A trégua

A trégua Mario Benedetti




Resenhas - A Trégua


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Gustavo 13/10/2021

Um homem hetero escreveu uma fanfic e olha no que deu
Não consegui me relacionar em nada com os sentimentos de um homem de 50 se apaixonando por uma mulher de 25. Juntando isso com nada acontecer na história, esse livro fez eu morrer de tédio
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Jubaeta 12/10/2021

Valeu à pena insistir
Um narrador morno, raso, desencantado e sem graça traz à tona toda a profundidade de um encontro com o amor e consigo mesmo.
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@quixotandocomadani 12/10/2021

Mario Benedetti era um escritor e poeta uruguaio, falecido em 2009. Tá explicado a poesia em prosa desse livro! Gosto de livros escritos em forma de diário, cria um clima intimista conhecer o dia-a-dia e os pensamentos de um personagem.
Estava querendo um livro assim, daqueles que dá um quentinho no coração.

Quando penso na palavra “trégua” penso em algo que está acontecendo num ritmo frenético e então uma pausa, um descanso. Mas nesse livro é o contrário... É a nossa vida que acontece num marasmo, e “A trégua” são os momentos que nos tiram desse ‘mais do mesmo’. Podem ser os momentos mais simples, do cotidiano, e também os instantes de êxtase, que o coração bate forte, as mãos suam... dão um respiro para a vida. Basta estar consciente deles, atentos quando eles acontecem... Pq a vida está nesses instantes.

Acompanhar a transformação de Santomé nesse período de trégua é de uma sensibilidade e poesia que só... como estar numa montanha-russa: cheia de altos e baixos...



site: https://www.instagram.com/quixotandocomadani/
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Felipe Philipp 12/10/2021

Benedetti é um baita escritor, e isso é indiscutível pelo simples fato de você gostar do protagonista e ao mesmo tempo odiá-lo em alguns momentos. O protagonista sendo uma pessoa sem grandes sonhos, já perto da aposentadoria, filhos voando longe do ninho, porém tudo mudará quando se apaixona por moça bem humorada. Aquela clássica paixão que muda toda nossa vida, muda nossos planos futuros, dá aquela alegria que faltava na nossa vida, e que no caso do protagonista estava faltando mesmo. Mas como tudo da vida, nada é eterno...
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Lucy 12/10/2021

Gostei da escrita do livro, um diário onde é possível acompanhar os acontecimentos, sentimentos e pensamentos do personagem.
Também fiquei bastante triste com o desfecho.
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Nicolas 12/10/2021

"Talvez o segredo resida em que meu cérebro tem algumas necessidades próprias do coração, e meu coração, algumas singularidades próprias do cérebro."
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Julia 11/10/2021

É tudo sobre se permitir ir mais fundo
Um homem amargurado que encontra uma trégua ao meio toda essa escuridão. O amor que vem aos poucos e conquista o coração de alguém, simplesmente pelo fato de se não fechar as portas e se permitir. Tão leve e sensível até o momento que te dilacera e você entende a dor e o amor que existem ali e sua importância. É sobre só entender o que se tinha quando se perde
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Zelinha.Rossi 10/10/2021

O livro conta a história de Martín Santomé, um homem prestes a fazer 50 anos e a se aposentar, que ora quer viver o ócio e ora tem medo dele, viúvo há mais de 20 anos e bastante solitário (devido aos pouquíssimos amigos e à difícil relação com seus três filhos) que, como ele mesmo diz, vivencia uma trégua em seu destino escuro ao conhecer o amor em Laura Avellaneda. Deixando de lado sua postura em alguns momentos machista e homofóbica (o que me incomodou bastante durante estes pontos da leitura, mas que infelizmente reflete o homem classe média da década de 60), o livro é excelente. Através da escrita em forma de diário, Martin faz muitas reflexões pertinentes e bonitas (ou descreve as de Laura) sobre a vida, o amor, a amizade, o trabalho (meu livro ficou cheio de marcações) e, em muitos momentos, dei boas risadas com sua visão irônica dos fatos. Também foi maravilhoso acompanhar a cidade de Montevidéu com seus cafés, prédios e praças, o que só aumentou minha vontade de conhecer o Uruguai. Uma obra sensacional de um autor que eu já havia gostado muito pela leitura de ?Primavera num espelho partido?.

