A guerra do Paraguai

A guerra do Paraguai Luiz Octavio de Lima




Resenhas - A guerra do Paraguai


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ANDER CELES 21/12/2023

Um livro sobre a História que até parece uma história.
Gostei muito de ler esse livro. Acho que nenhum livro sobre a História que já li aborda as questões da forma que esse livro aborda. Porque ele traz as informações históricas, como todos os outros, mas ele apresenta as coisas de forma linear, ou dá forma mais linear possível. Claro que às vezes ele tem que voltar a um acontecimento pra gente entender como as coisas chegaram naquele ponto, mas na maior parte do livro, a coisa é bem linear.

Outra coisa: as vezes parece que vc tá lendo um romance, uma ficção, não um livro histórico. Porque às vezes o autor coloca as falas dessas pessoas históricas, narra pra gente com tanta riqueza de detalhes as cenas dos acontecimentos. Parece que vc tá lendo uma história, e não a História.

Olha, gostei muito, e acho que se outros livros usassem esse como inspiração, os eventos históricos seriam mais atrativos para a maioria das pessoas.
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Albuquerque 16/01/2017

História de Solano Lopez
Livro interessante: Tive impressões variadas ao longo da leitura. Inicialmente, achei bem curioso o modo como o autor desenrolou os fatos. Uma linguagem bem simples e a leitura se tornou bem dinâmica, o que foi muito positivo. Ao longo do texto fica claro que essa História sobre a Guerra do Paraguai é focada na família Lopez, principalmente em Francisco Solano Lopez, presidente do Paraguai durante o conflito. Até aí tudo OK, achei novamente positivo visto que a maioria dos livros focam sempre no lado da Tríplice Aliança. Porém quando cheguei à metade do livro fui ficando com a ligeira impressão de que o autor privilegiou o lado paraguaio no conflito. Elogiou sempre a garra e a determinação do soldado paraguaio e criticou bastante os aliados Brasil, Argentina e Uruguai, numa visão próxima aos revisionistas. Ressaltou os erros de Solano Lopez, sim, mas sempre destacando sua figura, procurando mostrar que era um grande homem desesperado em salvar sua pátria. Bateu firme na figura de Caxias, o qualificando algumas vezes como covarde. Passou por alto todas as grandes estratégias aliadas no conflito, como a brilhante construção da estrada no Chaco, ordenada por Caxias, que deu uma imensa vantagem estratégica aos aliados. Estava bem claro todo o drama e cuidado nas narrações sobre Solano Lopez e o quase desleixo com as personagens brasileiras.
Enfim, eu gostei de ler o livro, principalmente pelas informações sobre Lopez que eu não conhecia, porém fiquei decepcionado com a parte sobre os feitos dos exércitos aliados, que lutaram, acertaram e erraram como o exército paraguaio, mas que quase foram culpados por todo o mal que desceu sobre a América do Sul no período, principalmente com o Paraguai.
Enfim, essas foram minhas impressões sobre o livro que refletem minha opinião pessoal, nunca é demais lembrar. Sou um grande interessado no estudo da guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai, tenho muitos livros sobre o tema e estou aberto a qualquer um que queira debater sobre o assunto.

Até mais!
Guilherme.Chaves 21/01/2017minha estante
O melhor livro sobre a guerra do Paraguai se chama Maldita Guerra: https://www.skoob.com.br/maldita-guerra-20484ed22090.html


Albuquerque 01/02/2017minha estante
Sim, realmente é um dos melhores! Gosto também da obra do Tasso Fragoso!


Anderson 27/02/2017minha estante
Boa noite!! Tendo muitos livros sobre sobre a guerra do Paraguai, qual você indicaria? Gostaria um que aborde os dois lados em igualdade, dando uma noção legal sobre o conflito num todo.


robson87 04/04/2017minha estante
Obrigado pelos seus comentários amigo, depois desse lance do autor puxar o saco do Lopes perdi o interesse pelo livro ou até excluir do meu carrinho de compras, teria outro livro sobre essa guerra a indicar?


