O Rei Corvo

O Rei Corvo Maggie Stiefvater




Resenhas - O Rei Corvo


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Queria Estar Lendo 09/11/2016

Resenha: O Rei Corvo
O Rei Corvo foi um sonho, um pesadelo e alguma coisa entre os dois. Foi uma poesia, uma narrativa com começo meio e fim. Sobre o que se trata? Depende de onde começa a história. Maggie Stiefvater prometeu uma obra arrebatadora e cumpriu isso entregando o melhor fim - e talvez o melhor começo? - que uma saga poderia ter.

De novo, O Rei Corvo começa dependente de algum ponto de vista. Pode começar falando sobre a Blue, uma garota cuja família prevê futuros sombrios, que se envolveu com quatro garotos corvos na busca por um rei adormecido. Pode falar sobre Ronan, um sonhador. Pode falar sobre Gansey, o explorador ansioso, aquele cuja voz comanda. Pode falar sobre Adam, que tinha medo e então encontrou coragem. Pode falar sobre uma aventura e sobre uma tragédia, sobre um sonho e sobre um pesadelo. Pode falar sobre o fim de uma saga e o início de algo mais grandioso.

"Sonhadores devem ser classificados como armas."

Eu quero abrir a janela e gritar para o mundo que esse é o livro da minha vida. Essa é a saga da minha existência. Tudo em O Rei Corvo existe porque deveria existir e graças aos céus por isso. Como nas outras resenhas, vou falar sobre os personagens, porque a trama está ali por eles. O enredo existe ao redor, sendo guiado através das escolhas e das tragédias e das perdas e dos ganhos de cada um deles.

"Richard Gansey III havia esquecido quantas vezes haviam lhe dito que ele estava destinado à grandeza."

Gansey está próximo da morte assim como está possivelmente próximo de encontrar o que sempre esteve procurando. O destino dele é intrincado por mistérios, ao mesmo tempo em que parece bem óbvio desde o primeiro capítulo do primeiro livro. Gansey é um rapaz sonhador - mas não no sentido real da palavra, esse é o Ronan - porque deseja. Ele quer viajar, ele quer explorar o mundo, ele quer amar a Blue sem precisar se esconder. Gansey quer encontrar o rei adormecido e fazer um pedido para ele; quer viver e ver tudo o que for possível. O mais mágico na escrita da Maggie é como ela te agarra com esses personagens, como todos são tão reais e excêntricos e vivos e perfeitos. Gansey é um garoto altruísta, disposto a tudo por seus amigos - sua família - mas também por ele mesmo. O mais mágico nele é sua relação com Adam, Ronan, Blue e Noah - e com Henry, o novo garoto corvo que chegou com tudo. Gansey está ali por eles em 100%, todas as suas emoções, seu coração e sua existência pertencem a essas pessoas em especial. Ele é tão rico e incrível e o tipo de personagem que você poderia abraçar e proteger do mundo para sempre.

"Gansey suspirou em voz alta. Ele era um livro, segurando as páginas finais. Ele queria chegar ao fim para descobrir como terminava, apesar de não querer que ele terminasse."

Blue e Gansey dividem os melhores momentos da trama. Os dois estão apaixonados e estão juntos e isso torna a dinâmica ainda melhor; não é nenhum romance meloso e sem sentido, nada de promessas e juras eternas. Eles se amam e isso é tudo, porque é o que importa.

"Mas, de alguma forma, ela estava olhando para a ruína de uma alma, e nela havia um garoto morto."

