que se montam no cenário sombrio que em breve se expandirá para o restante de Abak: o obscuro elfo de olhos e cabelos estranhamento cinzentos chamado Cogar é encontrado desacordado e levado de volta por Leon em uma fuga desesperada das ilhas de Sisam após um assustador confronto com uma bruxa cujo rosto está oculto por uma poderosa magia...

GOLDAX, O ORC IMORTAL E A MAGA DE ROSTO OCULTO
O único dos orcs imortais, Goldax é temido e respeitado não só entre os os de seu povo. Forte, altivo e orgulhoso, o orc imortal pretendia realizar algo único entre os selvagens de sua raça: unir seu povo sob um único estandarte de guerra e marchar contra os demais povos de Ífianor.

No entanto o temperamento intempestivo do orc imortal só rivalizava com seu imenso poder, tão grande que Goldax é um dos poucos seres capazes de transitar entre o mundo material e Agonia. Mesmo com tanto poder, Goldax precisava de algo mais para reunir sua raça de forma organizada e esse algo veio na forma de um estranho mestre, oculto de tudo e todos e a quem Goldax trata com extrema devoção, respeito e temor.

Reunindo seus soldados nas ilhas do arquipélagos de Sisam, Goldax tem aliados poderosos para realizar um golpe decisivo contra os povos de Ífianor partindo do domínio da cidade portuária de Abak, mas até mesmo o poderoso orc teme as intenções de seus aliados obscuros, sobretudo da bruxa cujo rosto é oculto por uma poderosa e estranha magia...

TALLIS, ITZANAMI, OS VIAJANTES E O DRAGÃO SORRIDENTE
Os três irmãos Tallis, Itzanami e Nicte Ha pertencem à sociedade dos viajantes, misto de cultura, culto religioso e sociedade em si mesma, os viajantes não são bem quistos por outros povos de Ífianor devido aos rituais que praticam envolvendo sacrifícios de jovens como Nicte Ha à Deusa; se tal sacrifício for realmente puro e grandioso, acreditavam os viajantes, o sacrificado não necessitaria retornar em uma próxima vida ao mundo dos vivos.

Só aqueles perfeitos de corpo e puros de espírito entre os viajantes poderiam praticar a última viagem, o que não é o caso de Itzanami, a caçula dos três irmãos. Portadora de uma pequena deficiência em uma das pernas, a jovem garota cresceu às margens de seu próprio povo, não podendo participar dos cultos por ser imperfeita fisicamente, Nami - como a chamam seus irmãos - acabou também se tornado uma cética entre seu povo, duvidando de suas crenças, questionando seus costumes e práticas.

Tallis, ao contrário da irmã, é forte, belo e vigoroso. Dotado de grandes habilidades físicas e mágicas, acabou se tornando um dos melhores caçadores, a elite que protege os viajantes dos ataques de outras raças e povos de Ífianor. O guerreiro nutre grande amor pelas duas irmãs, mas ao contrário de Nami, entende e aceita de bom grado o sacrifício que em breve sua irmã Nicte Ha irá fazer.

Mas no caminho dos três irmãos se ergue um mal ancestral de poder absurdo e tudo muda. Um imenso dragão de escamas negras como a noite ataca os viajantes e nem mesmo os poderes e habilidades de Tallis são capazes de afugentar a criatura, menos ainda feri-la.

Tal fera jamais havia sido vista antes em Ífianor, no entanto jamais seria esquecida novamente, sobretudo porque seu rosto bestial e negro ostenta um terrível sorriso. Nasce assim um grande desejo de vingança entre Tallis, Itzanami e o poderoso Dragão Sorridente, cuja origem guarda mistérios que remontam ao passado longínquo do mundo dos homens e dos dragões que hoje habitam o continente de Draconia.

SR. GAEL, CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM UM MUNDO MÁGICO
O Sr. Gael é um nome que inspira confiança e respeito em vários continentes e reinos. Inteligente e estudioso, Gael conquistou o respeito de reis por onde passou através da aplicação de seus conhecimentos para desenvolver soluções práticas a partir da ciência e maquinários.

