Ética, ou Conhece-te a ti mesmo

Ética, ou Conhece-te a ti mesmo Pedro Abelardo




Resenhas -


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Filino 05/07/2018

Uma pérola de um dos grandes pensadores medievais
Pedro Abelardo é uma das figuras mais significativas do XII. Encarnando perfeitamente a figura do intelectual daquele período, ficou célebre pelas disputas que travou com outras personalidades da época (sobretudo com Bernardo de Claraval). "Ética, ou conhece-te a ti mesmo" é um texto curto e didático, que tem como ponto central noções como intenção, pecado e vontade. O autor sublinha que, para um verdadeiro julgamento sobre a pessoa, não se deve levar em conta as suas obras (afinal, é possível obrar bem imbuído de uma intenção maléfica). Há, ainda, como que o ensaio de uma distinção entre moral e direito, que tanta importância terá posteriormente (sobretudo em Kant). A noção de pecado, diretamente relacionada àquele julgamento, também é bastante trabalhada.

Existem notas explicativas, algumas com referências a autores brasileiros (Mário Ferreira dos Santos e Olavo de Carvalho), além de considerações do tradutor acerca de passagens em que o pensamento de Abelardo se choca com a doutrina da Igreja. Tratando-se de uma publicação trazida à luz por uma editora católica, isso é bastante compreensível.

Sobre a edição: trata-se de um volume de uma coleção de livros de bolso, com formato atraente e bonito acabamento. No entanto, fez falta uma revisão mais rigorosa sobre o texto em si (vírgulas mal empregadas, verbos mal escolhidos [em algumas passagens, chegando a confundir o entendimento do texto], além dos indefectíveis errinhos de ortografia que são caros a todo e qualquer livro). De qualquer modo, é uma iniciativa bastante louvável, já que apresenta ao leitor brasileiro textos importantes não apenas pelo aspecto religioso, mas também (no caso dessa obra em particular) no âmbito filosófico.
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Franciele143 20/03/2021

conhece a ti mesmo, uma das lições mais difíceis da humanidade, na qual nos obrigamos muitas vezes a procrastinar e ignorar a busca desse saber, criaturas inebriadas de desejos supérfluos se distanciam dos primórdios da boa educação, o desconexo, existe mais status que persuasão, ser aceito no meio social é algo irracional pois para ser figura atualizada é necessário ser uma réplica de arquétipos humanos estabelecidos pela mídia. Em uma visão coesa
se eu não me adequo a minhas necessidades e deveres eu me desconheço e nessa recusa cada vez mais me afasto do ponto que norteia meu senso ético e moral, e como uma bola de neve vou rolando e afetando todo o círculo social que convivo. Essa busca por conhecimento não é apenas retórica e sim ideal de vida, desejo do novo, o mutável, é a capacidade humana de se reconstruir a cada nova fase.
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