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Resenhas - Silêncio
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Bookster Pedro Pacifico
26/02/2020
Silêncio, de Shusaku Endo – Nota 9/10
Publicado em 1966 e vencedor do Prêmio Tanizaki (um dos principais prêmios literários do Japão), “Silêncio” é uma ficção histórica envolvente e que conseguiu me transportar para um período da História pouco conhecido, mas extremamente interessante: a ida de jesuítas europeus, principalmente portugueses, para tentar levar a fé cristã à população japonesa.
O enredo tem enfoque na vida de Sebastião Rodrigues, um missionário português que é enviado ao Japão para fortalecer a atuação da igreja no país. Nos últimos anos, a religião cristã estava sendo alvo de uma batalha do governo japonês contra o avanço das ideologias ocidentais, promovendo perseguições contra japoneses que haviam se convertido para o catolicismo e contra os próprios jesuítas missionários. Rodrigues também vai com a função de investigar a história de Ferreira, um padre jesuíta que supostamente teria cometido apostasia, isto é, renunciado à sua fé por conta da repressão japonesa. A igreja não conseguia acreditar nessa informação: um cristão deveria resistir a todo tipo de pressão e tortura e nunca abrir mão de sua fé.
Com a chegada de Rodrigues em território japonês, os missionários encontram populações de cristãos servos e pobres, que precisam se esconder para poder praticar sua fé. Quem é encontrado pelo governo é preso, torturado e, caso não aceite renunciar a fé, é até mesmo morto.
A partir disso, nos deparamos com um contraste fascinante entre ocidente e oriente, não só no que se refere a costumes e tradições, mas, principalmente, a crenças e à própria forma de enxergar uma religião. Assim, além de uma excelente ficção histórica, que às vezes pode conter passagens mais lentas, o livro traz questionamentos muito interessantes sobre o verdadeiro significado da fé e da crença.
Também achei legal saber que o autor tem uma forte relação com a temática da obra: Shusaku Endo é um japonês católico – como cerca de 1% da sociedade japonesa – que foi para o ocidente quando jovem para continuar seus estudos. Ou seja, o próprio autor vivenciou esses contrastes e soube transmitir isso para o seu leitor de forma notável!
site: https://www.instagram.com/book.ster/
26/02/2020Silêncio, de Shusaku Endo – Nota 9/10
Publicado em 1966 e vencedor do Prêmio Tanizaki (um dos principais prêmios literários do Japão), “Silêncio” é uma ficção histórica envolvente e que conseguiu me transportar para um período da História pouco conhecido, mas extremamente interessante: a ida de jesuítas europeus, principalmente portugueses, para tentar levar a fé cristã à população japonesa.
O enredo tem enfoque na vida de Sebastião Rodrigues, um missionário português que é enviado ao Japão para fortalecer a atuação da igreja no país. Nos últimos anos, a religião cristã estava sendo alvo de uma batalha do governo japonês contra o avanço das ideologias ocidentais, promovendo perseguições contra japoneses que haviam se convertido para o catolicismo e contra os próprios jesuítas missionários. Rodrigues também vai com a função de investigar a história de Ferreira, um padre jesuíta que supostamente teria cometido apostasia, isto é, renunciado à sua fé por conta da repressão japonesa. A igreja não conseguia acreditar nessa informação: um cristão deveria resistir a todo tipo de pressão e tortura e nunca abrir mão de sua fé.
Com a chegada de Rodrigues em território japonês, os missionários encontram populações de cristãos servos e pobres, que precisam se esconder para poder praticar sua fé. Quem é encontrado pelo governo é preso, torturado e, caso não aceite renunciar a fé, é até mesmo morto.
A partir disso, nos deparamos com um contraste fascinante entre ocidente e oriente, não só no que se refere a costumes e tradições, mas, principalmente, a crenças e à própria forma de enxergar uma religião. Assim, além de uma excelente ficção histórica, que às vezes pode conter passagens mais lentas, o livro traz questionamentos muito interessantes sobre o verdadeiro significado da fé e da crença.
Também achei legal saber que o autor tem uma forte relação com a temática da obra: Shusaku Endo é um japonês católico – como cerca de 1% da sociedade japonesa – que foi para o ocidente quando jovem para continuar seus estudos. Ou seja, o próprio autor vivenciou esses contrastes e soube transmitir isso para o seu leitor de forma notável!
