Aconteceu naquele verão

Aconteceu naquele verão Cassandra Clare...




Resenhas - Aconteceu naquele verão


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Gêmeas Sperandi 06/02/2017

Eu amo o verão. Sério, para mim não tem melhor época - as pessoas ficam mais felizes, dá vontade de ficar até tarde na rua, conversando e conhecendo gente nova, sem falar nas viagens, bronzeados, e todo o resto que o verão traz.

A proposta do livro de contos da Stephanie Perkins é justamente relembrar as melhores memórias de verão, em 12 histórias, escritas por 12 autores. A maioria, para mim, era desconhecida, e foi ótimo poder conhecer escritores novos.

Meu conto preferido, de longe, foi o da Leigh Bardugo, e se chama Cabeça, escamas, língua, cauda. Conta a história de uma menina que vê a cauda de uma sereia e fica, em vários verões, tentando ver novamente. É linda, tem romance, me lembra do verão e a personagem é super fofa. Já quero ler mais livros da autora.

Outro conto muito legal foi o da Veronica Roth, Inércia. É uma distopia, onde pessoas à beira da morte podem chamar amigos/amores para reviver com eles suas memórias. É muito lindo, a conexão/amizade/amor dos dois personagens é tão perfeita, você fica o tempo todo se lembrando do verão, dos amores de verão, e tudo de bom que essa época pode trazer.
O da Cassandra Clare foi o que mais me decepcionou, amo a autora, mas ela fez um conto muito previsível. É sobre um circo/parque de terror, mas que no final não surpreende tanto assim.

De resto, os outros contos são fofos e super legais, mas em vários não me senti no verão. É como se só tivessem colocado uma frase sobre essa época, e pronto, o que acabou deixando minha leitura um pouco triste, pois acho que os autores poderiam ter explorado muito mais o tema.

O fato de a Stephanie Perkins ter colocado tantos contos também deixou a leitura cansativa. No final, não conseguia mais ler, foi difícil terminar. Acho que se fossem oito contos, em vez de doze, estaria de bom tamanho.

Eu amei que muitos autores exploraram relacionamentos gays. Acho muito importante nos dias de hoje falarmos sobre isso, é aceitação, empoderamento; e para acabarmos de vez com pensamentos ruins, com preconceito, as pessoas precisam cada vez mais ler sobre isso.

No geral, é um livro legal para ler na praia, piscina, ou até mesmo em casa - que foi o meu caso.


site: http://www.gemeasescritoras.com/2017/02/resenha-aconteceu-naquele-verao.html
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Leo 03/02/2017

Assim como o primeiro, alguns autores não conseguiram me impressionar tanto, mas os últimos contos são os melhores. O que mais me chamou a atenção é que nem todas as histórias têm final feliz, o que acho que não acontece em O Presente do meu Grande Amor.
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MiCandeloro 03/02/2017

Divertido, aterrorizante, emocionante e romântico!
Aconteceu naquele verão é uma antologia composta por doze contos, escritos por grandes escritores e organizado por Stephanie Perkins, queridinha da galera. Tendo como temática o verão, a grande maioria dos textos traz em seu contexto as férias escolares e o que os adolescentes fazem nesse interregno.

Com histórias completamente diferentes uma das outras, ora nos deparamos com um caso de amor, em outro momento quase perdemos a vida em um ataque de mortos vivos, para então ficarmos presos em uma dobra temporal.

Não sou fã de contos e não li a primeira coletânea organizada por Perkins. Pelo visto me enquadro na estatística a qual ela se refere de ser cada cada vez mais difícil fazer o público ler pequenas narrativas. Mas devo confessar que me surpreendi positivamente com Aconteceu naquele verão. Tirando um ou outro causo que achei sem sentido ou meio bobo, amei todos os outros, e cada um deles me afetou de maneira diferente.

Outra coisa que achei bem interessante é que tive a oportunidade de conhecer o trabalho de diversos autores dos quais eu nunca tinha ouvido falar.

A obra começa com Cabeças, escamas, língua, cauda, de Leigh Bardugo. Nele conhecemos Gracie, uma garota que tem certeza de que viu um monstro no lago de Little Spindle. Para investigar, ela conta com a ajuda de Eli, um esquisitão que não mora na cidade e que só aparece por lá nas férias de verão. Em princípio, Gracie não quer ser vista com ele. Mas na medida em que ambos vão se conhecendo e os verões vão passando, ela se percebe apaixonada e melancólica, porque sabe que assim que concluir o ensino médio, não verá mais Eli. Mas nem sempre as paixonites de verão terminam com o fim da estação, e é isso o que a a garota está prestes a descobrir.

