Nova Era

Nova Era Chris Weitz




Resenhas - Nova Era


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LAPLACE 29/11/2016

Corrida Final Emocionante
Com a revelação de que Jefferson e seus amigos estão vivos, Donna não hesita em partir com a equipe da Reconstrução de volta para Nova York. Não importa a ameaça dos mísseis nucleares — cujos códigos a Resistência está atrás —, ou a guerra que pode se iniciar a qualquer instante e devastar o mundo mais do que a Doença foi capaz de fazer, seu único objetivo é reencontrar Jefferson.

Já ele, que imagina que nunca mais irá rever sua amada, deseja que Donna fique bem onde quer que esteja, enquanto precisa fugir de todas as tribos de Nova York, uma vez que descobriram a verdade que ele escondeu para promover a união e criação de um único grupo: a verdade de que o restante do mundo sobreviveu e não foi atingido pela Doença.

Tendo sido resgatado por Kath e os gêmeos, Jefferson, Crânio e Peter tentam se manter vivos, enquanto buscam uma forma de recuperarem a bola de futebol e o biscoito, que foram roubados por Chapel, quando ele os traiu na reunião das tribos e se aliou à terrível Uptown.

Se antes a tribo de Evan já era a maior ameaça de Nova York, agora com os mísseis nucleares norte-americanos em mãos, Uptown se transformou na maior ameaça do mundo.

Querem saber como vai terminar? Então corram para ler o livro! Sério, corram mesmo.

***

Antes de começar, preciso dizer que, se você vai ler Nova Era depois que conferir essa resenha, vai uma dica: respire. Respire muito, porque quando começar a leitura você não terá tempo para isso, e se pegará sem fôlego em diversos momentos.

Eu já falei aqui e repito: um grande diferencial do Chris Weitz é a sua capacidade de criar tramas incríveis em poucas páginas. Se em Mundo Novo e Nova Ordem a narrativa foi rápida e sem enrolação, em Nova Era o Chris arrancou o freio e empurrou o carro ladeira abaixo.

Praticamente não temos um momento de descanso, é um acontecimento grandioso atrás do outro e, o melhor de tudo, o autor faz isso sem atropelar as coisas. Não parece que algo foi mal trabalhado, ele dosa bem cada conflito, mostrando o que deve ser mostrado e seguindo em frente.

Temos um grande número de narradores nesse volume final, tendo, inclusive, a oportunidade de mergulharmos nas mentes de Imani e do sociopata Evan. Conhecemos mais sobre o passado desses e de outros personagens, seus anseios, personalidades e caráter, o que nos ajuda a entender as razões de alguns e odiar ainda mais outros.

O Chris trabalha nossas emoções sem pedir licença, ele criou esses personagens que tanto amamos e nos testa a cada capítulo, colocando-os em risco. Eu não diria que Mundo Novo é uma dessas sagas onde qualquer personagem pode morrer, porém, tendo em vista a forma como o autor mostra o quão cruel as pessoas podem ser, nós ficamos na expectativa de que talvez algum personagem querido não chegue vivo até o final. E sempre tem aquela “justificativa” de que no volume final qualquer um pode morrer, já que a história vai acabar mesmo.

Até porque estamos na iminência de uma guerra nuclear, a qualquer instante tudo pode ir pelos ares, e até personagens da equipe dos mocinhos que, em teoria, devem salvar o mundo, nos surpreendem com as decisões que consideram tomar. Esse é um diferencial da narrativa em primeira pessoa e do quão fundo o Chris vai na mente de cada personagem.

Enquanto que na narrativa em terceira pessoa, e até mesmo em muitas em primeira, nós apenas temos as decisões dos personagens, com um ou outro parágrafo de reflexão sobre o por quê de ele ter optado por fazer tal coisa, nos livros do Chris nós temos um verdadeiro debate introspectivo e vemos que, por mais que saibamos qual é a decisão certa, às vezes nos perguntamos se não seria melhor escolher outro caminho.

Do meu ponto de vista, Nova Era fechou a trilogia Mundo Novo da melhor forma possível, desde antes das últimas páginas já tomamos conhecimento de que as coisas não poderiam acabar de outra forma, contudo isso não estragou a experiência e o que encontramos no final.

Um ou outro ponto pode parecer ter ficado solto, contudo se analisarmos nas entrelinhas, se nos atentarmos para o que aconteceu, para forma como os personagens agiram uns com os outros, vemos que as respostas estão lá, o Chris apenas não quis anunciá-las em alta voz, mas deixou implícito para que captássemos a mensagem.

