Ouça a Canção do Vento / Pinball, 1973

Ouça a Canção do Vento / Pinball, 1973 Haruki Murakami




Resenhas - Ouça a canção do vento & Pinball 1973


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Murasakibara12 26/02/2020

O começo da saga
Diferente do 3o e do 4o volume da série essas duas novelas são mais pé no chão, sem contudo perder os elementos que causam estranheza... uma narrativa pelo boku, mas sobre o Rato
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arthur966 22/03/2020

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gostei muito do prefácio. murakami, ao contrário de muitos escritores (eu incluso), decidiu começar a escrever romances quando já era adulto. a história dele de como decidiu ser escritor me divertiu muito. ouça a canção do vento, apesar de ser seu primeiro trabalho, não deixa nada a desejar em questão de estrutura e narração, a escrita de murakami já nasceu perfeita. já pinball 1973 gostei um pouco menos; havia uma perceptível influência do kurt vonnegut, do mesmo tipo de influência que escritores iniciantes se valem quando começam, ou seja, um pouquinho excessiva. apesar de ser bem divertido, pimball 1973 parece que não sabe muito bem para onde vai. porém ainda assim os dois contos merecem ser lidos para conhecer a obra desse autor que eu só li quatro livros mas já está entre os meus escritores preferidos
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Carol2638 23/02/2021

Os primeiros trabalhos de Haruki Murakami
Os dois romances se entrelaçam, já que em ambos, abordam os dois personagens principais, o Rato e o narrador formado em Biologia. No primeiro, o narrador conta a sua história com seu amigo, o Rato, na maioria das cenas, se passam no bar do J. Já no segundo, há esse vai e vem nas historias individuais dos personagens principais. Algumas das vezes as histórias individuais de cada um passam pelo mesmo processo: a busca por um autoconhecimento, uma sede de mudança. A fissura pela máquina de Pinball do narrador assim como a ânsia do Rato de sair da cidade e abandonar a garota que se esforça pra gostar dele e que ele acabou se apaixonando. Os dois sentem que estão estagnados na vida e bate aquela sensação de que precisam de algo novo em suas rotinas monótonas. Aparentemente, para o narrador, sua vontade passa após a longa e, talvez perigosa, jornada atrás da maquina de Pinball, que ele bate um record e de repente some de sua vida. Já para o Rato, a jornada está apenas começando.
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Jader 18/05/2020

Minha primeira experiência com o autor e foi bastante agradável. Duas pequenas novelas que se complementam, uma escrita fluida e um quê de originalidade muitoooo bacana desde o primeiro livro!
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Júlia 28/06/2020

Eu amei a primeira parte, ele conseguiu ser muito singular. Os diálogos me encantaram e não sei se foi só eu mas parecia um relato de sonho não sei se tem sentido?! Mas recomendo bem legal ??
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Wynícius 08/08/2020

Eu por um tempo evitei ler esse livro, achei que eu não iria gostar tanto assim por ser o primeiro trabalho do Murakami. Porém, já no prefácio eu estava em lágrimas e assim eu tive a certeza que muito dificilmente eu vou me decepcionar com algo que ele venha a escrever.
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vick 08/08/2020

Os dois primeiros livros de murakami , que compõem a trilogia do rato, possuem o clima onírico que permeia sua obra. Nos dois, um narrador vive o começo da vida adulta enquanto tenta se agarrar a pequenas coisas que tragam sentido, seja por meio de relacionamentos breves ou na busca por uma máquina de pinball. Achei ouça a canção do vento superior a pinball, que demora a se desenvolver.
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Paulote 15/08/2020

Pô, Murakami...foi mal
Li tudo do cara, pelo menos tudo que saiu no Brasil. Gosto muito mesmo. Universos surreais mas interessantes, embora muitas vezes eu me questione, ao terminar seus livros, como foi que aguentei tanta doideira.
Mas essas duas novelas, sinceramente, sei duas estrêlas em consideração à admiração que tenho pelo escritor.
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ana.clofa 05/10/2020

Não sei bem o que pensar...
Na verdade, a primeira coisa que eu pensei quando terminei ambas as novelas foi: eu não recomendaria esse livro para quem nunca leu Murakami.

Você pode se perguntar: Ana Clara, é um livro tão ruim assim? E eu te digo, não, não é um livro ruim. Mas são histórias que você só irá apreciar minimamente já tendo um conhecimento prévio de como são as obras do Murakami. É o que eu penso, pelo menos.