?Ela diz que, em geral, as pessoas acabam se sentindo desgraçadas só por terem acreditado que a felicidade era uma permanente sensação de bem-estar, de êxtase gozoso, de festival perpétuo. Não, diz ela, a felicidade é bastante menos (ou talvez bastante mais, só que, de todo modo, é outra coisa), e o fato é que, na verdade, muitos desses supostos desgraçados são felizes, mas não se dão conta, não o admitem, porque acreditam estar muito longe do bem-estar máximo.?

?Como é ruim nos dizerem a verdade, sobretudo quando se trata de uma dessas verdades que evitamos dizer a nós mesmos até nos solilóquios matinais, quando acabamos de acordar e murmuramos bobagens amargas, profundamente antipáticas, carregadas de autorrancor, as quais é preciso dissipar antes de despertarmos por completo e de colocarmos a máscara que, no resto do dia, será vista pelos outros e verá os outros!?

?De repente, tive consciência de que aquele momento, aquela fatia de cotidianidade, era o grau máximo de bem-estar, era a Ventura.?

?Essa opressão no peito significa viver.?

?Sei que, quando vemos as coisas de fora, quando não nos sentimos envolvidos nelas, é muito fácil proclamar o que é mau e o que é bom. Mas, quando estamos metidos no problema até o pescoço (e eu estive assim muitas vezes), as coisas mudam, a intensidade é outra, aparecem profundas convicções, inevitáveis sacrifícios e renúncias que podem parecer inexplicáveis para quem apenas observa.?

??nada me fascinaria tanto como a Gente, como ver passar a Gente e esquadrinhar seus rostos, reconhecer aqui e ali expressões de felicidade e de amargura, ver como se precipitam todos rumo aos seus destinos, em insaciada turbulência, em esplêndida azáfama, e dar-me conta de como avançam, inconscientes de sua brevidade, de sua insignificância, de sua vida sem reservas, sem jamais se sentirem encurralados, sem admitir que estão encurralados.?
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Rafael Moia 10/10/2021

Isso é amor!?
Recebi a edição de "A trégua" (Alfaguara, 2021), de Mario Benedetti, pela TAG - Experiências Literárias com a expectativa de ser um livro sobre o amor. Mas, ficamos só na expectativa mesmo. Apesar de abordar a relação casual de Santomé e Avellaneda, "A trégua" é uma obra datada pelo conservadorismo machista e homofóbico da década de 60.
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Mariana 09/10/2021

Uma Trégua na vida
Esse livro escrito tão lindamente pelo Mario Benedetti em forma de diário, mostra-nos Martin Santomé um viúvo de cinquentão preste a se aposentar, com uma vida tediosa e medíocre. Até que um grande amor pela A-ve-lla-ne-da (sim li saboreando as sílabas todas as vezes que ele escrevia o nome dela em seu diário) e aos pouco foi se dando conta do amor que sentia por ela e pela vida - com ela.
Um livro para ler com calma, com cuidado, como se fosse uma trégua na vida.
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Bê. 09/10/2021

