Luiza Helena (@balaiodebabados) 12/05/2017Originalmente postada em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/A Court of Wings and Ruin – ou simplesmente ACOWAR (foco no WAR, guerra! Sangue!!!)– é um dos livros que eu mais estava esperando esse ano. Desde aquele fim em Corte de Névoa e Fúria (ACOMAF), queria saber o que essa mulher estava aguardando pra gente. Como podem ver pelo triplo escândalo ali em cima, o babado foi realmente um escândalo.
Aviso: eu já falei no começo que pode ter spoiler aqui e realmente vai ter. Difícil comentar sobre os acontecimentos aqui sem falar um pouco do que se passou em Corte de Névoa e Fúria. Então, se ainda não leu sugiro fortemente que pule essa resenha.
Mal começou o livro e era tiro para tudo quanto é lado. Assim como em A Conjuring of Light, A Court of Wings and Ruin já começou do gancho que terminou ACOMAF. E eu sabia que os tiros não paravam por aí.
No capítulo nove, descobri que meu objetivo nessa vida terrena é exaltar e espalhar a palava de Feyre Archeron. Feyre, no começo uma humana mortal, foi renascida com poderes de todos os High Lords de Prythian, agora é a High Fucking Lady da Night Court, dona e proprietária de toda a trilogia.
"Você não se curva a ninguém.*"
Em Corte de Espinhos de Rosas (ACOTAR), temos uma Feyre conhecendo e se adaptando à vida com os feéricos. Em Corte de Névoa e Fúria (ACOMAF), temos uma Feyre tentando superar seus traumas e esquecer tudo o que aconteceu Sob a Montanha, ao mesmo tempo fortalecendo seus poderes. Agora, aqui temos uma Feyre que usa tudo o que aconteceu na sua vida para fazê-la uma pessoa mais forte e determinada a manter a salvo sua Corte e também todo o reino de Prythian. (Apesar de ter uns embutes que realmente mereciam a morte lenta e dolorosa). Como ela mesmo disse para Lucien em certo momento: a garota que eles conheciam morreu nas mãos de Amarantha.
Só sei que eu ficava super angustiada com essa separação e distância entre Feyre e Rhys. A parceria entre eles vai mais além do que o destino preparou. Os dois se completam, se respeitam e, acima de tudo, um não tenta diminuir o outro. Como eu vi em algum lugar na blogosfera, Rhysand é o cara mais feminista que você respeita. Ele tem Feyre igual a ele em todos os sentidos. A parceria entre eles vai muito além do que a ligação que eles têm como parceiros.
"Senti sua falta. Cada segundo, cada respiração. Não apenas isso,[...] mas... falar com você. Rir com você. Eu sentia falta de você na minha cama, mas sentia mais falta de você como minha amiga.*"
Rhysand ainda possui o papel de melhor personagem da série. Gente, que homem! Não no sentido de envergadura de asa 🌚🌚🌚, mas no sentido de que se existem mais homens como ele nesse mundo, a vida seria perfeita. Como parceiro, ele ouve, aceita e respeita as opiniões e decisões da Feyre; como político, ele se importa não só com seu povo, mas com todos os povos de Prythian e humanos; como amigo e família, ele está disposto a se sacrificar. Rhysand é gente como a gente que sonha com um mundo melhor e acredita que a união não faz só açúcar mas também faz a força.
Algo que eu estava esperando horrores eram por mais cenas do meu ship que eu sabia que não havia shippado errado, Nesta e Cassian. A the monha da Sarah prometeu e cumpriu. A cada interação entre eles, eu pulava de alegria e ficava gritando "SE PEGUEM LOGO PELAMOR!". Porque desde o livro passado eu já shippava Nessian e ficava na esperança de não ser feita de trouxa. Foi bem interessante ver a evolução do relacionamento (não necessariamente amoroso) entre os dois.
