A trégua

A trégua Mario Benedetti




Resenhas - A Trégua


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08/08/2013

Um indivíduo na sua busca pela felicidade

A trégua vem em forma de diário e descreve dia a dia os meses que antecedem a aposentadoria de Martin Salomé . Homem viúvo, burocrata, às vésperas de completar 50 anos, que narra seus dias com pinceladas muitas vezes amargas e com um pessimismo cruel em relação a vida. Inteligente ,perspicaz, irônico e ao mesmo tempo tão incapaz de demonstrar qualquer tipo de afeto aos três filhos ou com quem divide seu cotidiano. O romance nos conta uma “trégua” presenteada por Deus em determinado momento de sua vida. Essa trégua seria pequenos e raros momentos de plena felicidade, que as vezes só percebemos quando eles já se foram. Quando se percebe apaixonado por Avellaneda, uma nova estagiária na empresa em que trabalha, Martin não acredita que tem direito a viver intensamente este novo sentimento, e busca desculpas não se achando merecedor desse amor. A partir da convivência com a simples e ingênua Avellaneda vê seus dias ganharem um novo colorido e se rende à paixão.
“ É evidente que Deus me concedeu um destino escuro. Nem sequer cruel. Simplesmente escuro. É evidente que me concedeu uma trégua. No início, resisti a acreditar que isso pudesse ser a felicidade. Resisti com todas as minhas forças, depois me dei por vencido e acreditei. Mas não era a felicidade, era só uma trégua.”
Mario Benedetti consegue traduzir em palavras todo sentimento dos personagens. Livro forte , denso, arrebatador! Um indivíduo na sua busca pela felicidade. Não preciso dizer o quanto me emocionei e chorei com este romance. Aí de mim se conseguisse olhar para o meu cotidiano e buscar palavras que o definissem tão bem quanto ele. Por fim me perguntei se Deus concede a todos essa mesma “trégua? Se chegamos a perceber quando nossa vida sai, em raros momentos, do preto e branco e abre-se num sorriso extraordinariamente colorido.
Arsenio Meira 23/08/2013minha estante
Isso Sú!
A TRÉGUA é um romance tão belo, e como você bem descreveu, tão forte e denso, que a leitura chega a doer.
Um clássico. O romance já nasceu clássico. Daqui a 5 mil anos, ele permanecerá atual. Se vida houver ainda na Terra, será lido e amado.


Renata CCS 20/09/2013minha estante
Olá Sú, já ouvi falar muito deste livro, e sua resenha me deixou mais curiosa! Ainda não li nada de Mario Benedetti mas vou colocá-lo em minha lista de próximas aquisições. Abraços!


25/09/2013minha estante
É isso mesmo querido Arsenio, um lindo classico apaixonante!!!!
Querida Renata, leia mesmo, o livro é lindo e tenho certeza que vc vai gostar, e do jeito que vc escreve tão bem suas resenhas ,essa será masi uma interessante. Como Arsenio já leu, Re, eu tenho o livro e posso te emprestar, cê sabe , amigo quer ver o outro feliz, obrigada pelos comentários, beijocas aos dois!!!


Renata CCS 18/10/2013minha estante
Querida Sú, terminei de ler A Trégua. Sem palavras...




Hudson 12/07/2013

Gostei muito da forma como o livro é escrito talvez a grande jogada do autor seja essa, escrever em forma de diário para mostrar o cotidiano de Martín Santomé, em alguns pontos o livro é um pouco monótono talvez tentando exprimir com clara perfeição tudo aquilo que o autor deseja que se expresso a rotina pesada e entediante do protagonista.

Parece que da metade para frente o livro meio que engrena as colocações e questionamentos sobre a vida são mais profundas e podem passar despercebidas ao leitor, tem que ter atenção pois como a história passa a ser mais fluída poderá passar desapercebida, tirando assim de forma irrevogável alguns dos melhores trechos e pontos sobre os quais se deverá questionar.

Acho que também muito do livro acompanha o contexto histórico em que se passa a época das primeiras revoluções, a America Latina do fim dos anos 50 para os anos 60, talvez tempos muito interessantes o notável também é a crítica politica que se efetua dentro do livro sobre esse período acentuando ainda mais o contexto histórico que sim é deveras interessante.

