Luis 04/07/2016
Poe em Pellanda
Luis Henrique Pellanda parece conhecer a teoria do conto apresentada por Poe, pois concebe seus contos com a maestria prezada pelo grande Edgar. O principal exemplo, é o conto que dá nome ao livro. Quem olha, rapidamente, pode até menosprezá-lo pelo tamanho, mas não se engane, ele lhe dá uma bofetada na cara, pois mostra a miserabilidade com que nossa sociedade nos permite viver.
Outros contos, também pequenos, e que nos deixam extasiados são "amigo vivo, amigo morto" no qual, dois amigos narram suas saudades e desejos, mesmo um estando vivo e o outro morto; e "ingratidão" que como o próprio nome sugere, nos faz repensar as relações de valores que temos em nossa sociedade.
Todos os contos parecem ter sido perfeitamente escolhidos, mas "o buquê", parece com uma história de filme romântico, no qual a bela e inocente moça,que quando se encontra próxima do casamento, acaba tendo uma cama nupcial um pouco mais fria do que a esperada, mas a maneira com que a narradora nos deixa à par dos fatos é de uma habilidade que poucos autores conseguem.
Caso não conheça nenhuma obra de Pellanda, com certeza deveria se aventurar pelos bosques de "O Macaco Ornamental", aposto que acabará se perdendo por eles, e ao sair(se conseguir) com certeza, terá uma nova perspectiva...