Essa foi uma saga que valeu muito a pena ter lido, não me recordo de um momento de insatisfação durante a leitura, de achar que o autor estava enrolando ou algo do tipo. Sentirei bastante falta desse universo e desses personagens. Donna, Jefferson, Peter, Crânio, Kath, Carolyn, Minifu, os gêmeos, são tantos, mesmo os que morreram ainda no volume 1, ficaram marcados em minha memória.

Se você não conhece essa trilogia do Chris Weitz, não perca tempo, definitivamente é uma leitura da qual você não irá se arrepender.
Mari 12/12/2016minha estante
Você conseguiu expressar tudo que eu senti haha Fiquei totalmente sem palavras depois de ter terminado esse livro. Mesmo o final tendo sido perfeito, eu queria que tivesse um continuação só pra continuar "vivendo" nesse universo.


Lane @juntodoslivros 30/01/2017minha estante
Olá!
Não lembro de ter visto a narrativa em terceira pessoa que você diz. Em que capítulo isso acontece?
O livro foi bem bacana, mas alguns contratempos me incomodaram. :/ Acabei dando 3 estrelas.


LAPLACE 11/06/2020minha estante
Oi Lane! Desculpa por só estar vendo o recado hoje. Então, nesse livro do Chris não tem narrativa em 3ª pessoa mesmo, ele é toda em primeira, por isso que você não encontrou. Quando falei na narrativa em 3ª pessoa foi apenas fazendo o comparativo de que nos livros narrados em 3ª pessoa (e em muitos narrado em 1ª) nós geralmente sabemos qual decisão os personagens tomam diante das situações e há uma breve explicação disso em 1 ou 2 parágrafos seguintes. Já no livro do Chris (narrado em 1ª pessoa), mesmo que saibamos o motivo do personagem tomar tal decisão, ele faz uma reflexão tão grande que ficamos nos perguntando se é a melhor escolha ao invés de apenas concordar com o personagem.




Mari 12/12/2016

Apaixonada!!
Não sei o que dizer, apenas sentir. Estou totalmente apaixonada por essa triologia, e nem sou fã do gênero. Simplesmente me encantei com esse livro. A história, a construção dos personagens (com personalidades tão distintas), toda essa ideia de doença...
Não sei como esse livro poderia ser melhor
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Karini.Couto 01/02/2017

Oi gente, tudo bem?
Olha ela heim! rsrs
Então, hoje vim falar sobre um livro, na verdade o terceiro livro de uma trilogia muito querida por mim e publicada pela Seguinte. Trata-se de uma distopia, que aliás, eu amo! Vamos conhecer um pouco sobre esse livro?

Quem não leu os livros anteriores não se preocupe, pois irei me conter nos spoolers, prometo solenemente! Apenas irei contar o óbvio, que é impossível deixar de fora, certo? Mas mesmo assim acaba tendo uma ou outra coisa que vocês só saberão se tiver livro os livros anteriores, então se tem problemas com isso, PARE A LEITURA AQUI!

Neste volume Donna parte com sua equipe de Reconstrução de volta para Nova York, aliás Jefferson e seus amigos estão vivos. Sim! Meu povo! Vivinhos! Então nada importa além de reencontrar Jefferson, mesmo as ameaças de guerra iminente, mortes, doenças, nada disso parece impedir na decisão de Donna. O que pode deter o amor, não é mesmo?

Em contrapartida Jefferson, Crânio e Peter foram resgatados por Kath e os gêmeos e Jefferson não tem esperanças de encontrar seu amor (Donna) e agora vive fugindo das tribos, afinal ele mentiu para todos para conseguir a união e unificação dos grupos, o mundo afinal de contas sobreviveu e não foi dizimado pela doença.

Uma nova ameaça está à espreita e a coisa parece ser muito pior do que a tribo de Evan, existem bombas, mísseis e a ameaça é iminente.

A história é eletrizante e acho que o melhor livro da trilogia. O que será que irá acontecer?
Quem vê a capa dos livros dessa trilogia não dá nada por elas, mas o conteúdo arrasa!
Vale a pena!

Quem aí tiver lido, levanta a mão e bora bater um papo sobre?
Beijos no coração e até a próxima!

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Lane @juntodoslivros 19/02/2017

"[...] os verdadeiros terrores deste mundo eram as outras pessoas."
Quando abri o Word para escrever a resenha, fiquei sem saber o que dizer. É tão triste quando chegamos ao fim de uma trilogia/série. Um sentimento de abandono me abateu. Acabou... Mas vamos lá!