Luiz.Octavio 01/05/2017minha estante
Albuquerque, acho que você leu outra obra e achou que era minha. Não foi esse que você descreve o livro que escrevi. Solano López, "homem desesperado em salvar sua pátria"? Tentei evitar o maniqueísmo, mas o monstro autoritário - que inclusive mandou para a tortura e amorte seus próprios parentes e auxiliares próximos - está todo lá, O episódio da estrada do Chaco também -
a manobra de Piquissiri - no capítulo A Dezembrada).Os conflitos de Caxias aparecem claramente nas próprias cartas que enviou ao imperador; não inventei. Minha preocupação foi retratar o que os documentos e relatos em fontes primárias mostraram. Abraço!


Marco 20/07/2017minha estante
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Albuquerque 15/08/2017minha estante
É difícil achar um meio termo... se você ler a obra do Tasso Fragoso talvez tenha um bom vislumbre do que foi a campanha militar. É extremamente focado na parte documental, o que, pra mim, é uma abordagem enriquecedora. Leia também "Cartas dos Campos de batalha da Guerra do Paraguai". São cartas de estrangeiros que moravam no Paraguai na época da Guerra. Por fim, Leia o livro do Doratioto. Acho que foram os que mais me acrescentaram.


Albuquerque 25/10/2017minha estante
Luiz Otavio, escrevi logo após ler o livro e fui sincero em minhas opiniões. Não tenho dúvida quanto a utilização das fontes primárias, o trabalho foi excelente, com certeza. Essa foi minha visão da obra após ler tudo o que foi escrito. Realmente senti que faltava alguma coisa sobre o Exército aliado... A obra do Tasso Fragoso também foi baseada em documentos originais da época. Talvez por ser uma coleção de cinco livros ele tenha sido mais abrangente e abordado algumas situações e fatos que não estiveram presentes no seu livro.
Não é minha intenção prejudicar ninguém quando escrevo uma resenha. Eu apenas conto o que achei da leitura. É algo pessoal, opinião. Se ela está sendo levada em consideração fico bem feliz. E é muito bom ter o feedback do autor, também, parabéns por conversar com o seu público.


Erick.Kogikoski 20/04/2018minha estante
Albuquerque, eu tive uma visão diferente, para mim o autor foi bastante imparcial, se não puxando mais para o lado da Tríplice Aliança.
Ele deixou bem claro tudo que López realizou, seus objetivos, suas torturas e tudo mais. Em relação ao exército paraguaio e seu amor pela pátria acredito que a descrição foi precisa, devido as grandes dificuldades que eles enfrentavam e mesmo assim não desistiam.


Albuquerque 03/09/2018minha estante
Erick Kogikoski, realmente o trabalho é bem preciso em destacar a atuação paraguaia no conflito e a vida de Solano Lopez (lado bom e ruim), mas acho que faltou um pouco de informações sobre Caxias, Osório e outros participantes do lado da Tríplice Aliança. Dei quatro estrelas para o livro, mas fico triste quando vejo que alguns personagens históricos não são valorizados em obras nacionais (quando não são hostilizados). Como citei para o próprio autor, achei que o trabalho foi bem desenvolvido, mas entendi que a narrativa pendeu para um lado. Pode ser só minha percepção, mas foi o que achei lendo o livro: o foco foi a atuação paraguaia.


Farnny 20/12/2019minha estante
Discordo quanto ao fato de que o autor privilegiou a imagem de Solano Lopez.. Tô no meio da narrativa e não tem outro personagem que mais odeio do que o Solano...E nem o conhecia antes de ler o livro.




Gilcimar 19/09/2022

Um relato histórico surpreendente
O livro mais completo e surpreendente que já li sobre a História da Guerra do Paraguai.
Super recomendo!!!!!
Ramon M. Santos 24/10/2022minha estante
Lendo, e também gostando ?


