Rum

Rum Hunter S. Thompson




Resenhas - Rum


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Gabs. A 25/08/2023

Lembra John Fante com salpicadas de Bukowski.
Coisa que esse livro não é: bastidores de uma vida jornalística séria, na cidade de San Ruan, no Caribe.

Mais rápido do que é possível imaginar, Kemp (o jornalista bêbado, talarico e peixe-piolho) vai emendando um acontecimento atrás do outro, numa odisseia calorenta sempre regada a muito Rum barato, que parece não levar exatamente a lugar algum - E tudo bem.

Situações absurdas acontecem a torto e a direito, chegando a ser surpreendentemente cômicas.

Uma história bacana, porém com pontos que envelheceram datados: Machismo, racismo e xenofobia são simplesmente um fato - Americanos sendo a última bolacha da Terra, enquanto a população local não passa de selvagens a seus olhos.

Leitura gostosinha, envelheceu como leite, mas consegue manter seu charme.
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godochiplay 13/11/2022

Mais uma dose de Run! Por favor?
Hunter Thompsom prova neste livro que além de um grande jornalista, sabe escrever uma ficção, com muito de seus delírios, regados a muita droga e álcool. Fez uma história muito boa, que te faz rir e ficar triste, uma história digna do Hunter, se falassem que era baseada na vida dele, eu acreditaria. Recomendo este livro, a quem gosta de jornalismo e aos que estão se aventurando no New Jornalism ou aos querem um livro divertido. 4,5 pois podia ter um final melhor.
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Fe 20/10/2022

Esse livro é a prova de que se você é um homem branco americano qualquer coisa que você faça (mesmo que ela seja medíocre) vai ser aplaudida e exaltada.
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Pâmela 31/05/2021

RUM & CERVEJA em San Juan.
Hunter nesse quase autobiográfico livro escreve sobre Paul Kemp que vai de Nova Iorque para San Juan trabalhar no jornal Daily NEWS, para alguns ele diz que é no NEW YORK TIMES. A VERDADE é que ele passa mais tempo no bar do Al, onde a dose de rum é 25 centavos, do que no próprio trabalho cobrindo manchetes sobre crimes e visitas de senadores. É barato pois estamos em 1958. Ele conhece Yeamon, Sala, Lotterman, todos trabalham no jornal. Ele consegue juntar dinheiro, vai morar num lugar mais agradável, compra um fusca por 400 dólares. Depois de uma noitada de dança regada a rum e cerveja, dias depois, Chenault aparece no apartamento dele. Ela é namorada de Fritz, mais conhecido por Yaemon. Naquela festa ela dançou comum negro, até tirara roupa, e Fritz ficou louco de ciúmes. Ela saiu com a pessoa que estava dançando e desapareceu por alguns dias, Yaemon batia nela. Então ela foi procurar refúgio com Kemp. Eles acabam tendo um caso. Mas ela vai para NEW YORK. O jornal dirigido por Lotterman está fadado ao fracasso. Então, Paul acredita que seu futuro também seja em New York. Com quase 32 anos, o livro acaba no bar do Al. Como é dito na contra capa da minha versão de bolso. é uma leitura "REGADA A RUM".
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Luiz Pereira Júnior 27/05/2020

