O Voyeur

O Voyeur Gay Talese




Resenhas - O Voyeur


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Simone de Cássia 02/09/2017

Dúvida cruel...
Na verdade eu não sei se acredito muito nessa história de motel comprado pra realização de fantasia, não decidi se acredito ou não nesse lance de diário escrito ao longo dos anos e depois publicado etc etc etc...Acho tudo muito surreal, embora também admita que americano é um povo pirado... Sei não... Como "jornalismo literário" (se eu decidir acreditar que é idôneo), dou 4 estrelinhas... Como ficção é muito bobinho, dou 2... Dúvida cruel...
Riva 03/09/2017minha estante
Não duvido de nada! Realmente, acho que é bem crível um caso desse.
A mente humana, quando perturbada, faz coisas inimagináveis.


Bêh 29/07/2022minha estante
Eu acredito que isso aconteceu, mas duvido de muitos detalhes haha
Tinha coisa que eu lia e pensava ?esse gosta de mentir?




Rittes 23/01/2017

O sexo e a ética
Não há muito o que discutir sobre os métodos e a seriedade de Gay Talese, mas este "O voyeur" é um livro que pode colocar em xeque toda a sua reputação. Primeiro, por se tratar de um assunto ainda tabu nos EUA e, em segundo lugar, pelo histórico de ódio e acusações de fraude envolvendo Talese à época do lançamento de sua outra obra que aborda o sexo (A mulher do próximo). Como jornalista, admiro Talese e sei o quanto é difícil o seu método. Mas, também, acho arriscado ter uma obra inteira baseada em grande parte no diário e nas palavras de seu confessor. Gerald Foos, o voyeur, pode ser uma pessoa honesta em seus registros, como também um grande impostor. Mais um trabalho polêmico de Talese que merece ser conhecido e, como de praxe em seu tipo de construção narrativa, caberá a cada leitor tirar suas próprias conclusões. Uma aula de jornalismo num tempo em que a profissão agoniza sob avalanchas de boatos e bobagens...
meriam lazaro 23/04/2017minha estante
Gostei. Vou ver que outros livros dele possuem resenha para escolher uma próxima leitura.




Ildrimarck 24/01/2018

Empolga, mas desliza por falta de credibilidade
A fama precede o jornalista no caso de Gay Talese. Ainda que tente, como um bom repórter, esconder-se por trás dos personagens sobre quem escreve, ele não é capaz de omitir sua parcela de responsabilidade nas histórias que conta. Entrevistadores, mesmo os que preferem acreditar o contrário, interferem nos rumos de uma reportagem e Talese não só enxerga isso, como aceita esse papel, em um esforço para transmitir o mais fidedígno dos relatos possível ao leitor.

Dessa maneira, o próprio repórter passou a ser figura recorrente nas obras de Gay Talese, que com seu estilo de escrita também foi nomeado um dos pais do New Journalism (ou Jornalismo Literário, se preferir). Esse gênero jornalístico se destaca por sua oposição ao imediatismo das notícias e se aproxima dos textos literários como conto, crônica e romance, apesar de permanecerem produtos de não-ficção.

Seguindo essa fórmula, Talese entregou ao público clássicos como "Fama e Anonimato" (conjunto de reportagens, perfis e crônicas que escrevera para New Yorker, Esquire, The New York Times, entre outros), "Os Honrados Mafiosos" (em que conviveu de perto com membros da máfia italiana nos EUA) e "A Mulher do Próximo" (onde investigou os hábitos sexuais dos participantes de casas de swing — chegando até mesmo a gerenciar um desses estabelecimentos).

Por essa breve introdução, mesmo se você jamais tenha pego nas mãos algum livro ou matéria desse gênio do jornalismo americano, já deve ter concluído que "O Voyeur", assim como seus antecessores, também é uma obra indispensável, correto? Bem, de certa forma, ler essa grande reportagem nos revela algo importante, que por si só é um motivo bastante razoável para tirá-la da estante e folhear algumas de suas páginas: os gênios também podem errar.

Apesar da sinopse promissora (o dono de um motel de estrada, nas proximidades de Denver, que instalou uma plataforma de observação entre o teto e o assoalho para espionar seus hóspedes sem nunca ter sido apanhado), a obra desliza no quesito mais básico do jornalismo: a apuração dos fatos.

Continue lendo:

site: https://revistaesquina.com.br/raz%C3%B5es-pra-ler-o-voyeur-de-gay-talese-e3325d84be01
leticia cordis 14/10/2021minha estante
poxa amigo, que pena, o link está quebrado...




