O olho mais azul

O olho mais azul Toni Morrison




Resenhas - O olho mais azul


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Isabela 23/03/2021

Leitura obrigatória!
Romance de estréia da escritora Toni Morrison, vencedora do Prêmio Nobel de literatura, O olho mais azul começou a ser escrito em 1962 e publicado pela primeira vez em 1970 e mostra como o racismo mostra toda sua crueldade sobre uma menina negra.
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Pecola Breedlove é apenas uma criança quando começa a perceber as diferenças do tratamento que é dado a ela e às crianças brancas. Dessa forma, passa a almejar acima de tudo ter os olhos mais azuis, pois assim deixaria de ser feia e passaria a receber todo carinho e atenção destinado às outras crianças. Esse desejo aliado a uma família devastada e violenta levam ao colapso da menina e sua completa desintegração antes mesmo da adolescência.
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Esse foi com certeza um dos livros mais impactantes que li. Apesar de pequeno, é denso do início ao fim. Através de uma narrativa concisa, Toni Morrison nos traz uma poderosa reflexão sobre a crueldade do racismo e dos padrões de beleza excludentes e nocivos imposto por esse sistema que fazem tantas pessoas e tantas meninas negras rejeitarem a si mesmas.
Além de mostrar os impactos dessas problemáticas na vida da Pecola, é interessante a construção dos demais personagens, que, também vítimas, despejam numa criança toda sua frustração e impotência, assim é abordado como a misoginia do homem negro e a invisibilidade da dor da mulher negra são naturalizados e como esse sistema de poder desestrutura as famílias e torna um lar um lugar perigoso.
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É sem dúvida um livro que todos deveriam ler ao menos uma vez na vida e concluo aqui com uma frase da própria autora no posfácio que nos alerta para a necessidade de jamais esquecermos do peso dessas questões:

"A afirmação de beleza racial não foi uma reação contra a autocrítica trocista e bem-humorada de fraquezas culturais/raciais, comuns em todos os grupos, mas contra a nociva internalização de pressupostos de inferioridade imutável, originados de um olhar externo."
Layla.Ribeiro 23/03/2021minha estante
Está na minha lista


Isabela 23/03/2021minha estante
Se prepara... É pesado




Livros trechos e trecos 30/06/2020

O Olho mais azul
Quando terminei a leitura o objetivo era fazer logo a resenha, mas me sinto como uma jiboia que devorou uma presa muito grande e estou pensando e pensando e tentando digerir tudo o que foi esse livro. Há tantas histórias e situações que você mal se recupera de uma coisa e já tem mais duas para assimilar. O olho mais azul é uma junção de histórias ligadas a uma história central, a vida da jovem Pecola, que orava com tanta força para ter olhos azuis, e assim conseguir mudar sua vida.

O desprezo pela própria imagem, reflexo de uma sociedade racista é algo perpetuado até hoje, mas ver o sofrimento dessa garota desprezada e agredida por todos (inclusive sua própria mãe) é tão perturbador, principalmente porque a Toni faz questão de nos expor um pouco da história de alguns dos seus agressores e eles são pessoas igualmente oprimidas. Não que isso justifique algo pelo contrário, só reforça a nossa culpa enquanto sociedade por permitir que esse ciclo vicioso continue.

Seria tão mais fácil se a Toni nos deixasse odiar os algozes de Pecola, se ela apenas os expusesse como vilões que fazem com que uma criança se torne um ser "quebrado". Mas não, apenas expondo os fatos ela nos permite julgar e reconhecer nossa parcela de culpa, sem precisar levantar a voz ou colocar o dedo na nossa cara, nos diz "você permite isso e depois olha para o lado para não ver as consequências dos seus atos". Pois somos nós quem contribuímos para que os ideais de superioridade e beleza permaneçam estáticos, permitimos que uma paleta de cores seja usada para julgar maior e menor valor. E fazemos isso sem esforço, só seguimos o fluxo e nos omitimos.