Gilcimar 24/10/2022minha estante
Este livro é top demais




Madeira 07/10/2020

Mesmo nível do Laurentino
Pra quem leu 1808,1822 e 1889 sabe bem quem é Laurentino. Dono de uma escrita categoricamente estimulante e grande narrador histórico. Luiz Octavio de Lima, jornalista, não deixou em nada a desejar na narrativa desse marcante período da América Latina. Vale a viagem! Rs
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Tozatti 15/11/2020

Excelente relato da guerra do Paraguai. Este Livro deveria ser obrigatório nas escolas, devido a sua riqueza em detalhes que nos faz compreender os motivos que culminaram no conflito.
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Salino 24/03/2022

Reflexivo
Uma guerra pode, surpreendentemente, levar à mudança total de uma sociedade, não sendo exceção o caso brasileiro e paraguaio, especificamente. O jornalista Luiz Octavio de Lima relata, de modo satisfatório, a Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai, sendo não só a questão da bacia do Prata como a principal, mas diversos outros pontos que levaram ao maior conflito do continente sul-americano. Entre traições, massacres, batalhas estonteantes e figuras históricas, o livro é facilmente lido pela curiosidade em descobrir até onde vai o sentimento humano mais sombrio para conquistar seus próprios desejos.
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G_Mateus 20/05/2020

Descreve bem a maior guerra ocorrida na América do Sul, utilizando de forte embasamento de diferentes historiadores dos países que participaram do conflito. Devido a forma como é escrito, a leitura torna-se fácil e fluída.
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TiagoHelmer 31/08/2019

Excelente livro sobre a Guerra do Paraguai. O autor escreve muito bem, traz imagens importantes e toma o cuidado de mostrar várias versões de historiadores, inclusive dos outros países. Luiz Octavio monta diálogos entre alguns acontecimentos o que faz parecer um romance. A Leitura é agradável sendo possível ler de um fôlego só.

O livro é bastante explicativo, não sendo preciso recorrer a outras fontes. O autor prepara o terreno mostrando como os países envolvidos estavam na época. Os primeiros capítulos mostram a ascensão de Solano López no Paraguai e os personagens à sua volta. Têm capítulo sobre os dois países instáveis que também participaram da Guerra: Uruguai com o líder sanguinário Venâncio Flores e a Argentina com o indeciso Bartolomé Mitre. Os capítulos que mostram as batalhas são sempre cheio de dados estatísticos.

O livro reforça a sagacidade e perseverança de D. Pedro II e vários personagens que foram importantes para a proclamação da república como Duque de Caxias, Marques de Tamandaré, Marechal Teodoro da Fonseca, Marechal Floriano Peixoto, Barão de Mauá, Benjamin Constant, etc. Também é interessante no livro a conclusão do autor sobre a versão da manipulação da Inglaterra na Guerra a favor dos aliados. A situação diplomática da Inglaterra com o Brasil nessa época estava ruim enquanto a do Paraguai estava se solidificando, contradizendo a ideia de uma influência da Inglaterra ao lado dos vencedores, por outro lado a Inglaterra lucrava com a Guerra fornecendo equipamentos e armas.

As partes que contam sobre a repressão de Solano contra conspiradores, a agressividade de Flores e do Conde D’Eu, a brutalidade das batalhas, a saga dos Voluntários da Pátria e a perseguição final a Solano também impressiona. É um livro de história mas eu indico para qualquer público.
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Moya2 04/10/2023

Um passado sombrio relatado precisamente
Uma obra completa e detalhada sobre o período sombrio que abalou o cone sul.
A verdade é que a América do Sul era uma terra recém saída das mãos colonizadoras, com um futuro potencialmente próspero, mas extremamente volátil e nas mãos de líderes questionáveis no trato diplomático.
A batalha em si, foi uma demonstração ímpar de equívocos de todos envolvidos, desde sua concepção, a logística envolvida (ou não), o sub aproveitamento dos navios e rios, as pífias estratégias repletas de reveses em ambos lados, e principalmente a dificuldade geográfica enfrentada na mobilidade das tropas terrestres.
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Erick.Kogikoski 20/04/2018