Esse livro pode conter spoilers dos livros anteriores. Para entender melhor a história confiram as minhas resenhas de Mundo Novo e Nova Ordem.

O final de Nova Ordem termina em caos. Os planos de Jefferson em unir as tribos, formadas depois do Ocorrido da Doença, acaba em muito sangue e morte. Depois que todos descobriram que os adultos estão vivos e sem a Doença fora do cerco dos EUA, o pandemônio se instalou na reunião.

Depois de conseguir fugir com seus amigos, ele não sabe o que fazer a seguir. É aí que Donna surge com a equipe de Reconstrução em busca do biscoito, que nada mais é que um aparelho que pode enviar bombas nucleares para qualquer lugar do mundo. Nas mãos erradas o aparelho pode se tornar um perigo para o mundo inteiro. Nas mãos de pessoas como Evan...

A edição está no mesmo estilo que os livros anteriores. Capa soft touch (aveludada) que me deixa agoniada de tocar, folhas amareladas e maleáveis. Seguindo a mesma linha de Nova Ordem, cada capítulo é narrado em primeira pessoa por um personagem diferente, nos dando assim uma visão ampliada dos acontecimentos. A fonte das letras muda para cada personagem como se fosse uma característica única de cada um.

Quando li Mundo Novo, primeiro livro da trilogia, a sensação foi prazerosa. Estava lendo sobre um bando de adolescentes tentando sobreviver sozinhos por dois longos anos onde uma pequena decisão muda tudo no mundo novo que eles construíram, no entanto, a partir do segundo livro, Nova Ordem, a história foi se modificando e ganhando mais corpo.

Nova Era é o fechamento de uma trilogia cheia de ação e muita estratégia de sobrevivência. O livro trás os mesmos elementos dos livros anteriores, mas também trouxe muito mais romance. Essa parte do romance ocupou muito mais páginas do que deveria e do que gostaria de ler. Todas as vezes que Jefferson, Donna, Hab, Kath e Peter narravam a história, 30% era sobre o objeto de desejo de cada um. Tinham uma missão a cumprir e eles ficavam presos em diálogos internos e externos sobre isso.

Apesar disso, os personagens não decepcionavam em seguir até o fim com os planos de evitarem a destruição do mundo. Essa determinação é o que mais segura o livro. Os personagens são jovens e determinados a enfrentar tudo, nem que tenham que morrer por isso. A força de vontade é tudo.

Um personagem ficou sumido na trama, mas como o próprio autor deixa claro que ele sumiu, para mim ficou como algo proposital. Isso me deu a sensação de continuidade sem ter continuidade, sabe? Como se a liberdade já tivesse chegado aquele tal personagem, mesmo a trama não tendo acabado. É uma sensação difícil de explicar em palavras.

A série Mundo Novo foi a primeira aventura literária de Chris Weitz, que também é roteirista e diretor de cinema. O autor não poderia começar melhor, apesar de pequenos contratempos como já citei. Chris Weitz consegue nos prender nos dilemas de cada personagem e nos faz conseguir diferenciar cada um deles, mesmo se não tivesse as fontes diferentes. Alguns são mais agressivos e outros mais nervosos em suas falas.

Para quem curte distopia e um bando de adolescentes tentando sobreviver, essa trilogia é uma ótima pedida!

site: http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2017/02/resenha-nova-era-chris-weitz.html
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Dear Book 13/03/2017

Uma Nova Era a ser construída e revelada
Por Sheila:, para quem ainda não leu nenhum dos livros, haverá spoilers a partir do próximo parágrafo ok?

No final de "Nova Ordem" o caos havia se instaurado entre as tribos dos EUA pós contaminação; apesar de todos os esforços de Jefferson para tentar criar uma nova constituição, onde todos fossem iguais, dois acontecimentos impedem seus planos.

Em primeiro lugar, por que Kath, ressurgida dos mortos e acompanhada por Theo, contou para todas as tribos reunidas que Jefferson havia lhes contado apenas parte da verdade; ok, ele tinha a Cura e podia ajudar todos a mais que sobreviver. Mas ele também vinha escondendo uma verdade muito maior do que essa: toda a civilização ocidental continuava viva lá fora e, saber que eles não estavam sozinhos, fazia sim diferença para boa parte dos ali reunidos e a trégua acabou indo por água a baixo.

Em segundo lugar, Chapel mostrou-se nada mais que um traidor. Assim que o corre-corre começou, eles descobriram que este queria somente a maleta com os códigos de ativação dos mísseis nucleares, que estavam na ONU com o Presidente quando a loucura da infecção começou.