Apesar da magia ser algo muito utilizado no mundo de Ífianor, apenas uma pequena parcela dos seres desse mundo é capaz de manipulá-la a contento, isso por vezes deixa muitas situações a cargo dos magos, deixando assim várias frentes de atuação refém das organizações e sindicatos regidos por eles.

Insatisfeito com tantas recorrências de situações problemáticas e exigências dos sindicatos de magos, Gael sempre buscou soluções que permitissem que os seres incapazes de utilizar magia não ficassem reféns dos magos e afins. Aquedutos, máquinas a vapor, lançadeiras, sistemas de iluminação, embarcações de guerra e outras tantas invenções do cientista o tornaram popular em todos os continentes. E em alguns casos, impopular também.

Mas sua grande obra é mesmo a locomotiva a vapor. Um grande carro transportando outros enfileirados carregados de diversos tipos de materiais, suprimentos e pessoas através de vários reinos. Sua invenção é tão grande e importante que é capaz de atravessar, sobre trilhos de metal e madeira, quatro reinos: Dûng-Dhar (reino dos anões), Lessália (lar dos elfos), Sarim e Vescra (reino dos humanos).

A princípio o acordo para a estrada de ferro da locomotiva está endossado por todos os reinos, mas não tardou para que os reclusos e soberbos elfos de Lessália começassem a se sentir ofendidos por uma invenção tão estranha e capaz de feitos tão grandes sem uso de magia.

O poderoso Rei Tírdan de Lessália, pai de Círdan, quebra o acordo e comete um ato de guerra ao atacar a locomotiva e causar uma grande tragédia, não só para si, mas para o Sr. Gael e sua família também.

Mas o ato imprudente do rei dos elfos não passa despercebido por nenhum dos outros reinos e a questão não demorará a chegar ao Alto Conselho, cuja próxima reunião já está marcada.

TANOR E A BUSCA PELOS TALISMÃS DE PODER
Apesar de ser o personagem que menos aparece na narrativa, sua presença é constantemente sentida em planos ocultos e estratégias na busca pelos talismãs de poder. Sua busca beira o insano, mas ainda assim o poderoso mago desperta interesse e dúvidas em torno de suas atitudes.

Arregimentando um exército poderoso de seres diversos das muitas raças de Ífianor, Tanor nutre um profundo ódio por Círdan e pelo Alto Conselho. Seu ataque à maga Selene, utilizando-se de magias proibidas, é uma demostração de quão longe Tanor irá para concretizar sua busca. Em estado de alerta, o Alto Conselho fez com que os guardiões dos talismãs restantes fossem colocados em alerta e movimento.

Os talismãs que são de conhecimento aberto, como o de Círdan e o do Templo da Luz, foram ocultos novamente, e os guardados por estruturas além dos reinos conhecidos aparentemente estão seguros por serem tais guardiões extremamente peculiares e poderosos, sendo alguns completamente desconhecidos ou cuja fortificação é intransponível, como a Cidade Prisão no reino anão de Dûng-Dhar.
Mas aparentemente Tanor tem peças em movimento capazes de o guiar no tabuleiro até esses jogadores de poder desconhecido e ainda assim obter sucesso perante eles...

ELEGIBUR E DRACONIA, O CONTINENTE DOS DRAGÕES
Elegibur, rei dos dragões, filho do poderoso Amala que esteve nas grandes guerras da criação do mundo, recebeu visitantes humanos no continente de Draconia depois de centenas de anos.

Seus visitantes vieram em paz e em busca de poder, conhecimento e autorização para caçar e matar o Dragão Sorridente, mas uma história antiga vem à tona pelos lábios do próprio Elegibur sobre a temível besta negra cujo nome é proibido de ser pronunciado em Draconia.

Elegibur e seus seguidores se preparam para uma batalha de proporções terríveis, tanto para os dragões como para todos os outros seres em Ífianor, pois cada dragão que morre significa que o véu que separa Agonia de Ífianor se enfraquece... algo espreita o reino dos dragões e Elegibur se prepara para guerrear ao lado de seus novos aliados vindos do mundo dos homens.

O ALTO CONSELHO
Reunido em Damas, capital do reino de Damatia, o Alto Conselho está em conclave para deliberar decisões que impactam todos os reinos de Ífianor. As reuniões de conclave são tão importantes que até um representante dos dragões está presente, humano, mais ainda assim representante das imensas criaturas.

