Ouça a Canção do Vento / Pinball, 1973

Ouça a Canção do Vento / Pinball, 1973 Haruki Murakami




Resenhas - Ouça a canção do vento & Pinball 1973


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Andre.28 27/01/2022

Romance na mesa da cozinha: a estréia de Haruki Murakami
As narrativas do escritor japonês Haruki Murakami são recheadas de uma linguagem simples, com atmosfera de mistério, realismo fantástico e simbolismo melancólico diante de uma realidade de solidão e dilemas. Em “Ouça a Canção do Vento & Pinball, 1973” Murakami, a primeira narrativa escrita por ele, não foge dessas características. O livro é separado em duas partes, sendo o primeiro (Ouça a Canção do Vento) um conto mais curto, e o segundo (Pinball, 1973) uma espécie de continuação do primeiro. Escritas em 1978 e 1979 respectivamente, essas duas histórias foram reunidas em um livro e publicadas em 1980, dando início a careira literária de Murakami.

“Ouça a Canção do Vento” é típico romance de curta duração, que se assemelha a uma novela. A história em si aborda a vida de um narrador sem nome ao longo de poucos dias de suas férias de verão da faculdade no começo dos anos 1970. Narrado em primeira pessoa com capítulos curtos, esse narrador passa grande parte do seu tempo com seu melhor amigo, o Rato, e com J., barman e dono do J’s Bar, onde os três passam as noites bebendo e conversando. “Pinball, 1973” apresenta uma versão mais longa e surrealista que tanto vai marcar as narrativas do Murakami. Um ponto em comum entre as duas histórias (além dos personagens) é o romance sobre a solidão dos três personagens, especialmente nos relacionamentos com mulheres.

Murakami escreveu esse romance na mesa da cozinha, à mão, ainda quando estava trabalhando no seu bar. Após surpreendentemente ganhar um concurso de um suplemento revista literária, decide vender seu negócio e passar a viver exclusivamente de sua escrita. O livro é considerado o primeiro da “Trilogia do Rato” (que incluem outros dois livros: Caçando Carneiros e Dance, Dance, Dance) e aborda a vida do narrador sem nome, sempre narrado em primeira pessoa, e sempre com a aparição do personagem "Rato". O livro exala melancolia e simbolismo, com doses generosas de realismo fantástico e surrealismo. Murakami nesse livro nos traz uma história fragmentada, bem crua, mas sem deixar de extrair as angústias e dilemas da solidão humana dando o seu toque de sensibilidade para o exercício das pequenas coisas.
Katia Rodrigues 25/02/2023minha estante
Parabéns pela resenha!
Tô precisando fazer as pazes com Murakami. Amei Caçando Carneiros e Do que eu falo quando falo de corrida, porém abandonei Homens sem mulheres e peguei ranço do autor, mas pretendo dar uma segunda chance ao nosso relacionamento ?