Enquanto isso, Donna também descobre, na Europa, a respeito da existência da maleta. Pior: que foi sumariamente enganada. Jefferson e os outros não estão mortos. Rab não tinha um real interesse nela. Estava apenas tentando descobrir se ela, sem querer, não tinha informações relevantes justamente sobre a mesmíssima maleta. 

Sentindo-se traída e usada, ela parte em uma jornada para tentar ajudar o governo Britânico a recuperar a maleta, para poder preservar a paz no restante do mundo. No entanto, seu real objetivo ia encoberto: encontrar Jefferson e os outros e, de alguma forma, redimir-se do que ela considera uma grande traição - ter passado a noite com Rab.

Se o primeiro livro constitui-se da busca, quase suicida, pela Cura, e o segundo por respostas e uma forma de lidar com o fato de terem sido abandonados pelo restante do mundo, neste desfecho veremos uma corrida contra o tempo para salvar a maleta, que acaba caindo nas mãos de Evan e o pessoal da Upton - ou seja, as piores possíveis.


A capa de Nova Era é um retorno até uma cena do primeiro livro, "Mundo Novo", como que numa tentativa de criar um elo entre o princípio e o desfecho da obra. Todas as três capas são muito bonitas e elaboradas, mas o rosa desta terceira parece ter tido um caráter proposital.

Afinal, neste último livro tivemos um enredo totalmente Girl Power, onde as personagens femininas se destacaram fortemente e tiveram papel definitivo no desfecho de algumas outras subtramas. O livro é narrado, mais uma vez, por diversas vozes, boa parte delas por vozes das personagens femininas.

Mas ... - e é uma pena que exista um "mas" por que adorei a ideia por detrás da trilogia - este último livro me deixou com uma sensação ruim  de assunto inacabado.  O livro tem um número de páginas menor em relação aos primeiros dois e vemos algumas sequências de cenas que poderiam ter sido melhor exploradas, ou novas vozes que se juntaram ao coro narrativo que poderiam ter sido um pouquinho mais exploradas.

Fora isso, valeu a pena a leitura da trilogia como um todo e gostei do desfecho, apesar de ele deixar as possibilidades bem abertas, uma Nova Era a ser construída e revelada. Abraços e até a próxima!


site: http://www.dear-book.net/2017/02/resenha-nova-era-mundo-novo-vol-3-chris.html
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Driely Meira 11/04/2017

Um desfecho muito bom
“Bem-vindos a Nova York” – página 55

As coisas não deram muito certo para Jefferson. O plano perfeito de unir as tribos de Nova York e distribuir a Cura para todos foi por água abaixo quando seu segredo foi revelado: somente os Estados Unidos haviam sido afetados pela Doença, e Jefferson sabia disso. Só achou melhor não contar. Não é preciso muito para adivinhar que todo mundo o odeia agora, né?
Foi exatamente aqui que o segundo livro acabou, de maneira angustiante e bem tensa. Agora que tiraram Jeff, quem vai assumir seu lugar? Sem contar que os ingleses estão doidos para explodir tudo e recomeçar os EUA do zero. E não podemos nos esquecer das traições. Será que cabe tudo isso me menos de 200 páginas?

O primeiro livro desta trilogia conseguiu me deixar vidrada, mas com o segundo foi um pouco diferente, e a leitura ficou um pouco arrastada. Em Nova era, porém, o autor conseguiu retomar o ritmo frenético que eu havia encontrado em Novo mundo, e isso me deixou feliz.... Tirando o fato de que o livro é bem mais curtinho que os outros, e que as coisas aconteceram um pouco rápido demais no final.

O mais interessante a respeito deste terceiro livro, é que aumenta o número de personagens narrando. Temos não só os “amigos”, como também Evan, o chefe da tribo da Uptown, e Rab, ex-amigo-e-algo-mais de Donna. E por falar em Uptwon... Eita gente chata e ruim, credo *-* eu não queria ficar desejando a morte alheia, mas tenho certeza de que o mundo (tanto o do livro quanto o que vivemos) não sentiria falta de gente como Evan e seus comparsas, com seus tráficos e escravização.

A Uptown pode estar passando por momentos difíceis, mas vamos dar a volta por cima no melhor estilo Justin Bieber. – página 183

Enquanto o primeiro livro se tratava basicamente de conseguir mais suprimentos para a Washington Square e encontrar uma cura, e o segundo sobre distribuir a cura, aqui nós temos um problema maior: mísseis nucleares, e, como vocês podem imaginar, todo mundo quer ter esse poder em mãos.