A visão de fora que todos nós temos
Embora um tanto datado, o livro é um fiel retrato de como os estrangeiros veem um país que não o deles. Não todos os estrangeiros, é claro, mas muitos deles (inclusive nós mesmos). Isso toma proporções enormes quando o estrangeiro vem de um país muito mais rico ou está em um país considerado “colonizado”, dependente de alguma potência estrangeira.
Uma visão imperialista nunca é agradável de ver (ou de ler), ao menos sob o ângulo do colonizado. E isso é muito bem retratado nessa obra, inclusive nas próprias falas do protagonista, que é, sim, racista, xenófobo e misógino, só para apresentar o começo da história.
Chama atenção o fato de que o único lugar que agrada ao protagonista é uma espécie de “paraíso perdido”, com pouquíssimos habitantes ao redor, mas que já se encontra prestes a cair nas garras das multinacionais (nesse ponto, o protagonista tem uma visão mais justa da realidade em que se encontra o país em que se encontra – pobre, desesperado por apoio econômico).
Sim, é uma visão de como eram os relacionamentos e o pensamento da época, com todos os seus preconceitos, com todas as suas falhas e com todas as suas dúvidas. Isso não mudou nos dias de hoje, apenas se tornou mais dissimulado, mais oblíquo e mais “politicamente correto”.
Leia o livro e veja o filme. Perceba como o protagonista sofreu uma alteração tão profunda que nem parece o mesmo do livro. E pensar que o livro é uma biografia...
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Marlo R. R. López 15/10/2019

"Rum", segundo romance escrito por Thompson e um dos últimos livros seus a ser publicado, é uma espécie de literatura beatnick tardia, uma obra que notabiliza as pessoas medíocres sem quaisquer pretensões na vida, os marginais alcoolizados e os desgraçados que vivem de subempregos - enquanto os ricaços, os peixes grandes, circulam ao redor fartando-se do mundo material e rindo da própria ação predatória em uma sociedade amoral destinada ao fracasso. E o resultado é que, enquanto os que estão na alta-roda da fortuna ganham a vida, os marginais que não têm onde cair mortos a vivem na pele, para o bem e para o mal.

No livro, Thompson narra a história de Paul Kemp, um jovem jornalista underground que decide abandonar Nova York e tentar a sorte em Porto Rico, uma ilha do Caribe onde um punhado de repórteres tocam um jornal à beira da falência sob o comando de um editor tão irascível quanto sóbrio e incapaz. Aos poucos, enquanto faz amizades e perambula por bairros decrépitos, de um lado, e luxuosos, de outro, enquanto cobre pautas as mais inúteis para o periódico em que trabalha, Kemp é lançado em uma rede de interesses e jogos econômicos entre os poderosos da ilha - observando, no processo, o assalto dos Estados Unidos a Porto Rico, uma invasão regada a especulação imobiliária e concessões à Marinha norte-americana, fazendo multiplicarem-se hotéis, cassinos e mansões ao longo das praias do pequeno país insular.

O livro tem o tom dos romances movidos a álcool, e não faltam ocasiões para bebedeiras sem fim e situações inusitadas que invariavelmente acabam mal para a maioria dos personagens. A escrita de Thompson é fluída e leve, pontilhada de reflexões interessantes sobre empregos sem futuro e o sentido da vida cotidiana em uma época em que o personagem principal parece estar começando a desistir de ser alguém realmente bem-sucedido.

Foi vergonhosamente adaptado para o cinema em 2011, dando origem a um filme que não conseguiu ser fiel ao humor sutil de espiral trágica do livro, transformando-se em uma comédia de baixíssima qualidade, com roteiro pausterizado, sem a inteligência e a ironia presentes no romance.
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Ana Roza 28/11/2016

Se não gosta de rum, vai gostar.
Decidi escrever sobre esse livro depois de beber algumas cervejas, simplesmente para honrar sua memória. É um livro bêbado, para bêbados. Mas não apenas bêbados de rum, cerveja ou tédio. Bêbados da vida, bêbados de medo, bêbados de pensamentos confusos e empregos insatisfatórios.

Enquanto escrevo, Bob Dylan toca no player. O que, também, é para honrar a memória do livro. Ele fala sobre Paul Kemp e sua ida para Porto Rico, em San Juan, trabalhar como jornalista para o DailyNews. Seu objetivo em se esconder em um lugar tão afastado da sua velha conhecida Nova York era justamente a paz que nasce longe dos concretos de uma cidade grande. Lá, em meio a praia e o rum com gelo, Kemp nadou pelado, apanhou de policiais, fez amor na praia, fez sexo na cama, bebeu e bebeu de novo.