Thaisa 08/02/2022

As primeiras novelas de Murakami: realismo e introspecção
O projeto #Murakamando do Livre em Livros começou oficialmente, e li as duas primeiras novelas de Haruki Murakami: "Ouça a Canção do Vento" e Pinball, 1973".
Na primeira, conhecemos a vida e a rotina de um narrador sem nome, nos contando sobre histórias que aconteceram com ele na década de 70 - suas idas ao J's Bar e suas conversas com seu amigo Rato, que gostaria de ser escritor e ama ouvir histórias (inclusive, esta é a primeira de muitas histórias com o Rato!), além de falar sobre as lembranças das namoradas que teve e seu relacionamento com uma garota que ele encontrou caída no bar e que não tem o dedo mindinho.
Já em "Pinball, 1973", a história se alterna entre pequenos trechos que nos permitem conhecer mais do Rato, e o foco em nosso narrador, o mesmo da novela anterior, alguns anos no futuro, contando sobre o seu dia-a-dia como tradutor, morando com duas irmãs gêmeas e viciado em pinball.
As duas novelas são extremamente realistas, permitindo que o leitor observe a vida desse narrador com seus medos, inseguranças, traumas, desejos, vícios e virtudes.
É verdade que eu gostei mais da primeira história do que da segunda: a primeira me trouxe mais impacto e foi possível perceber que a maneira que Murakami escreve é especial - simples, porém poderosa, tocando na ferida do leitor, no que nos entedia e no que nos traz memórias de uma vida há muito vivida. Já na segunda, apesar dele utilizar o vício como uma válvula de escape e tentar amortecer, a qualquer custo, seus sentimentos, o protagonista em si não funcionou tanto pra mim, mesmo sendo o mesmo - apesar dele ser apático nas duas histórias, sinto que Murakami também passou por um processo de descobrir que voz usar para esse narrador, o que gerou certa discrepância.
É importante lembrar que esses são os primeiros escritos do autor; tanto que, sendo sincera, o que mais me fascinou foi o prefácio de "Ouça a Canção do Vento", onde conhecemos mais da vida de Murakami na época em que ele decidiu escrever essas novelas, assim como sua motivação e, mais do que tudo, como foi o seu processo de criação e escrita no início, e como foi o avanço do que hoje conhecemos como as narrativas típicas de Haruki: simplórias, mas cheias de metáforas e analogias; fáceis, mas densas; e que apresentam um novo viés do realismo mágico, mas que começaram aqui, com novelas realistas, pautadas no cotidiano.
Foi minha melhor experiência com o autor? Não. Mas valeu a pena para entender mais sobre o início de sua grandiosa carreira.

Mais resenhas no instagram literário @livre_em_livros e no canal do Youtube "Livre em Livros"!
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Dani do Book Galaxy 15/02/2020

Deve ser muito legal sentar no bar e bater um papo com o Murakami
Achei muito bacana conhecermos as primeiríssimas novelas do Murakami, tal e qual ele as escreveu. Aliás, recomendo fortemente que leiam o prefácio, pois nele o autor conta como foi o processo de escrita dessas duas novelas - e isso enriquece demais a leitura.

Em ambas as novelas, conseguimos já sentir a sensibilidade e o estilo tão típico de Murakami que o consagrou com seus outros romances. Sua objetividade e descrições que nos fazem ver, sentir e quase tocar as cenas descritas já aparecem aqui, mesmo nessas novelas escritas quando ele não tinha nenhuma experiência como escritor.

Apesar de não ter achado as duas novelas incríveis (como 1Q84, em minha opinião), algumas descrições me marcaram fundo, e consegui me sentir próxima das personagens das novelas. Por alguns dias, estive no Japão, enchendo a cara de uísque e cigarros, passando as férias em uma cidadezinha pequena, ficando obcecada por um Pinball.

Quero ler mais obras do Murakami, depois desse!
Ah, e 1.000.000 de pontos positivos para a editora Alfaguara pelo capricho fenomenal nessa edição. Que capa perfeita, diagramação confortável e bonita, um trabalho gráfico impecável mesmo!

site: https://bookgalaxy.com.br/
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clara.vega 25/04/2023

Novelas de mesa de cozinha
O livro traz uma narrativa do cotidiano de diferentes personagens, como rato, de uma maneira muito bem escrita, com um toque melancólico que torna a trama mais interessante. ao ver os personagens perdidos no ramo de suas vidas, seja por uma mulher ou por uma máquina de pinball, tudo é muito bem abordado em uma escrita coesa. esse livro me fez ter interesse na maneira de escrita desse autor, que estou começando a conhecer e recomendo para iniciar o caminho pelas obras de Narukami.
bru reich 25/04/2023minha estante
me deu vontade de ler!!