O simples fato de ter levado tanto tempo para saber da existência do livro, que foi escrito de 1965 a 1969, é um exemplo de como toda a problemática abordada continua atual. É uma prova do quanto nós perdemos enquanto leitores e cidadãos, por conhecer tão pouco a obra das minorias sociais. Reconhecer a falta de representatividade é importante, mas mudar essa problemática consumindo um conteúdo mais representativo e empático tem uma importância ainda maior. E quando a obra deixa um um impacto tão grande, e vem de uma mulher com uma escrita tão poderosa, isso é ainda melhor!


site: https://www.instagram.com/p/CCD_OtCDPsB/?utm_source=ig_web_copy_link
Flavinha 30/06/2020minha estante
Estou esperando o meu


Livros trechos e trecos 30/06/2020minha estante
Você vai amar, tenho certeza!




Krishna.Nunes 08/03/2024

Racismo, colorismo e abandono
"Ao igualar beleza física com virtude, ela despiu a mente, restringiu-a, e foi acumulando desprezo por si mesma."

Pecola é uma menina que não consegue encontrar seu lugar no mundo e sente a dor de não enxergar nenhuma esperança, nenhuma perspectiva. Uma pessoa feia, inapropriada, uma menina que não se encaixa nos padrões de beleza, que não se vê retratada no cinema e nas peças de publicidade. Uma menina que tem uma grande ambição na vida: ter olhos azuis. Ela associa os olhos azuis, que ela vê em toda parte, por exemplo nas bonecas que se dão de presente para as crianças e nos rótulos dos doces que ela compra com moedinhas de 1 centavo, como sinônimo de beleza, bondade e virtude. Tudo o que ela não possui.

"Toda noite, sem falta, ela rezava para ter olhos azuis."

Escrito de forma poética, mas que não deixa de ser indigesta e repugnante, esse texto representa um pedido de socorro. É uma obra profundamente comovente que chama a refletir sobre as consequências da busca por se adequar a padrões inalcançáveis.

Pecola nunca foi protegida por ninguém, nunca recebeu amor e cuidados das pessoas que deveriam ser responsáveis por ela. Na escola ela sofria um bullying violento de outras crianças. Não importava que eram também crianças negras - "O desprezo que sentiam pela própria negritude fez irromper o primeiro insulto." E em casa era exposta a violências, xingamentos, até que acaba sofrendo abuso sexual do próprio pai. A autora propositalmente humaniza todos os que fazem mal a Pecola para que o leitor não sinta ódio deles e encare toda aquela sujeira, miséria e crueldade da maneira mais normal possível. Tudo isso leva a menina ao um completo colapso mental.

A questão do colorismo retratada no livro ainda é muito forte e mal resolvida. A indústria cultural está sendo pressionada, seja por força de legislações ou outros movimentos sociais, a dar lugar a outras imagens, outras cores o outros modelos de corpos. As pessoas têm exigido que seus cabelos, seus olhos, suas cores e suas formas também tenham espaço no cinema, nas novelas e na publicidade. Mesmo assim, quando pessoas negras são representadas, são geralmente por pessoas de pele mais clara e traços mais embranquecidos.

No Brasil, ainda que os negros e afrodescendentes sejam maioria na população, não são maioria entre os representantes na política, nos cargos de liderança, nas propagandas nem nas salas de aulas das universidades. As situações retratadas por Toni Morrison nesse livro comovente estão longe de ser superadas.
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Rafa 02/09/2020

O olho mais azul
Muito bom o Livro e bem interessante e bom de ler. Maravilhoso
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Ani 15/07/2020

"O amor nunca é melhor que o amante. Quem é mau, ama com maldade, o violento ama com violência, o fraco ama com fraqueza, gente estúpida ama com estupidez, e o amor de um homem livre nunca é seguro. Não há dádiva para o ser amado. Só o amante possui a dádiva do amor. O ser amado é espoliado, neutralizado, congelado no fulgor do olho interior do amante."
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Paulo1584 22/11/2021

Este solo é ruim para certos tipos de flores
Toni Morrison, em O olho mais azul, dá agulha e linha e os panos, ficando a cargo do leitor ?escolher? que tipo de costura fará. É um livro intenso e que provoca, instiga quem lê a pensar, refletir e, quiçá, agir. No posfácio da obra, um texto reflexivo sobre os efeitos que a autora pretendia, pensando a obra mais de 20 anos depois, Morrison nos indica que esses recortes tinham justamente essa ?intenção?, de tensionar quem lê. É, de modo geral, um texto que vai crescendo à medida que vamos lendo. Tudo está indicado no início. Os trechos picotados nos mostram que cabe a nós montar esse ?quebra-cabeça?. As primeiras palavras da narradora, quase que nos contando um segredo, ?Cá entre nós?, já nos revela mais ou menos o tom da narrativa, que é de caráter ?trágico? e dramático. É uma narrativa sobre, por conta da narração, a tentativa de descobrir o que está acontecendo, o que significam essas desgraças, do ponto de vista da criança. É uma narrativa sobre construção familiar, compreensão do discurso forjado sobre raça. É sobre padrões de beleza. Sobre vulnerabilidade e estupro. Sobre opressão. Sobre uma série de problemas que não eram só reflexo do seu contexto ? de início da segunda guerra ?, mas que, isso sim, eram reflexos de problemas sociais de longa data. Sobre as dificuldades de ser filho e de ser pai, de ser filha e de ser mãe.