As decisões tomadas neste mais recente conclave esbarram nas situações problemáticas apresentadas pelos vários núcleos da narrativa do livro. É aqui que você, leitor, irá conhecer brevemente outras espécies e reinos de Ífianor, bem como a complexa funcionalidade do conclave, dando novos e imprevistos rumos para os personagens.

LINGUAGEM OBJETIVA, MUITOS PERSONAGENS E UMA ÓTIMA NARRATIVA
Allan Francis é um autor de foco. Sua história é bem organizada e sua escrita é limpa e segue a diretriz da boa história: cria seu contexto, apresenta seus personagens e cenários. Depois vai guiando sua trama de forma cadenciada e com muitos focos narrativos sendo mostrados a partir de seus muitos personagens, alguns mais, outros menos influentes dentro de sua trama.

Didático, o autor não se propõe a reinventar a fantasia como gênero literário, mas faz com maestria uma boa história erguida sobre um mundo fantasioso próprio, cheio de influências de autores que o antecederam na high e dark fantasy: Tolkien, Martin e outros tantos tem seu quilate de influência na obra de Francis e o leitor fã de Fantasia vai perceber isso facilmente.

Mas não se preocupe, o autor tem sua cota tranquila de originalidade dentro dos mundos fantásticos. Seus personagens são bem construídos dentro de sua trama e todos tem matizes variadas ao longo da obra, nenhum é totalmente bom ou totalmente mal e isso vai sendo administrado com técnica no texto de Francis.

Nada é entregue gratuitamente no desenvolvimento dos personagens, contextos, tramas e subtramas da obra.

Rico em mitologia, o mundo criado por Francis também tem sua cosmogenia e mitos descritos aqui e ali para o leitor. Divindades, grandes guerras, amuletos de poder, selos mágicos, portais entre mundos, seres imortais, bruxas, magos, centauros, anões, elfos e outros tantos seres conhecidos de longa data do leitor veterano de fantasia desfilam histórias sobre como o mundo de Ífianor foi criado.

Corações nas Sombras: Presságios de Guerra é uma obra de fôlego e conteúdo riquíssimo, Francis não economiza em suas quase 800 páginas para adensar seu material de forma geral.

A trama lenta e rica em detalhes e conceitos também presenteia o leitor com ótimas batalhas e cenas de ação, com momentos de tensão e apreensão em certos confrontos que até bate na gente aquele medo de que "aquele personagem que você gostou" possa morrer em uma batalha.

Coeso em sua escrita, o autor dispensa firulas pós-modernas e idas e vindas no tempo, ao contrário disso, temos no livro um tempo cronológico reto e que flui sempre para frente. Mesmo o leitor mais disperso e desatento não se perderia nessa trajetória.

Mas mesmo assim é bom frisar que Corações nas Sombras: Presságios de Guerra é um livro de High Fantasy pesado (nos dois sentidos), prato cheio para os fãs de longa data do gênero, porém talvez um começo difícil para o leitor iniciante no gênero.

Com muitos personagens, cidades, reinos, continentes e uma trama complexa que "mostra-e-esconde" bem o que realmente está acontecendo, soma-se a isso um ritmo paciente e cadenciado, é possível que os leitores menos preparados se sintam intimidados tanto pelo porte do livro estilo "tijolão" quando pela densidade da história. Mas os novatos que não tem medo das boas e grandes obras vão encontrar aqui uma excelente introdução aos mundos fantásticos e seres mágicos.

Outro ponto positivo no trabalho de Francis diz respeito ao modo como o autor optou por tratar a escrita dos nomes de sua obra. Nada de excessos e forçações de barra para parece algo estrangeiro cheio de hifens, tremas, acentos aqui e acolá. A escrita reflete diretamente a pronúncia dos nomes, o que deixa a leitura bem fluída e natural nesse quesito.

Ao invés de querer imitar autores com renomada habilidade e expertise nessa abordagem linguística como o mestre Tolkien e ofender a inteligência do leitor, Francis opta pela limpeza e sensatez na construção dos nomes em sua quase totalidade; outro ponto positivo para a obra, sem dúvidas.