Outros dois que achei bem legal e não imaginava que fariam uma boa amizade foram Elain e Azriel. Foi uma boa surpresa. Muito maravilhoso como Azriel ajudou Elain a superar os acontecimentos em Hybern e como ele era o que mais entendia o que ela estava passando.
"Você pertence a todos nós, e nós pertencemos a você.*"
Tenho que falar sobre a evolução do meu crush mor Lucien. Realmente, ele me decepcionou bastante no livro passado, mas super compensou aqui. Sempre adorei a amizade entre ele e Feyre e dá pra perceber o quanto ele se arrepende de não ter sido um bom amigo para ela quanto ela foi pra ele. Ele sim merecia uma redenção, não um certo embuste dos infernos que merecia uma morte lenta e horrível.
Amren e Morrigan continuam lindas e divas como sempre. Eu gosto muito das duas e o que elas representam na história: são duas mulheres com um passado não muito favorável a elas, mas que não deixam influenciar na personalidade, na vida e no futuro.
Falando em embustes, a bile do ódio subia toda vez que Tamlin trouxão e a égua da Ianthe apareciam. Nossa, acho que faz tempo que eu não odiava dois personagens como eu odeio esses dois, principalmente a Ianthe. Só sei que todos nós lavamos a alma com o modo com a Feyre se vingou dos dois. Quando Sarah anunciou que teria uma redenção para o Grão-Senhor da Corte Primaveril, muita gente ficou revoltada – euzinha inclusa, claro. Achei bem desnecessário mesmo, mas pelo menos ele comeu o pão que o diabo amassou, pulou e rolou por cima antes dessa tal redenção chegar. Mas que este inferno merecia ter morrido, merecia sim!
"Meu objetivo era maior que vingança. Meu propósito maior do que a retribuição pessoal.*"
Como falei no começo, desde o início do livro é tiro pra tudo quanto é lado. Ele manteve um ritmo parecido com o anterior, mas ainda assim eu ficava na tensão a cada frase. Eu realmente não sabia o que esperar de nada, mas teve um certo tiro que olha... Deu minha cara a tapa e digo que ninguém – repito NINGUÉM – espera por isso.
No final de ACOMAF, Hybern se preparava para marchar para Prythian. Aqui, temos as duas primeiras partes do livro com essa ameaça pairando na cabeça do lugar e na terceira vemos a guerra acontecer. O pior de tudo não era somente ler sobre as batalhas e ficar com o coração na mão; o pior era ver tudo isso na visão de alguém de fora. Algumas batalhas são narradas por Feyre assistindo de longe e nossa... Batia na alma toda a angústia e o medo que ela sentia pelo seu parceiro e seus amigos lutando.
Aqueles capítulos finais não foram de God, sociedade. A mulher botou pra matar mesmo. Foi uma saraivada de tiro que é um milagre eu estar vivinha aqui pra contar pra vocês. Super imaginei a mulher com uma metralhadora atirando nos peitos de todo mundo. Só sei que deveria ter um selinho de sobrevivência a esse livro.
De início, essa série seria uma trilogia, mas a Sarah enlouqueceu e adicionou mais três livros na história e uns dois de colorir. No total, OITO LIVROS. OK, sim é de assustar, mas vamos aos esclarecimentos.
A história iniciada em Corte de Espinhos e Rosas – aka arco da Feyre – realmente termina aqui. Acabou, tudo fechadinho, bonitinho. Os outros três livros anunciados se passarão naquele universo, maaaaas irão focar em outros personagens. Então, pra quem começou a ler e se deparou com uma notícia dessa, não se assuste que a série não vai se tornar um Trono de Vidro da vida.
Toda a série é uma montanha russa de emoção. De repente você está rindo e, na outra frase, está comendo até os dedos. Em menos de um ano, eu devorei toda essa série e acredito que ela circulará pra sempre como uma das melhores fantasias que já li na vida!
Boatos que a Galera Record pretende lançar o livro no segundo semestre. Oremos para não venham com histórias de tomos porque vimos que isso não é algo legal.
* Traduções feitas por mim
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