Principais partes do livro. Pequeno resumo que pode conter algum spoiler.
Embora na capa do livro sejam apresentados personagens de forma satírica, a descrição dos fatos no livro é realizada de forma séria e nos apresenta a gravidade do maior conflito da América do Sul, responsável por indicar os rumos futuros das nações até os dias de hoje, no Brasil não é muito comentada, mas está bem viva na memória do povo Paraguai, que a chama de guerra da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai).

A guerra não foi a luta pela conquista de um trono, por riquezas ou territórios, mas sim por conta de uma controvérsia gerada em torno da livre navegação na bacia da Prata, que envolvem os rios Uruguai e Paraná e já ocorria há muito tempo na região.

O início do livro nos traz a origem do Paraguai e seus governantes, em uma época onde o interior da América do Sul ainda estava sendo desbravado e algumas regiões sendo estabelecidas e delimitadas. Somos informados a respeito da independência do Paraguai e formação do seu governo, até a ascensão de Carlos López. Seu filho, Solano, viaja para a Europa e mantém boas relações com Napoleão III, além de conhecer sua futura amante Elisa Lynch.

De volta ao Paraguai, Solano López foi indicado pelo seu pai na tentativa de evitar uma guerra entre as províncias de Buenos Aires e Entre Rios, sendo distinguido por elevadas honrarias e o título de Pacificador.

Por volta do ano de 1864, Venâncio Flores começou a chamada “Cruzada Libertadora de Flores”, sendo auxiliado pelo barão de Tamandaré e sua frota que impuseram um bloqueio à Montevidéu, com o intuito de tomar o poder. Quando López soube, emitiu uma nota ao governo brasileiro definindo a manobra como um ato de guerra, na verdade Solano López estava com receio de perder o seu livre acesso à navegação na bacia do Prata, e, além disso, ele havia “confiscado” o navio Marquês de Olinda, do Brasil, que estava em passagem por Assunção rumo ao Mato Grosso, segundo relatos, continha uma carga preciosa, a tripulação, inclusive o chamado presidente do Mato Grosso, foram feitos prisioneiros e nunca mais retornaram para o Brasil.

Pouco tempo depois a Armada Brasileira e o exército de Venâncio Flores rumaram em direção a Paissandu, onde ocorreria a batalha mais encarniçada do período, em um ponto estratégico da bacia do Prata.

No mesmo período, Solano avançava um pequeno contingente de seu exército em território brasileiro, no Mato Grosso e um outro em direção ao Rio Grande do Sul, emitindo uma solicitação de passagem ao governo argentino, que foi negado. Já, para o almirante Tamandaré, a permissão para navegação no rio Paraguai havia sido autorizada. Neste momento, López também declara guerra em relação a Argentina, algo que ficou em sigilo pelo presidente para evitar revoltas em territórios próximos ao Paraguai, que poderiam aderir a López e não Mitre.

A ideia de Caxias era enviar um grupo de Voluntários da Pátria, de 9 a 10 mil homens para o Mato Grosso e recuperar o território avançando em direção ao Paraguai, no front sul, a esquadra comandada por Barroso avançou até Riachuelo, afundando algumas embarcações paraguaias e fazendo-a recuar até Humaitá.

Outro pequeno contingente de soldados, liderados por Estigarribia, chegaram em Uruguaiana e lá ficaram, principalmente devido às condições em que estavam, debilitados e sem recursos materiais, como roupas, alimentos, etc. Neste momento, se reunião nos entornos da cidade, Pedro II, Bartolomeu Mitre e Venâncio Flores, sendo conhecido como o encontro da Tríplice Aliança, na tríplice fronteira, conseguindo retomar a cidade.