A organização dos capítulos sempre é feita dando espaço narrativo para dois ou mais personagens do núcleo principal se desenvolverem e desenvolverem suas respectivas narrativas dentro do plano maior, desse modo fica prático e fácil o leitor encadear os acontecimentos até o ponto em que todos os núcleos se encontram e o plano maior da narrativa se delineia para o leitor, ao menos em parte.

Essa estrutura de capítulos também é prática para que o leitor possa recorrer a capítulos anteriores para relembrar fatos, nomes e situações dentro da trama. Depois de alguns bons capítulos (e são muitos), já conhecemos os principais personagens e grande parte de suas personalidades e motivações na trama e recorrer a qualquer capítulo anterior se torna algo desnecessário depois de certo ponto.

Empolgante, cheio de mistérios em torno do que realmente ocorre na trama, tenso nas cenas de ação, rico em ideias e conceitos explorados ou a serem explorados nos próximos livros da saga, Corações nas Sombras: Presságios de Guerra é uma obra que enriquece as opções de Literatura Fantástica escrita por autores brasileiros e que merecem toda a atenção dos fãs do gênero e, claro, a dos que pretendem conhecer o mesmo, ainda que a obra e seu tamanho robusto possam assustar esses iniciantes num primeiro momento.

Corações nas Sombras: Presságios de Guerra é um livro que merece atenção dos leitores fãs e não fãs de fantasia, pois é uma obra feita com esmero e criatividade. Para os fãs talvez seja mais confortável e as grandes influências do autor saltam aos olhos lado a lado com suas próprias ideias e criações. Arrisque-se e, assim como eu, surpreenda-se com essa ótima ficção fantástica.

CORAÇÕES NAS SOMBRAS | SINOPSE
Quando eu olhei através do passado eu finalmente compreendi o que você entenderá aos poucos.

Ver a queda e extinção dos centauros por sua sede de poder foi apenas o estopim de algo maior, pois o mal que despertaram no mundo inferior (Agonia) embora selado por Círdan o elfo, desencadeou uma série de acontecimentos que narro para ti.

Aquilo bastou para que Goldax o imortal que liderou os orcs por duzentos anos encontrasse um mestre que lhe prometeu libertar os orcs de seu exílio.

Depois de sua derrocada, o dragão negro ressurgiu havido por poder e adoração, a ponto do rei dos dragões lhe temer.

A Casa de Prata com intenções desconhecidas começou a roubar um a um os talismãs de Ifíanor.

O mundo aos poucos começou a odiar os magos seus antigos benfeitores e uma mente brilhante surgiu com a finalidade de equilibrar as coisas, mas ele não sabia que seus atos acarretariam uma guerra sem fim.

Então meu amor, meu confidente e meu amante, se lhe conto sobre o passado é para que você entenda o meu papel no presente e o porquê de termos nos separados. Escolhi nomear este relato de Corações nas Sombras e acredito que você entenderá o motivo.

FICHA TÉCNICA
• Título: Corações nas Sombras. Livro I: Presságios de Guerra
• Autor: Allan Salgado
• Data de publicação: Agosto de 2016
• Número de páginas: 738
• ISBN: 978-989-51-7046-3
• Coleção: Viagens na Ficção
• Gênero: Romance/ Fantasia
• Idioma: Pt



site: http://www.pontozero.net.br/2017/07/20/livro-coracoes-nas-sombras/
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Paulo 23/07/2017

O sistema de Pontos de Vista empregado pelo George R.R. Martin é uma das ferramentas narrativas mais elogiadas nos dias de hoje. Dezenas de autores usaram o autor de Crônicas de Gelo e Fogo como inspiração para compor suas histórias. Mas, o que muitos acabam por descobrir são as dificuldades desse estilo de escrita em mosaico. Allan Francis consegue em Corações nas Sombras usar muito bem esse recurso.