Narrado em terceira pessoa, de início, esta mais me pareceu uma trama tipicamente adolescente em que relata o tédio pelo qual alguns jovens passam nas férias sem saber bem o que fazer com tantos dias sem compromisso e também cita as paixonites de verão, tão intensas e especiais. Não vi nada de mais por aqui, até ficar impressionada com o final que foi um tanto inesperado, com um grande toque fantasioso mas que, na minha opinião, não convenceu.

Em O fim do amor, de Nina Lacour, conhecemos a história de Flora, uma menina que se percebe lésbica, apaixonada por uma colega de classe, mas que não sabe como lidar com a situação. Flora está machucada, pois seus pais estão se separando e, por conta disso, ela vê ruir à sua frente anos de vida em família que vão fazer falta. Ela quer tatuar no braço a frase O fim do amor, mas seus novos amigos irão lhe mostrar que para todo término há um recomeço.

Este foi outro conto que tive dificuldade de me conectar, por mais que tenha me compadecido da situação de Flora. O que me agradou foi o cenário no qual se passou parte do enredo, em meio à floresta e o mar.

Já O último suspiro do Cinemorte, de Libba Bray, me pegou de jeito, a começar pela escrita divertida da autora e por sua enorme criatividade.

O conto se passa em um cinema especializado em filmes de terror que está prestes a fechar as portas. Para encerrar com chave de ouro, Ando sobre esta terra, uma produção amaldiçoada, é exibida, pondo em risco todos os espectadores, que temerão por suas vidas. No meio disso tudo, Kevin tenta criar coragem para declarar o seu amor para Dani. Nossa, que timing perfeito!

Infelizmente Francesca Lia Block não me conquistou com Prazer doentio, ao contrário, arrisco a dizer que este foi um dos contos dos quais mais não gostei. A começar pelo fato de que a autora não nomeia os personagens. Todos são chamados pela inicial dos seus nomes, fazendo com que fosse impossível de me conectar com algum.

Afora isso, achei a história tão nada a ver, tão rasa e sem sentido. Apenas acompanhamos um grupo de amigas que costumam ir a uma boate dançar. Lá, uma delas se apaixona por um carinha, mas decide deixá-lo partir e, para piorar, acaba perdendo a virgindade com outro. A única moral que vejo aqui é relembrarmos como fazíamos burradas quando éramos jovens. Portanto, tentem aprender com os erros da protagonista.

Em noventa minutos, vá em direção a North, conhecemos Marigold, uma jovem que foi seguir o seu sonho profissional, mas que para isso teve que deixar seu namorado para trás. North, o preterido, tentou recomeçar, mudando de ares e de emprego. Lá pelas tantas, Marigold decide ir atrás de North, pois tem certeza de que precisa salvá-lo da vidinha medíocre que ele leva, tendo em vista de que ele poderia ter um grande futuro pela frente. Mas quem diria que seria ele que mudaria as perspectivas dela?

Pequenas coisas me conquistaram nesse enredo, a começar pela paisagem estonteante do cenário. Também adorei a personalidade de North, forte e divertida, mas Marigold me irritou. Apesar de não ser um conto espetacular, ele belamente nos fala sobre o direito de seguirmos em frente e de recomeçar.

Lembranças, de Tim Federle, arrebatou meu coração. A começar pela sua escrita irônica e ao mesmo tempo delicada, mas principalmente por conta de Matt, que lembrou um amigo querido e a quem eu tive vontade de dar um abraço e secar as lágrimas.

Imaginem começar um namoro com data de validade? Pois foi exatamente isso o que aconteceu entre Matt e Kieth. Em Lembranças acompanhamos o dia do término do casal, que é envolto em muitas emoções. Ambos sabem que não podem mais ficar juntos, mas também não escondem que levarão um ao outro dentro do peito para o resto da vida. Uma pena que nem tudo dure para sempre, mas o que vale é a marca que deixamos na vida das pessoas e o quanto mudamos por causa delas.