"Ouça a canção do vento" foi bem mais proveitoso para mim e apesar de acontecer pouquíssima coisa e não ter me afeiçoado ao personagem principal, achei bem interessante a história.

Já "Pinball, 1973" foi bem diferente. Primeiro que o pinball de fato, mesmo aparecendo como destaque na sinopse da novela, só aparece nos capítulos finais e eu não achei que foi o ponto mais interessante da história. Outra coisa é que não curti os pontos de vista do Rato, eu queria acompanhar sempre a história do tradutor. Aliás, a história do tradutor intercalada com a do Rato ficou muito desconexa. É curioso para mim, porque mesmo estando acostumada com o mundo desconexo do Murakami senti que nessa novela tudo foi desconexo até demais. A história começa de um jeito e termina de outro completamente diferente. E devo admitir que eu estava gostando bem mais no início.

Mas enfim, são boas novelas que creio que vão ser mais proveitosas para leitores prévios do Murakami e que querem ler todas as suas obras. Mas iniciar com essa aqui, eu já não diria que é um boa ideia.
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Wagner Rezende 12/10/2020

O nascimento da era Murakami
Esse livro contém as duas novelas inicias de Murakami.... Esse não foi o meu primeiro contato com o autor, já li muitos livros do Murakami antes de ler "Ouça a Canção do Vento /Pinball 1973". Mas, é muito importante voltar as origens e entender como surgir o nascimento da escrita de Murakami. Não vou me atentar a história, isso qualquer um pode procurar em um resumo, mas ressalto que é um excelente livro. Mas, na minha opinião, acredito que para um leitor de primeira viagem não deve ser apreciado como a primeira obra de Murakami. Indicaria outras obras de Murakami, antes de iniciar a leitura desse livro.... Sugestões de outros livros de Murakami: "1Q84", "Nowegian Wood", "Crônica do Pássaro de Corda", "O Incolor Tsukuru Tazaki e Seus Anos de Peregrinação"......
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ana 14/01/2021

Resenha || @onlysafehaven
?No mundo não tem gente forte de verdade. O que tem é gente que sabe fingir que é forte.?

? Essa edição reúne as duas primeiras novelas do autor, que fazem parte da triologia (ou tetralogia?) do Rato e traz um prefácio maravilhoso onde o próprio Murakami fala sobre como começou a escrever.

? As novelas são curtas, e já carregam vários elementos bem característicos da escrita do autor. A primeira foca em um estudante, que está de férias em sua cidade natal e passa os dias bebendo na companhia do seu amigo, Rato, e relembrando de seus relacionamentos. Enquanto a segunda, "Pinball, 1973" traz a vida de um tradutor obcecado por uma máquina de Pinball.

? Não tenho o hábito de ler novelas, então, sempre que leio acabo estranhando um pouco, mas como sempre o autor entregou um trabalho incrível. Haruki Murakami, é, sem dúvidas, o meu autor contemporâneo favorito.
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Paulo 19/01/2021

Muito bom
As duas histórias são muito boas, não é o melhor do Murakami mas é uma ótima experiência. Não recomendo como um livro para começar a ler Murakami porque é aqui que ele está construindo as bases dele, mas é uma leitura essencial para quem quer conhecer mais dele. Não pule o prefácio.

Estou muito curioso para continuar a trilogia do Rato com Caçando Carneiros e Dance Dance Dance.

A edição de 30 anos da Alfaguara está muito boa
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Radamila 29/01/2021

Essas duas histórias refletem o começo da carreira de Murakami e sua aventura de aprender a escrever.
Apesar de ter uma escrita que parece melancólica, não consigo desistir nem achar ruim. Ambas as histórias falam de encerramentos e novas possibilidades para o futuro, e como a percepção desses momentos afeta às personagens.
Recomendo a leitura, mas não espere um final feliz ou arrebatador.
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João Moreno 26/12/2016

A Inconfundível Escrita de Murakami

Projeto “Evite o Emburrecimento durante as Férias Acadêmicas.

“(...) Mas acho que, se for pra escrever, melhor que seja, no mínimo, alguma coisa edificante pra você mesmo. Senão não faz sentido. Não é?” (p. 103).

Quando, lendo um livro de Murakami, me perguntam: “sobre o que se trata esse livro?”, demoro muito a responder. O pior: depois de muito pensar, a resposta que chega aos meus ouvidos não me agrada em nada. Para mim, desde 'Minha Querida Sputinik', meu primeiro livro dele, sempre foi difícil caracterizar a temática de suas obras.