Morrison trabalha conceitos filosóficos, políticos, sociais, psicológicos e literários. É, em questões de narrativa, um livro que experimenta muito e que envolve o leitor nessa experiência, nos jogando no meio de diálogos sem marcações e que, pasmem, não precisam de um narrador, no caso narradora, nos dizendo quem foi que disse isso ou aquilo. O derradeiro capítulo, ?VERÃO?, é uma verdadeira aula de conflito psicológico, de construção de personagens complexas por via do diálogo. A narradora de O olho mais azul não precisa fazer muitas digressões em sumários intermináveis para dar densidade às personagens. Não estou fazendo uma ?crítica? ao uso desse recurso, longe disso; um dos meus livros favoritos, Cem anos de solidão, faz profundas digressões e mesmo assim é muito bom. Estou apenas constatando que, se quisesse, Toni Morrison poderia ter feito um calhamaço, mas não precisava, não é pelo número de páginas que a obra ganha o leitor. É perceptível que ela fez cortes profundos, teve um trabalho imenso na construção da obra. E o resultado são aquelas histórias dentro da história; são passagens, menções, acontecimentos. Personagens que vão sendo lapidados ao longo de alguns acontecimentos, que ora nos faz sentir raiva de quem as oprimiu e ora nos faz sentir raiva delas por estar transferindo a culpa para outra pessoa e oprimindo ainda outra, como é o emaranhado das histórias de Cholly e Pecola. 

O trauma que a menina sofre é anunciado já no início, quando Claudia especula sobre os motivos de não ter havido cravos-de-defunto no outono de 1941. Tudo está ali, mas por um momento esquecemos e nos deixamos levar pela narrativa. Li em três dias. Três sentadas, como diria Poe. Na primeira eu percebi que deveria dar um descanso já estava pela página 80, mas só parei na 112. No segundo dia só li umas 40 páginas, o miolo tem umas passagens um pouco mais densas. No terceiro dia não larguei até acabar. Foi arrebatador. Os conceitos que a obra trabalha culminam para esse final que não é, de modo algum, contemplativo, ele é provocativo, para que nos mova a revirar este solo.
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Nilton 16/04/2021

O OLHO MAIS AZUL
Autora: Toni Morrison
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Fui parar no romance de Toni Morrison após ler a indicação nos livros de bell hooks e Lázaro Ramos. E é com grande prazer-leitor que naveguei pelas páginas da escritora estadunidense, prêmio Nobel de literatura em 1993. E que ignorância a minha: até o momento, desconhecia sua escrita.
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Este é o primeiro romance de Morrison. Foi escrito na década de 1960, período em que o movimento negro lançava luzes também sobre a estética. E é sobre este viés que a autora constrói a sua história. A narrativa sobre a protagonista, Pecola Breedlove, poderia ser, porém, uma história por si só trágica, no entanto, Toni quis conduzir o leitor à reflexão. Para isso, fragmenta a sua narração e vai apresentando tudo o que levou Pecola a ser quem é e desejar o que deseja: o olho mais azul.
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?Não há realmente mais nada a dizer ? a não ser por quê. Mas, como é difícil lidar com o porquê, é preciso buscar refúgio no como.? (p. 10).
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Para tanto, a história da família de Pecola é costurada diante de nossos olhos, humanizando os antagonistas quando nos faz perceber que as pessoas agem a partir do que a própria sociedade lhes oferece. Não objetiva, porém, ser fatalista; pretende que reflitamos que as coisas são mais estruturadas e condutivas que o senso comum vê e pensa.
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?Todo o nosso lixo, que jogamos em cima dela e que ela absorveu. E toda a nossa beleza, que foi primeiro dela e que ela deu a nós. Todos nós ? todos os que a conheceram ? nos sentíamos tão higiênicos depois de nos limparmos nela. Éramos tão bonitos quando montávamos na sua feiura. (...)? (p.205).
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Quantas Pecola Breedlove conhecemos ao longo da vida? Lembrei das que conheci. Por onde andam?
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E na minha insignificância, somo às vozes de bell hooks e Lázaro Ramos para indicar este romance, na minha opinião, magnífico.
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#OOlhoMaisAzul #ToniMorrison #Literatura #LiteraturaEstadunidense #QuestãoRacial #RacismoEstrutural
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11º livro lido
16/04/2021
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Página no Facebook e Instagram: @indicoqueli
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Eusoumariahellen 04/09/2021