Nova era possui muita ação, o que fez com que eu ficasse ainda mais vidrada nas páginas, e, comparando os personagens no primeiro livro com o que vemos aqui, é possível perceber um amadurecimento impressionante. Sem contar que o autor deixou as meninas em destaque em Nova Era (concordo com uma blogueira que disse que a capa parece ter sido “pintada” de rosa por algum motivo), e não só Donna, como também Kath e as denominadas Rainhas Matadoras, do Harlem. Gostei muito disso.

Também gostei de ver os personagens lutando pelo o que achavam ser certo, coisa que já faziam antes, mas não com tanto afinco. Outra coisa que é bem legal a respeito dos três livros, é que o autor narra os capítulos em primeira pessoa, e cada personagem fala e pensa de uma maneira diferente. O bom humor encontrado nos livros anteriores continua aqui, principalmente nas narrações de Donna e Kath. As de Evan são um pouco perturbados, principalmente porque ele acha que o Universo é tipo a TV de Deus, e que ele (Evan) é o personagem favorito de todos os canais, então precisa impressionar.

Como disse antes, só o final deixou a desejar. Achei que ocorreu tudo muito rápido (senti que o final ficou apenas com vinte e poucas páginas), e nem deu para sentir o desfecho...haha’ o autor poderia ter enrolado só mais um pouquinho, para dar tempo de o leitor se despedir dos personagens e da história incrível que ele criou. Apesar de querer rever os personagens, acho que uma continuação ficaria meio sem sentido, então aceitei o fim de Novo Mundo, e achei que foi um desfecho muito bom, apesar dos apesares.

A noite está chegando. E depois vem a manhã. – página 210

Novo mundo é uma trilogia que vai deixar saudades, principalmente dos personagens que não sobreviveram, o que, algumas vezes, me fez ter raiva do autor. Mas nós já estamos acostumados, não é mesmo? Trilogia mais do que recomendada para aqueles que gostam de uma boa história apocalíptica.

site: http://shakedepalavras.blogspot.com.br
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Gramatura Alta 30/08/2017

E finalmente terminei NOVA ERA, o último volume da série MUNDO NOVO (resenha AQUI). Para quem leu a resenha do segundo livro, NOVA ORDEM (resenha AQUI), sabe que não gostei muito, porque ele repetia um tipo de ação que existia no primeiro livro, entre alguns outros pequenos problemas. Nesta conclusão, eles ainda existem, mas em menor quantidade, além de estarem um pouco ofuscados pela curiosidade de saber como tudo irá terminar.

Donna e Jefferson sempre foram os dois personagens principais da trama. São eles que criam a ação, tudo gira em torno deles, mesmo que nem sempre sejam eles quem resolvam as situações. Eles são o casal romântico. Isso está claramente definido desde o primeiro livro. Como as narrativas são em primeira pessoa, intercaladas entre vários personagens por cada capítulo, fica claro, pelos pensamentos dos dois, que eles nunca desistiram um do outro. Então, a criação de um triangulo amoroso entre eles e outro casal secundário, só funciona para distrair, nunca para criar aquele medinho da separação.

E é esse ponto que atrapalha um pouco o prazer da leitura em NOVA ERA. Donna reencontra Jefferson depois da separação forçada em NOVA ORDEM. Ao invés do autor se focar nos problemas práticos da procura pelos ativadores das bombas nucleares, ele insiste, em quase metade da história, em questionar uma decisão amorosa que não está em risco. Isso acaba prejudicando um pouco a dinâmica da ação, mas só um pouco. Porque, desta vez, a ação é mais interessante, menos confusa, do que em NOVA ORDEM, o que é um mérito e o que faz com que este último volume não decepcione.

Apesar da quantidade de capítulos de Donna e Jefferson serem menores, porque eles precisam dar espaço à solução das questões de outros personagens, quase todos são importantes e interessantes, além de conclusivos. O final, embora não fuja do esquema de mocinhos contra um vilão e o sacrifício de alguém para salvar o dia, é empolgante e faz o leitor virar as páginas em alta velocidade.