A escrita do livro é em terceira pessoa empregando Pontos de Vista. Ou seja, o autor criou um elenco de personagens que servem como seus olhos em diferentes espaços geográficos da narrativa. Dessa maneira, é possível abarcar todo o universo de histórias que o autor traz para esta série. O autor afirmou que a série Presságios da Guerra terá cinco livros. Ou seja, neste primeiro volume o autor constrói as bases para serem exploradas nos volumes posteriores. Nesse caso o estilo de POVs se encaixa bem na proposta do autor. A narrativa é bem próxima do personagem (ou personagens) que estão sendo explorados naquele momento. Eu só achei que usar dois ou mais personagens como POVs ficou um pouco estranho em algumas cenas. Acho que os capítulos onde o Allan explorou apenas um personagem (como os do Goldax ou da Elda) ficaram bem mais redondinhos. Mas, isto aconteceu mais em alguns momentos. O POV funciona melhor quando você aproxima a visão ao personagem em si, dessa forma, mesmo a narrativa sendo em terceira pessoa, parece que o leitor consegue ouvir a voz do personagem. Não preciso nem dizer que um dos meus personagens favoritos foi o Goldax, não é?

Antes de passar aos personagens, eu queria comentar a respeito da revisão. E como me deixa triste quando uma editora não faz a revisão de um livro. Um livro tão bom e repleto de potencial como este, e tem tantos problemas de revisão. Em um livro extenso como o do Allan, esses erros acabam saltando demais aos olhos. Corações nas Sombras precisa muito de uma boa revisão, de um pouco de carinho da parte da editora. Se cada volume de Presságios de Guerra tiver essa qualidade que este tem, a Chiado poderia se beneficiar muito ao fazer o marketing do livro. E digo revisão não apenas ortográfica per se, mas uma edição também (mas vou deixar para comentar isso mais abaixo).

O ponto alto da escrita do autor é, sem dúvida alguma, a construção de personagens. E eu fiquei preocupado em alguns momentos pelo fato de o autor ter criado um elenco tão extenso. A possibilidade de ter havido problemas era perfeitamente plausível. Mas, todos os personagens são construídos de uma maneira competente e possuem vozes e problemas bastante distintos. Posso discordar do caminho que o Allan tomou com a Itzanami, por exemplo, mas de forma alguma posso dizer que a personagem é ruim. As personalidades de alguns dão o tom de alguns trechos como o Leon, onde o Allan constrói uma história mais micro, explorando os problemas dentro de uma cidade e como o personagem busca resolver tudo usando sua astúcia. Ou existem personagens que, mesmo sendo malignos, possuem um gravitas que os tornam únicos como Tanor e Goldax.

Outro ponto bacana é a virada narrativa que começa a ser desenhada a partir da metade final da história quando um personagem específico tem suas ações reveladas. O autor vai soltando pistas em vários momentos da história que algo estava errado ou que havia algo mais, até o momento decisivo nos momentos finais deste primeiro volume. Aqui é aquele alerta que eu coloquei em outras resenhas: a virada acontece sim, mas o leitor percebe alguns indícios na história que fazem ele exclamar "A-há!!!". Não é um plot twist vindo do nada.

Vários temas permeiam a história. Um dos principais é a possibilidade de controlar destinos. O leitor consegue perceber que muitas das grandes figuras presentes na narrativa querem o poder para exercer controle. E um ambiente tão estável como o que transparece no início da história não é possível. Não é possível fazer política sem quebrar alguns ovos. E esse desejo de controlar tudo está presente em Tirdan, em Morghom e talvez até em Cirdan. E quando todos estes egos entram em choque, a guerra acaba sendo a única saída possível.

Também temos o tema da aceitação. Por exemplo, tudo o que Itzanami e Gael desejavam era serem aceitos em suas respectivas sociedades. Infelizmente, muita coisa conspira para que seus destinos continuem parados no mesmo lugar. Somente quando eles decidirem tomar suas vidas nas próprias mãos e se arriscarem, é que as coisas começam a se mover para eles. Claro que para isso acontecer, sacrifícios se farão necessários. Ao mesmo tempo existem também personagens que não se conformam com os destinos que foram traçados para eles. Alásia quer o que seu coração exige, mas será isso possível? O quanto a atitude egoísta de Alásia poderá causar de mal? Aliás, ela foi a personagem que eu menos curti. Mas, em toda a história com múltiplos POVs vai ter sempre aquele personagem que você gosta mais e aquele que você gosta menos.