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EvaA 19/03/2021
Muito melhor que o filme
Vi o filme e fiquei muito inquieta com o final. Decidi ler o livro para ver se o final era o mesmo.
O livro é muito melhor que o filme.
Muito melhor que o filme
Vi o filme e fiquei muito inquieta com o final. Decidi ler o livro para ver se o final era o mesmo.
O livro é muito melhor que o filme.
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Carlos Nunes 24/01/2023
Até onde vai o alcance da nossa fé?
SILÊNCIO conta a história de um padre português, que em 1630 foi com outro companheiro para o Japão, à procura de um antigo professor, de quem chegaram notícias de que havia apostatado, ou renegado a fé. Após um longo período em que o Cristianismo floresceu naquele país, agora os cristãos estavam sendo barbaramente perseguidos e exterminados. Animados pela fé e pela crença de que estão seguindo os passos de tantos outros missionários anteriores que levaram os ensinamentos de Jesus a terras distantes, e guiados por uma figura bem esquisita e ambígua, o japonês Kichijiro, os padres encontrarão uma realidade bem diferente do que imaginaram: aldeões vivendo em condições de miséria quase absoluta, perseguição, torturas, cristãos que não negaram a fé sendo mortos de maneiras bastante brutais, e não demora para questionarem como aquelas pessoas podem viver naquela situação e ainda assim perseverarem na fé cristã e por que Deus não se manifesta diante de tantas atrocidades.
E apesar do tema e de ter como personagem principal um padre, SILÊNCIO é um livro que funciona muito bem para quem não é católico ou mesmo que não professe nenhuma religião. Qualquer pessoa pode tirar desse livro várias lições e reflexões sobre o que e como é realmente acreditar em algo que você não pode ver mas que está enraizado no seu coração, que faz todo sentido para você e como essa crença pode impulsionar o ser humano a limites inacreditáveis. Não é um livro que oferece respostas mas que provoca um mergulho em nossas próprias crenças e que nos leva a pensar sobre qual caminho escolheríamos caso estivéssemos no lugar daqueles padres ou japoneses cristãos.
E apesar de ter uma escrita fácil e envolvente, é também um livro bem introspectivo, com muitos momentos difíceis e angustiantes, em que às vezes é necessária uma pausa, que impressiona pelo sofrimento e pela solidão dos personagens. Muito interessantes também são os diálogos travados entre o padre Rodrigues e o oficial japonês responsável pelas prisões, o Inoue. Nesses diálogos, é traçado um paralelo entre o Budismo e o Cirstianismo, entre a realidade do Japão e a da Europa, das motivações e formas diferentes de exercer a religião. Talvez no fundo o Cristianismo que aqueles japoneses dizem praticar e acreditar não seja o mesmo Cristianismo que os padres acham que eles praticam. O Japão é colocado como um pântano onde nenhuma planta estrangeira poderia fincar raízes, pois elas apodreceriam. Por fim, mesmo não sendo exatamente um romance histórico, mesmo assim traz muitos esclarecimentos e conhecimento sobre a história tanto do Catolicismo quanto do Japão, sobre esse tema do qual nunca ou muito pouco ouvimos falar.
Até onde vai o alcance da nossa fé?
SILÊNCIO conta a história de um padre português, que em 1630 foi com outro companheiro para o Japão, à procura de um antigo professor, de quem chegaram notícias de que havia apostatado, ou renegado a fé. Após um longo período em que o Cristianismo floresceu naquele país, agora os cristãos estavam sendo barbaramente perseguidos e exterminados. Animados pela fé e pela crença de que estão seguindo os passos de tantos outros missionários anteriores que levaram os ensinamentos de Jesus a terras distantes, e guiados por uma figura bem esquisita e ambígua, o japonês Kichijiro, os padres encontrarão uma realidade bem diferente do que imaginaram: aldeões vivendo em condições de miséria quase absoluta, perseguição, torturas, cristãos que não negaram a fé sendo mortos de maneiras bastante brutais, e não demora para questionarem como aquelas pessoas podem viver naquela situação e ainda assim perseverarem na fé cristã e por que Deus não se manifesta diante de tantas atrocidades.
