A trégua

A trégua Mario Benedetti




Resenhas - A Trégua


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@eleeoslivros 21/09/2021

meu deus que livro delicioso de ler, que livro profundo, triste, amável.
sem comentários.
a tag nunca erra!
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Nathália 25/06/2022

Buscar a trégua é correr atrás da felicidade!
A trégua é um livro bem curtinho e que sim, vale a pena ler. Benedetti escreve formato de diário e isso nos aproxima do protagonista Martín, um velho de quase 50 anos.
Em alguns momentos refleti sobre como a vida é breve e como é importante aproveitar cada segundo. Por outro lado me revoltei um pouco com Martín pelos discursos preconceituosos com seu filho Jaime e seus comentários machistas. Até que me dei conta de que estamos falando de um senhor, que vive no Uruguai na década de 50, então não se esperaria menos que isso.
A morte e o luto também são temas abordados nesse livro e em algumas páginas muitos questionamentos sobre a existência de Deus. E tudo isso torna a leitura muito fluida.
Sobre a aposentadoria, ficou muito claro pra mim que por mais que ela tivesse sido desejada durante todo o livro por Martin, sua chegada não foi das melhores coisas por inúmeros fatores que não posso contar aqui porque seria spoiler. E partindo dessa última questão fica a reflexão sobre viver o agora intensamente e deixar que o futuro chegue, sem grandes expectativas.
DANILÃO1505 25/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Rodrigo1001 06/02/2023

Airbag não incluído (Sem spoilers)
Título: A Trégua
Título original: La Tregua
Autor: Mario Benedetti
Editora: Alfaguará
Número de páginas: 184

Talvez você tenha chegado aqui com referências e talvez eu nem precisasse fazer alguma introdução sobre o livro, mas isso escaparia ao que o bom senso chama de resenha. Logo, pra ser muitíssimo econômico, tenho pra te dizer que A Trégua foi escrito pelo autor e poeta uruguaio Mario Benedetti em 1959 e publicado em 1960. Estruturado em forma de diário, Benedetti conta a história de Martín Santomé, um senhor de meia idade que está prestes a se aposentar.

(Engraçado como essa descrição me causa coceira e não cobre sequer 0,001% do verdadeiro conteúdo, do pulo do gato da obra, mas, paciência... é o preço do spoiler quase zero)

Agora que você já está ambientado, posso te dizer que tomei 1 dia inteiro antes de escrever essa resenha. Eu precisava respirar, basicamente. Foi um ato deliberado: não há airbag no mundo que nos prepare para o impacto dessa leitura.
Pequeno em tamanho e grande em conteúdo, A Trégua me fez passear por vários territórios. Me levou do riso contido à gargalhada sonora, da introspecção velada ao mais puro humor ácido, do sarcasmo à reserva e da esperança à incredulidade.

A jornada do narrador-protagonista começa com uma rotina monótona, taciturna e opaca, mas avança gradualmente para uma alteração desse status quo. Acompanhamos essa evolução e vamos, nós todos, evoluindo com o narrador. As entradas no seu diário poderiam muito bem ter sido escritas por mim mesmo, e isso me levou a uma identificação imediata com o que eu lia. Eis o primeiro gancho do autor: te relacionar com o protagonista.

A propósito, gosto muito de livros escritos em forma de diário. Não consigo conter o rubor na face quando creio estar invadindo a privacidade de alguém, mas, ao mesmo tempo e protegido pela ficção, me alegro com a pessoalidade, a individualidade de tal artimanha. Quando falamos ou escrevemos pra nós mesmos, tendemos a ser mais justos com os nossos sentimentos. Sem as amarras do julgamento alheio, um diário se transforma em um terapeuta, para o qual não se deve ter vergonha ou melindre de contar os mais íntimos segredos.

Voltando ao livro, Santomé começa a sair do casulo quando conhece o amor. É o amor que o transforma, é a sua trégua. No meio deste amor estão as convenções e as dificuldades de se juntar as escovas de dente, mas o protagonista avança. E enquanto ele progride, seus pensamentos ficam ainda mais límpidos, mais atraentes. Ele floresce, prospera e se abre. O livro, então, finca seu segundo gancho: nós queremos saber onde tudo isso vai dar.

E sabe onde vai dar? Bom, infelizmente não posso te dizer. Você terá que ler o livro. Não obstante, posso te segredar que é um livro excelente, bem estruturado, gostoso de ler e equilibrado. E em minha própria defesa, digo que não dei 5 estrelas porque algumas partes me pegaram fundo na alma e tive que bloquear meus próprios pensamentos. Tive que ligar meu airbag. Isso não é demérito, mas é inegável que o momento em que se vive reflete muito no que estamos lendo atualmente. E eu não estava totalmente preparado para o que li.

Ganha 4,5 estrelas de 5.