A partir de então, o Mariscal ordenou a retirada de suas tropas, recuando e liberando a província de Corrientes, aparentemente, a guerra estava próxima do fim, pois, naqueles poucos meses de guerra, o Paraguai já havia contava com 21 mil mortos e 5 mil enfermos.
No começo de 1866, López começou os julgamentos de seus antigos subordinados, sendo condenados à morte, e alguns até mesmo sendo torturados.

A Aliança então adentra o território paraguaio e ocorre a maior batalha da América do Sul, a batalha à beira do lago Tuiuti, deixou mais de 4000 mortos para a Aliança e outros 4000 para o Paraguai.

Posteriormente, houve um encontro entre o presidente argentino, Mitre, o uruguaio, Flores e o Mariscal paraguaio, o representante brasileiro resolveu não participar da reunião, pois tinha recebido ordens de Pedro II para não manter relações com López. Nesse momento, temos uma conversa para chegar ao tratado de paz, com rendição e deposição de López, que era o único alvo e não o povo paraguaio. Solano tentou realizar um tratado apenas com Argentina e Uruguai, mas sem sucesso. Embora não tenha alcançado a paz, o tempo utilizado para esse encontro e negociações foi suficiente para que o Paraguai conseguisse recompor suas linhas em Curupaiti, o próximo e doloroso passo para a Aliança.

Com as perdas e a desorganização geradas nessa batalha, Pedro II conversou com o então marquês de Caxias, que desaprovava completamente o modo como estava sendo conduzida, especialmente em relação a Tamandaré.

No front brasileiro em Mato Grosso, foi enviado um contingente, que, embora tenha tido muitas perdas devido às doenças e dificuldades do trajeto, conseguiram chegar a Coxim, e posteriormente a Corumbá, onde capturaram e degolaram os 400 paraguaios sobreviventes.
López, que havia recuado bastante em território paraguaio, realiza um ataque surpresa em Tuiuti, na tentativa de prejudicar e atrasar as tropas aliadas, pois ele não queria que chegassem ao forte de Humaitá, seu principal ponto de defesa, sem sucesso, pois posteriormente a esquadra brasileira consegue avançar na perseguição ao Mariscal.
Os julgamentos e execuções por parte do líder paraguaio continuavam, sendo que ele chegou a prender sua mãe e irmãos, executando Benigno, o mais jovem, que tentou através de estratagemas tirar Solano do poder. A crueldade continuava, com o apoio do padre Fidel Maíz, que não poupava condenações.

Com a chegada de Caxias, ao longo de seus 63 anos, no front, a guerra toma um novo rumo, com a chamada manobra de Piquissiri, considerada uma das mais ousadas e estratégicas da guerra, é realizada uma tentativa de cerco às tropas paraguaias e dá início a Dezembrada, que em 27 de dezembro, consegue um avanço frontal e pelos flancos leste e oeste, derrotando completamente as forças paraguaias.

Após o sucesso dos ataques, Caxias retorna ao Brasil, não se preocupando em capturar o líder paraguaio, onde boatos diziam que ele fugira para a Bolívia, recebendo asilo, sendo que na verdade ele havia tomado o rumo de Cerro León, no departamento da Cordilheira. Em 1º de janeiro de 1869, as tropas aliadas marchavam sobre a capital paraguaia, realizando saques, arrobando portas de casa, arremessando documentos na rua. Neste momento não houve nenhuma consideração a disciplina militar, códigos de ética de guerra ou princípios da humanidade.

É designado então, por Pedro II, o Conde D’Eu, marido de princesa Isabel, para comandar a guerra e trazer Solano López, vivo ou morto, de preferência vivo, de modo diplomático, conforme a solicitação do imperador brasileiro. A princípio temeroso em relação a sua ida para a guerra, o Conde posteriormente foi reconhecido como um ilustre general por Deodoro da Fonseca.