Um exercício de empatia
Gostei muito da experiência dessa leitura? Acho que a melancolia e o contínuo trabalho de se viver apesar dela têm uma beleza que nem todo mundo reconhece.
O autor tem um talento muito sábio, transmite essa beleza entranhada na rotina de Montevidéu através de um formato que, até então, eu nunca havia visto: muito curioso ler um livro em forma de diário.
Isso me fez sentir como cúmplice de um segredo, fiquei tentada a preparar um café e me sentar no Café Sorocabano pra saborear essas confidências, isso me deu a chance de fazer uma leitura mais compreensiva do narrador-personagem. Nesse ponto, preciso ressaltar outra qualidade do autor: foi muito corajoso compor esse personagem da forma que ele é - falho, medíocre, machista, homofóbico e inseguro - e esperar que o público sentisse empatia pelo que ele nos conta em seu diário, e no entanto, ele o fez lindamente. Expôs à vulnerabilidade um homem que se achava pronto e acabado.
Vi de algumas pessoas a crítica ao autor por compor um personagem homofóbico, mas acho que consegui ver além: da mesma forma que criou esse senhor homofóbico, criou também um filho homossexual, em uma relação familiar quebrada nós dois polos e em uma sociedade dos anos 60.
Há muitas camadas no narrador-personagem que o revelam como meu semelhante: um humano falho, não muito confortável consigo mesmo e que tenta trilhar seu caminho em busca da felicidade.
Inclusive, há uma descrição de uma personagem que me tocou profundamente: ?é uma triste com vocação para a felicidade?. Penso que muitos se sentem assim nesse mundo onde tudo parece líquido e a rotina abre espaço para a melancolia.
Enfim, é uma leitura com pontos incômodos, mas que sem estes não teria a profundidade que tem e que é necessária pra tocar o coração e fazer refletir.
Uma obra linda e cinza - com uma trégua de cor.
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Sofia 08/10/2021

Será que é possível ter uma trégua dessa vida?
Buscando fazer uma forte crítica a sociedade da época, o autor nos apresenta um personagem homem, branco, homofóbico e machista conhecido como Martín Santomé. Ele está chegando aos 50 anos e a sua única preocupação atual é o que irá fazer quando se aposentar, como lidar com o ócio dos dias. Já criou seus três filhos e perdeu sua esposa amada Isabel, por isso, não sabe como irá passar os dias que lhe restam sem as tarefas do trabalho.

Até que chega em seu trabalho uma nova moça muito bela chamada Laura Avellaneda, que possui metade da sua idade. Com o convívio e o passar do tempo, Santomé se vê apaixonado por ela e convicto de conquistá-la de alguma forma, afinal, ela passa a ser a graça e o sentido de todos os seus dias. Ao mesmo tempo, um dos seus filhos se assume gay e ele reage pessimamente a notícia, fazendo com que o filho fuja de casa e nunca mais mande notícias.

Com isso, acompanhamos a rotina desse personagem, contada em formato de diário para trazer uma familiaridade, de forma a ver bem claro seus preconceitos e a sua total incapacidade de mudar de pensamentos ou atitudes, mesmo quando encontra uma moça tão boa e gentil como Avellaneda, que é alvo constante de seus ciúmes doentios. Martín vive em busca de uma trégua, de uma busca para ser feliz com tudo que lhe acontece, sem enxergar que o verdadeiro culpado sempre foi ele e seu pensamento ultrapassado e melancólico.

Não posso dizer que amei a leitura. Foi muito fluída e rápida, mas não me fez afeiçoar por nenhum dos personagens e, por isso, não me doeu separar deles. Quando entendi o contexto histórico e a intenção do autor toda a história fez muito mais sentido para mim. Tentam tornar esse livro como uma história de amor, mas acredito que seja mais uma grande crítica social. Tanto que no final do livro, depois de tanto buscar uma trégua ou o sentido para o ócio, tudo que o nosso personagem sente é completa e total desgraça.
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Jana 07/10/2021

Adorei a história do livro, a escrita de Benedetti, e as descrições de Montevidéu! Claro que é muito difícil simpatizar com o chato do Santomé, mas isso não deixa a história menos interessante, pelo contrário. Apesar de Santomé ter uma personalidade tosca e atitudes desprezíveis em vários momentos, gostei de conhecer sua vida medíocre, as tragédias e sua breve trégua por suas próprias palavras em seu diário.
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