Silêncio

Silêncio Shusaku Endo




Resenhas - Silêncio


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Raffafust 14/04/2017

Embalado pelo filme quis muito ler o livro, e que sensação maravilhosa ter uma leitura dessas nas mãos. Mergulhando no mundo dos missionários católicos no século 16, somos convidados a nos espantar com como a fé e a maldade sempre andaram lado a lado. De um jeito espantoso vamos passando página a página sabendo que ser padre não era bem visto, na verdade os cristãos não eram. Centenas de padres portugueses e de outros países católicos iam para o Japão na tentativa de catequizar um povo que não somente não aceitava outra religião como maltratava, prendia, e brutalmente assassinava quem os fazia.
Tentando ajudar as aldeias, os jesuítas visitavam as casas, se ofereciam para ensinar os moradores a rezarem e a passar os ensinamentos da igreja. Muitas vezes eram recebidos bem por eles, mas quando descobertos eram açoitados até a morte. A riqueza de detalhes é impressionante.
Padre Ferreira foi até o Japão em sua missão mas nunca mais voltou, ele era o mestre de Padre Rodrigues, que desolado sem acreditar nos rumores de que seu exemplo se deixou levar em solo japonês e mudou de religião, veleja até o local indo atrás dele, e da verdade.
Não vai encontrar nada facilmente, vai passar por lugares muito humildes, língua diferente, crenças muito distantes das dele. Nessa busca o que encontrará não fará somente ele refletir sobre quem é e pelo que luta ou acredita mas sim e também até onde nossa fé vai.
O livro é tão incrível que me fez refletir como somos intolerantes com outras religiões, como não aceitamos o que nos é comum.
Alguns diálogos são surpreendentes. Aonde está Deus quando precisamos dele? Porque tanta coisa ruim acontece? É válido sofrer para manter sua fé?
Cruel e realista o falecido autor não nos permite pensar por muito tempo durante a leitura, cada página virada é intensa. Mas já aviso que é impossível fechar esse livro e não refletir sobre nosso nível de fé e as atitudes dos personagens.

site: http://www.meninaquecompravalivros.com.br/2017/03/resenha-silencio-planetalivrosbr.html
day 30/06/2017minha estante
Maravilhosa resenha




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Ricardo.Augusto 22/04/2017

Sem limites para a religião
Acabei o livro e achei muito interessante a forma intensa a qual o autor tenta nos colocar em papéis inversos, juizes e condenados, a todo tempo. O livro não é de leitura rápida, mas se põe em contato direto com a mente e com a fé, e até onde podemos segui-la ou mantê-la.
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day 03/07/2017

maravilhoso!!
"Houve época em que existiram homens da igreja"

O livro conta a história de padres católicos ,que no século 16 ,faziam uma longa jornada para o japão,para pregar e consolidar a fé cristã naquele país tão exótico.
Os padres iam para aldeias onde os cristãos japoneses viviam um cripto-judaísmo ,se escondendo das autoridades que odiavam e combatiam com violência e tortura quem fosse suspeito de ser cristão.
E assim os padres Rodrigues e Garpe ,se aventuram nessas terras estranhas para pregar o evangelho de jesus .
As condições em o povo vive é de miséria total,alimentação escassa e constante medo de serem entregues as autoridades.
Muitos cristãos japoneses morriam de forma muito cruel,tortura que ia de ficaram pendurados a um poço de fezes ,a serem crucificados.
Famílias inteiras pereciam e DEUS sempre em silêncio não demonstrava e nem realizava milagres e livramentos no meio daquele povo.
O que posso dizer sobre essa leitura ,é que é maravilhosamente triste e rica em história .
Um livro onde podemos entender o porque de tantos homens desistirem da fé,ou se agarrarem nela,como se pudessem ser redimidos de suas vidas miseráveis.
Ainda ,não assisti o filme inspirado nessa obra,porém tenho certeza que deve ser maravilhoso.
super recomento a leitura.

site: http://escreverdayse.blogspot.com.br/
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Flavia Braga 18/05/2018

Excelente reflexão cristã
A história de cristãos que passam por diversas provações e julgamentos no Japão do século XVII.
Apresenta várias reflexões sobre a fé cristã, o sofrimento de Jesus e a função de Judas como traidor. E, ao final, chega a conclusão de que o amor de Deus é muito mais misericordioso do que imaginamos.