Blue, inclusive, é tão magnífica. Desde que aceitou fazer parte dessa caça ao tesouro, sua vida nunca mais foi a mesma - e ela nunca quis que fosse. Blue sempre esteve procurando por um propósito, por magia e por alguma coisa para dar significado à sua existência. Numa casa cheia de videntes e médiuns, ela era normal. Junto aos garotos corvos, ela é algo mais. Uma ampliadora, uma intercessora. Blue é uma das personagens femininas mais fortes e independentes que já li, e não porque ela pega em armas e se joga nas lutas, mas porque ela protege e se faz presente quando é necessário. Em relação à sua família, Blue tem ótimas interações com a mãe, Maura, e também com a filha do rei adormecido. Em relação a uma jornada de crescimento, eu diria que O Rei Corvo deu um ponto final no desenvolvimento da Blue. Ela cresceu tudo o que tinha que crescer e até um pouco mais.

Adam e Ronan são um conjunto, e tudo o que eu queria fazer, honestamente, é berrar sobre os dois. Porque o livro só me causou isso: berros. Com a ameaça crescendo em Cabeswater, Ronan e Adam é que recebem a maior carga de consequências, uma vez que são os dois ligados à floresta mágica. Ronan, o sonhador, e Adam, que escolheu.

"Quando abriu os olhos, viu que Ronan estava olhando para ele, como ele estivera olhando para Ronan durante meses. Adam olhou de volta, como ele estivera olhando de volta durante meses."

Maggie delineou esse arco entre os dois personagens, uma coisa tão poderosa e incrível e inquebrável que te deixa sem fôlego, rolando pelo chão. Adam e Ronan são tão frágeis quanto fortes. Adam ainda vive com o medo do seu passado, os traumas infringidos pela família, a dor da solidão e da ideia de que pode se tornar algo que não lhe pertence. Ronan, por outro lado, lida com pesadelos mais etéreos. Lida com sonhos e com as consequências de tirar coisas deles; o que está acontecendo com Cabeswater acontece com os dois também, e isso cria um coeficiente de tensão absurdo durante a leitura. Você só quer que eles fiquem juntos e felizes, mas tudo parece bom demais para ser verdade.

A questão a respeito do Adam é a respeito do que suas escolhas no primeiro volume trarão para ele agora que a floresta mágica está adoecendo. Adam é parte dela, tem parte dela nele. O garoto que escolheu o caminho mais difícil agora confronta o que esse caminho reservou para ele. O mais interessante em toda a jornada do Adam é como ele nunca perdeu os traços da personalidade original - aquele orgulho ferrenho, a vontade de crescer, o pavor que seu passado carregava - mas como se tornou algo mais em cima disso. Ele é um dos personagens mais frágeis e preciosos que já li, um dos mais marcantes e apaixonantes que as histórias já me apresentaram.

Diferente do garoto rebelde e perigoso do primeiro volume, no entanto, aqui encontramos em Ronan um sonhador mais cauteloso, um garoto ansioso por fazer a coisa certa. Ele quer proteger a família e os amigos - sua segunda família - quer não ter medo dos seus pesadelos, quer sonhar e não se preocupar com o que pode sair desses sonhos. Ronan deseja, e ele tem medo desses desejos, especialmente agora que Cabeswater está tomada por seus pesadelos. As interações entre ele e Adam abrem caminho para um fortalecimento necessário ao personagem tão aparentemente bruto e indestrutível que é Ronan Lynch; perto de Adam, ele é só uma brisa a ser soprada, um coração desejoso.

"Seus sentimentos por Adam eram um derramamento de petróleo; ele os deixara transbordar, e agora não havia um maldito lugar no oceano que não pegasse fogo se ele deixasse cair um fósforo."

Uma coisa que eu vou gritar aqui sim é PYNCH. RONAN LYNCH E ADAM PARRISH = EU MORTA.

Eu fiquei completamente apaixonada pelo desenvolvimento das histórias deles. De como elas se ligavam e existiam juntas e de repente se separavam porque precisavam crescer sozinhas. Adam e Ronan são dois dos personagens mais queridos que já tive o prazer de amar, e vou continuar amando para sempre porque o que esse livro e essa saga fez com eles é difícil de explicar, muito mais fácil de sentir. Eles são um emoção fervorosa, um incêndio, um amor e uma promessa.Por último, preciso falar sobre o Henry. Henry Cheng que chegou de repente e eu achei que pouco me importaria com ele, afinal de contas, passo tempo demais chorando pelos outros personagens. Mas Henry ganhou o meu coração e minha atenção e todo o meu amor conforme as páginas passavam e sua presença se tornava essencial; eu acho absurdo e maravilhoso como a Maggie consegue pegar uma simples figura e transformá-la em algo inesquecível. Foi isso que ela fez com Henry e com cada outro personagem que passou por esse livro.