Inércia, de Veronica Roth, também me tocou profundamente, pois ela trabalha com um assunto muito difícil que é a morte. Matt sofreu um acidente de trânsito e está prestes a passar por uma cirurgia, porém, as estatísticas médicas preveem que ele não vai sobreviver. Sendo assim, mesmo desacordado, ele tem direito a uma Última Visita, e Claire é chamada para falar com ele. Fazia meses que eles não trocavam uma só palavra e já não eram mais melhores amigos, mas nesse encontro, promovido por uma tecnologia de ponta, finalmente poderão resolver as suas diferenças para que Matt descanse em paz.

Em primeiro lugar fiquei impressionada com a máquina desenvolvida pela autora. Por meio de medicação, os viajantes são postos para dormir e são transportados para um ambiente onírico, em que as memórias se misturam à realidade, e onde é possível conversarmos com quem está em coma.

Por mais emocionada que eu tenha ficado com essa história, o que mais gostei nela foi o tom de esperança trazido ao texto, pois independente do que está por vir, sempre podemos fazer o nosso melhor hoje.

Amor é o último recurso, de Jon Skovron me fez eu me teletransportar para uma peça de Shakespeare. Escrito em um tom mais pomposo que me lembrou um romance de época, fala sobre Lena e Arlo, dois funcionários de um resort que não acreditam no amor. Entretanto, eles armam um plano para juntar alguns hóspedes que se amam faz anos, mas que nunca tiveram a coragem de se declarar uns para os outros. Arlo e Lena não suportam mais vê-los suspirando pelos cantos e decidem bancar o cupido, mas é claro que o tiro sempre sai pela culatra.

Boa sorte e adeus, de Brandy Colbert, conta a história de Rashida, uma menina que perdeu a mãe muito cedo e que foi criada pela prima, que se tornou a sua melhor amiga. Agora Audrey está se mudando de cidade com a namorada, Gillian, e Rashida não consegue lidar com a situação. Na festa de despedida ela é obrigada a levar para casa da prima uma Gillian muito bêbada. Para isso ela conta com a ajuda de Pierre, irmão de Gillian, que a trata com certa hostilidade. Em meio a conversas meio tortas, Rashida irá descobrir que ela não é a única pessoa com problemas e que às vezes para o novo entrar, o velho tem que dar lugar.

Como tenho certa dificuldade em lidar com dramalhão adolescente, este conto me incomodou um pouco, pois por mais que eu entendesse a tristeza de Rashida, achei as suas reações muito exageradas.

Em Nova atração, de Cassandra Clare, conhecemos Lulu, uma garota criada em um parque de diversões itinerante. Mas não é qualquer parque, é o Parque de Terror Itinerante Cheio de Mistérios, Magia e Aquilo que É Melhor Não ver, alimentado pelo demônio Mephit, responsável por imbuir um ar perigoso nas atrações. Lulu ama o seu parque, e desejava quando crescesse ir para a Universidade cursar Administração, para assumir o papel do seu pai quando ele se aposentasse. Entretanto, da noite para o dia, o seu pai sumiu, deixando um bilhete dizendo que havia precisado fugir por conta de diversas dívidas. Sozinha e perdida, Lulu viu o parque ruir por entre seus dedos e, do nada, seu tio apareceu para ajudá-la. Mas ela logo percebeu que as intenções do tio não eram das melhores. Junto com a ajuda de Lucas, enteado do seu tio, Lulu precisará enfrentar as trevas para ter de volta tudo o que ela mais ama.

Por mais que eu tenha achado legal conhecer um parque de diversões assustador de verdade, cheio de seres míticos, não consegui gostar dessa história. Dois fatores não ajudaram, não sou fã de fantasia, e não curto esse tipo de atração. Uma pena, pois esta foi a minha primeira experiência com um texto de Cassandra Clare.

Em Mil maneiras de tudo isso dar errado, de Jennifer E. Smith, conhecemos Annie, uma garota que há tempos sofre de paixonite aguda por Griffin. Até então, ela nunca teve coragem de chamá-lo para sair, pois Griffin nunca deu muita bola a ela, nunca a olhou nos olhos e sempre vinha com uns papos muito cabeça. Mas no dia em que Annie o encontrou no supermercado, ela viu ali a chance de chamá-lo para um encontro que, quem diria, começaria de maneira desastrosa, com ambos tendo que aguardar a mãe do menino autista de quem Annie cuidava no acampamento de férias onde ela trabalhava.

