Resenhas - A Trégua

Luana 08/09/2023

É um baita livro, apesar do fim triste do protagonista
Ele é um cara chato pra caramba, mas entendo que é em decorrência da época da narrativa do livro

Taciana42 04/09/2023

Como a realidade da vida é dolorosa tanto em família trabalho amigos amor cada momento da nossa vida faz a gente sofrer por algo ou alguém...

Renato 30/08/2023

Geração pós-guerra
A geração pós-guerra, especialmente na europa, optou pelo hermetismo como forma de expressão. Espécie de protesto a diversas tendências nascidas do facismo. Não é o caso da américa latina e muito menos de Benedetti. Ele escreve de forma límpida, quase realista, mesmo que ?A trégua? tenha sido concebido como diário. Benedetti exagera um pouco no melodrama, no sofrimento de seu personagem. Ainda assim consegue fazer um livro marcante abordando assuntos existenciais muito importantes, como a relevância/ irrelevância da existência, masculinidade e postura perante as injustiças sociais.

Faluz 26/08/2023

A trégua - Mario Benedetti
Literatura uruguaia, escrito sobre o mapa de Montevideo com elegância e simplicidade. O autor coloca em formato de diário um ano de grandes transformações e expectativas de um homem de meia idade. Suas expectativas de mudança de vida diante da aposentadoria e sua trajetória para essa nova vida.
Emocionante como a vida nos apresenta surpresas quando nos deixamos envolver.

Duda Garcia 21/08/2023

Livro do Bruno
Nosso professor de pneumologia deu esse livro pra nossa turma de presente no fim do período, e tudo que eu consegui pensar quando terminei foi: porque???

Adorei o livro, amo esses com acontecimentos mais melancólicos e introspectivos mas, assim, porque??? Dentre todos os livros, como ele escolheu esse? Que critérios ele usou? Será que é o seu favorito? Enfim, morrerei pensando.

JAssica.Leituras 10/07/2023

Gostei da escrita do autor e realmente me senti lendo um diário de outra pessoa. Realmente sentimos a crescente intensidade da alegria do personagem principal, saindo da estaca quase 0 atingindo o pico e retornando à estaca 0. Gostei muito de como o autor descreve Montevidéu, também.
Porém, o que mais me incomodou foi o personagem ser misógino e sexista, as suas falas me incomodava muito, apesar de entender que o livro foi escrito em 1959, esperava pelo menos uma pequena lição e mudança do protagonista.

Gustavo 07/07/2023

Um Palacio Salvo da Literatura
Um grande misto de prazer e agonia - um personagem estático, egoísta, com todos seus preconceitos, mas que faz refletir sobre as mazelas e as alegrias do viver. Martín Santomé é tão hipócrita ao ponto de ouvir e tomar as dores de um pai que perde sua filha, um pai que se arrepende de não ter dito mais sobre seus sentimentos para ela - mas é incapaz de aprender, de olhar para seu próprio umbigo e ver a grande merda que fez com seu próprio filho, Jaime. Poderia ter sua redenção, sua reconexão com um filho e superar suas diferenças, mas continua apático e fechado em seus medos e preconceitos.

Tem a mesma energia do Palacio Salvo, cartão postal de Montevideo, que o personagem define tão bem como sendo "quase uma representação do caráter nacional: rude, deselegante, espalhafatoso, simpático. É tão feio, mas tão feio, que deixa a gente de bom humor." Exatamente como o livro.

Cindy.Ferrari 02/07/2023

Surpreendente
Só consegui decidir se gostei do livro no final, e sim, adorei! Zero simpatia pelo personagem principal, mas amei a temática de ter uma trégua na vida, das formas mais improváveis. Gostei da narrativa sem filtro que permite entrar na mente do personagem, que retrata o contexto histórico / social da época. Leitura que vale à pena!

Pati 29/06/2023

Em sua vida, você é protagonista ou telespectador?
"Se eu algum dia me suicidar, será no domingo, é o dia mais desalentador, o mais sem graça, quem me dera ficar na cama até tarde, pelo menos até as nove ou as dez, mas às seis e meia acordo sozinho e já não consigo pregar o olho, às vezes penso o que farei quando toda minha vida for domingo."
Como essa frase me marcou!

Como vivemos cansados de uma rotina sem emoção. Esperando chegar o fim de semana, uma folga, férias, aposentadoria, para daí aproveitar a vida. Enquanto esperamos uma trégua, a vida passa...

Em sua vida, você é protagonista ou telespectador?

Nada mais à declarar...