"Pesadelos eram reais. Não havia diferença entre os sonhos e a realidade quando eles estavam juntos ali em Cabeswater. "

Claro que, além deles, temos as mulheres da Rua Fox, 300, o Senhor Cinzento, Piper e sua medonha fissuração pelas sombras dentro do mundo dos sonhos e tantos outros personagens que ajudaram a construir a obra prima que é este livro. O interessante nessa história é que tudo sempre esteve lá. As respostas, a finalização dos arcos, o que os personagens fariam para salvar uns aos outros. Desde o princípio, desde o primeiro livro, Stiefvater nos deu o que seria o final. Quando você esquece das suas teorias e foca no que a saga prometia, ela cumpriu com perfeição. Não existe nenhum ponto solto, nenhuma explicação mirabolante tirada da cartola. Sempre esteve ali, você só precisava enxergar.

O Rei Corvo é uma história sobre vários protagonistas. Dependendo de onde você começa, ele fala sobre determinado personagem. No primeiro volume, já temos o vislumbre da grandiosidade que cada uma dessas figuras vai carregar, mas o último livro nos explicita a importância de todos eles. A saga dos Garotos Corvos é sobre seus meninos, sobre suas escolhas, sobre seus medos e traumas e sobre a superação disso tudo. É a história da busca por um rei adormecido, de uma profecia sobre amores verdadeiros fadados à tragédia, sobre Blue, sobre Adam, Gansey e Ronan.

"Adam sorriu alegremente. Ronan começaria guerras e queimaria cidades por aquele sorriso verdadeiro, franco e amigável."

O Rei Corvo é tudo o que tinha que ser e muito mais. É uma história feliz e triste, a caçada por um rei adormecido, pela promessa de salvar um mundo da escuridão, de escapar de pesadelos e construir novos sonhos. O Rei Corvo foi, sem sombra de dúvidas, minha melhor leitura deste ano. E eu recomendo e sempre recomendarei a saga dos Garotos Corvos para todo mundo que quiser se apaixonar perdidamente pela poesia que Maggie Stiefvater criou; a partir de um sonho, muito provavelmente.
Lu 30/12/2016minha estante
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Raíssa 12/02/2017minha estante
Ainda não li o livro, estou começando hoje e vim futricar pra saber o que os outros acharam... adorei sua resenha! Só esqueceu de falar sobre o Noah =] será que ele deixa de ser personagem principal aqui? Gosto tanto dele..


Queria Estar Lendo 19/03/2017minha estante
Oi Raíssa! Então, o Noah meio que tem um destino definido lá no fim do terceiro livro, e ele não está tão presente no 4 exatamente por isso. Especialmente pela condição dele dentro da trama, o foco está muito mais em cima dos outros 3 garotos corvos por eles terem que lidar com a realidade.
O Noah aparece, mas o destaque foi pros citados na resenha ;)


flavia277 17/05/2021minha estante
eu tava quase pra desistir de ler o último livro, MAS ESSA RESENHA ME SALVOU EU AMEI MUITO


Drica 22/04/2022minha estante
Incrível que essa resenha tenha cinco anos e que finalmente ei tenha chagado no último livro (porque quando conheci a saga ainda estava em lançamento e meu coração não pôde aguentar saber que aquele história no primeiro livro ainda não teria fim ao alcance das minhas mãos). Depois dessa resenha posso mergulhar e me afundar nesse mundo e assim como disse... O limiar é sempre entre um sonho ou um pesadelo e o fim sempre esteve lá. Estou ansiosa para saber o que as últimas páginas me reservam assim como todas as outras que vierem antes dela


