A trégua

A trégua Mario Benedetti




Resenhas - A Trégua


338 encontrados | exibindo 226 a 241
16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 |


Klelber 02/09/2021

A lá Sartre
Achei que esse livro tem uma identificação com o existencialismo do Stare, alguém citou Søren K. pra mim também. Achei fantástica a história.
comentários(0)comente



Juliana Fernanda 02/09/2021

Uma trégua na vida
Mario Benedetti constrói uma narrativa simples, muito bem contada e extremamente fluida. Livro publicado em 1960, uma das obras mais importantes da literatura latino-americana contemporânea.
Primeira vez que tenho contato com um romance do Uruguai e fiquei fascinada com toda a história. É um livro extremamente sensível, causa incômodo o que necessita de uma reflexão sobre as relações humanas.


comentários(0)comente



Luciana Luz 01/09/2021

A trégua
Mario Benedetti nos conduz de uma forma poética por dilemas universais como a solidão, as relações humanas, as cobranças internas e o se permitir.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Morgana - Tristessa Reads 20/08/2021

Pausa no hostil
?Eu me aproximei, também olhei como chovia, e por alguns minutos não dissemos nada. De repente, tive consciência de que aquele momento, aquela fatia de cotidianidade, era o grau máximo de bem-estar, era a Ventura.?

Trégua, essa suspensão momentânea de tudo aquilo que nos é hostil, de tudo aquilo que nos desagrada. Pra mim, tão importante quanto um longo período de calmaria porque representa um conforto ainda maior depois de um pesado tempo de provação. Uma esperança mais segura que sabemos estar ali pois sentimos.
Mas, então, e quando chega o fim? E quando se há a necessidade do que não está mais e resta apenas um ser desgraçado com a presença da ausência?

Para Martín Santomé, Laura Avellaneda é sua trégua em meio à ociosidade de uma rotina apática.
Ele, um homem tanto prestes a chegar na meia idade quanto de se aposentar; viúvo há muitos anos de Isabel, cuja imagem não desaparece de todo; pai de três filhos, dois homens e uma mulher, cuja relação não tem como base a comunicação - apenas com a filha, ao longo do livro.
Ela, uma mulher com seus vinte e bem poucos anos, tímida e cuja discrição é o que mais se nota; que acredita no amor que advém por intermédio da relação de seus pais; que começa a trabalhar numa condição de subalterna de Santomé; porém cujas mãos representam vida.

E nessa trégua, em formato de diário, Santomé deposita seus dias. Fala do medo de viver algo que pensava não ser mais possível - pelo menos não para ele; de se entregar a alguém que representa uma juventude que a ele não cabe mais; do tempo que passa depressa e que para ela é a maturidade enquanto que para ele é uma ameaça; da divergência entre aparência e realidade.
Com isso fala da vida; do se acostumar ao outro; dos cotidianos de cada um que se tornam apenas deles; dos diálogos que fazem crescer e fortalecer o afeto; das mãos que, ao toque de uma na outra, significam segurança. Do conhecimento do outro e também do conhecimento de si. Da necessidade para estar. Da familiaridade que representa o amor puro, simples e ao mesmo tempo potente.

Benedetti, eu te agradeço pelos sentimentos que se fizeram em lágrimas e soluços, mas que são tão transbordantes em sinceridade.
Ana Sá 21/08/2021minha estante
Fiquei com vontade de ler!!




Franco 20/07/2021

Melancolia arrebatadora e bela
🔸enredo:

Santomé é um homem de 50 anos prestes a se aposentar e enfrentando o dilema inevitável: o que fazer com o ócio que o espera? Cético, irônico, vai passando os dias, afastado dos filhos, imerso no trabalho tedioso, driblando a solidão de sua viuvez, contando os dias para a aposentadoria. Até que, um dia, surge uma nova funcionária no escritório e, com ela, uma trégua...

🔸(possíveis) pontos positivos:

- narrativa em primeira pessoa, estilo diário, com seções curtas e tematicamente bem demarcadas;
- protagonista esbanjando uma ironia desconstrutora de vários basilares da vida cotidiana (do ambiente de trabalho aos jornais impressos);
- ambientação num Uruguai de décadas passadas, com seus cafés e horas da sesta;
- diálogos ricos, mas ainda assim simples e verossímeis.

🔸(possíveis) pontos negativos:

- traz referências históricas e culturais cujo conhecimento não é assim tão imediato;
- enredo com um desfecho mais aberto do que fechado;
- protagonista bem demarcado no tempo, e portanto refém de alguns valores que hoje em dia são bem questionáveis;
- aqui e ali surgem algumas palavras que só mesmo um dicionário para desvendar o significado.

🔸o que mais impressionou:

o livro constrói uma atmosfera que é ao mesmo tempo de desencanto e poesia, como se juntasse dois opostos, e da junção nasce uma melancolia arrebatadora e bela. Livro que a gente termina e fica ali, parado, fitando o teto.
comentários(0)comente



Luciana.Lourenco 26/06/2021

Um amor pode ser uma trégua... mas só uma trégua: antes e depois dele, segue a vida absurda. Livro dolorido e necessário.
comentários(0)comente



Victoria 16/06/2021

Surpreendente
A Trégua, do escritor Mário Benedetti, foi o livro escolhido para representar Uruguai na minha missão de ler um livro de cada país do mundo, sendo considerado uma das obras mais importantes da literatura latino-americana contemporânea.

O romance foi publicado em 1960 e tem um enredo muito simples: sob o formato de diário, conta a história de Martín Santomé, um homem viúvo, prestes a completar 50 anos e se aposentar. Ele mora com seus três filhos, mas não se relaciona profundamente com nenhum deles, vivendo uma vida monótona e sem grandes entusiasmos. Até o momento em que se apaixona por sua funcionária Laura Avellaneda, uma jovem de 24 anos. A partir dessa ocasião, sua vida, antes tão cinzenta e triste, começa a se colorir e Martín volta a enxergar algum sentido em seus dias.

