O macaco ornamental

O macaco ornamental Luís Henrique Pellanda




Resenhas - O macaco ornamental


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paola-layber 26/10/2021

O macaco ornamental, por meio de contos narrados em primeira pessoa, traz à tona diversas questões éticas vividas pelas personagens em um contexto gaúcho, propondo reflexões sobre as questões expostas.

O grande diferencial de Luís Henrique Pellanda é a não escolha pelo óbvio, intrigando o leitor e até causando certo desconforto.
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Emerson 09/04/2021

Para ser degustado
Em prosa poética, o autor adensa inúmeras provocações em sua escrita que parece, por vezes, simples, cotidiana, e por vezes mais profunda e complexa. Seja qual for a maneira, o autor parece esconder enigmas nesses contos e nos incita a ler aos textos mais de uma vez, para que assim, talvez, descubramos o que ainda há para se descobrir e não percebemos inicialmente. Há histórias mais comuns, onde a complexidade está na forma como são contadas, mas há também histórias mais pesadas, cruas e cruéis. Recomendo a apreciação da obra, para reflexão e fruição pela estética em que se apresenta. Também recomendo que se leia devagar, em retornos, para que não se perca nada ou se encontre algo mais, assim como muitas obras poéticas nos exigem fazer: uma(s) leitura atenta.
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Luis 04/07/2016

Poe em Pellanda
Luis Henrique Pellanda parece conhecer a teoria do conto apresentada por Poe, pois concebe seus contos com a maestria prezada pelo grande Edgar. O principal exemplo, é o conto que dá nome ao livro. Quem olha, rapidamente, pode até menosprezá-lo pelo tamanho, mas não se engane, ele lhe dá uma bofetada na cara, pois mostra a miserabilidade com que nossa sociedade nos permite viver.
Outros contos, também pequenos, e que nos deixam extasiados são "amigo vivo, amigo morto" no qual, dois amigos narram suas saudades e desejos, mesmo um estando vivo e o outro morto; e "ingratidão" que como o próprio nome sugere, nos faz repensar as relações de valores que temos em nossa sociedade.
Todos os contos parecem ter sido perfeitamente escolhidos, mas "o buquê", parece com uma história de filme romântico, no qual a bela e inocente moça,que quando se encontra próxima do casamento, acaba tendo uma cama nupcial um pouco mais fria do que a esperada, mas a maneira com que a narradora nos deixa à par dos fatos é de uma habilidade que poucos autores conseguem.
Caso não conheça nenhuma obra de Pellanda, com certeza deveria se aventurar pelos bosques de "O Macaco Ornamental", aposto que acabará se perdendo por eles, e ao sair(se conseguir) com certeza, terá uma nova perspectiva...
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Aguinaldo 02/11/2011

o macao ornamental
Entusiasmado com o bom livro de crônicas "Nós passaremos em branco", de Luís Henrique Pellanda, resolvi procurar outras coisas dele. Encontrei esse "O macaco ornamental", publicado em 2009, onde estão reunidos 13 contos e um microconto. São histórias nas quais um narrador não-nominado quase sempre se dirige diretamente ao leitor, como se as histórias fossem cartas, testemunhos, conversas de bar, registros de uma impressão particular, de um entendimento específico das coisas que esse narrador experimentou e viveu. Várias histórias parecem fixar aventuras e loucuras de carnaval, lembranças alcoólicas da primeira juventude ou adolescência. Há uma violência surda e contida nelas, até naquelas que são mais líricas. Gostei mais das longas. Em "Caldônia Beach" um sujeito procura uma garota que serviu de modelo vivo para ele quando era ainda eram ambos muito jovens; em "Chaleira" acompanhamos os sucessos de uma noite de bebedeira e conversas amalucadas vividas por um rapaz; em "Duas cartas" Pellanda destrincha os eventuais porquês de um suicídio. Mas as histórias curtas também têm seu valor. Alguns dos contos são muito inventivos, como a biografia de "São Menécio", o encontro especular dos fantasmas de "Amigo vivo, amigo morto" ou o turbilhão de mentiras de "Ursa". Luís Pellanda é mesmo um bom observador e sabe encontrar o registro certo para cada história que oferece ao leitor. Vamos a ver se encontro mais alguma outra cousa dele no futuro. [início 14/10/2011 - fim 17/10/2011]

"O macaco ornamental", Luís Henrique Pellanda, Rio de Janeiro: editora Bertrand Brasil, 1a. edição (2009), brochura 13,5x21 cm, 192 págs. ISBN: 978-85-286-1405-3
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