Meu nome era Eileen

Meu nome era Eileen Ottessa Moshfegh
Ottessa Moshfegh
Ottessa Moshfegh




Resenhas - Eileen


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Jhulidriel 17/02/2024

NÃO É UM ROMANCE SÁFICO!!!!
Então... Li esse livro apenas por causa da adaptação com a Anne Hathaway, e eu preferia não ter feito isso.
O livro em si não é ruim, mas a protagonista é bem chatinha.
O ditado "mente vazia, oficina do diabo" cabe direitinho na narrativa da Eileen, que passa os dias devaneiando sobre um colega de trabalho, e fugir da cidade. Não a culpo, talvez faria o mesmo se tivesse passado por tantos problemas na infância e adolescência como ela.
A negligência parental aqui mostra as possíveis consequências que isso pode acarretar num adulto. Eileen é uma mulher doidinha de pedra, que não tem uma rotina saudável de higiene e possui algumas outras atitudes de caráter totalmente questionável.
Confesso que em algumas partes senti muito nojo e fiquei arrependida por estar ali, dentro da mente dela, escutando seus pensamentos sujos.
A Rebecca demorou de aparecer na trama, e quando surgiu, achei que a história ia finalmente andar... mas não andou. Aprendi rapidinho que Rebecca era mais doida que a Eileen, e elas combinavam bastante.
Eu esperei um romance investigativo e sáfico, e recebi alguma coisa por aí que não envolve nada disso kkkkkkkk
Dou 3 estrelas pela Rebecca, que mesmo sendo porquinha, maluca e um mistério, ainda achei a personagem interessante, o que foi um alívio dentre tanta besteira que a Eileen pensava.
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Bela 26/02/2024

A rainha dos finais, Ottessa Moshfegh
Comecei a ler Meu Nome era Eileen porque eu já conhecia os outros 2 livros da autora publicados no Brasil, e tinha amado a leitura dos dois. Mas foi só nesse terceiro que eu percebi o traço de escrita que mais me marcou nas obras da autora - os finais que aceleram o coração.
Meu Nome era Eileen inicia-se como uma história misteriosa, narrada em primeira pessoa por uma garota completamente comum e entediante, que nos dá acesso aos seus pensamentos mais podres. Ao longo da história, capítulo a capítulo, somos introduzidos a uma contagem regressiva para o natal. Porém, até quase 60% do livro, não dá para saber muito bem como a história vai se desenrolar.
Então, perto de 70-80% da leitura, história fica completamente envolvente e não dá para largar até saber o que vai acontecer no final. E o final é muito bem escrito. Eileen se revela completamente e o desfecho é oposto ao que lemos em todas as páginas anteriores: ele é feliz.
Mesmo usando recursos parecidos, nenhuma das 3 publicações da autora ficaram cansativos ou repetitivos para mim. Amei conhecer mais do universo de Ottessa.
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elizascotini 01/03/2024

Uma leitura crua, inquietante e desconfortável.
A história, narrada em primeira pessoa, mergulha diretamente no consciente da personagem, Eileen, de maneira extremamente crua e profunda. É brutal, desconfortável, forte e intenso. Ao longo da narrativa, compreende-se os motivos pelos quais a personagem age da forma como age, sem justificar suas ações, mas sim, entendendo toda sua trajetória, passado e histórico. Eileen, uma pessoa sem amigos e com traços de sociopatia, é apresentada como obsessiva e fria. Ela é uma personagem complexa a ser estudada, estando longe de ser compreendida. Não consegui definir se gostei ou não do livro, mas certamente é uma obra que me deixará pensativa por muito tempo.
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skeletonsinclosets 05/03/2024

É  o mapa da minha infância, da minha tristeza, do meu éden, do meu inferno e do meu lar "


  Com uma aura obscura, incrível escrita e uma protagonista não necessariamente agradável, Meu Nome era Eileen (Ottessa Moshfegh) é um lindo e grotesco estudo de personagem.
    O romance segue Eileen, uma jovem adulta nos anos 60, presa como cuidadora de seu pai abusivo e trabalhando em uma prisão juvenil. Infeliz com sua vida Eileen vê em Rebecca (Nova empregada da prisão) um escape de sua realidade.
    Essa história é narrada em primeira pessoa com a protagonista, agora uma senhora, narrando os acontecimentos de sua juventude.
     Quando comecei a ler o livro, não me interessei nem pelos personagens nem pela história, porém assim que a persogem da Rebecca foi apresentada o livro se tornou muito mais cativante.
     É realmente um talento e um ponto forte de Ottessa a maneira como ela narra cenas nojentas de um jeito tão belo e profundo mas mesmo assim não retirando o aspecto grotesco delas.
     Portanto, Meu Nome era Eileen é um fortíssimo debut literario e não é atoa o fato de que Moshfegh é umas das autoras mais celebradas atualmente.
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rayray 09/03/2024

Doente de passar doença.
Não adianta, não tem outra maneira de descrever qualquer livro que saia da maravilhosa caixa de Pandora de Otessa. É minha segunda experiência com ela e continuo embasbacada como ela torna perfeitamente possível que o leitor fique completamente preso à uma narrativa de embrulhar o estômago, causar repúdio ao seu extremo e, ainda assim, em algum momento, possibilitar a EMPATIA com personagens tão odiosos.

É um grande mistério do talento de Otessa que eu nunca irei e sequer quero descobrir, faz parte do show dela.

Esse livro é a personificação de pensamentos intrusivos que parecem ter vindo direto da mente de um psicopata. É nojento, creio que se estivesse o lendo fisicamente, teria até mesmo NOJO de segurá-lo em mãos. É repugnantemente genial. Otessa é louca.