E apesar do tema e de ter como personagem principal um padre, SILÊNCIO é um livro que funciona muito bem para quem não é católico ou mesmo que não professe nenhuma religião. Qualquer pessoa pode tirar desse livro várias lições e reflexões sobre o que e como é realmente acreditar em algo que você não pode ver mas que está enraizado no seu coração, que faz todo sentido para você e como essa crença pode impulsionar o ser humano a limites inacreditáveis. Não é um livro que oferece respostas mas que provoca um mergulho em nossas próprias crenças e que nos leva a pensar sobre qual caminho escolheríamos caso estivéssemos no lugar daqueles padres ou japoneses cristãos.
E apesar de ter uma escrita fácil e envolvente, é também um livro bem introspectivo, com muitos momentos difíceis e angustiantes, em que às vezes é necessária uma pausa, que impressiona pelo sofrimento e pela solidão dos personagens. Muito interessantes também são os diálogos travados entre o padre Rodrigues e o oficial japonês responsável pelas prisões, o Inoue. Nesses diálogos, é traçado um paralelo entre o Budismo e o Cirstianismo, entre a realidade do Japão e a da Europa, das motivações e formas diferentes de exercer a religião. Talvez no fundo o Cristianismo que aqueles japoneses dizem praticar e acreditar não seja o mesmo Cristianismo que os padres acham que eles praticam. O Japão é colocado como um pântano onde nenhuma planta estrangeira poderia fincar raízes, pois elas apodreceriam. Por fim, mesmo não sendo exatamente um romance histórico, mesmo assim traz muitos esclarecimentos e conhecimento sobre a história tanto do Catolicismo quanto do Japão, sobre esse tema do qual nunca ou muito pouco ouvimos falar.
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Vitorito 15/01/2022
Confrontador, assertivo, real.
O livro nos conta a história de uma missão, onde fé e sofrimento se atrelam incapazes de não serem uma coisa só, onde certo e errado se confundem e o dever entra em conflito com o clamor. Quantas dúvidas o silêncio faz ecoar, principalmente quando ele vem da voz que tem todas as respostas, e pode fazer todas as outras calar. Uma terra distante e uma vida inteira pra alcançar, silêncio nos mostra o caminho e o sacrifício necessário pra o conquistar, só basta descobrir o quanto um homem está disposto a abrir mão, e do quanto ele pode suportar.
Confrontador, assertivo, real.
O livro nos conta a história de uma missão, onde fé e sofrimento se atrelam incapazes de não serem uma coisa só, onde certo e errado se confundem e o dever entra em conflito com o clamor. Quantas dúvidas o silêncio faz ecoar, principalmente quando ele vem da voz que tem todas as respostas, e pode fazer todas as outras calar. Uma terra distante e uma vida inteira pra alcançar, silêncio nos mostra o caminho e o sacrifício necessário pra o conquistar, só basta descobrir o quanto um homem está disposto a abrir mão, e do quanto ele pode suportar.
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Tharlley 11/05/2020
Bem complexo
Dois mundos se encontrando com todos as singularidades que o encontro permite, vale a pena.
Bem complexo
Dois mundos se encontrando com todos as singularidades que o encontro permite, vale a pena.
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pukas26 16/05/2021
Sua fé é inabalável?
Livro bem interessante que relata quando o cristianismo/catolicismo estava sendo perseguido no Japão. Porém, a mensagem mais interessante é quanto vale a sua fé. Vi algumas críticas negativas, mas me pergunto: quantos cristãos de hoje conseguiriam suportar as torturas ou morreriam como mártires?
Sua fé é inabalável?
Livro bem interessante que relata quando o cristianismo/catolicismo estava sendo perseguido no Japão. Porém, a mensagem mais interessante é quanto vale a sua fé. Vi algumas críticas negativas, mas me pergunto: quantos cristãos de hoje conseguiriam suportar as torturas ou morreriam como mártires?
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Beto 25/03/2021
Uma obra devastadora
Magistral. Precisa. Dolorosa. Avassaladora.
É difícil definir o que Shusaku Endo é capaz de transmitir em sua obra prima "Silêncio". Mais do que um retrato histórico da perseguição imposta ao catolicismo no Japão, o livro lhe coloca na pele de Sebastião Rodrigues: sentido suas dores, aflições, dúvidas e, principalmente, sua relação com o sagrado.
