Malagueta, Perus e Bacanaço

Malagueta, Perus e Bacanaço João Antônio
João Antônio




Resenhas - Malagueta, Perus e Bacanaço


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JosA225 01/01/2024

Malagueta, Perus e Bacanaco
Livro que mostra o submundo paulistano a noite. Três jogadores de sinuca desesperados em arrumar novos otários que caiam em seus golpes. Dormem de dia e saem a noite para buscar dinheiro. Usam golpes desonestos para garantir a sobrevivência.
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Rachel.Oliveira 27/12/2023

Muito tocante
O professor pediu para lermos somente o conto que dá título ao livro, mas eu fui besta e achei que era pra ler tudo. Com a correria de final de semestre, deixei ser uma leitura maçante (o que não foi no começo).
Adoro minha cidade e foi lindo de ver elementos dela nos contos, além disso, o autor abordou bastante a figura do malandro e foi bem interessante de ver esse lado, me lembrou até o Zé Pilintra - entidade da Umbanda - e foi bem interessante.
Leitura ótima, abre a mente. Só não dou 5 estrelas pois me enrolei para terminar já que a faculdade estava bem caótica.
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Bia 16/12/2023

Lindo, irreverente, sensível e malandro
Gostei muito desse livro por 2 motivos: a escrita não é só antiga, ela é a escrita daquele ambiente retratado no livro. As gírias são próprias das mesas de sinucas dos bares de toda a cidade, e a cadencia das palavras é deliciosamente elaborada pelo autor.

O segundo motivo é que ele é bem realista a respeito do papel das mulheres na vida de um homem nessa época. É dolorido mas eu acho bom que o autor não tenha mascarado isso. Tira um pouco do romantismo desse cenário boemio do livro.
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EsaA.Brilhante 14/02/2023

Um marco na literatura brasileira. Se a segunda geração modernista trazia consigo uma reminiscência do Brasil colonial, das estruturas do antigo regime, do latifúndio ao sertão, das fazendas de Cacau os Cana, o conto em prosa a partir dos anos 60, com o processo de industrialização tardia, vão se ver de frente as contradições do capitalismo tardio. Não à toa estreiam em 1963 os dois primeiros nomes do conto urbano, Rubem Fonseca com Os Prisioneiros e João Antônio com Malagueta, Perus e Bacanaço, o primeiro no Rio o segundo em São Paulo.
Ao passo que Foncesa é um necrofilo intelectualista que com seu brutalidmo rasga o tecido entre as classe populares médias e altas no seu turbilhão anárquico e pulsiinal, João Antônio centraliza o proletário, onde não há drama(ou conflito) com outras pessoas, mas as contradições das instituições, quartel, empresa, governo. Assim, apenas na boêmia o trabalhador consegue se realizar, pois em toda parte seu trabalho é alienado, e ele busca o gozo aflito, sendo a estrutura de escrita uma prova disso, as palavras cuspidas, rápidas, quase que uma puxada de ar pra pegar fôlego no pulmão.
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Allisson 02/06/2021

Não gostei.
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Gabriela 26/10/2017

Eu realmente entendo porque este livro está na lista da Bravo dos 100 essenciais da Literatura Brasileira e porque ganhou dois prêmios Jabuti no ano em que foi lançado. Mas sabe aquele livro sucesso de crítica que simplesmente não faz seu estilo? Pronto, foi esse o caso. Também entendo que o estilo do autor, que utiliza a linguagem da periferia, dos malandros, com frases curtas, repetições, tenha sido bem inovador na época. Mas lido agora, o livro não tem o mesmo impacto.

Os contos, 9 no total*, retratam a vida daqueles que vivem na periferia, dos moleques que ganhavam trocados engraxando sapatos no centro de São Paulo e dos malandros jogadores de sinuca. A primeira parte, chamada Contos Gerais, tem 3 contos cujos protagonistas são homens que vivem nos bairros pobres de São Paulo, mas não são os malandros. A segunda parte, Caserna, tem 2 contos com foco nos soldados. Essas duas partes juntas representam um terço do livro e achei que os contos foram ok, não eram exatamente o que gosto de ler, mas não achei ruins.