Apesar do enredo despretensioso, A Trégua é narrado de maneira muito bonita, que nos aproxima de Martín e nos ajuda a entender o que ele sente. A história, portanto, se torna muito profunda ao penetrar os sentimentos do narrador, que, antes tão apático, passa a conhecer sensações intensas e as transmite ao leitor de maneira muito viva. A narrativa, além de profunda, também é em muitos momentos irônica e engraçada. Martín ainda discorre sobre temas como envelhecimento (e, nesse momento, preciso falar que o começo do romance me lembrou um pouco a máquina de fazer espanhóis, de valter hugo mãe, um livro que amo), monotonia cotidiana, anedonia e amor.

É importante deixar claro que o livro se passa no final da década de 1950 e Martín é um homem de seu tempo, nada além disso. Portanto, o personagem não está isento de preconceitos e em alguns momentos se mostra machista e homofóbico. Não conheço profundamente o autor para saber se essas eram suas opniões também, mas, por se tratar de um diário, o narrador expressar seus posicionamentos e preconceitos livremente no livro. Apesar de me incomodar com suas posições, acho que foi verossimilhante e fez sentido para o personagem.

De modo geral, essa leitura foi uma experiência incrível. No começo não achava que me envolveria muito com a história, mas me enganei: o romance conseguiu me fazer sentir perfeitamente as emoções de Martín e o final me pegou completamente desprevenida. Pra não dar muitos spoilers, a única coisa que digo é que esse foi um dos únicos livros que me fez chorar nesse ano até agora, e eu já li diversos livros com grande dose emocional.

A Trégua é uma história sensível e tocante. Recomendo demais.

A quem se interessar em acompanhar minha viagem pelo mundo por meio dos livros, vou deixar meu instagram onde compartilho minhas experiências: @livrajar
comentários(0)comente



Fresta0 01/06/2021

Mario Benedetti nos confronta com o envelhecimento; com a monotonia cotidiana de quem, com o avançar dos anos, só aguarda o próprio fim. Eis, então, que o desejo de felicidade, outrora coberto pela poeira cinza do tempo, desperta. O frescor de um novo amor sopra, em brasa, a vontade de viver e de sonhar. Essa é a trégua, enquanto não chega o imponderável, o ?ócio definitivo?, como a nos lembrar que o controle da vida é ingênua ilusão.
comentários(0)comente



Ailton Santos 11/05/2021

Que livro maravilhoso!!! ?
A partir de amanhã, e até o dia da minha morte, o tempo estará às minhas ordens. Depois de tanta espera, isto é o ócio. O que farei com ele?
comentários(0)comente



Gisele 27/03/2021

A Trégua - Mario Benedetti
Uma narrativa que traz as reflexões de um homem que se aproxima da aposentadoria. Viúvo e pai de três filhos busca um novo sentido para a vida através de um romance com uma mulher mais nova. Em formato de diário, a leitura flui mas algumas coisas me incomodaram na relação com os filhos e com a jovem.

Escolhi esse livro para minha meta de leitura para 2021, que é ler um livro de cada país do continente americano. Foi a escolha para o Uruguai.
comentários(0)comente



cris.leal 18/02/2021

Sobre a brevidade das coisas...
O protagonista-narrador de "A Trégua" é Martín Santomé, um trabalhador de 49 anos, que enquanto aguarda pela aposentadoria iminente, faz um balanço da sua vida em um diário.

Santomé mostra-se como um homem frustrado que anseia a felicidade, mas não sabe onde encontrá-la. Pesa em seus ombros o fato de ter perdido a esposa muito cedo e de ter ficado com a obrigação de criar sozinho três filhos. Almeja a liberdade que a aposentadoria lhe trará, mas não sabe bem o que fará com o ócio. Vislumbra um destino escuro, solitário e melancólico.

Diante de um futuro pouco promissor, Deus resolve dar-lhe um sossego, libertando-o do tédio e colocando em seu caminho um afeto verdadeiro. Uma relação onde ele se sente ao mesmo tempo protetor e protegido. Uma luz, um respiro, uma verdadeira trégua.

Eu me comovi com a história, mas tive um pouco de dificuldade com a escrita do uruguaio Mario Benedetti. Precisei consultar o dicionário algumas vezes. Mas no final das contas, valeu a pena. ?
Mari Moraes 18/02/2021minha estante
Fiquei com vontade de ler pela sua resenha!!


cris.leal 11/03/2021minha estante
Obrigada, Mari, por ler minha resenha. ?




spoiler visualizar
comentários(0)comente



Dayane 19/01/2021

Uma surpresa no meio do cotidiano
Uma das coisas mais legais de ler literatura latino-americana é o reflexo que vemos de coisas que poderiam acontecer no nosso dia a dia. Literatura de um país latino traz o conforto de pertencimento. Reflexos históricos, dinâmicas familiares similares, atémesmo caracterísicas físicas relacionáveis. No formato de diário, nos conta certo período de escrita pessoal de um homem chegando perto da aposentadoria e recebendo um momento de trégua do cotidiano massacrante de viver.
comentários(0)comente



Gustavo.Romero 12/01/2021

Entre a dor e o nada...
Que livro dolorido. O humor refinado do Benedetti só conduz à máxima do Faulkner: entre a dor e o nada, escolho a dor. E a brevíssima trégua do narrador aqui não é do ócio, da velhice ou da morte, em última instância, mas uma brevíssima trégua do Nada.
comentários(0)comente



338 encontrados | exibindo 226 a 241
16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 |