No início de 1º de março, sob a liderança do general Câmara, soldados brasileiros empreenderam o ataque contra López, na beira do rio Aquidabã, ele foi perseguido pelo Cabo Francisco Lacerda, conhecido como Chico Diabo, que, de seu cavalo, arremessou sua lança e acertou Solano no baixo ventre, caindo de costas no rio. Os brasileiros bradaram para ele render-se, mas ele morreria pela pátria, com um tiro no peito, nisto, saquearam sua faca de prata com detalhes e cortaram sua orelha esquerda, que seria levada como “troféu”, outros tentaram saquear o corpo, apesar dos gritos de protesto do general Câmara.

O Brasil enviou 139 mil combatentes, onde 50 mil faleceram, a Argentina de 30 mil, 18 mil faleceram e o Uruguai de 5.000, mais de 3000 morreram. Já no lado paraguaia, as mortes chegaram a 80 mil (entre civis e militares), sendo que quase metade vítimas da fome e doenças, seria entre 15% e 20% da população do país.

Por fim, após tantas mortes e sofrimento, a livre navegação pela bacia da Prata foi alcançada, nenhum país teria mais prerrogativas especiais para circular em seus rios.
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Ramon M. Santos 18/02/2023

Os exércitos sofreram, viu...
Para conhecer a origem da Guerra do Paraguai, os principais acontecimentos, descrição das batalhas, agruras sofridas pelos exércitos, feitos e nomes de heróis e heroínas que reverberam até hj, recomendadíssimo!

Simrpatizei com o nosso rei. Conheci um pouco das manobras políticas para um presidente sempre se manter no poder.

Ah, a Baêa esteve sempre presente na guerra ?, a exemplo de nossa gloriosa Ana Néri.
Ramon M. Santos 27/03/2023minha estante
É ! onde tem ?




Thiago.Silva 17/09/2021

Que livro fantastico!!!!
A guerra do Paraguai contada de uma forma nunca vista!!!!nunca li nada parecido! Esqueci tudo que você viu sobre a guerra na escola.O autor faz um trabalho formidável contando a guerra do Paraguai sob detalhes desconhecidos da maior parte do publico, sob uma nova ótica(aquela história que a Inglaterra queria a guerra e o Paraguai so queria o desenvolvimentos o Brasil é o grande vilão bla,bla,bla.) , demonstrando muito bem as verdadeiras razoes para a guerra, bem como o conflito em si! 5 estrelas pra esse livro
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Tiarajú 24/04/2022

Excelente leitura
Ótimo livro, conta em detalhes o antes, o durante e o depois da Guerra do Paraguai versus a Tríplice Aliança. Interessante especialmente por conhecer figuras que conhecemos apenas de nomes de ruas, como General Osório, Duque de Caxias e Almirante Tamandaré. Mostra as muitas faces de Francisco Solano Lopez e até contesta a informação que se tornou verdade absoluta de que 80% da população paraguaia foi dizimada. Ainda assim, foram muitas vítimas de todos os lados. Uma excelente leitura.
Ramon M. Santos 24/10/2022minha estante
Também fiquei surpreso com os nomes que hj est presente por aí em


Ramon M. Santos 24/10/2022minha estante
... com os nomes que estão por aí em escolas e avenidas




Tieppo 05/04/2022

Bom livro para entender a Guerra do Paraguai
Um bom/ótimo livro. Traz várias fontes e detalhes, mas faltou um pouco mais das batalhas e dos equipamentos usados, mas traz a história antes da guerra, o que já traz um conhecimento da antiga América do Sul. E um livro fácil e tranquilo de ler, recomendo a leitura.
Ramon M. Santos 24/10/2022minha estante
Estou sendo, e gostaria da descrição das batalhas, mas vejo que não há. Mas estou gostando muito.




Pedro Ferrari 28/12/2023

Fundamental para quem quer entender a consolidação do Brasil como pais, e os pilares da queda da monarquia
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