Passagem interessante:

“Como é ruim nos dizerem a verdade, sobretudo quando se trata de uma dessas verdades que evitamos dizer a nós mesmos.” (pg 105)
edu basílio 06/02/2023minha estante
sabia que você apreciaria ^^


Rodrigo1001 06/02/2023minha estante
Edu! Fiquei sem fôlego no fim. Que baque!


edu basílio 06/02/2023minha estante
... sem trégua :-(




Mari 08/11/2021

História de um homem medíocre
Benedetti estruturou o livro em forma de diário, relatando os dias que antecederam a aposentadoria de um homem viúvo de meia idade, em meados do século XX, em Montevidéu.
Martin Santomé é o homem típico de sua época: machista, homofóbico, que não cria laços com seus próprios filhos, até que se apaixona por uma nova funcionária bem mais jovem, e isso faz com que o protagonista tenha uma ?trégua? na própria vida vazia, sem graça.
O livro tem um plot twist interessante e um final surpreendente e, apesar de ser bem escrito e ter passagens poéticas, não foi um livro que tenha ganhado meu coração. Demorei bem mais do que o costume para ler, a leitura se arrastou em vários pontos e não fui fisgada pela narrativa. Acredito que isso se deu porque o protagonista tenha me cativado (e nao foi por conta dos seus defeitos, mas sim pela forma que foi estruturado).
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Nessa Gagliardi 16/10/2010

Algumas pessoas usam como termômetro do impacto de um livro em suas vidas o número de rabiscos em suas páginas. Eu, tão carola para essas rasuras, sempre achei que o livro era quase uma santidade que jamais poderia ser violada, escrita, dobrada. Pago com a língua depois de "A Trégua". Consegui segurar o impulso de sublinhar (ainda não evoluí espiritualmente para tanto), mas diversas folhas estão dobradinhas em suas beirolas.
A escrita de Benedetti é extremamente cativante. Já nas primeiras páginas você se sente um personagem na vida de Santomé, ainda que um expectador distante.
"A Trégua" é um livro sobre amor e morte e fala sobre ambas com a mesma emoção e profundidade.

Ainda não sei muito bem o que escrever sobre "A Trégua". É lindo e recomendo muitíssimo, mas me faltam mais palavras pra definir a belezura de livro que é. Leiam!!
Ladyce 21/01/2013minha estante
É mesmo um livro que marca. Eu também gostei muito dele.




Caroline 05/06/2022

Lindo!
Um livro pequeno mas que transborda sentimentalismo ao lidar com os diversos tipos de relações humanas que permeiam a vida do indivíduo e suas respectivas dificuldades. Acho que grifei uma boa porcentagem desse livro na esperança de levar tudo comigo. Simplesmente lindo.

Obs: tem algumas problemáticas (falas machistas e homofóbicas), mas não quis que esse fosse o fator determinante para a nota visto que o livro foi escrito em 1960.
Débora 06/06/2022minha estante
Falou tudo, Carol!?




Jana 07/10/2021

Adorei a história do livro, a escrita de Benedetti, e as descrições de Montevidéu! Claro que é muito difícil simpatizar com o chato do Santomé, mas isso não deixa a história menos interessante, pelo contrário. Apesar de Santomé ter uma personalidade tosca e atitudes desprezíveis em vários momentos, gostei de conhecer sua vida medíocre, as tragédias e sua breve trégua por suas próprias palavras em seu diário.
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Chelly @leiodetudo 06/11/2021

Lindo
Um homem sem muitas aspirações, sonhando apenas com a aposentadoria vivendo uma rotina pacata e massante. De repeente, encontra o amor. E ele tem uma pequena trégua... a felicidade é um instante.
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Bianckah 05/12/2021

Que plot twist
Apesar do incômodo e do asco sentido pelo protagonista nas primeiras páginas, foi quase impossível não torcer pela sua felicidade ao longo das páginas e o seu reencontro com a felicidade na descoberta de um novo amor após anos de viuvez. Mas mais impossível foi ficar indiferente ao desfecho de tudo ao final do livro, sentir pena da sua desgraçada falta de sorte. Um livro que me surpreendeu, inquietou.
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Fabricio 09/01/2010

A TRÉGUA é um livro tão interessante que sentimos tristeza quando as páginas finais se aproximam... Em forma de diário, Mario Benedetti nos traz com ironia, sarcasmo, sagacidade, melancolia, humor, nostalgia, romance e uma certa dose de mistério a história de um homem maduro que se vê perdido ao se confrontar com uma paixão repentina por uma mulher mais jovem. Dividido entre as funções de profissional competente, viúvo resignado e pai um tanto menosprezado pelos três filhos de diferentes personalidades, o protagonista narra seus dias neste diário pontuando os acontecimentos com observações severas sobre a vida, a razão de viver ou a necessidade de estar vivo. Muitas de suas frases são de uma verdade arrebatadora, mesmo que às vezes possam vir acompanhadas de comentários preconceituosos. A TRÉGUA é uma história dolorosamente romântica, totalmente desprovida de pieguice ou clichês narrativos do gênero. Imperdível.
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Amandha Silva 25/08/2010

Narrativa penetrante
Martín Santomé nos abre sua vida nos seus ultimos meses de trabalho, aos 49 anos prestes a se aposentar e sem saber o que lhe reserva a vida depois que não tivesse mais a obrigação de levantar cedo todas as manhãs.