Bea.3 13/06/2022minha estante
acabei de ler o livro e vim ver as resenhas, só tenho uma coisa a dizer: SIM SIM SIM QUE LIVRO MARAVILHOSO


Maria 08/08/2022minha estante
Acabei de ler o livro e realmente, é maravilhoso


SoupCoffe 09/08/2022minha estante
Mds eu já abandonar a saga mas vc me convenceu a ler o último livro


Duda.T0 13/03/2023minha estante
Misericórdia q isso, um TCC?




Leticia2513 06/01/2024

Gostei da coleção num todo, mas tenho que reler e fazer anotações para pegar os pontos, deixei muita coisa passar.
Quero também ler a trilogia do Ronan.
Bela 06/01/2024minha estante
Valeu a pena? Eu li os dois primeiros e desanimei.... porém eu comprei o box na época ? (coisa que não faço mais kkkk) aí tô tentado criar coragem para acabar, mas lembro que mesmo gostando do Ronan como personagem eu não curti o segundo livro que é basicamente sobre ele....




Bia 10/01/2022

Amei??
Amei muito, leiam a saga dos corvos!
Esse livro e o primeiro são os melhores na minha opinião.
Embora eu não goste muito dos vilões e da forma um pouco confusa que a autora apresenta as soluções, esse livro é fantástico, assim como todo o universo que ela criou.
A maioria dos personagens tem muita profundidade e os livros são cheios de reviravoltas e crescimento!
Não me decepcionou.
????
Carol Mayara 10/01/2022minha estante
Eu estou enrolando a dias pra ler esse último!!!!


Daphne 10/01/2022minha estante
Comprei essa saga no escuro. Nunca tinha ouvido falar e vendo sua avaliação, já me deu vontade de ler.


Mii 10/01/2022minha estante
A saga dos corvos é a melhor que existe!!!!


Colapso literário 10/01/2022minha estante
Estou enrolando faaaaz tempo para terminar esses fofos ??


art3misbarb 10/01/2022minha estante
Sou apaixonada por essa saga, tô louca pra ler a próxima, com o Ronan como protagonista ?


Bia 10/01/2022minha estante
Geovanart3 nem sabia que tinha próximo!!! Vou comprar logo. Ronan melhor personagem




Rosangela Max 05/10/2021

Decepcionante.
A única parte boa nesse livro envolve o Adam e o Ronan. Na verdade, foram eles que vieram carregando esta serie desde o começo.
A autora decepcionou no desenvolvimento da história e de alguns personagens. A cada volume piorava ao invés de melhorar.
Recomendo somente para quem não tem mais nada do gênero pra ler.
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Pam 31/12/2021

Não estou pronta pra dizer adeus
Finalizar essa série e dizer adeus a esses personagens que eu me apeguei tanto vai ser muito difícil.
Tenho que dizer que em termos gerais esse é o pior livro da série, porém ainda assim consegue ser grandioso, mesmo com um final que deixe a desejar.
É impossível não se apaixonar pelos personagens e as suas construções, assim como é impossível não se cativar pelo universo que é único e diferente de tudo o que já li.
Adeus meus garotos corvos, foi um prazer acompanhá-los até aqui.
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Jess 15/09/2022

Releitura!
Ler um livro e perceber que ele se tornará um favorito é uma das melhores sensações que um leitor pode ter. Mas reler esse livro e perceber que nada mudou, é uma sensação melhor ainda.

Me sinto em casa relendo esses livros. E o que é estar em casa? É como um sentimento. É uma sensação. E, no meu caso, é um livro. Estar em casa, se sentir seguro e acolhido, amado... É isso tudo o que eu senti com essa leitura, de novo.

Ele me reconquistou com a ação e o nervosismo das últimas páginas, as reviravoltas dos acontecimentos, a aventura, o amor e a forma como a história é contada e se desenrola, não da forma que esperamos, mas da forma que ela precisa.