Ainda assim, é possível sentir pena de Eileen. É possível empatizar com ela em suas decepções, é possível querer protegê-la. Não sei, quem sabe as personagens de Otessa sejam a junção dos lados ruins de todas as pessoas no mundo que escolheram não mostrá-lo. Por que, exatamente? Acho que nem Otessa sabe.
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readingwithigor 17/03/2024

O desespero pela emancipação de si mesmo.
Quando 'meu ano de descanso e relaxamento', da mesma autora, entrou no meu caminho pela primeira vez tive uma curiosidade despertada. era incrível a realização do absurdo e do real que a autora colocava no papel — e não me refiro que ela foi prógona a este tipo de texto, mas por ser meu primeiro contato com esse estilo de escrita, me apaixonei instantemente.

| "nunca aprendi a me relacionar com as pessoas, muito menos a me defender. eu preferia sentar e me irritar em silêncio."

ser um garoto se descobrindo homossexual numa cidadezinha x do interior me causava vergonha e angustia; um remorso engasgado sem um propósito. quando se vive nesta ideia, de vergonha, você se prende e não consegue se soltar desse fardo. o foco deste livro não é a bissexualidade de eileen, mas a vontade dela de se objetar desta exposição que é constrangida pelo medo. o medo de "o quê os outros pensam sobre mim?".
eu sofri, e na verdade sofro, com a vergonha de ser quem que quero. tenho medo de realmente fazer algo com o acovardamento da exposição de mim aos outros. e o livro de moshfegh te põe em frente a isso, se você for uma eileen, vivendo numa cidadezinha x e com medo de ser você, entenda que o livro te põe nessa angustia para o desdobrar de uma solução: fuja.

| "foi quando comecei a fantasiar sobre meu desaparecimento, convencendo-me pouco a pouco de que a solução para meu problema estava em nova york."

e aqui foi meu soco no estômago: fantasiar sobre uma vida ideal em que, talvez, eu nunca tenha a liberdade de vivenciar. viver num ilusório de que, meus problemas, minhas dores e meus traumas sumiriam se eu sumisse. se os rostos conhecidos fossem embora, e o meu começasse a lentamente se desassomar de suas mentes. isto é 'meu nome era eileen'. a fantasia de objetar nós mesmos.
quando comecei a exercitar a vergonha da minha sexualidade, eu queria sumir. e então lá eu estava, sonhando acordado com uma vida fantasiosa onde eu vivia prosperamente em nova york, e sem precisar me preocupar com meus fantasmas da cidadezinha x. porque é delicioso exaurir-se negando sua ânsia. e o que antes parecia moshfegh ansiando parecer importante, se tornou algo bem maior para mim, ela só parecia querer ser vista. e o que me destrói? ela, eu e eileen querendo parecer vistos, verdadeiramente.

| "assim, eu vivia em uma fantasia perpétua. e, como todas as jovens inteligentes, escondia minhas perversões vergonhosas sob uma fachada de prudência. é claro que eu escondia. "

ottessa moshfegh pode parecer assustadora por ter uma escrita liberal, onde sua mente não a interrompe de escrever algo, de se enquadrar em algo. mas eu devo ser honesto com você de que quando você quebrar esse paradigma de se é problemático ou não, você vai descobrir muito material interessante, e 'meu nome era eileen' é um excelente começo em sua jornada. contido e pavoroso.
a escrita é lenta, mas é nesta lentidão em que um espelho é construído entre você e o texto — em que o coração do livro pulsa junto do teu; a reflexão de seu ideal e de eileen sendo postos lado à lado. moshfegh é extraordinária em sua estranheza absurda, e humana; e, na verdade, iguinho do passado, moshfegh não é bestseller porque ela força para vender, mas porque ela é boa mesmo.
me sinto abalado por ter sido tão exposto — e sem um aviso — através de moshfegh neste banquete literário. mas este abalo foi super importante para inúmeras discussões que tive comigo mesmo, e, é aí que a importância da literatura bate em nossa porta. acabo a leitura, e acabo de descobrir um novo favorito.

| "é o mapa de minha infância, minha tristeza, meu éden, meu inferno e meu lar. quando olho para ele agora, meu coração se enche de gratidão e depois se encolhe de desgosto."
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eduarda2418 21/03/2024

Ok
Livro feito exclusivamente pra meninas com daddy issues. minha mãe me assombra muito mais que meu pai. zero impacto
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Carolina1059 31/03/2024

Desconcertante e desconfortável
A narrativa em primeira pessoa nos coloca dentro do consciente de Eileen, uma jovem de 24 anos na década de 60, solitária, auto depreciativa, conflituosa e com estereótipo de sociopata.
Foi uma leitura arrastada que me prendeu nas páginas finais.
Impossível não se compadecer da pessoa que conta a sua própria história, 50 anos depois.
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Lola.Martinez 21/04/2024

Perfeito!
É um livro para mulheres que nunca sentiram amor de verdade que passa por problemas pensamentos que não podem ser comentados e quando finalmente acha alguém que lhe dê 1 migalha de afeto já se apaixona.

A ottessa como sempre sendo uma escritora maravilhosa você consegue sentir todos os sentimentos que a eileen sente e por isso eu acho um pouco pesado você tem que ter força pq é realmente forte sentir tudo oq a eileen sentiu.


Talvez um pouco de amor em sua vida ela não seria assim e é sobre isso que muitas muitas passam... Falaria sem parar mas acho que chega! Haha leiam por favor
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