Ana 08/06/2023

Um livro que te faz refletir sobre a vida
O que você está fazendo da sua vida e como a está levando? Será que não está sendo duro com você mesmo e as pessoas ao seu redor? Essa leitura me fez olhar pra vida e repensar tudo o que estou vivendo. Realmente estou aproveitando? As vezes acho que a vida tá passando e eu tô sei lá, só existindo.

Eu achei lindo como o autor fala do amor, como mostra como uma pessoa pode renascer diante dele. O quanto quando você menos espera, a vida te surpreende. Boa ou negativamente.

Não é uma leitura fácil, por todos os preconceitos do personagem Santomé. Mas ao mesmo tempo que você não gosta do personagem, você acaba gostando dele, porque entende que é um história de Montevidéu de 1959.

Eu ainda tô digerindo tudo desse livro, e não sei o que pensar 100% dele, só sei que ele me fez pensar.

Daiane316 17/05/2023

"... como lágrimas na chuva."
"Todos esses momentos ficarão perdidos no tempo, como lágrimas na chuva." Por alguma razão, essa passagem de Blade Runner, resumiu o que essa obra quis passar.
A trégua (1960), de Mario Benedetti, é o diário do sr. Martín Santomé, viúvo, escriturário, com a vida pacata. Em vias de se aposentar, ele conhece a jovem Laura Avellaneda, a mais nova funcionária de sua repartição. É inevitável, e até previsível, que surja daí uma história de amor. Santomé vive um dilema sobre o que fazer, sobre contar aos seus filhos todos adultos; e o desenlace desse enredo é bem comovente. Confesso que só fui me apegar à história, a partir do momento em que Santomé se apaixona; a evolução do personagem que antes enxergava a vida de forma opaca, e após vê a mesma ganhando cores é muito bonito de acompanhar. E seu desfecho é arrasador, doloroso.
Benedetti nos faz refletir sobre cada momento de felicidade que a vida nos apresenta; também nos lembra que a vida não dá tréguas: que seus momentos de felicidade são tão efêmeros quanto uma chuva de verão.

RenMMP 28/04/2023

O que queremos da vida e o que fazemos da vida no dia-a-dia
Desafio América do Sul - Uruguai

Em formato de diário, o livro acompanha as divagações e a vida sem graça e rotineira de Martín Santomé. Um homem de Montevidéu, prestes a completar 50 anos e dar entrada em sua aposentadoria, conhece Laura Avellaneda, e se apaixona. E os pensamentos sobre a aposentadoria ficam em segundo plano, e o amor e o medo da diferença de idade tomam lugar.

Por ser um diário, tudo e todos ganham as cores que Santomé dá: desde de sua primeira mulher e seus filhos aos colegas de trabalho e o garçom do bar. Confesso que a quantidade de preconceito e arrogância de Martin Santomé me deu momentos de raiva que não me deixaram ver a crítica por trás da personagem. É tanto machismo, homofobia que eu precisei de um tempinho a mais para refletir sobre o livro.

Esse livro traz muito a sensação de deixar a vida passar, e como é fácil cair na monotonia e sufocar a vida.

A escrita de Mario Benedetti é envolvente e cria mais nuances quanto mais reflito sobre o texto. Imerso na atmosfera Rioplatense, é um livro que te leva a pensar sobre o que queremos da vida e o que fazemos da vida no dia-a-dia.

site: https://www.imsouthamerican.com/pt/post/a-trégua-uruguai

Karolline.Campos 07/04/2023

Concluído em 07/04
Uma história incrível sobre escolhas, sobre conformismo e sobre sede de vida. A vida que se relaciona diretamente com o prazer, com o amor e com o que se considera felicidade.

Nunca tinha lido nada do Benedetti, mas essa obra me surpreendeu. São tantas passagens que nos faz pensar...

Não cabe resenhar sobre esse livro. Acho que a ideia geral é realmente tentar sentir e buscar Ser!!

DeaGomes 07/04/2023

Um livro incômodo
O protagonista é um senhor de classe média, homofóbico e machista. Deu pra perceber o quanto esse livro é uma pedra no sapato, né?! Que cara chato!

O que gostei:
1) é em forma de diário, amo!
2) a mensagem dos problemas que a resignação da cotidianidade pode acarretar e,
3) as mudanças que o amor podem produzir no ser humano.

Stela Marçal 07/04/2023

A trégua
Foi minha primeira experiência com um autor uruguaio, só aí já valeu a leitura.
Outro ponto que para mim foi uma leitura prazerosa é minha formação em contábeis, fazia total sentido as referências a esta área de atuação, e depois vi que o autor também tinha a mesma formação.
E por fim, sempre dar uma chance ao amor, que piegas não?!