Os outros 4 contos da terceira parte, chamada Sinuca, é que não foram muito legais, com exceção do primeiro, Frio, que foi o melhor do livro. O mais chato foi o maior (um terço do livro somente para ele) e que dá nome ao livro. Tive que me forçar a terminá-lo, não podia abandonar o conto mais importante do livro, né? Francamente, eu estava pouco me importando com o que ia acontecer aos três malandros, jogadores de sinuca, que dão nome ao conto e ao livro.

Resumindo, se você estuda literatura, se gosta de escrever ou qualquer coisa parecida, você deve ler o livro para poder ver o estilo único do autor. Porém, se não for o caso, leia o conto Meninão do Caixote, que é um conto de transição entre os anteriores e a malandragem pura de Malagueta, Perus e Bacanaço. Se gostar, deve gostar do restante; se não gostar, provavelmente não gostará do resto, então avalie bem se vai querer se "arriscar".

* Na edição de bolso da Cosac Naify. Segundo a editora, eles usaram como base a edição de 1975, que foi a última revista pelo autor.

site: https://bibliomaniacas.blogspot.com.br/
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r.morel 31/08/2017

Resenha Telegráfica
Olá, meu parceirinho! Está a jogo ou está a passeio? O melhor do livro de contos “Malagueta, Perus e Bacanaço” (1963) é o conto homônimo sobre três cobras na sinuca que vagam por São Paulo entre a curriola e viradores: os malandros os malandrinhos os malandrecos.

Trecho: “ Era escandaloso. Bacalau estava perdendo a linha que todo malandro tem. Não se faz aquilo na sinuca. Vá que se faça dissimulada, trapaça, até furtos de pontos no marcador. Certo, que é tudo na malandragem. Mas desrespeitar parceiro, não.”

site: popcultpulp.com
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Gustota 17/07/2014

Operários e sinucas
Este livro, de um autor que na época era um jovem prodígio de 25 anos, está algo entre Lima Barreto e João do Rio. O autor divide os contos em dois momentos: o de contos com personagens da classe média-baixa e suas pequenas aspirações de ascensão, nostalgia e segurança e os da periferia urbana e de sua economia informal, a famosa malandragem. Nesse último tema o livro engrandece bastante. Os personagens são sinuqueiros, golpistas e cafetões, mas acima de tudo, sinuqueiros.

O trio do título é o que ganha mais destaque, com grande número de contos dedicados à eles: Bacanaço, o malandro brasileiro clássico, figura quase extinta nos dias de hoje; Perus, jovem carente bom de sinuca, comparsa e protegido (para não dizer explorado) de Bacanaça; Malagueta, velho malandro quase mendigo que se alia a Bacanaça por necessidade. Os três vivem de disputas de sinucas e pequenos golpes, além de Bacanaça também agir na proxenetagem.

Os casos nos são estranhos, anacrônicos. Parecem realmente retratar outra época. Ainda que pareçam anacrônicos, a linguagem do livro é fascinante, fluida, coloquial. Algo realmente próximo do que João do Rio faz em suas narrativas ou Lima Barreto em alguns contos. Ainda que não seja aquele livro impactante, vale para jornalistas e escritores apreenderem a linguagem inovadora deste autor.

O meu conto favorito é "Meninão do Caixote", conto de transição entre a classe operária e a malandragem boêmia do estudante que prefere a sinuca às aulas e vira campeão de botecos. Uma pérola narrativa.
Sérgio 07/07/2018minha estante
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Silvio 03/02/2011

Inovador em sua época, livro perdeu impacto
Quando lançado, o livro se tornou um marco por mostrar a vida marginal de personagens da periferia, uma inovação para a época.

Li o livro na década de 90 e agora e é possível notar que Perus, Malagueta e Bacanaço perdeu o seu impacto. Vale pelo vigor dos personagens.
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