Começei a me sentir próxima a Santomé logo nas primeiras páginas, sua narrativa é penetrante e me senti angustiada com o rumo da história querendo poder interceder pelo confidente que em forma de diário relata sua vida 'sem-emoção', viuvo aos 28 anos e com três filhos pequenos para cuidar,nos abre a alma com confidencias que às vezes temos medo e vergonha de fazermos a nos mesmos.

A chegada de Avellaneda ao escritório trouxe cor a vida do cansado e conformado Santóme, uma história de amor linda, construida a base de muito cuidado e permeada de descobertas 'tardias', mas que transformaram por um tempo a vida do viuvo, eu começei lendo o livro aos poucos para que não acabasse logo, mas depois da metade não conseguia parar, mesmo imaginando o desfecho queria chegar logo lá. É uma narrativa relativamente curta mas que deixa na alma uma marca eterna, é tudo demasiadamente humano, demasiadamente real, demasiadamente inexplicável.
Seria essa frase uma síntese da história:
"Já sei agora que minha solidão era um terrível fantasma, sei que a presença de Avellaneda foi suficiente para espantá-la, mas sei também que não está morta, que estará reunindo suas forças em algum porão imundo, em algum arrabalde de minha rotina. Por isso, e somente por isso, apeio-me de minha consciência e me limito a dizer: tomara".
Pena que Santomé estava certo...

Recomendo a leitura do livro pelas descobertas que fazemos de nos mesmos durante e após a leitura. Está no meu coração!
DIRCE 27/08/2010minha estante
Nossa!! Adorei sua resenha.
Se eu já não tivesse lido esse livro, com certeza, sua resenha me levaria a lê-lo.
Bjs


Amandha Silva 28/08/2010minha estante
Ah!! Obrigada Dirce.
Palavras do coração, o livro é um primor em todos os sentidos.
Beijo!


Renata CCS 18/10/2013minha estante
Tb me apaixonei por este livro. Uma bela resenha! Apaixonada!




Victor Vale 16/10/2021

Difícil pensar sobre o livro de forma anacrônica. A história é cria de seu tempo onde o protagonista e covarde, arrogante, preconceituoso, tem medo de ser amoroso e, principalmente, de se expor ao ridículo. E é isso que torna o livro crível, nessas limitações Santomé ruma com pouco afinco a sua felicidade, lutando a cada momento para se entregar a essa felicidade. Acostumado em estar apagado, a viver no automático ele acaba sendo absorvido e absorto torna-se feliz.
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Gláucia 11/06/2014

A Trégua - Mario Benedetti
Martín Santomé nos conta sua história sob a forma de um diário, cuja ação se passa em Montevidéu nos anos 50. A alguns meses de sua aposentadoria, repassa sua vida desde a viuvez precoce, a criação de seus filhos e o relacionamento que mantem com os três e, principalmente, a preocupação sobre o que fará com seu tempo livre.
O livro tem um ótimo ritmo e o protagonista possui um peculiar senso de humor amargo e pessimista que me fez lembrar em alguns trechos os famosos personagens machadianos.
Gostei sobretudo da primeira metade do livro; após isso há uma mudança no tom e no espírito do personagem por conta de algo novo que surge em sua vida. O desfecho ocorre repentinamente e me pegou totalmente de surpresa, não imaginei aquele final.
Até quase o final não sabia o motivo do livro se chamar A Trégua e esse é o grande diferencial dessa história, simples porém com esse toque de "maldade" que me emocionou profundamente.

site: https://www.youtube.com/watch?v=Q3LHxUR-6_E
Gláucia 15/06/2014minha estante
Obrigada Camila. Essa sacada foi genial!




Klelber 02/09/2021

A lá Sartre
Achei que esse livro tem uma identificação com o existencialismo do Stare, alguém citou Søren K. pra mim também. Achei fantástica a história.
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Rafael Moia 10/10/2021

Isso é amor!?
Recebi a edição de "A trégua" (Alfaguara, 2021), de Mario Benedetti, pela TAG - Experiências Literárias com a expectativa de ser um livro sobre o amor. Mas, ficamos só na expectativa mesmo. Apesar de abordar a relação casual de Santomé e Avellaneda, "A trégua" é uma obra datada pelo conservadorismo machista e homofóbico da década de 60.
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