Sofia 27/07/2019

Um Breve Comentário
(Blog Sophie Samie Sarfati): Eu entrei na faculdade Jornalismo lá em 2016 e algo que eu me lembro que era muito frequente no primeiro semestre nas aulas de Introdução ao Jornalismo (não me lembro se era exatamente este o nome da matéria, mas era para isso que ela servia) era as discussões sobre ética. Um ano depois, em 2017, já na PUC, eu tive uma aula só para isso. Eu achava as aulas de Ética muito chatas e frequentemente ficava distraída durante as aulas, mas em uma das aulas em que eu estava prestando atenção, o professor falou sobre o Gay Talese. Eu sabia quem ele era porque havia assistido a uma entrevista dele no Roda Viva muitos anos antes, mas meu conhecimento se limitava a isso. Então foi quando meu professor começou a falar sobre as obras de um dos grandes nomes (se não o maior nome) do New Journalism (ou Jornalismo Literário) até chegar a sua obra mais recente: O Voyeur.
Gerald Foos, personagem central do livro, o voyeur, é uma figura quase que excêntrico e no documentário é possível visualizar isso com bastante clareza. Desde o início Talese deixa bem claro que ele não é o personagem mais confiável de todos. A dúvida que foi levantada por várias pessoas, inclusive eu, é porque alguém com a credibilidade do Gay Talese faria um livro todo sobre a história de uma pessoa a qual ele não poderia confiar no que estava sendo dito? Todo o livro é feito em cima de anotações meticulosas que Foos fazia sobre o que via nos quartos do seu motel e, em alguns momentos, as anotações deixam de ser apenas sobre sexo e passam a ser sobre comportamentos e hábitos. É praticamente um livro de relatos e me decepcionou muito, além de a sinopse vender uma história que não existe. Eu cheguei a ver o termo "confissões de um bisbilhoteiro" para se referir ao livro e achei que este seria o subtítulo mais adequado possível. É muito difícil separar o livro do Gay Talese e a entrevista que ele deu para a Paris Review é um show a parte, ele parece ser uma pessoa formidável e eu me identifico com ele em tantos aspectos que por menos que eu tenha gostado do livro, é impossível dizer que eu odiei. Em vários momentos a vida e a história de Talese se misturam com o Jornalismo e dão ao leitor uma perspectiva totalmente única.
Apesar da prática voyerística ser algo totalmente sexual, O Voyeur é um livro que não tem a sexualidade dos observados como assunto principal, é muito mais voltado para as práticas sociais que acabam refletindo no sexo do que o contrário. É quase irônico ler um livro sobre um voyeur em uma sociedade em que somos observados por voyeres o tempo todo com câmeras olhando cada passo que damos, onde todo nosso trafego online também é totalmente registrado, onde os reality shows bombar porque as pessoas gostam de observarem as outras. Nossa sociedade é voyeristíca.

site: https://sophiesamiesarfati.blogspot.com/
Tiago 06/01/2021minha estante
Você assistiu o documentário na Netflix? Acho que ele torna o livro ainda mais decepcionante e com certeza deixam uma dúvida a respeito da confiabilidade de Guy Talese enquanto jornalista compromissado com a ética.




Mari 25/01/2017

Observações de um Voyeur
Esta foi a primeira obra de Gay Talese que li por inteiro e com certeza esteve ao alcance das minhas expectativas. Em O Voyeur ele conta por meio dos escritos de Gerald como este observava as pessoas em seu motel no Maine, e a forma como ele começou a nutrir este desejo de ficar a espreita, olhando os modos mais íntimos em que os outros vivem. Os anos vão passando e as correspondências entre Talese e o Voyeur ficam mais escassas, até que por fim ele conquista o direito de publicar a obra usando os nomes reais dos personagens. Ao final do livro há uma entrevista com o autor em que ele conta sobre suas obras anteriores, os desafios do início da sua carreira, a maneira como inovou no jornalismo, descrevendo personagens que por vezes são ocultados das páginas dos jornais e revistas. Enfim, é uma ótima leitura para quem é jornalista e, em especial, para aqueles que tem curiosidade sobre a necessidade de observar dos voyeurs.
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José 16/09/2017

Fescenino
Muito bom. Parece um livro erótico (não deixa de ser). Mas é, sobretudo, uma crônica sobre a compulsão do olhar e sobre as mudanças no objeto olhado (o que fazem as pessoas no quarto de um motel americano) no curso de 30 anos. O personagem Gerald Foos (como todos os de Talese, real) é digno de análise (de perto, ninguém é normal, ok, mas esse é insuspeito mesmo de perto). O voyer, numa sociedade que compartilha vídeos pelo whatsapp e se expõe no Instagram, Facebook e afins, é uma baita viagem sobre lados ocultos da natureza humana. Mas, o melhor mesmo, é a entrevista de Talese no final do livro. Lendo, dá vontade de mudar de profissão.
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Angelica75 20/10/2017

O Voyeur
Gay Talese - O Voyeur

O autor Gay Talese já
era um jornalista norte-americano renomado qdo recebeu cartas no mínimo inusitadas de um dono de motel (daqueles que a gente vê nos filmes) da cidade de Denver...
ele, um voyeur assumido, havia construído plataformas de observação para ver de perto o que se passava no interior dos 21 quartos... O autor foi ao encontro de Gerald Foos que queria contar tudo desde que fosse protegido pelo anonimato ... (anonimato que abriu mão no final de sua vida... tem inclusive no livro, várias fotos de Gerald, de sua família, do motel)...daí em diante Gay Talese recebeu várias cartas com relatos detalhados de suas observações...
E via muito, histórias de sexo, traições, solidão, desespero e até um assassinato...não deixa de ser um recorte do comportamento da sociedade norte americana do período, anos 60 até meados dos anos 80...
No livro Gay Talese mostra as cartas e também escreve o que achava de cada situação.
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Carla Rúbia 14/04/2018

História boa sobre como a compulsão do olhar nos permite, através da escrita de Gay, entender os motivadores de um homem e tudo que ele é capaz para satisfazer a busca do seu prazer
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Tiago 13/08/2018

Verdadeiro ou falso
Resolvi antes de escrever a resenha assistir ao documentário produzido pela Netflix, para poder chegar a uma resolução. Mas "O Voyeur" é desses casos onde é difícil obter uma opinião definitiva.