Sempre me interessei pelo autismo, principalmente depois que li O que me faz pular, também publicado pela Editora Intrínseca. Portanto, este conto teve um apelo especial para mim. Achei tocante a preocupação que Annie tinha para com o bem-estar de Noah, e foi lindo de ver o desabrochar do relacionamento dele com Griffin, que tem uma razão de ser. Para mim, este foi um dos contos mais meigos do exemplar e o final nos mostrou que para o amor não existe o preconceito. Uma história realmente inspiradora.

E fechando com chave de ouro, temos O mapa das pequenas coisas perfeitas, de Lev Grossman. Começando de maneira clichê, fazendo inclusive alusão a um dos meus filmes favoritos, Feitiço do Tempo, nesta história conhecemos Mark, um adolescente que está preso em um loop temporal em que todos os dias é 4 de agosto. Já faz semanas que ele acorda e realiza sempre as mesmas ações, come cereal matinal, joga videogame, vai para a biblioteca ler um livro e, às vezes, dá um pulo na piscina. De início pareceu algo maneiro de se fazer, até se tornar chato por não ter com quem dividir esta situação pirada. Até o dia em que ele encontra Margaret na piscina. Ela não deveria estar lá, e pelo visto ela também enfrentava a mesma situação que Mark. Sem saber o causador da dobra temporal, muito menos como terminá-la, os dois mais novos amigos começaram a ocupar o seu tempo de um jeito diferente, procurando momentos perfeitos para assistir e registrar, situações essas que, muitas vezes, ficam perdidas na correria do dia a dia e não são valorizadas devidamente. Em meio a inúmeras reflexões, ambos descobrirão que, algumas vezes, o tempo é capaz de parar para que possamos dar um respiro e aprender a dar adeus.

Não tenho palavras para falar deste conto, que me deu um soco no estômago. Foi golpe baixo ele mencionar um filme que tanto amo, mais ainda inserir em seu enredo esta busca por momentos perfeitos, que foi incrível demais. Adorei os questionamentos levantados pelos personagens acerca do que acontece no resto do mundo todo santo dia, a cada minuto, enquanto levamos a nossa vida. Fatos esses que parecem não nos atingir, ou para os quais não damos importância. Afora isso, eles também refletem sobre o que é possível fazer quando se tem tempo de sobra e quando as nossas ações não geram consequências. Certamente uma trama para nos fazer pensar e que irá conquistar a todos vocês.

Bom, com tantas histórias extraordinárias assim, vocês têm muito mais de doze motivos para ler este livro! Corram lá antes que o verão acabe!

site: http://www.recantodami.com
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Glétsia 31/01/2017

Não sou de abandonar leituras, mas esperei uma coisa desse livro e acabei tendo uma surpresa desagradável. Li os três primeiros contos e resolvi que teria coisas mais interessantes para ler. Histórias toscas e para público adolescente.
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nic_okumura 19/01/2017

Vou ser sincera e dizer que antologias não são meu forte, raras são as vezes em que me apaixono por uma ( para dizer a verdade nunca me  apaixonei de verdade por uma), mas este livro me impressionou, teve um diversidade enorme e eu me senti inteiramente interessada por grande parte dos contos.
O motivo de dar 3,5 estrelas é porque é meio que impossível de gostar de todos os contos, e mesmo que eu tenha gostado da maioria eu me sinto incapacitada de dar uma avaliação melhor do que alguns deles merecem.
Eu gosto de finais felizes - não me culpem, se não posso achar finais felizes na realidade me deixem ler coisas alegres !- então foi uma grande surpresa que mais ou menos metade dos contos tiveram finais ou incompletos ou não exatamente como eu torcia. Foi um fator interessante, mas para o meu gosto não foi o ideal.

Todos os contos tinham uma parte meio dark, passados sombrios ou infelizes. Podemos dizer que na maior parte as personagens principais estavam "danificadas". Isso foi meio que um choque, já que quando peguei o livro pensei em romances de verão tolos que se tornariam em amor para a vida inteira, no entanto, não me importei de verdade com isso, foi interessante e marcante.

Provavelmente, a parte mais divertida - tirando o conto da Cassandra Clare, que foi o meu motivo para comprar o livro- é achar as personagens na capa. Era inevitável que a cada conto lido eu voltasse para a capa para procurar o casal! Isso foi sem dúvidas extremamente divertido já que eu adorei a capa e ver cada um dos personagens nela era adorável !
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