O livro lembra um pouco lições já apreendidas em certas leituras anteriores, em alguns trechos lembra alguns livros como o "noites brancas" de Dostoiévski" e um pouco de O Deserto dos Tártaros de Dino Buzzati, dois grandes livros que de forma diferente também tratam a angústia e as emoções relatadas neste pequeno porém magnífico e grandioso livro.


Os conflitos existenciais vividos pelo protagonista e até mesmo com a sua família mostram como é difícil viver e quando também se precisa aprender novamente a viver, talvez esse seja o maior ponto do livro muitas pessoas que tendo as suas existências abaladas pelas condições impostas pela vida precisam aprender a todo momento reviver, alguns com condições mais fáceis e outras com condições mais difíceis como o protagonista que tenta conhecer a si mesmo, pois não consegue lembrar de quem é ou quem foi muitas vezes.

Neste ritmo prosaico cotidiano, não menos grandioso Benedetti nos dá uma das grandes obras da literatura latino americana, digno de leitura só pelo o que é se é, um livro reflexivo e questionador sobre o que fazemos com a nossa vida ou como fazemos, será que ainda poderemos reaprender quando necessário, ou será que ainda nos reconheceremos como necessários?

Mais do que recomendada e válida a leitura.


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Márcia Almeida 16/06/2013

Deliciosa leitura
É aquele tipo de livro que mexe comigo...através da história do personagem, o autor desliza maravilhosamente sobre assuntos que nos atormentam...amor...Deus...traição...filhos.
O meu exemplar está cheio de notas, algumas frases ficarão para sempre, e com certeza haverá uma releitura em breve.
Recomendadíssimo!
Renata CCS 07/07/2016minha estante
Esse livro é maravilhoso! Um dos melhores que já li.




Firmino 12/03/2013

Uma verdadeira trégua literária.
“ Mas não era felicidade, era apenas uma trégua.”
Sexta feira, 08 de fevereiro de 2013.
Carnaval e eu saindo do rio da capital carioca ruma à região dos lagos do Rio de janeiro. Uma fuga? Não. Acho que do carnaval não se foge. Apenas se evita.
E por que não?
Nada melhor do que trocar ruas cheias de suor, gritos e agitação por praias lindas e brisa fresca - isso é só uma opinião.
Comprei esse livro na rodoviária um pouco antes de partir. Ele já estava na lista de livros à ler esse ano, porém esse não foi o único motivo pra compra-lo. Estava viajando para descansar, relaxar… estava viajando para uma trégua. Lembro que ri quando me deparei com essa pequena analogia.
No sábado pela manhã, ao folhear o livro, notei uma coisa muito intrigante. Já havia notado que o livro fora escrito em forma de diário, mas não havia percebido que seus primeiros escritos foram datados na segunda feira, 11 de fevereiro.
Era a próxima segunda feira!
Coincidência? Não sei. Obra do acaso ou não resolvi iniciar a leitura do livro na mesma Segunda feira em Martín Santomé inicia o seus dramas e pequenas felicidades vividas.
Tomei esse fato como forma de sinal de que o livro seria bom.
Enganei-me.
“Bom”. Usei esse termo para muitos livros. Mas somente para alguns usei o termo “único”.
“a trégua” de Mário Benedetti é uma deles.
Único pelas palavras tão bem postas e também escolhidas, que permanecerão em minha mente por um longo período. Único por esse sentimentalismo humano empregado de forma tão sutil e pessoal - uma pessoalidade em que me pareceu realmente estar lendo um diário do tipo proibido de se ler. Único pela simplicidade da história e simultaneamente pela agressividade que me prendi a ela. Uma agressividade de forma tão bruta, que dei uma trégua em “a dança dos dragões” de George R.R. Martin – pois estava lendo esse também – e me apeguei somente as palavras de Mário Benedetti.
È claro que depois voltei a “dança” de Martin, mas valeu a pena abandona-lo por uns estantes. Valeu a pena conhecer a vida de Martin Santomé e conhecer sua família que vive tão perto e tão distante dele. Valeu a pena conhecer um amor naturalmente simples, sem nada de surpreendente; um amor que foi apenas uma trégua para uma vida rotineira e exata.
Por que no fim percebemos que a felicidade não é perpétua, nem uma benção dada de graça e sem esforço. Tudo não passa de uma trégua. Tudo não passa de uma trégua, seja de segundos, minutos, horas, dias, meses ou anos.
A vida é cheia de tréguas.
Umas surgem como presentes, outras como maldição. Ainda há aquelas que conseguimos facilmente e outras que dificilmente conquistamos chegando ao ponto, muitas das vezes, de desistir. E não podemos esquecer das que surgem e só as percebemos quando estas já se foram, e tudo que resta é uma mancha na memória.
É muito satisfeito que digo que esse livro foi uma trégua na minha vida como leitor.