Sabe quando o seu coração se sente bem em estar apenas lendo palavras em uma página e sentindo cada pequena coisa que aqueles personagens também sentem? Do ódio ao amor e da felicidade e etc... Estar tão conectada com a sua imaginação que você cria toda aquela história que está ali, apenas em palavras, como acontecimentos reais, existindo em sua frente. O seu coração sabe que é real, sente que é real, e você deixa. Por vários motivos, você deixa. O meu motivo, ou um deles, é a necessidade de encontrar um amor e uma conexão tão bonita quanto os personagens desse livro criaram um com o outro. Eu senti alguma coisa neles que era como se eu estivesse querendo, ansiando e procurando por toda a minha vida. E eu achei. Não em mim, não na realidade, mas eu achei e me agarrei tão firme neles que é difícil dizer adeus, mesmo sabendo que releituras existem, tanto que essa é a terceira. Mas eu nunca vou me esquecer da sensação de finalizar esses livros, pela primeira vez, há mais de dois anos. É a mesma que sinto agora.

É, novamente, o fim de um ciclo, mas também é o início de um novo.
laviii 15/09/2022minha estante
uma das melhores sagas que eu já li!!


Luna.Bard 03/11/2022minha estante
Essa saga é incrível!




Tamirez | @resenhandosonhos 21/08/2018

O Rei Corvo
É hora de dizer adeus. Dizer adeus a Gansey, Blue, Adam, Ronan, Noah, as médiuns da Rua Fox 300, a todos os seres sonhados, ao Sr. Cinzento, a Cabeswater. Mas, mais do que qualquer coisa, é hora de dar adeus a Glendower.

Se despedir de uma série que eu amo tanto não foi algo fácil. A ansiedade por esse livro e o medo dele eram coisas que andavam juntas. Vi tantas pessoas lidando com a decepção que a história trouxe que antes mesmo de tê-lo em mãos já havia feito minha paz que essa trama não teria todas as respostas que precisava. Mas, longe de ter me decepcionado, como achei que iria, o que mais me deixou triste foi chegar ao final e não encontrar o glorioso desfecho que eu estava esperando.

A trama que Maggie criou não tem nada de comum. Aliás, é uma das histórias mais únicas da fantasia contemporânea. Apesar de usar elementos conhecidos, como as Linhas Ley, que são aplicados em tantas outras histórias, a autora conseguiu distanciar sua narrativa, criando algo extraordinário. E, ao pensar sobre toda a história e o que ela precisava ainda oferecer, me dei por conta que não teria todas as respostas nem que a autora quisesse dar. Não havia espaço pra isso em apenas um livro.

Dentre as coisas que não gostei, quero pontuar o destaque dado aos comerciantes do elementos criados pelo Greywaren e o espaço que isso toma da história. Bem como as cenas das duas personagens que acompanham o demônio. Queria tanto mais dos outros, que não vi muito sentindo e perdemos o tempo precioso com essas personagens. Além disso, o final pra mim ficou faltando algo. Desde o começo sabemos o que o fim pode ser: a morte de Gansey. É um caminho que não queremos pensar muito, e ao mesmo tempo buscamos soluções para contornar isso. Mas o que realmente é melhor para a história?

O que aconteceu me deixou frustrada, pois pareceu simples demais frente a tudo o que a Saga dos Corvos representa, principalmente o último capítulo, completamente desnecessário. Porém, como falei no começo, o livro não foi uma decepção e há muita coisa legal aqui também para contornar todos os problemas presentes.

“O olhar de Ronan Lynch era a cobra na calçada onde você queria caminhar. Era o fósforo deixado sobre o seu travesseiro. Era premir os lábios e sentir o próprio sangue.”