Ãnimo Total 27/04/2021

H Murakami
As dores e as dúvidas de não saber por onde começar as mudanças.
Amor e Amizade.
Gostei de ambas as novelas.
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Jader 18/05/2020

Minha primeira experiência com o autor e foi bastante agradável. Duas pequenas novelas que se complementam, uma escrita fluida e um quê de originalidade muitoooo bacana desde o primeiro livro!
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Nicolas388 11/12/2022

"[...] todos estavam desesperados para contar algo a alguém"
O livro foi, para mim, como dar uma nova chance ao Murakami. E fico feliz de ter lhe dado essa chance. A figura desse autor havia me hipnotizado após ver alguns vídeos da Ted sobre ele, então quando li "Homens sem mulheres" e odiei os enredos, porém amei a escrita, e saí com esses sentimentos conflitantes, essa imagem do Murakami havia se apagado em mim. Não é como se ele, agora, tivesse se tornado um favorito, mas estou ansioso para ler a continuação desse livro (que é uma tetralogia) e conhecer mais de sua obra.

Os enredos das duas novelas são bem simples e, ainda assim, complicados e emaranhados entre si.

A primeira é mais fragmentada e experimental, narrativamente (eu adoro). Há capítulos sobre um escritor inventado, conversas de bar do protagonista com seu amigo Rato, transcrições de falas de uma rádio, encontros misteriosos com uma mulher com nove dedos... Embora o protagonista-narrador nos dê, logo no início, um limite de quando se passa a história (18 dias), a impressão que fica é de algo não-linear. Voltando às vezes para recordações do passado, o presente avança em saltos congruentes. Seria difícil dizer se passaram-se minutos, horas, dias, meses ou anos entre os capítulos.

A segunda novela, que se passa em quatro anos, me pareceu mais cronológica. O protagonista é o mesmo, porém é difícil ligar sua vida atual com a que vivia na primeira novela. Seu trabalho, relacionamentos, sua casa, suas mentiras, tudo é muito distinto daquele primeiro mundo; apenas seu passado com Rato e o bar parecem remeter ao outro relato. Embora a tenha começado com o mesmo entusiasmo e deslumbramento com que terminei a primeira, ela se tornou um pouco maçante e até clichê do meio para o fim. Tirando isso, é possível notar uma centelha do estilo surreal pelo qual o autor é conhecido.

Uma cena que representa bem isso é quando, na segunda novela, o protagonista chega em casa e fica preocupado de não achar as irmãs gêmeas com quem dividia o local. Depois de refletir sobre a solidão e encontrar um bilhete informando que elas haviam ido ao campo de golfe, ele fica preocupado (afinal, são lugares perigosos, "você nunca sabe quando uma bola pode voar na sua direção"). Ele sai e as encontra sentadas lado a lado de uma escada rolante numa colina, no meio do nada, jogando gamão. Que imagem absurda!

E o que falar das músicas! Ao longo do texto, Murakami recomendará e sempre citará canções que estarão tocando ao fundo ou até mesmo na memória dos personagens. Elas são mais do que apenas referências ou acréscimos desnecessários. A música é inerente da escrita de Murakami. Jazz. Beethoven. Beatles. Ela soa nas entrelinhas e dá sentido a tudo que foi e não contado.
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João Moreno 26/12/2016

A Inconfundível Escrita de Murakami

Projeto “Evite o Emburrecimento durante as Férias Acadêmicas.

“(...) Mas acho que, se for pra escrever, melhor que seja, no mínimo, alguma coisa edificante pra você mesmo. Senão não faz sentido. Não é?” (p. 103).

Quando, lendo um livro de Murakami, me perguntam: “sobre o que se trata esse livro?”, demoro muito a responder. O pior: depois de muito pensar, a resposta que chega aos meus ouvidos não me agrada em nada. Para mim, desde 'Minha Querida Sputinik', meu primeiro livro dele, sempre foi difícil caracterizar a temática de suas obras.

Pergunto-me: seria uma exclusividade minha?

Haruki Murakami, parte da atual leva de escritores contemporâneos da literatura japonesa, é dono de uma “voz particular, única na língua japonesa”, segundo o próprio autor.

Voz de difícil caracterização que, de acordo com o livro '501 Grandes Escritores', define-se em sua “prosa coloquial, com pendor para o bizarro (…) e tendências diversas quanto ao Realismo Mágico e Ciberpunk”. (p. 608).

“Naquela época, eu acreditava sinceramente que, convertendo tudo em números desse jeito, conseguiria comunicar alguma coisa às outras pessoas. E que ter algo pra comunicar seria uma prova definitiva da minha existência”. (p. 85).