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Manuella_3 08/02/2013

Quem disse que o amor vai embora?
Linda leitura, de encher o coração.
Foi bom ler as confidências de Santomé e descobrir, ao mesmo tempo que ele, como o amor é construído sobre coisas simples, às vezes imperceptíveis para olhos mais famintos e práticos. E como se desconstrói dolorosamente, causando uma tormenta avassaladora em nossas vidas.
Como é preciso estar atento aos seus sinais sutis e aproveitar o que nos oferece!
Só descobrimos sua força quando já não o temos mais? E quem disse que ele vai embora?

Maravilhoso, Mario Benedetti é um escritor para abrir os olhos dos seus leitores acerca das sutilezas do amor.

'Mais que beijá-la, mais que dormirmos juntos, mais que qualquer outra coisa, ela me dava a mão e isso era amor.' (p.152)
Renata CCS 07/11/2013minha estante
Fiquei fascinada com esta obra! O livro é maravilhoso.




Denise 06/02/2013

A Trégua - Benedetti
Terminei a leitura de A Trégua com o coração em frangalhos e muitas (muitas!) lágrimas na face... O choro copioso, como há muito não sentia, me permitiu extravasar a dor que experimentei com Santomé, o personagem principal da trama.

Certamente vivi com esta obra um desses momentos inesquecíveis na nossa vida de leitores; um desses espaços ou lugares nos quais entramos através da literatura que são capazes de apagar temporariamente a distância entre a pessoa e o texto. Não há distinção mais entre você e o personagem, entre o passado e o futuro, entre a dor do outro e a sua. Eu era Santomé por um espaço de "tempo" onde o próprio tempo (que separa) não existia mais... Eu e ele estávamos unidos na dor mais absurda e indizível; eu era ele e ele era palpável em mim e não apenas um personagem... Eu, ele, a dor de existir e sermos finitos, a dor de sermos sujeitos ao tempo, à morte... ele-eu e a dor de não podermos nos agarrar em nada mais além de nós mesmos.

Ah, meu caro Benedetti; como você consegue isso? Como você me faz sair completamente de mim mesma para me encontrar tantas e tantas vezes nas dores e alegrias de outros... E, depois do choro, eu, uma outra que não conheço e eu mesma novamente. Eu mesma, mas uma nova pessoa sempre. Uma pessoa que aprecia e deseja ardentemente essa capacidade poética de viver não apenas a minha própria vida, mas seguir encontrando mundos possíveis a partir das histórias de outros.

No post em homenagem ao Benedetti que fiz para o 365 escritores (aqui) comentei que uma das características que mais me chama atenção nos romances do escritor urguaio é justamente sua habilidade incrível no campo da construção dos personagens. A Trégua confirma essa virtude da escrita de Benedetti e nos leva a conhecer um Martín Santomé inesquecível. Impossível ficar imune a este homem simples, de vida pacata e desinteressante. Sim, é isso mesmo que você leu: Santomé é um homem comum, sem nada de extraórdinário, de heróico ou muito transcendente. A forma como o conhecemos pouco a pouco através do seu diário também não tem nada de fenomenal; em alguns momentos chega a ser até maçante (dá vontade de sacudir o Santomé, rs).

Mas aí vem a trégua... aquele momento de descanso; a paragem temporária de hostilidades. Aquele contexto, tempo, que te permite refletir. E é nessa trégua (com muitas interpretações no livro) que conhecemos Martín Santomé.

Mais não digo, não posso! Vá você mesmo conhecer, se surpreender, se perder e se encontrar em vários momentos do texto. O livro merece que você se perca na leitura, tenha certeza.