Acho que uma das coisas mais legais que vi acontecer aqui teve a ver com a abertura de Ronan. Ele finalmente nos mostra muito mais de si e do que mantém preso em sua cabeça e seu coração. Um personagem que é um bad boy, que amamos e odiamos, que é descuidado, que não mede as consequências e que ao mesmo tempo sente tanto. Ama muito sua família e teme por ela. Ama seus irmãos e os odeia. Ama Gansey, ama Blue, ama Noah e ama Adam. Aliás, uma das cenas mais lindas de toda a Saga vem desses dois. Figuras opostas, controversas.

Adam mantém suas características, mas está um pouco mais solto. Ele é, sem dúvidas, o personagem mais estereotipado entre os garotos. O menino pobre que vive entre os ricos e quer provar o seu valor. Porém, em algum momento no terceiro livro isso ficou pra trás, e a frente só as sombras dessa época e o peso de Cabeswater. Ao fim de tudo, foi ótimo ver Adam crescer e se encontrar.

Noah está indo embora. Tudo o que acontece o enfraquece e sua missão está chegando ao fim. É difícil se despedir de um personagem que é ao mesmo tempo querido e creepy. Já Blue, que teve protagonismo no terceiro livro, aqui está um pouco apagada, mais indo com a maré do que tomando a frente. Porém, em algum ponto da história, quando seu pai é trazido em foco, descobrimos que sua ligação com tudo o que aconteceu pode ir um pouco além de um golpe de sorte. Existe conexão, propósito.

E como as mulheres desse livro são legais. Blue é apenas uma delas. Cada uma do seu jeito, cada uma com sua faceta. Loucas, céticas, estranhas, extremamente bem construídas. Genuínas em sua natureza. Todas as presenças da Rua Fox 300 ganham nossa atenção e admiração ao longo da história.

Já Gansey tem mais “tempo em cena” e há um conflito persistente em sua mente. Mesmo que ele não saiba realmente, sabe que seu tempo está acabando. É hora de dar um fim a tudo. É hora de encontrar Glendower. Porém, tudo é tão difícil. As pessoas ao seu redor estão sofrendo, sua família deseja atenção, e sua mente é uma confusão. Ele não sabe como fazer as coisas acontecerem. Até que descobre.

“A questão era que todos estavam próximos demais da situação. Eles haviam estado próximos demais da situação durante meses. Estavam tão próximos que era difícil dizer se eles eram ou não a situação em si.”

Essa é uma série fora da casa que exige do leitor uma mente aberta e imaginativa. Parte disso justifica não termos respostas para tudo. Fica aberto para que coisas sejam discutidas e teorias formadas. Houve uma certa frustração com isso? Sim. Mas não termino essa história decepcionada. Termino com um sentimento de perda gigantesco, por ter de dar adeus a personagens tão queridos, a uma narrativa cativante e a uma história sensacional.

A história não é realismo mágico, mas em vários aspectos se apropria de características do estilo para confundir o leitor. Trazer com naturalidade algo mágico e não necessitar dar explicações. O ir e vir desses elementos suscita as perguntas e isso é normal, porém também merece ser compreendido. E, tendo dito tudo isso, a impressão que fica é que se esse não fosse o último livro, seria um ótimo quarto. Mas ao fim, a falta de algo também pesou.

Maggie sabe muito bem como envolver o leitor, sabe conduzir a história soltando bombas em lugares inesperados, posicionando seus plot twists em momentos que você já deu tudo por encerrado. Depois que você entra pra dentro do primeiro livro e se familiariza com a história, há uma sede por descoberta, uma ânsia por conhecer mais. Esse foi meu primeiro e único contato com ela, e sei que ela nem sempre é assim, mas aqui, certamente o tom foi acertado.