É uma história sem história. Um relato quase cru da própria passagem do autor pelas mesmas terras do protagonista, narrando a vida dele e das pessoas que conhecey; dos amigos imundos, com sonhos perdidos, das grandes canções e festas. De tanto que ele narra o dia-a-dia em San Juan, o leitor comece a sentir uma pequena vontade de acordar as 10AM com sol batendo na cara e tomar um café matinal com bacon, ovos e rum no bar do Al.

O mais importante sobre o livro é justamente essa “falta de história”: enquanto nenhuma linha direta é descrita, além da tentativa de adaptação e sobrevivência de Kemp naquela ilha imunda, o autor divaga sobre a vida. Sobre escolhas e sobre espíritos perdidos, que tristemente admitem que nunca conseguiram ter uma vida fixa em algum lugar sem morrer de tédio. Ele fala profundamente de pessoas, e por isso a única história a qual o livro pode se resumir é: vida. Quais as vidas que escolhemos levar, quais as vidas que esperamos e quais as vidas que realmente vivemos. Não tão impactante quando O Lado Bom da Vida, mas altamente construtivo e bom.

*****

Originalmente postada em Garagem de Luxo, com dicas de lugares para comprar.

site: http://www.garagemdeluxo.com
Luíza 31/12/2016minha estante
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N.Barbosa 23/11/2016

Real ou imaginário? E não são todos?
Se por um lado o jornalismo tem a pretensão de ser um recorte da realidade, que visa ser objetivo e apresentar-se o mais imparcial possível, de outro lado o jornalismo gonzo desconstrói todos os pilares sagrados dos operários da notícia. Nessa prática, é comum que o jornalista se envolva diretamente com aquilo em que está trabalhando, investigando. O crivo de análise não é nenhuma técnica consagrada. O filtro para os praticantes do gênero é o repórter que define os limites de determinado assunto e qual a abordagem mais adequada a ser trabalhada.

Na obra da foto, temos mais um trabalho do consagrado Hunter S. Thompson, o “pai” do gênero jornalístico citado. No entanto, aqui temos um distanciamento ainda maior do compromisso do jornalista. Thompson de fato viveu por uns tempos em Porto Rico e é esse o espaço em que essa narrativa se desenvolve. Mas, em nenhum momento fica claro onde a linha da realidade termina e a ficção começa. As mudanças são muitas, a começar pelo nome.
Paul Kemp é um jornalista que já percorreu o mundo produzindo suas reportagens e conhecendo lugares encantadores. Tudo movido a alcool e sexo. Para Kemp a vida que ele leva é indiferente. Um homem que cumpre a risca tudo aquilo que seus instintos determinam. Em Porto Rico ele vai encontrar um jornal quase indo a falência e todos os tipos possíveis de pilantras. Mesmo assim, ele faz amizades e aproveita muito o tempo em que se instalou em San Juan. Tudo, é claro, sob a ditadura do rum.
O enredo parece fraco. Porém, a narrativa conquista pela simplicidade, por ordens diretas e uma organização de ideias que facilita a progressão da história. Thompson também consegue explorar as situações pitorescas em que se envolve com um toque de humor, sarcasmo e muito ironia.
Por fim, a confusão para saber se os relatos são verídicos ou não pouco importam. Thompson fala de sua vida ou pelo menos do jeito que a imagina. “Essa é uma história imaginária. E não são todas”, no diria Alan Moore. Obra altamente recomendada.
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Leandro.Kemp 29/08/2016

Hunter Thompson nos prendendo com sua linguagem simples e envolvente, digna dos melhores escritores da geração beat.
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Mauricio.Alcides 13/04/2016

Não acho que seja um clássico
Mais um Thompson para a coleção, mas devo dizer que o primeiro foi melhor.