O resultado final dessa trilogia é positivo, embora fique aquela sensação de que poderia ter sido bem melhor. De qualquer forma, é impossível negar a originalidade da história, que foge da mesmice de livros e livros que tratam de assuntos repetidos e sem criatividade. E isso é fácil de constatar, pela saudade que fica por saber que não iremos mais acompanhar as aventuras de Donna e Jefferson.

site: http://www.gettub.com.br/2017/08/nova-era.html
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livrosepixels 18/09/2017

Um novo começo (ou quase isso)
Geralmente, livros apocalípticos e até mesmo os distópicos ensinam uma coisa em comum: não é possível reconstruir toda uma sociedade do dia para a noite, ainda mais quando ela é composta essencialmente por centenas de adolescentes com os hormônios a flor da pele e com posicionamentos ideológicos e sociais diferentes. Nova Era mergulha nesta questão e expõem os conflitos enfrentados pelas tribos de Nova York, que além de saberem da existência do mundo exterior, também sabem da existência de uma poderosa arma nuclear em algum lugar em meio às ruínas.

Um aspecto interessante deste final de trilogia é a discussão sobre como as diferenças entre as tribos dificultavam a formação de uma nova sociedade. O plano de Jeff falhou, não apenas por ele omitir algumas informações relevantes, mas sobretudo, por não considerar o fato de que diferenças ideológicas e sociais não se mudam de um dia para o outro. Ainda mais quando essas questões imperavam na sociedade há muito tempo ainda antes da Doença. Assim, é fácil compreender porque uma das tribos mais extremistas da narrativa, a Uptown, não aderiu a ideia logo e se beneficiou da reunião “pacífica” para tomar ainda mais o poder.

A Uptown foi descrita, desde o primeiro livro, como um grupo machista, escravista e até mesmo com similaridades a regimes como o fascismo e o nazismo. O seu líder, Evan, era um garoto que via mulheres como objetos sexuais e só acreditava que os fortes poderiam viver. Políticas humanistas não existiam nessa tribo. O líder mandava e o resto obedecia. Se discordasse, morria. Sempre que esse personagem aparecia, o sentimento de repulsa me tomava, pois era desprezível a forma como ele agia. Essa repulsa se torna maior ao ler os capítulos que são narrados por ele, onde o personagem conta um pouco sobre o seu passado e como começou a surgir suas ideias de superioridade. E, acredite, ainda quando criança Evan já demonstrava uma má índole, o que o levou a cometer alguns atos ilícitos.

“Poderíamos retrucar se tivéssemos alguma coisa útil para dizer. Mas desistimos das palavras. Em vez disso, assumimos o papel de presa, mantendo-nos na toca como coelhos.”

A questão da arma nuclear perdida nas ruínas de Nova York também é outro motivo para tornar todas as tentativas de pacificação em algo ruim. A sua descoberta faz com que a Resistência se separe das tribos, iniciando uma verdadeira corrida armamentista. O grupo insurgente decide encontrar a arma a todo custo e dominar o mundo, enquanto as tribos, cada uma por si, decide a mesma coisa. Enquanto isso, Jeff tenta encontrar uma forma de evitar que essa corrida pelo poder destrua o pouco que sobrou da civilização americana. Essa tarefa se mostra um tanto pesada para ele, pois, como já sabemos, ele não é um super herói, não quer ser um. Mas não pode ficar quieto sem tomar atitudes. Não quando uma guerra nuclear pode ser eminente.

Donna é a personagem que eu senti mais desconexa com a história. Ela é trazida novamente à Nova York pelo governo inglês, e junto com alguns outros militares, procuraram pela localização da arma nuclear, ao mesmo tempo que procura pela tribo de Jeff. Não teria nada de errado até aí, a não ser o fato de que ela não agrega nenhuma novidade na trama e, pior, manda e desmanda nos oficiais do alto escalão militar. Acredito que um general do exército não se rebaixaria às ordens de uma adolescente que só quer saber de encontrar o amor da sua vida. Entretanto, isso acontece por toda a narrativa.

Algo que senti falta, contudo, foi em relação as questões políticas internacionais que foram apontadas no livro anterior. Em Nova Era, sabemos que a revelação do arsenal nuclear americano desencadeia uma euforia entre os países, que então se motivam a invadir os EUA a fim de dominar o recurso. Entretanto, ficou totalmente de lado as discussões mais importantes: como a economia mundial estava reagindo à destruição da América? O que os governos fizeram nesse meio tempo para sustentar a sociedade, ou então, porque as nações não discutiram perigo de um arsenal nuclear perdido? Me pareceu que cada governante simplesmente pensava por contra própria e fazia o que bem entendia, sem se importar com as consequências.

“Talvez seja assim que funcione. Talvez o caminho para a igualdade não esteja cheio de boas intenções nem possa ser traçado sobre bases legais e de mudança social gradual. Talvez só seja conquistado na base da briga.”