não é para ser confortável
Cá entre nós, não é para ser confortável.
Eu posso afirmar até então que ler ?o olho mais azul? foi a coisa mais difícil que já fiz e em toda minha vida. Tinha páginas que parecia que eu estava doente, náusea, vontade de vomitar, dor.
E a pior parte era que quando eu fechava o livro eu me lembrava, isso já aconteceu com alguém, em algum momento.
Não é um livro pra ler quando você ainda não tem uma maturidade da vida, mas é um livro que vai te trazer uma maturidade.
agradeço a Toni Morrison por ter escrito algo que é um tanto

pecola, eu sinto muito.
eu sinto tanto
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brenda 14/04/2021

É um livro pesado, muitas vezes me deixou desconfortável, porém é um livro muito necessário, fala sobre vários assuntos, até mesmo além do racismo.
Recomendo, mas tem que está preparado.
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ordinary.beraldo 20/05/2020

O Abraço de Toni Morrison
Finalizei essa obra-prima a 30 minutos atrás. Estes, e também aqueles pois o tempo se torna pra mim agora um estado de parada para observar o que as palavras, não de Morrison, mas sim do sopro de voz da humanidade que clama por igualdade e por felicidade, minutos foram e são neste ano os mais estranhos: me senti desconfortável, derramei algumas poucas 3 lágrimas sobre meu travesseiro, soluçei, pensei na minha condição como ser humano e nos privilégios que carrego em meu corpo cujas linhas, assim como demonstrado nessa obra, carregam história e memória e dor e humanidade.
Esta história universal me doeu de uma maneira e me fez ascender como ser humano de uma maneira que poucas obras conseguem - a exemplo de "A Cor Púrpura", "Eu tituba: bruxa negra de Salem" e "Alegrias da Maternidade.
Obrigado Toni Morrison pela coragem e pla beleza.
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Evy 29/06/2020

"Cada livro nos abre um horizonte, uma reflexão, e é um eterno lembrete de que a vida pode ser múltipla, inexata, complexa". Essa frase foi enviada a TAG por uma leitora, Renata Sanches, e está na revistinha que acompanha esse livro. Coloquei ela nessa resenha porque não poderia escrever isso de forma melhor e o tanto que essas palavras são verdadeiras, principalmente ao terminar de ler esse livro... A vida é múltipla, inexata, complexa... na crueza dos dias, não segue regras e padrões, acontece. São tantas vidas, inúmeras possibilidades e sentimentos!

Esse é o primeiro livro que li dessa autora e fui arrebatada por sua narrativa. Ela conseguiu me fazer chorar na página 22 do livro com uma imagem que não sei se esquecerei tão cedo. Uma frase, tão dolorida e ao mesmo tempo tão doce, que tocou no fundo da minha alma...

"Assim, quando penso em outono, penso em alguém que tem mãos e que não quer que eu morra".

Assim, solta, talvez não tenha o impacto que teve em mim ao final de algumas outras descrições, mas só de escrevê-la me emociono de novo, ao lembrar do que li. Depois disso foi só emoção, desconforto e palavras que não conseguia parar de ler. O livro é dividido por estações e conta muitas histórias em poucas páginas, mas a principal é a da menina Pecola Breedlove que reza todas as noites para ter olhos azuis.

Pecola é invisível para a sociedade e a comunidade que vive. Invisível não é a palavra, o problema é que ninguém está disposto a vê-la com humanidade. É zombada, rejeitada, desprezada, violentada. Ela sabe que o problema é a sua aparência, sua pele negra e seus cabelos crespos, e acredita que sua única solução seja ter olhos azuis, como os das bonecas, das mulheres brancas que são invejadas, elogiadas, lindas e amáveis. Acompanhamos seus passos nessa busca delirante pelo olho mais azul, pela aceitação, por uma realidade que não seja só dor, como a que unicamente ela conhece.