"Pecado, ele refletiu, não é o que se costuma imaginar; não é roubar, não é mentir. Pecado é um homem pisar brutalmente na vida de outro e ficar bastante alheio às feridas que deixou."
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Aramis 31/05/2018

Queria ter lido ele antes do filme!
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Lethycia Dias 16/03/2019

Angustiante
Séculos atrás, padres jesuítas partiram em missão para catequizar o Japão. Foram bem recebidos, e por algum tempo, tiveram lá suas igrejas e seminários, chegando a converter uma população de 300 mil pessoas. Mas isso começou a desagradar autoridades e líderes feudais japoneses. O cristianismo foi então proibido, e os cristãos japoneses e estrangeiros passaram a ser caçados, torturados e mortos, e o Japão fechou seus portos para navios portugueses.
"Silêncio" nos leva ao Japão do século XVII, quando o cristianismo está proibido, mas ainda é praticado às escondidas por japoneses cristãos que esperam pela volta dos padres. O padre Rodrigues, que é o protagonista, e o padre Garpe partem em missão, entrando clandestinamente no Japão para tentar restaurar a igreja católica no país. Ali, se deparam com uma enorme miséria e com a violência e crueldade dos poderosos.
As autoridades japonesas não querem torturar padres, pois isso os tornaria mártires. Eles então torturam os fiéis, para obrigar os padres a apostatarem, isto é, renunciar à sua fé. Sebastião Rodrigues é submetido a isso, e colocado num confronto direto com sua fé. Como ele poderia negar o seu amor por Cristo? Mas também como poderia deixar que pessoas inocentes sofressem em seu lugar?
O título "Silêncio" traduz o aspecto mais dramático dessa história sem esperança, pois enquanto pessoas sofrem por sua fé, Deus não se manifesta. Deus guarda silêncio. Não parece fazer nada por seus filhos.
Outros aspectos importantes aqui são os paralelos estabelecidos entre o padre Rodrigues e Jesus, e entre o personagem Kichijiro e Judas. Exposto ao sofrimento, Rodrigues não sabe ser forte como Jesus. E, tendo sido denunciado por Kichijiro, não consegue compreender como Cristo pôde manter Judas por perto na noite da última ceia, sabendo que seria traído.
"Silêncio" é uma história sem esperança. Uma história de miséria e crueldade. E é emocionalmente destruidor.

site: https://www.instagram.com/p/BvDHFA3gLes/
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Gabriel.Marques 21/03/2019

Um livro incrível! Uma ficção, apesar de baseada na realidade, que apresenta, de forma crua, a realidade de missionários católicos em um lugar onde o cristianismo é proibido e perseguido, no período das jornadas jesuíticas. É um livro tenso e imprevisível. Praticamente impossível não se chocar com a leitura. O filme consegue ser bem fiel. Leiam antes de o assistirem.
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Marcelly 29/03/2019

O que é, afinal, o silêncio?
Publicado em 1966, pelo escritor japonês Shusaku Endo, o romance "Silêncio" nos traz uma imersão ao Japão do século XVII, mais precisamente ao período do xogunato Tokugawa. Conhecido também por período Edo (1603 até 1867), esse particular xogunato teve por uma de suas características a perseguição ao catolicismo, praticado desde o século anterior na ilha, quando japoneses e portugueses conferiram inúmeras trocas comerciais.
Lembremos que o mercantilismo português não possuía apenas o caráter econômico (com trocas de produtos, como a seda chinesa e as especiarias), mas também um caráter de salvação dos pecados através da religião. As missões jesuítas eram constantes não apenas na América, mas também na África e Ásia.
Neste contexto, o romance histórico aborda a viagem ao Japão dos portugueses Sebastião Rodrigues e Francisco Garpe, dois padres com a missão de encontrar Cristovão Ferreira, seu antigo mestre/professor, depois de perder contato com o mesmo e absorver a notícia que Ferreira tinha apostatado (abandonar a fé antes professada).
Ao chegar na ilha, após uma breve passagem por Macau – China (outro ponto de comércio português naquela época), os padres Rodrigues e Garpe se veem a todo momento sendo ajudados pelos camponeses católicos da ilha, que professavam sua fé clandestinamente. Enquanto Sebastião e Francisco alimentavam a fé daquele povo, que o autor fez parecer faminto, com orações em latim e batizados, os padres – ao longo dos deslocamentos forçados e constantes pelo medo de serem denunciados para as autoridades – se viam cada vez mais testados pelas condições naturais e culturais singulares do Japão. Há fome, sujeira, falta de higiene e uma barreira linguística palpável na brilhante escrita de Endo, através dos relatos da personagem Rodrigues.
A melhor discussão a ser feita desta obra é a do caráter psicológico de seus variados personagens. Estamos falando de sobrevivência. Seja ela da fé, seja ela do corpo. Até onde podemos julgar os limites do indivíduo quando há, diante deste, não somente a morte, mas a morte através da tortura?
O que seria então o silêncio? Será que ele se extingue pelo fato de não verbalizá-lo?
Endo era, ou é, já que um escritor clássico jamais morre, católico. Sua fé influenciou diretamente a construção e a perspectiva dos personagens chaves dessa obra, que apostatando ou não, sempre guardaram sua fé.
Na minha leitura, o Silêncio, embora presente, era artificial. A prova máxima de que a violência e o isolamento são armas, entretanto, são incapazes de eliminar a Verdade.
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Yan 04/02/2020