O final também achei um pouco atropelado e que deixou perguntas abertas. Parecia que o autor não sabia como finalizar a trama e, para isso, passou por cima de tudo o que já havia escrito e deu um fim simples que, cá entre nós, não precisava de três livros para ser feito. Ao meu ver, Chris Weitz poderia ter se preocupado em desenvolver mais esses pontos e ter entregado um final mais convincente.

Pelo menos uma coisa é certa: eu me diverti em vários momentos da leitura e li super rápido. Mesmo com os pontos ruins, há coisas boas que podem ser tiradas da experiência, como por exemplo, as críticas apontadas nos livros. Talvez para o público mais jovem, começar com uma trilogia leve como essa seja o caminho ideal para a formação de uma mente mais aberta e mais questionadora. Para mim, contudo, como a trama ainda é morna e precisa de alguns elementos aprofundados a fim de se tornar uma experiência mais satisfatória e diferente.

site: http://resenhandosonhos.com/nova-era-chris-weitz/
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Sheila 27/02/2018

Resenha: "Nova Era - Mundo Novo vol 3" (Chris Weitz)
Por Sheila: Oi pesso@s como vocês estão??? Esse vai ser uma dezembro de encerramentos! Pretendo trazer a vocês o fim de pelos menos mais uma trilogia! Mas, hoje, falaremos a respeito do desfecho da trilogia Mundo Novo.

Para quem vinha acompanhando as resenhas pelo blog, vale dar uma olhadinha nas resenhas anteriores, aqui e aqui. Agora, para que ainda não leu nenhum dos livros, haverá spoilers a partir do próximo parágrafo ok?

No final de "Nova Ordem" o caos havia se instaurado entre as tribos dos EUA pós contaminação; apesar de todos os esforços de Jefferson para tentar criar uma nova constituição, onde todos fossem iguais, dois acontecimentos impedem seus planos.

Em primeiro lugar, por que Kath, ressurgida dos mortos e acompanhada por Theo, contou para todas as tribos reunidas que Jefferson havia lhes contado apenas parte da verdade; ok, ele tinha a Cura e podia ajudar todos a mais que sobreviver. Mas ele também vinha escondendo uma verdade muito maior do que essa: toda a civilização ocidental continuava viva lá fora e, saber que eles não estavam sozinhos, fazia sim diferença para boa parte dos ali reunidos e a trégua acabou indo por água a baixo.

- Alguma chance de você me agradecer por ter salvo sua vida? - Kath pergunta com um sorriso.
Isso é teoricamente verdade. Tive sorte de escapar ileso quando todo mundo ficou sabendo da Cura. Kath e os gêmeos me tiraram pelo porta dos fundos do prédio da ONU, além de Crânio e Peter.
- Você me matou - repliquei. - Você incitou os linchadores que estão atrás de mim.
Agora nós nos escondemos durante o dia e nos movimentamos à noite, evitando os camponeses com forcados e tochas.
Eu queria estabelecer algum tipo de estrutura antes que o pessoal de fora chegasse. Segundo Chapel, eles estavam esperando que morrêssemos. Pareceu que a melhor opção era unirmo-nos.

Em segundo lugar, Chapel mostrou-se nada mais que um traidor. Assim que o corre-corre começou, eles descobriram que este queria somente a maleta com os códigos de ativação dos mísseis nucleares, que estavam na ONU com o Presidente quando a loucura da infecção começou.

Enquanto isso, Donna também descobre, na Europa, a respeito da existência da maleta. Pior: que foi sumariamente enganada. Jefferson e os outros não estão mortos. Rab não tinha um real interesse nela. Estava apenas tentando descobrir se ela, sem querer, não tinha informações relevantes justamente sobre a mesmíssima maleta.

Sentindo-se traída e usada, ela parte em uma jornada para tentar ajudar o governo Britânico a recuperar a maleta, para poder preservar a paz no restante do mundo. No entanto, seu real objetivo ia encoberto: encontrar Jefferson e os outros e, de alguma forma, redimir-se do que ela considera uma grande traição - ter passado a noite com Rab.

O zumbido continuo do helicóptero e o jargão militar talvez me fizessem viajar, se meu coração não estivesse batendo muito mais alto. Tudo por que Nova York, a bela Nova York, a horrível Nova York, estende-se à nossa frente - Manhattan ligeiramente presa ao continente e a Long Island pelas pontes.
Em algum lugar entre aqueles desfiladeiros e becos esta Jefferson. Pelo menos é o que espero.