Como bem diz, Djamila Ribeiro, no prefácio desta edição "são letras que rasgam, mas por incrível que possa parecer você vai gostar de ser cortado, reinventado". Esse livro é uma forte reflexão sobre a desigualdade, o preconceito, os padrões impostos e vale muito a leitura. Essencial. Vale também ressaltar que Toni Morrison foi a primeira mulher negra a ganhar um Nobel de Literatura em 1993 e que O Olho mais azul, escrito em 1970 conta a história de outros tempos, outra época, mas que é extremamente atual como se ainda fosse hoje, infelizmente.

Fica um exercício para nossa reflexão do porquê. Recomendo demais a leitura, o corte e a reinvenção!
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Adriana1161 25/03/2021

"A raiva dá a sensação de existir"
O livro é bom, porém a narrativa é fragmentada, quebrada em partes a serem reunidas pelo leitor, o que gera um pouco de confusão.
É uma narrativa não linear, fluxo de consciência.
A autora adianta coisas que vão acontecer, e o leitor se pega torcendo para que não aconteçam...
É um livro forte, com um toque de ternura na escrita. Algumas cenas descritas são bem incômodas.
Vi a autora falando que queria chegar ao adulto, através da voz das personagens crianças.
Deve ter sido um livro de difícil tradução, para dar o tom certo.
As conclusões ficam por conta do leitor.
Primeiro livro da autora, se passa em sua cidade natal.
Leitura fluida e rápida.
Personagens: Pecola Breedlove, Frieda, Claudia
Local: Lorain, Ohio - 1940
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Sofia.Eternal 01/09/2023

Excelente
Finalmente li um livro bem escrito!
A autora ganhou o Prêmio Nobel de 1993 e esse livro é formidável na narrativa, nos estilos que utiliza e na construção das personagens.
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Henrique Fendrich 05/03/2022

O tema do livro não poderia ser mais tocante, sensível e necessário (era necessário nos anos 60, quando foi escrito, e continua necessário nos dias de hoje, apesar dos avanços que houve no modo como a sociedade em geral enxerga os negros e os "padrões de beleza").

O que me fez não dar uma nota maior para o livro foi a impressão de que os capítulos "quebrados", abordando cada um diferentes aspectos de uma mesma história, não dialogam adequadamente entre si e nem exploram como poderia o próprio universo da mente da criança Pecola. E fiquei "satisfeito" porque a própria Toni Morrison apontou exatamente isso, no posfácio, como um dos problemas com o seu livro, que nesse ponto não lhe agradava.

Achei uma boa ideia explorar os "antecedentes" da história de Pecola, porque as coisas são sempre desencadeadas umas pelas outras e muitas vezes não é possível julgar unicamente o o fato ocorrido no tempo presente. Contudo, como a própria autora, eu achei que a execução desse que foi um bom plano não foi a melhor de todas, sobretudo porque ela tinha, realmente, uma pérola em suas mãos, um mote excelente e certamente impactante para o leitor.

Ainda há, é claro, esses momentos de impacto na obra, que, certamente, tem uma série de méritos e, como dito, continua relevante.
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Beto | @beto_anderson 13/08/2020

O olho mais azul
Não sei. Faltou algo na história. Essa fragmentação das histórias das personagens foi um pouco estranha para mim. Faltou desenvolver melhor a trama das personagens. Algumas situações me deixaram dúvidas. Um livro regular.
Évelin Noah 31/08/2020minha estante
Concordo plenamente!
A impressão que tive é que a autora se empolgou demais com a história dos personagens secundários ( que não era nem necessário esmiuçar tanto) e acabou negligenciando a história central.
Me decepcionou bastante!!


Beto | @beto_anderson 31/08/2020minha estante
Quero ler o Amada pata tirar essa má impressão da autora.


Évelin Noah 31/08/2020minha estante
Eu também quero ler Amada, mas confesso que estou com receio. Fiquei meio traumatizada.
O olho mais azul foi o meu primeiro livro da Toni, eu realmente estava com as expectativas lá em cima.
Vou esperar um tempinho antes de ler Amada.




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