Endo é capaz de gerar uma reflexão individual sobre qual seria a sua reação se você estivesse no lugar dos nipônicos perseguidos. Fingiria que abandou a fé? Resistiria ao martírio? Desejaria o martírio para se sentir bem? Cada um possui sua resposta e, ao longo do livro, o desenrolar faz com que entendamos o que leva a cada decisão dos personagens - até mesmo com Kichijiro e sua personalidade dúbia tornam-se compreensíveis.
Isso não quer dizer, contudo, que o autor esteja relativizando o que ele mesmo pensa sobre a fé. Ao longo do livro, é possível perceber quem realmente está seguindo os passos de Jesus, como cada um lida com seu sofrimento interno e - agora vem o principal - como lidam com o silêncio de Deus. O silêncio mais amedrontador do mundo. O silêncio que leva a crer que tudo foi em vão e que sua vida não vale mais a pena. O silêncio de Deus é mortal e perturbador, colocando à prova as crenças e a própria razão de viver.
Endo apresenta todas essas questões no livro com maestria ímpar, o que torna "Silêncio" uma obra tão especial e primordial. Já se tornou um dos meus parceiros de cabeceira e um dos meus livros favoritos, tocando na alma de um católico que percebeu que ainda há muito a ser aprendido - e que se perguntou muito o que faria na mesma situação que o Padre Rodrigues.
Uma obra devastadora
Magistral. Precisa. Dolorosa. Avassaladora.
É difícil definir o que Shusaku Endo é capaz de transmitir em sua obra prima "Silêncio". Mais do que um retrato histórico da perseguição imposta ao catolicismo no Japão, o livro lhe coloca na pele de Sebastião Rodrigues: sentido suas dores, aflições, dúvidas e, principalmente, sua relação com o sagrado.
Endo é capaz de gerar uma reflexão individual sobre qual seria a sua reação se você estivesse no lugar dos nipônicos perseguidos. Fingiria que abandou a fé? Resistiria ao martírio? Desejaria o martírio para se sentir bem? Cada um possui sua resposta e, ao longo do livro, o desenrolar faz com que entendamos o que leva a cada decisão dos personagens - até mesmo com Kichijiro e sua personalidade dúbia tornam-se compreensíveis.
Isso não quer dizer, contudo, que o autor esteja relativizando o que ele mesmo pensa sobre a fé. Ao longo do livro, é possível perceber quem realmente está seguindo os passos de Jesus, como cada um lida com seu sofrimento interno e - agora vem o principal - como lidam com o silêncio de Deus. O silêncio mais amedrontador do mundo. O silêncio que leva a crer que tudo foi em vão e que sua vida não vale mais a pena. O silêncio de Deus é mortal e perturbador, colocando à prova as crenças e a própria razão de viver.
Endo apresenta todas essas questões no livro com maestria ímpar, o que torna "Silêncio" uma obra tão especial e primordial. Já se tornou um dos meus parceiros de cabeceira e um dos meus livros favoritos, tocando na alma de um católico que percebeu que ainda há muito a ser aprendido - e que se perguntou muito o que faria na mesma situação que o Padre Rodrigues.
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Ryllder 28/03/2021
Absurdo da fé
Novela que se passa em inícios do século XVII, num Japão ainda dominado por um tipo de feudalismo.A Igreja Católica envia sacerdotes para converter seus habitantes à fé cristã. Livro com um tom contemplativo. Acredito que a mensagem que o romance tenta transmitir seja recebida de forma distinta por um crente na fé ou um agnóstico/ateu, que é meu caso. Vi mais lógica no pensamento dos japoneses, mais praticidade. Essa fé inabalável sob os mais diversos tipos de torturas, físicas e psicológicas, não faz sentido para os japoneses não-cristãos. Meu sentimento de absurdo saiu mais reforçado ao término da leitura.O autor tem um escrita muito elegante.
Absurdo da fé
Novela que se passa em inícios do século XVII, num Japão ainda dominado por um tipo de feudalismo.A Igreja Católica envia sacerdotes para converter seus habitantes à fé cristã. Livro com um tom contemplativo. Acredito que a mensagem que o romance tenta transmitir seja recebida de forma distinta por um crente na fé ou um agnóstico/ateu, que é meu caso. Vi mais lógica no pensamento dos japoneses, mais praticidade. Essa fé inabalável sob os mais diversos tipos de torturas, físicas e psicológicas, não faz sentido para os japoneses não-cristãos. Meu sentimento de absurdo saiu mais reforçado ao término da leitura.O autor tem um escrita muito elegante.