A resenha acima na íntegra se encontra no meu blog:

http://meusolhosverdesmercedes.blogspot.com.br/2013/01/a-tregua-mario-benedetti.html
Manuella_3 08/02/2013minha estante
Que linda resenha, Denise. Acabo de concluir a leitura e fiquei, tb, com lágrimas nos olhos. Não consigo perceber Santomé depois de tudo, recuso-me a esquecê-lo... Como esse homem foi se agigantando páginas adentro, como foi se percebendo! É quase um encontro dele comigo para me contar que devo prestar atenção aos detalhes.


Rafa 31/01/2018minha estante
Que resenha linda, Denise.




Thiago Fernandes 19/12/2012

Trégua
Um livro simples porém profundo.Há períodos na vida em que a tristeza nos concede uma trégua, mas somente uma breve trégua.
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Silvana (@delivroemlivro) 24/11/2012

Quer ler um trecho desse livro (selecionado pelos leitores aqui do SKOOB) antes de decidir levá-lo ou não para casa?
Então acesse o Blog do Grupo Coleção de Frases & Trechos Inesquecíveis: Seleção dos Leitores: http://colecaofrasestrechoselecaodosleitores.blogspot.com.br/2012/11/a-tregua-mario-benedetti.html

Gostou? Então também siga e curta:
*Twitter: @4blogsdelivros
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Tks!
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Thally Almeida 03/03/2013minha estante
Ele é o maximo mesmo !




Fabiana 24/09/2012

Minha trégua
É o típico livro que se guarda no coração, com carinho e afeto, com quietude, com melancolia. Tive palpitações a medida que o livro se desenrolava, tamanha a minha ansiedade em saber o que estava por vir.

Me identifiquei com inúmeras passagens, principalmente a que segue: "A segurança de me saber capaz para algo melhor me deu o controle da postergação, que no fim das contas é uma arma terrível e suicida".

Martín Santomé é apaixonante; doses perfeitas de rudeza, sensibilidade, poesia e sofreguidão. Acaba de entrar para o rol de meus personagens preferidos!

Pena que minha trégua tenha durado apenas 3 dias em tão singelas 192 páginas...
Cristiano @imagensdocris 26/10/2012minha estante
Amei sua resenha, condiz com o que também senti.


Aldo.Mattos 10/01/2022minha estante
Eu não queria que o livro terminasse. Li em três dias. Perturbador, cativante e descaradamente real. Foi o melhor livro que li ano passado.




Telma 15/09/2012

amor - uma trégua na vida!
A Trégua - Mario Benedetti

É bem difícil escrever sobre a Trégua! Dá um medo danado de não passar toda a poesia, toda a profundidade e genialidade com que Mario Benedetti faz com que nos identifiquemos com a simplicidade do cotidiano.

A leitura é totalmente voltada para adultos. Não é um livro difícil de ler mas está bem longe do que vemos comercialmente hoje em dia.
Santomé, personagem central da Trégua é viúvo há mais de vinte anos, está perto dos 50 anos, perto da aposentadoria, perto da solidão e longe da felicidade.

A guerra do cotidiano, ganha mais uma batalha toda vez que ele olha para a rotina maçante que é sua vida.

Essa rotina é modificada quando entra em sua vida, Laura Avellaneda, uma das jovens que trabalham no escritório.

A sinceridade madura e a ironia inteligente de Santomé nos faz refletir e à mim, chegar a conclusão de que a paixão/amor é movimento da vida. É o que nos impulsiona viver, tanto aos 8 quanto aos 80 anos.

A paixão/amor por qualquer coisa (pessoas, música, livros, filmes, dança, animais, etc) é a TRÉGUA que temos quando a vida parece estar em 50 tons de cinza (hehehehe). É a cor que nos faz olhar admirados pra dentro de nós mesmos ao nos depararmos com centelhas de felicidade.

Lindo, profundo, poético, sincero... Assim é Mario Benedetti e A Trégua

*suspiro*

Dois trechos amados do livro:

"ela me dava a mão e eu não precisava de mais nada.
Bastava isso para que eu me sentisse bem acolhido. Mais do que beijá-la, mais do que nos deitarmos juntos, mais do que qualquer outra coisa, ela me dava a mão e isso era amor."