Thompson experimentando alguns meses no Caribe me parecia uma boa leitura para ser feita em meio ao Caribe, tomando algumas doses de Rum e fumando alguns charutos. Parecia A obra lembra em muito Medo e delírio em Las Vegas parece uma versão da historia de Nevada com a substituição das drogas pesadas por doses da bebida caribenha, o livro lhe insere ao mundo jornalístico de Porto Rico mas a historia principal da obra não tem muita graça, no inicio você já parece antecipar o que ira acontecer, algo extremamente previsível o que tira um tanto da qualidade do livro. Por ser uma obra de Hunter S Thompson eu esperava mais, mas também sei que o autor entrou em decadência justamente por ser demasiado repetitivo, logo chego a ponderar que o slot reservado ao pai do jornalismo Gonzo já foi devidamente preenchido.

Nota 7,3
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Fabio Martins 07/08/2015

Rum: diário de um jornalista bêbado
As pessoas que leem este blog devem achar que eu só me interesso por livros que têm algo a ver com o jornalismo, e este post só vai acrescentar essa impressão. Escrevo aqui sobre o livro Rum: diário de um jornalista bêbado, de Hunter S. Thompson, já abordado aqui no texto do livro Hell’s Angels e tratado como o precursor do gonzo jornalismo.

Resolvi ler este livro não por ser relacionado ao jornalismo, mas porque gosto muito da narrativa de tirar o fôlego de Thompson e aprecio bastante suas histórias insanas. A obra foi escrita quando o jornalista tinha 22 anos e havia desembarcado há pouco em San Juan, Porto Rico.

A história se passa no mesmo local, e o protagonista é Paul Kemp, jornalista americano que foi para a ilha trabalhar no único jornal de língua inglesa de lá. Rapidamente Kemp faz amizade com os jornalistas, um mais louco e mais bêbado que o outro. A ilha proporcionava um trabalho fácil, dinheiro aos montes, muitas mulheres, e o principal: estavam no Caribe.

Mesmo sob a iminência do fechamento do jornal por falta de verba, o protagonista não demonstra preocupação. Ao lado do fotógrafo e beberrão Sala, do irascível Yeamon e sua controversa esposa Chenault, Kemp se mete em diversas confusões, todas regadas a muito rum e cerveja. Visitam o carnaval da ilha de São Tomás, arrumam brigas em bares e desfrutam de praias paradisíacas.

Diferentemente do livro Medo e delírio em Las Vegas, Hunter S. Thompson, mesmo muito jovem, deixa fluir seu lado sentimental e reflexivo. Frequentemente na obra, Paul Kemp se questiona sobre a solidão e o que a vida lhe proporcionou levando-lhe àquele país completamente desconhecido e diferente. Porém, mesmo sob essas questões, a obra é de uma fluidez impressionante, com diálogos rápidos e diretos e é muito fácil de ler.

Essa verdadeira relíquia de um grande escritor ainda jovem que ficou quase 40 anos guardada, e só foi publicada em 1998. Além de grande importância literária e jornalística, Rum: diário de um jornalista bêbado é uma leitura agradável e engraçada, daquelas que dá vontade de sair pelo mundo afora e ver o que a vida tem a lhe proporcionar.

Ps: O livro foi adaptado para o cinema em 2011, com título homônimo, estrelado por Johnny Depp.

site: lisobreisso.wordpress.com
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Marcelo 19/09/2013

Não me prendeu a atenção!
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Renan 24/06/2013

Um ótimo Livro..Mas Cuidado!rs
Com uma linguagem tranquila de ler esse livro de Hunter Thompson é fantástico.Criador de um novo tipo de Jornalismo o famoso Jornalismo "Gonzo",onde as histórias não tem objetivo algum...
No livro é contado a história de um jornalista fracassado chamado Paul Kemp,onde ele decidi se mudar para um país extremamente pobre San Juan...A maioria das partes está dividida em bebedeiras,curtições e jornalismo.Apesar do livro não ter um objetivo especifico,só retratar a putrefação da cidade e dos vícios decadentes de seres humanos.
Eu adorei a leitura desse livro e sugiro a quem é e não é jornalista.
O escritor vai alem e é um dos mais influentes da contra-cultura junto a Jack Kerouac dentre outros.
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