Ainda sobre esse estilo de escrita, que bebe no surrealismo, talvez os textos "Murakamianos" se pautem realmente no absurdo, que se mesclam às indissociáveis metáforas. Metáforas essas, nas palavras do autor, dotadas de ritmo próprio e construídas através de características únicas.

“Às vezes o dia de ontem parecia o ano anterior, ou o ano anterior se confundia com o dia de ontem. Nas horas mais graves, o ano seguinte se confundia com o dia anterior (…) Por muitos meses, por muitos anos, permaneci assim, sentado sozinho no fundo de uma piscina profunda. A água morna, a luz suave, o silêncio. O silêncio... (p.154).

Ainda sobre esse estilo, e aqui a repetição se faz necessária, Stephen Yeager, doutor em Literatura Inglesa, complementa: “fica sempre a impressão de que o que está ausente não foi perdido - na verdade, nunca se apresentou”.

“(...) traçava novamente seu caminho, retornado ao seu próprio mundo. Nesse caminho de volta, uma tristeza nebulosa sempre invadia seu peito. Aquele mundo que esperava seu retorno era vasto demais, poderoso demais, e ali ele não encontrava nenhum lugar para se refugiar.” (p. 170).

'Ouça a Canção do Vento' e 'Pinball 1973' são duas novelas que compõem os primeiros escritos de Murakami. Duas narrativas intercaladas que confundem:

“Em 1970, quando eu e o Rato passávamos os dias bebendo cerveja no J's Bar, (...)” (p. 210).

Talvez nestas duas obras não haja um temática protagonista: o cotidiano assume tons, a incerteza do futuro dita ritmos, a nostalgia, principalmente ela, assume formas:

“Um belo dia nosso coração se prende em alguma coisa. (…) Por dois ou três dias fica perambulando pelo nosso coração, depois volta pra escuridão de onde surgiu. Há poços profundos escavados nos nossos peitos. Pássaros cruzam o ar sobre eles”. (p. .210).

E a solidão permanece como marca indelével de suas linhas:

“Você não se sente sozinho, mesmo? - perguntou ela, mais uma vez, no fim. Enquanto eu procurava uma boa resposta, o trem chegou”. (p. 209).

E tão difícil quanto caracterizar as obras de Murakami, comentá-las tornou-se atitude ingrata: escrever sobre o que foi lido é como tentar agarrar com mãos enluvadas a brisa que sopra num longínquo verão. Ou então tentar descrever as sensações trazidas pelo acariciar do vento numa tarde distante.

A sensação que fica é a do toque das palavras. Da certeza que ali, em alguns - muitos - momentos, sentimentos foram despertos. E, na tentativa de atentar-se para estes, sobra-me um vazio. Ou o escape das palavras na memória; palavras, seus significantes e significados.

Fica também a sensação de me enxergar em seus personagens, suas contradições e dilemas:

“(...) Diversos perfumes passara suavemente pelo seu nariz e desapareceram. Foram muitos sonhos, muitas tristezas, muitas promessas. No fim, tudo desaparece”. (p.189).

E não importa quão marcante tenha sido a passagem de pessoas em nossas vidas. No final, Ela, a vida, sempre segue.

E como diria o próprio Murakami na primeira linha de Ouça a canção do Vento:

“Não existe nenhum texto perfeito. Assim como não existe desespero perfeito”
(p. 21).

É a sensação que fica ao tentar narrar o inenarrável, transcrever o 'intranscrevível”. Sentimentos estes, para mim, ligados de maneira inconfundível às obras de Murakami,

“Vendo de longe (…) qualquer coisa fica bonita”. (p. 208).

site: https://literatureseweb.wordpress.com/
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Jean 29/01/2021