"Pelo amor aos homens, Cristo apostataria. Mesmo se isso significasse abrir mão de tudo o que tinha."

Silencio foi talvez a obra sobre cristianismo mais sincera que li. Trata da missão de dois missionários portugueses ao Japão seiscentista, onde a religião cristã está terminantemente proibida pelos governantes da época.

Consegue retratar de maneira excepcional a doutrina da igreja apostólica romana de Portugal quanto aos seus mensageiros sagrados. As decisões do padre, pensamentos e a ações remontam vividamente a jornada de um jesuíta da Companhia de Jesus, a exuberância de detalhes de Shusaku Endo constrói um ótimo cenário da época.

A dualidade entre a própria fé e o compromisso com a Igreja transita durante toda a narrativa. E esses juízos de valor transpostos nas divagações do padre Rodrigues são riquíssimos para entender a fé judaico-cristã, seus problemas e limitações.
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Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

Silêncio, de Shusaku Endo – Nota 9/10
Publicado em 1966 e vencedor do Prêmio Tanizaki (um dos principais prêmios literários do Japão), “Silêncio” é uma ficção histórica envolvente e que conseguiu me transportar para um período da História pouco conhecido, mas extremamente interessante: a ida de jesuítas europeus, principalmente portugueses, para tentar levar a fé cristã à população japonesa.

O enredo tem enfoque na vida de Sebastião Rodrigues, um missionário português que é enviado ao Japão para fortalecer a atuação da igreja no país. Nos últimos anos, a religião cristã estava sendo alvo de uma batalha do governo japonês contra o avanço das ideologias ocidentais, promovendo perseguições contra japoneses que haviam se convertido para o catolicismo e contra os próprios jesuítas missionários. Rodrigues também vai com a função de investigar a história de Ferreira, um padre jesuíta que supostamente teria cometido apostasia, isto é, renunciado à sua fé por conta da repressão japonesa. A igreja não conseguia acreditar nessa informação: um cristão deveria resistir a todo tipo de pressão e tortura e nunca abrir mão de sua fé.

Com a chegada de Rodrigues em território japonês, os missionários encontram populações de cristãos servos e pobres, que precisam se esconder para poder praticar sua fé. Quem é encontrado pelo governo é preso, torturado e, caso não aceite renunciar a fé, é até mesmo morto.

A partir disso, nos deparamos com um contraste fascinante entre ocidente e oriente, não só no que se refere a costumes e tradições, mas, principalmente, a crenças e à própria forma de enxergar uma religião. Assim, além de uma excelente ficção histórica, que às vezes pode conter passagens mais lentas, o livro traz questionamentos muito interessantes sobre o verdadeiro significado da fé e da crença.

Também achei legal saber que o autor tem uma forte relação com a temática da obra: Shusaku Endo é um japonês católico – como cerca de 1% da sociedade japonesa – que foi para o ocidente quando jovem para continuar seus estudos. Ou seja, o próprio autor vivenciou esses contrastes e soube transmitir isso para o seu leitor de forma notável!

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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Estevão 21/03/2020

leitura agradável #kindle
fiquei com vontade de assistir o filme dirigido por Martin Scorsese
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RAGGI0 27/03/2020

Emocionante e Perturbador
Sinceramente, apesar da leitura ser um pouco cansativa até o meio, é, de longe, o melhor livro que li em 2019. Ele mostra outro aspecto da religião de uma forma que a igreja nunca costuma pensar e, também, define o verdadeiro caráter que um religioso deveria ter, mas nunca tem. SENSACIONAL ESSE LIVRO. Indico a todos!
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Yvan 04/04/2020

Bom ler qd vc tem a possibilidade de imergir na vivência de missionários europeus no Japão em pelo século XVI.

Romance histórico que retrata de uma maneira fiel a questão da religião, no caso o cristianismo. Temáticas importantes como a intolerância e o radicalismo são tratadas de forma a deixar uma reflexão importante.
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