Pergunto-me: seria uma exclusividade minha?

Haruki Murakami, parte da atual leva de escritores contemporâneos da literatura japonesa, é dono de uma “voz particular, única na língua japonesa”, segundo o próprio autor.

Voz de difícil caracterização que, de acordo com o livro '501 Grandes Escritores', define-se em sua “prosa coloquial, com pendor para o bizarro (…) e tendências diversas quanto ao Realismo Mágico e Ciberpunk”. (p. 608).

“Naquela época, eu acreditava sinceramente que, convertendo tudo em números desse jeito, conseguiria comunicar alguma coisa às outras pessoas. E que ter algo pra comunicar seria uma prova definitiva da minha existência”. (p. 85).

Ainda sobre esse estilo de escrita, que bebe no surrealismo, talvez os textos "Murakamianos" se pautem realmente no absurdo, que se mesclam às indissociáveis metáforas. Metáforas essas, nas palavras do autor, dotadas de ritmo próprio e construídas através de características únicas.

“Às vezes o dia de ontem parecia o ano anterior, ou o ano anterior se confundia com o dia de ontem. Nas horas mais graves, o ano seguinte se confundia com o dia anterior (…) Por muitos meses, por muitos anos, permaneci assim, sentado sozinho no fundo de uma piscina profunda. A água morna, a luz suave, o silêncio. O silêncio... (p.154).

Ainda sobre esse estilo, e aqui a repetição se faz necessária, Stephen Yeager, doutor em Literatura Inglesa, complementa: “fica sempre a impressão de que o que está ausente não foi perdido - na verdade, nunca se apresentou”.

“(...) traçava novamente seu caminho, retornado ao seu próprio mundo. Nesse caminho de volta, uma tristeza nebulosa sempre invadia seu peito. Aquele mundo que esperava seu retorno era vasto demais, poderoso demais, e ali ele não encontrava nenhum lugar para se refugiar.” (p. 170).

'Ouça a Canção do Vento' e 'Pinball 1973' são duas novelas que compõem os primeiros escritos de Murakami. Duas narrativas intercaladas que confundem:

“Em 1970, quando eu e o Rato passávamos os dias bebendo cerveja no J's Bar, (...)” (p. 210).

Talvez nestas duas obras não haja um temática protagonista: o cotidiano assume tons, a incerteza do futuro dita ritmos, a nostalgia, principalmente ela, assume formas:

“Um belo dia nosso coração se prende em alguma coisa. (…) Por dois ou três dias fica perambulando pelo nosso coração, depois volta pra escuridão de onde surgiu. Há poços profundos escavados nos nossos peitos. Pássaros cruzam o ar sobre eles”. (p. .210).

E a solidão permanece como marca indelével de suas linhas:

“Você não se sente sozinho, mesmo? - perguntou ela, mais uma vez, no fim. Enquanto eu procurava uma boa resposta, o trem chegou”. (p. 209).

E tão difícil quanto caracterizar as obras de Murakami, comentá-las tornou-se atitude ingrata: escrever sobre o que foi lido é como tentar agarrar com mãos enluvadas a brisa que sopra num longínquo verão. Ou então tentar descrever as sensações trazidas pelo acariciar do vento numa tarde distante.

A sensação que fica é a do toque das palavras. Da certeza que ali, em alguns - muitos - momentos, sentimentos foram despertos. E, na tentativa de atentar-se para estes, sobra-me um vazio. Ou o escape das palavras na memória; palavras, seus significantes e significados.

Fica também a sensação de me enxergar em seus personagens, suas contradições e dilemas:

“(...) Diversos perfumes passara suavemente pelo seu nariz e desapareceram. Foram muitos sonhos, muitas tristezas, muitas promessas. No fim, tudo desaparece”. (p.189).

E não importa quão marcante tenha sido a passagem de pessoas em nossas vidas. No final, Ela, a vida, sempre segue.

E como diria o próprio Murakami na primeira linha de Ouça a canção do Vento:

“Não existe nenhum texto perfeito. Assim como não existe desespero perfeito”
(p. 21).

É a sensação que fica ao tentar narrar o inenarrável, transcrever o 'intranscrevível”. Sentimentos estes, para mim, ligados de maneira inconfundível às obras de Murakami,

“Vendo de longe (…) qualquer coisa fica bonita”. (p. 208).

site: https://literatureseweb.wordpress.com/
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