Um autor em construção
Eu soube que esses eram os primeiros do Murakami somente após o fim de Caçando Carneiros.
Realmente a escrita desses dois primeiros romances e diferente do terceiro.
Somos apresentados ao nosso personagem principal sem nome é ao Rato.
Em Ouça a Canção do Vento, acompanhamos como os dois se conhecem e como a amizade deles era muito boa.
Em Pinhal, 1973; o Rato e o sem nome vivem suas vidas separados, cada um em um canto resolvendo os problemas que se seguem dia após dia.
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sara320 23/10/2022

você ouve a canção do vento?
ouça a canção do vento é um dos livros mais transparentes do murakami, bom de ler, creio eu, após ter contato com algumas de suas obras - percebi que o escrito funciona como base para muitas delas (há referências à crônica do pássaro de corda, caçando carneiros, sono, o elefante desaparece?); valeu muito a pena, mas acabei enrolando muito durante a leitura, a obra gera um incômodo existencial tão grande que, mesmo a mastigando ainda somos capazes de sentir aquelas pontadas que só o nosso japonês dá na alma.
ótimas indicações musicais e ambientação.
não virou um dos meus preferidos, mas me fez sentir muito mais próxima do murakami. entrar em contato com sua base só me fez virar mais fã ainda.
?então eu larguei o pinball. quando a hora chega, todo mundo larga o pinball. foi só isso, nada mais?.
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ana 14/01/2021

Resenha || @onlysafehaven
?No mundo não tem gente forte de verdade. O que tem é gente que sabe fingir que é forte.?

? Essa edição reúne as duas primeiras novelas do autor, que fazem parte da triologia (ou tetralogia?) do Rato e traz um prefácio maravilhoso onde o próprio Murakami fala sobre como começou a escrever.

? As novelas são curtas, e já carregam vários elementos bem característicos da escrita do autor. A primeira foca em um estudante, que está de férias em sua cidade natal e passa os dias bebendo na companhia do seu amigo, Rato, e relembrando de seus relacionamentos. Enquanto a segunda, "Pinball, 1973" traz a vida de um tradutor obcecado por uma máquina de Pinball.

? Não tenho o hábito de ler novelas, então, sempre que leio acabo estranhando um pouco, mas como sempre o autor entregou um trabalho incrível. Haruki Murakami, é, sem dúvidas, o meu autor contemporâneo favorito.
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Jéssica Fernandes 17/03/2022

A primeira novela é ótima, li muito rápido. Super bem conduzida e com enredo envolvente, cheio de detalhes! Agora a segunda? Achei um pouco chata -pra não dizer um porre- enrolei bastante pra terminar.

Eu AMO ler Murakami mas esse não vai entrar pra lista de favoritos.
Lucia.Aoto 06/02/2023minha estante
Tô sentindo a mesma coisa, a primeira história eu li mega rápido, assim como qualquer outro livro do Murakami que já. Mas o Pinball 1973.... Nossa tá sendo bem chatinha (só na parte das gêmeas que eu acho engraçado) kkkkk




Filipe 23/02/2020

Murakami à Beira-Mar
Já em seu primeiro livro Murakami exercita seus traços caricatos: um personagem entediado, encontros fortuitos, buscas pelo sentido da vida e desencontros existenciais. O livro comporta duas histórias dos mesmos personagens, acompanhando eles em momentos diferentes de suas vidas e apontando como lidam com as aleatoriedades cotidianas e as resolvem.
Se você já leu algum livro do Murakami, já conhece a fórmula dele e, se gostou, pode ler esse livro sem medo. Além disso, o design é belíssimo, com o degradê da capa percorrendo os cantos das páginas num acabamento surreal. Só pela estética do livro já valeria a pena comprar e prestigiar a Alfaguara por se superar nessa, mas seu conteúdo é sensacional também.
Vá sem medo, permita-se e depois vá ouvir um Beatles para esquecer da angústia de viver.
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_Du_ 02/07/2021

Uma conquista...
Gostei bastante... A forma despreocupada de escrever, como se tivesse contando uns causos quaisquer aleatórios, faz com que não percebamos que estamos sendo conquistados, a história vai te dominando, te enfeitiçando, e daqui a pouco você está triste com partidas, e empático com cada personagem. Gostei mais de ouça a canção do vento. Mas ambas as leituras valem a pena.
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