A Saga dos Corvos é uma das minhas séries de fantasia contemporânea favoritas. Independente de tudo o que esse último livro pode ter deixado em aberto ou a desejar, isso não mudou. Os personagens me cativaram de uma forma como poucos jovens ficcionais conseguem, há uma conexão entre o leitor e eles. São reais, palpáveis. Cabeswater é mágico, um lugar que todos gostaríamos de conhecer, e essa, por mais dura jornada que tenha sido, certamente despertou o instinto de aventura e de descoberta. Maggie Stiefvater ganhou meu coração com essa história e a ela eu agradeço.

site: http://resenhandosonhos.com/o-rei-corvo-maggie-stiefvater/
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spoiler visualizar
nick â­ 04/01/2024minha estante
mds amo encontrar fãs de trc


marytw 04/01/2024minha estante
Só por esse início deu vontade de ler, cê me convenceu


alicebks 04/01/2024minha estante
Essa saga é perfeita, ganhou meu coração quando eu li ???


sabela0 19/01/2024minha estante
Eu senti o mesmo que você nao tenho nem palavras pra expressar tudo que essa saga foi pra mim




Taina.Cardozo 29/01/2023

Uma longa jornada chega ao fim
Nada aconteceu até uns 50% do livro, depois começou a acontecer tanta coisa uma atrás da outra... E foi fantástico! Teve vários momentos do livro em que fiquei chocada com a história, eu nunca sabia o que esperar da próxima página.

O final... Depois de um certo acontecimento parece que faltou páginas pra explicar o final de cada personagem. Ou talvez a autora quisesse manter o estilo de escrita dela, pois isso aconteceu muito nesse livro: no momento mais tenso do capítulo, cortava pro próximo. Mas acho que deveria ter deixado isso de lado no final. Acabou que a parte mais importante da história aconteceu muito rápido e então voltamos para o início. Sei lá. Mas acho que tirando a forma como o final foi contado, o final foi bom e condizente com a história. Realmente parece que tudo estava levando para aquele momento.

Eu tive que reler os 3 primeiros livros só para poder finalmente saber o desfecho dessa saga e acho que valeu a pena.
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Cami 27/01/2024

Oq dizer dessa saga maravilhosa, foi uma caminhada sem igual, ler todos esses livros foi um aconchego no meu coração, foi um misto de emoções tão incrível.
Acho que a Maggie não decepcionou, foi novamente uma narrativa linda, o único problema é que ela foi rápida demais, algumas coisas foram pouco explicadas e outras nem foram, oq deixou certos furos, na minha opinião, com mais cem páginas ela explicaria tudo e seria o livro perfeito.
Mas acima de tudo, oq importa é o prazer da leitura, e com certeza ler esse livro foi sensacional, despedidas não são fáceis, mas dessa vez foi extremamente bela e emocionante, vou sentir muito falta de todos esses personagens.
Algumas pessoas podem não tem gostado muito, mas eu adorei o lance do rei corvo, é muito legal quando o final é inesperado dessa forma e eu percebi uma mensagem muito legal nisso.
E gente os romances aaaaaaaaaaaaaaa
Ronan e Adam são meu império romano, eu vivi e respirei por eles, mau posso esperar pra ler a trilogia do Ronan e ver mais dessa casal de tirar o fôlego.
O Gansey e a Blue finalmente venceram, o beijo foi uma bosta kkkkkkry mas nada supera todo o desenvolvimento deles e foram felizes no final pra alegria de todos.
E assim, me despeço com muito amor no coração, esses livros entraram no meu top melhores sagas ever.


P.S: o Henry foi tão desnecessário pra história, achei ele uma grande forçassão, se ele não existisse não ia precisar das cem páginas a mais, pq tudo seria melhor. bjs da Anita.
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fe.nacelo 17/05/2021

vou sentir saudades aaa
Eu nem acredito que eu tentei essa saga incrível, foi uma montanha russa de emoções, que eu sem sei explicar. Esse livro pra mim foi bem difícil de terminar, e eu achei o final dele bem aberto para muito dos personagens. Durante os quatro livros a gente vai entrando muito na vida dos personagens, conhecendo seus sentimentos e gostos, pra no final a gente ficar sem saber o que aconteceu com eles. Mas eu acho que com o final dos principais a história terminou como devia. Confesso que queria mais um pouco de romance kkkk mas os acontecimentos seguiram a vibe que o livro sempre passou. Enfim, o livro é incrível, a saga é incrível, e eu super recomendo, uma das minhas favoritas com certeza
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Anna Rael 04/03/2022