A narrativa é apresentada de forma muito competente. Eu entendi bem mais para a segunda metade da história o que o autor quis fazer. A história é construída em um estilo convergente, onde as várias narrativas que parecem separadas, se unem mais para a frente à medida em que as peças do quebra-cabeças passam a fazer sentido. Claro que, sendo uma série, muitos ganchos narrativos são deixados para que o leitor fique curioso com o desenvolvimento das várias linhas narrativas.

O mundo criado pelo autor é interessante. Dá para perceber a clara inspiração em histórias de alta fantasia, na figura de orcs, trolls, goblins, elfos, anões. Mas, é necessário unir essas diversas raças em um mundo coeso e que faça sentido. E o que vemos é um sistema social, político e econômico bem desenvolvido e o leitor rapidamente se acostuma com tudo o que lhe é apresentado. Seja o Alto Conselho, o governo de Abak ou até mesmo o conselho élfico. Tudo faz sentido e é harmônico. Podemos perceber a inspiração de várias culturas reais no cenário do livro, só que em lugares inesperados e diferentes do que você esperaria.

Minha única crítica é o excesso de info dumping. São muitas informações a respeito de muita coisa. Isso prejudica em alguns momentos a boa fluidez narrativa. Isso é nítido nos diálogos que cumprem o papel apenas de repassar ao leitor aspectos da construção de mundo. Claro que em um livro com tantas facetas, ficaria complexo encontrar maneiras de amenizar isso. Em alguns momentos, a leitura me cansou um pouco por este excesso de informações. Por isso, precisei pôr o livro de lado por alguns dias para depois retomar a leitura com mais afinco. Os capítulos da metade final ficaram um pouco mais longos, o que é algo que pode trazer um pouco de lentidão. Minha sugestão é que no início de cada capítulo, o autor poderia colocar algum elemento de mundo falando, sei lá, sobre a política de determinado lugar, ou a ficha técnica de um personagem, um diário de viagem em que o autor falaria sobre tal ou tal aspecto cultural (formando até uma espécie de literatura dentro da literatura). São apenas sugestões que podem ou não servir o autor. Aí entra a revisão. Com um bom editor, ele teria reduzido bastante a quantidade final de páginas no livro. Eu sei que os autores odeiam a faca da edição, mas ela quase sempre ressalta os melhores aspectos de uma escrita. E eu sinto que uma boa edição faltou aqui. Novamente, isso não é atribuição do autor, mas da editora que está com o livro em seu catálogo. E, novamente: mais carinho da editora.

E, também gostaria de chamar a atenção para outro ponto alto da escrita do autor: as cenas de ação. Como ele escreve bem estes momentos da história. Posso destacar pelo menos três grandes momentos na história. Um em especial era em um capítulo mais alongado, mas a narrativa do que está acontecendo naquele momento é tão boa que acabamos não percebendo a extensão do que estamos lendo. Quando eu vi tinha devorado mais de quarenta páginas. Tudo acontece muito rápido e as coisas são dinâmicas demais. Muito boas o que demonstra o alto nível do autor.

Corações nas Sombras é uma leitura muito acima da média. Uma história bem escrita e que deixa o leitor ansioso pelo que vai se seguir. Allan captou e absorveu muito bem a técnica de narrativa em terceira pessoa com Pontos de Vista. Dos livros que eu li até o momento é o que melhor soube usar essa ferramenta para potencializar a trama. Com isso, o elenco de personagens é muito bom, fazendo com que o leitor goste de alguns, e não tanto de outros. Nesse quesito, os leitores vão se dividir em dizer quais são os mais legais. Isso provoca uma discussão muito sadia sobre o livro. Entretanto, senti que a editora não deu o carinho e a atenção necessárias à história. Muitos problemas de revisão e uma boa edição faltaram para que o livro alcançasse o seu máximo. Porém, recomendo fortemente a leitura dele.

site: www.ficcoeshumanas.com
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Lorena.Castro 13/09/2017

MELHOR LIVRO QUE JÁ LI
MELHOR LIVRO DE FANTASIA QUE LI. UM FANTASIA INCRÍVEL, COM TODOS INGREDIENTES NECESSÁRIOS, AMOR, GUERRAS, RAÇAS, RELIGIÃO, POLÍTICAS E MUITA, MUITA TRAMA.
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