.¸¸.*?*.¸¸.*?*¸.*?*.¸¸.*?*.¸¸.*?*.¸¸.*?*

"" ... também olhei como chovia, e por alguns minutos não dissemos nada. De repente, tive consciência de que aquele momento, aquela fatia de cotidianidade, er ao grau máximo de bem-estar, era a Ventura. Eu nunca havia sido tão plenamente feliz como naquele momento, mas tinha a aguda sensação de que nunca mais voltaria a sê-lo, pelo menos naquele grau, com aquela intensidade."

.¸¸.*?*.¸¸.*?*¸.*?*.¸¸.*?*.¸¸.*?*.¸¸.*?*
Kaká 26/09/2012minha estante
Telma, estou louca por esse livro! Gostei da resenha, a história parece ser apaixonante!
Bem que você poderia fazer o sorteio dele no blog, vai que eu tenho sorte de ganhar mais um livro novamente! hehehehe

Bjokas e sucesso sempre!


Telma 26/09/2012minha estante
hahahahaha
Esse livro é uma delícia, Larine sortudona!... mas acabo de trocá-lo por um outro que desejo muuuuuuuito!
montes de beijos pra você!


Silvia 26/09/2012minha estante
Amei a sua resenha me deu água na boca este livro.


Telma 27/09/2012minha estante
Silvinha,
o livro é realmente DEMAIS DE BOM!...rs




Paula 16/07/2012

Um grande amor pode ser uma trégua na vida
Depois de ler "A Trégua" do Mario Benedetti, não consegui ler nenhum outro livro hoje, como pretendia ter feito. Parece que a história ainda estava em mim e nada mais cabia. Tampouco conseguia dizer algo sobre o que li, como se quisesse guardar todas as palavras, todos os sentimentos contidos nesse pequeno livrinho só para mim. Danniel Pennac, em Como um romance, um outro favorito, diz na página 75, que: "Aquilo que lemos, calamos. O prazer do livro lido, guardamos, quase sempre, no segredo de nosso ciúme. Seja porque não vemos nisso assunto para discussão, seja porque, antes de podermos dizer alguma coisa, precisamos deixar o tempo fazer seu delicioso trabalho de destilação. E este silêncio é a garantia de nossa intimidade. O livro foi lido, mas estamos nele, ainda.Lemos e calamos. Calamos porque lemos". E Pennac tem toda razão. Certos livros despertam em nós tantos sentimentos que, como leitores, temos todo o direito de nos calar, de nada dizer. Permaneço em silêncio, porque o livro ainda está em mim, sendo destilado lentamente. Que ele seja uma pequena "trégua" no meu dia. Mas recomendo esse livro com todas as estrelas, o melhor do Benedetti que eu já li até hoje. Pela sutileza, pela forma delicada com que ele constrói um personagem emocionalmente tão complexo, com que ele traça sua solidão, sua redescoberta do amor depois de tanto tempo. Acho que esse é um livro que não envelhece nunca por falar de sentimentos atemporais que, ao meu ver, fazem parte da vida dos grandes centros urbanos, independente do país ao qual pertençam. Reitero meu encantamento por esse escritor uruguaio que consegue por no papel todas as vozes e todos os silêncios de um coração.
Ana 16/05/2010minha estante
do Benedetti só li o 'Correio do tempo'. Adorei sua resenha. 'A trégua' será o próximo ...


DIRCE 16/05/2010minha estante
Parabéns,Paulinha. Mas uma vez sua resenha vem carregada de grande sensibilidade, o

que torna as leituras de suas resenhas muito prazerosas.

bjs



Olivia Maia 25/05/2010minha estante
Também fiquei com essa sensação quando terminei de ler esse livro. Desses que depois de ler a gente tem que sair pra dar uma volta. Precisei dar um tempo pra história largar de mim e dar espaço pra outras. :)


Sandra :-) 21/06/2010minha estante
Muito linda sua resenha. Parabéns :-))


Alebarros 26/07/2010minha estante
Que linda sua resenha. Esse vai pra minha estante.


Juliana 26/07/2012minha estante
Nossa...tudo o que eu queria dizer,e não tive palavras suficientes para escrever. Linda resenha.


Renata CCS 21/10/2013minha estante
Sua resenha foi uma das que me inspirou a leitura deste livro. Fiquei fascinada! Entrou para a minha lista de favoritos.




Eduardo 14/07/2012

"Mas não era a felicidade, era apenas uma trégua." Ay, socorro.
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