Se o primeiro livro constitui-se da busca, quase suicida, pela Cura, e o segundo por respostas e uma forma de lidar com o fato de terem sido abandonados pelo restante do mundo, neste desfecho veremos uma corrida contra o tempo para salvar a maleta, que acaba caindo nas mãos de Evan e o pessoal da Upton - ou seja, as piores possíveis.


A capa de Nova Era é um retorno até uma cena do primeiro livro, "Mundo Novo", como que numa tentativa de criar um elo entre o princípio e o desfecho da obra. Todas as três capas são muito bonitas e elaboradas, mas o rosa desta terceira parece ter tido um caráter proposital.

Afinal, neste último livro tivemos um enredo totalmente Girl Power, onde as personagens femininas se destacaram fortemente e tiveram papel definitivo no desfecho de algumas outras subtramas. O livro é narrado, mais uma vez, por diversas vozes, boa parte delas por vozes das personagens femininas.

Mas ... - e é uma pena que exista um "mas" por que adorei a ideia por detrás da trilogia - este último livro me deixou com uma sensação ruim de assunto inacabado. O livro tem um número de páginas menor em relação aos primeiros dois e vemos algumas sequências de cenas que poderiam ter sido melhor exploradas, ou novas vozes que se juntaram ao coro narrativo que poderiam ter sido um pouquinho mais exploradas.

Fora isso, valeu a pena a leitura da trilogia como um todo e gostei do desfecho, apesar de ele deixar as possibilidades bem abertas, uma Nova Era a ser construída e revelada. Abraços e até a próxima!

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Jeff Valerio 03/07/2020

O emocionante e aguardado encerramento desse "apocalipse juvenil", como dizem os próprios personagens.
Apesar de ter menos páginas que os seus precedentes não deixa a desejar em empolgação, informação e fechamento.
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Itana.Romano 26/03/2021

Surreal
É surreal que uma trilogia que comecei a ler em 2016 falando sobre um vírus que se espalhou pela humanidade se encaixaria tão bem na nossa realidade anos depois. Eu li em 2020 e 2021 os dois últimos livros e era se como o autor tivesse previsto o que viveríamos. Amei todos os personagens! Achei o fechamento da história um pouco corrido, mas plausível. Gostaria de um dia ver uma adaptação cinematográfica. Apesar que parece que todos os filmes nessa pegada já foram feitos. Os dois últimos livros dá uma mornada na história, mas o primeiro é eletrizante! Super indico a leitura.
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Fer 17/04/2021

A conclusão do caos
(Sem spoiler)
O último livro da trilogia Mundo Novo continua nos trazendo capítulos curtos narrados por diferentes personagens, cada um com seu tipo de escrita, o que faz com que a leitura voe. Assim como os outros dois, a história vem carregada de ação e plot twists que fazem você não conseguir largar o livro e até ficar com raiva por não saber o que realmente está acontecendo.
Achei a conclusão ok, mas o mais interessante pra mim foi o caminho para se chegar nela e não ela em si.
Uma ótima trilogia pra quem gosta de distopias caóticas e com muitas mudanças ao longo das páginas! Recomendo!
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Maria Laura 05/05/2021

Primeiro de tudo: eu continuo achando surreal como vários diálogos e situações dessa história que foi escrita em 2015 se encaixam tanto com esses anos de 2020/2021.

Último livro da trilogia, minhas expectativas estavam altíssimas e talvez isso tenha me atrapalhado um pouco. Até agora não sei se gostei do desfecho dessa história, mas entendo que era a melhor opção dentro do universo que o autor criou. Continuo gostando muito da escrita do autor e admiro como ele manteve o ritmo da ação durante toda a trilogia, algo bem difícil de fazer, mas acho que ali no final as coisas poderiam ter sido um pouco menos apressadas.
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Lara Kelly 13/08/2021

O desenrolar dessa último livro foi bom, li rapidinho (2 dias), e o final foi o esperado, nada de muito interessante, esperava um pouquinho mais.
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Fernanda 14/11/2021

Novo Mundo - livro 3
Uma estória de fato surpreende. Um vírus mortal, devastador, romances pós apocalíptico, amizades, brigas, guerras, mortes, amigos que se foram, armas biológicas, reconstrução. Nova Era não deixou a desejar, com diversas reviravoltas, lutas as vezes aparentando intermináveis e sem fundamento, porém batalhando até o fim para a reconstrução de Nova York, e também por um bem maior. Não como uma utopia, como o Jefferson gostaria, porém um mundo real. Super recomendo a trilogia Novo Mundo.
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