O livro quase perfeito de uma saga Perfeita
O último livro da saga é avassalador e demorado trazendo elementos que exaltam a amizade, o amor, o medo, a ambição, os sonhos e a vida

Dependendo de onde você começa a história ela diz respeito aos garotos corvos, especificamente falando, o rei dos corvos - Gansey III - e dependendo de como você a começa, entende o verdadeiro significado da saga: O significado de vida e amizade.

Os mistérios que giram ao redor da busca por Glendower vieram à tona e atormentam a vida dos nossos personagens, obrigando-os a fazerem sacrifícios tortuosos.

A Saga é incrível e a escrita da autora é completamente diferente de tudo que já li. Maggie não desaponta no último livro e desperta um sentimento de excentricidade e familiaridade com a história.

Achei que o final poderia ter sido mais desenvolvido. A busca e as consequências por Glendower foram bem exploradas mas e quanto ao depois? Sobre os pais de Blue e o senhor cinzento, ou sobre Blue e Gansey, sobre a família Gansey, Rua Fox, Cabeswater?


Gostaria de saber mais sobre o desfecho deles, mas acredito que na próxima saga Maggie nos contará mais a respeito!
Rafael Kerr 04/03/2022minha estante
Oi. Tudo bem?  Desculpe o incomodo. Me chamo Rafael Kerr e sou escritor.  Se puder me ajudar a divulgar meu primeiro Livro. Ficção Medieval A Lenda de Sáuria  - O oráculo.  Ja está aqui Skoob. No Instagram @lenda.de.sauria. se gostar do tema e puder me ajudar . Seguindo aqui, marcando como quero ler e seguir no insta ajuda muito! Desde  já agradeço a atenção!




Leticia.Justo 20/09/2020

Apaixonada e já com saudades!
Essa saga me fez sair completamente da minha zona de conforto, mas me surpreendeu para caramba eu estou super apaixonada e já com saudade desses personagens incríveis.
Senti falta de algumas coisinhas nesse final, mas teve um bom desfecho , cheio de aventuras!
Jonathan 20/09/2020minha estante
Ver um 5 estrelas pra esse livro me animou um pouco pq eu empaquei nos 40% kkk


Leticia.Justo 20/09/2020minha estante
Eu acredito que seja características dos livros da autora demorar a " esquentar" mas depois que esquenta, flui naturalmente até o final.




Lavi 16/08/2020

Uma das melhores sagas.
"A saga dos corvos" de Maggie Stiefvater foi uma experiência literária incrível. Fiquei completamente apaixonada pelos personagens, mistérios, escrita. Tudo nesses livros é tão lindo e diferente de tudo que já li. Chegar no último livro e dar adeus a esses personagens, pelo menos por enquanto, foi doloroso e maravilhoso ao mesmo tempo. Tirando o começo um pouco arrastado, "O Rei Corvo" foi um ótimo final para a série. Algumas pessoas esperavam mais do final do livro, mas eu pessoalmente amei. Não vejo a hora de ler "Call Down The Hawk"
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vicvitAria 05/03/2023

O último volume da Saga dos Corvos. No começo, estava apreensiva, pois tinha visto gente falando que o livro não era tão bom quanto o restante da saga. Porém, eu gostei, achei uma conclusão boa, mas faltou mais detalhes no final. Achei que algumas partes passaram muito rápidas, alguns elementos foram colocadas de uma maneira desinteressante, com uma explicação curta e rápida, pontos que foram explicados rápido demais e deixado de lado, como por exemplo, a Neeve, além de o encontro que aconteceu foi meio decepcionante. Fora isso, gostei muito do livro.
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