Mauricio (Vespeiro) 03/03/2018Bem-vindo à Terra, Danilo Beyruth!Ufa! Enfim Danilo Beyruth deu o seu melhor! Não que “Assimetria” tenha ficado um primor, mas houve um grande salto de qualidade. Será fruto transição técnica na ilustração, saindo do braçal para ser concebida de forma integralmente digital? Melhorou o traço, aperfeiçoou as cores, evoluiu na diagramação e apresentou maior cuidado com cada quadrinho.
O roteiro, não obstante a falta de brilhantismo, ao menos desta vez foi muito mais conciso. Beyruth desceu do salto? Os personagens que interagem com o Astronauta foram bem desenvolvidos. Gostei da aparição da Mônica (como boneca) e do Horácio (como robô). Já os vilões não vingaram. Excessos na concepção de seres etéreos, quiméricos. A obsessão em homenagear Jack Kirby (mitológico quadrinista da Marvel e DC), gerou personagens mal construídos que, até certo ponto, interferiram negativamente na história. A HQ ganhou 10 páginas, o que ajudou muito no desenvolvimento do roteiro. A conclusão deixou margem claríssima para uma continuação.
Registro aqui, porém, a insondável presença daquela que se tornou a principal personagem nas reedições do Astronauta pela Graphic MSP: a preguiça. Apesar da evolução, ainda pude perceber um bom número de fundos desenhados apenas para encher linguiça. E dá-lhe fumaça cósmica!
Nota do livro: 7,00 (4 estrelas).