O objeto central é inegavelmente intrigante. E a leitura flui de forma agradável e se lê as observações do voyeur com bastante interesse. Mas chega um determinado ponto da leitura onde fica claro que:
- Gay Talese apenas compilou os diários do voyeur, pouco ou nada acrescentando em relação ao que este escreveu. Em determinados pontos do diário se apresentam estatísticas interessantes a respeito dos hábitos sexuais dos americanos, e Talese não refuta ou compara tais números com outros estudos, o que poderia dar maior credibilidade a sua fonte;
- Em determinado ponto fica nítido que há problemas sérios em relação a confiabilidade daquilo que é descrito, mas Talese não se aprofunda muito nesses pontos. O documentário faz uma revelação que não consta no livro que torna tudo ainda menos confiável;
- Tanto o livro como o documentário demonstram que Talese e Foos são duas pessoas sedentas por atenção midiática, o que também gera dúvidas e questionamentos se a vaidade de ambos não tornaram ficção o que deveria ser jornalismo literário de não ficção.

Polêmico e inegavelmente interessante por seu conteúdo e agradavelmente bem escrito, "O Voyeur" é claramente um projeto de vaidade que não tem comprometimento com a credibilidade. Gerald Foos não era uma fonte confiável e Gay Talese foi um jornalista irresponsável e um escritor preguiçoso.
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marcosm 16/01/2019

Somos todos voyeurs?
Estava pensando em classificar com 4 estrelas, por conta de alguns erros da edição (principalmente de pontuação) e por ser um tema bem controverso. Mas depois de ler a entrevista do Talese no final, em que ele fala sobre sua carreira e o seu próximo projeto, um livro sobre o seu casamento, não tem como não dar a nota máxima para esse livro.
O Voyeur conta a história de um maluco que comprou um hotel para observar secretamente a vida de seus clientes. Fez isso por 15 anos sem ser descoberto, com direito a documentação detalhada do que presenciara e julgamentos morais. Até que resolveu contar sua história para Talese, talvez por conta do trabalho dele em A mulher do próximo. Em boa parte do livro, Talese apresenta trechos selecionados do "diário do Voyeur" e mais pro final conta um pouco mais sobre o homem por trás do Voyeur. O que mais me impressiona nas obras dele é, primeiro, a profundidade com que ele mergulha nas vidas das pessoas cuja história ele quer contar e, segundo, como ele consegue manter um certo distanciamento e apresentar a humanidade de cada situação, por mais absurda que pareça.
A entrevista no final, pra mim, foi a cereja do bolo. Um belo insight do homem e o que o motiva a buscar as histórias que persegue!
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spoiler visualizar
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Debs 02/04/2020

Precisei continuar...
Eu teoricamente comecei a ler esse livro pra faculdade. Pediram que eu lesse os 3 primeiros capítulos pra fazer uma atividade.

Não consegui parar até o livro acabar. Essa é a mágica do Talese.
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Victor Hugo 10/05/2020

História inevitavelmente fascinante e bem escrita, mas moral e eticamente questionável
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Humberto.Yassuo 13/07/2020

ESCREVER CERTO SOBRE PESSOAS ERRADAS
Para desenvolver o trabalho que resultou no livro ‘O voyeur’, Talese não teve a sua disposição todos os elementos necessários para a plenitude de seu elevado nível de escritor investigativo. Ante as particularidades do que fez o seu personagem verídico, que consistia em bisbilhotar hóspedes de seu motel em momentos de total intimidade sexual, o material de pesquisa limitou-se às falas e aos diários do próprio voyeur.
Assim, não foi possível entrevistar outras pessoas relacionadas ao voyeur, tais como, hóspedes, familiares, amigos; segundo consta, a prática era realizada em absoluto sigilo, sem testemunhas. E justamente por isso, o trabalho carece de maior embasamento para construir jornalisticamente a história, posto que a principal fonte consiste nos depoimentos e relatos do sujeito da história, que apresenta algumas inconsistências ressaltadas pelo jornalista.
Todavia, tal limitação não impediu Talese de realizar o seu primoroso trabalho de escrever sobre “pessoas erradas”, conforme suas palavras. Trata-se de um trabalho que evidencia a sua capacidade de abordar minuciosamente o mundo da pessoa estudada, além de ser mais um caso que expõe o caráter controverso de Talese.
Por fim, o documentário da Netflix sobre o escritor e seu objeto vale como um posfácio do livro. Quem sabe em uma segunda edição?
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