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RAGGI0 27/03/2020
Emocionante e Perturbador
Sinceramente, apesar da leitura ser um pouco cansativa até o meio, é, de longe, o melhor livro que li em 2019. Ele mostra outro aspecto da religião de uma forma que a igreja nunca costuma pensar e, também, define o verdadeiro caráter que um religioso deveria ter, mas nunca tem. SENSACIONAL ESSE LIVRO. Indico a todos!
Emocionante e Perturbador
Sinceramente, apesar da leitura ser um pouco cansativa até o meio, é, de longe, o melhor livro que li em 2019. Ele mostra outro aspecto da religião de uma forma que a igreja nunca costuma pensar e, também, define o verdadeiro caráter que um religioso deveria ter, mas nunca tem. SENSACIONAL ESSE LIVRO. Indico a todos!
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João 11/06/2022
Onde está Deus?
Shusaku Endo nos presenteia com uma ficção histórica baseada em fatos que se passa no Japão da primeira metade de 1600.
O livro conta a história de dois padres portugueses que decidem embarcar em uma viagem para o arquipélago japonês, desafiando a proibição ao cristianismo que lá imperava para auxiliar os cristãos que estavam sendo perseguidos.
O ponto forte do livro está no personagem principal, padre Sebastião Rodrigues, que, em face de tanta perseguição, tortura e morte, começa a questionar sua própria fé e o silêncio de Deus.
É um livro que sem dúvida vale muito a pena ser lido com calma para captar a mensagem que o autor constrói através de detalhes.
Onde está Deus?
Shusaku Endo nos presenteia com uma ficção histórica baseada em fatos que se passa no Japão da primeira metade de 1600.
O livro conta a história de dois padres portugueses que decidem embarcar em uma viagem para o arquipélago japonês, desafiando a proibição ao cristianismo que lá imperava para auxiliar os cristãos que estavam sendo perseguidos.
O ponto forte do livro está no personagem principal, padre Sebastião Rodrigues, que, em face de tanta perseguição, tortura e morte, começa a questionar sua própria fé e o silêncio de Deus.
É um livro que sem dúvida vale muito a pena ser lido com calma para captar a mensagem que o autor constrói através de detalhes.
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Gabriel 25/01/2021
Combatendo uma religião de mártires
Silêncio retrata a perseguição do cristianismo "naquele grande charco que é o Japão". O que me chamou a atenção foi a posição do autor, Shusaku Endo, que apesar de compartilhar a crença católica, não se mostrou condescendente demais com os padres católicos, em especial o protagonista da história, que muitas vezes se mostra arrocante e vaidoso. Apesar da barbárie praticada pela nobreza japonesa nessa perseguição, há o levantamento crítico, muito bem colocado narrativamente por parte dessa nobreza, acerca da conduta evangelizadora do cristianismo, e de um ponto de vista que transcende a obra em si, de todas a religiões. Eu adorei o livro. Só não dou 5 estrelas por conta de um erro narrativo: a narração por cartas em primeira pessoa deveria ter se interrompido quando eles estão em Macau. Porém continua por um longo tempo já dentro do Japão, e isso não faz sentido. Mas é um erro bobo que não tira o brilhantismo desse livro, de jeito nenhum.
Combatendo uma religião de mártires
Silêncio retrata a perseguição do cristianismo "naquele grande charco que é o Japão". O que me chamou a atenção foi a posição do autor, Shusaku Endo, que apesar de compartilhar a crença católica, não se mostrou condescendente demais com os padres católicos, em especial o protagonista da história, que muitas vezes se mostra arrocante e vaidoso. Apesar da barbárie praticada pela nobreza japonesa nessa perseguição, há o levantamento crítico, muito bem colocado narrativamente por parte dessa nobreza, acerca da conduta evangelizadora do cristianismo, e de um ponto de vista que transcende a obra em si, de todas a religiões. Eu adorei o livro. Só não dou 5 estrelas por conta de um erro narrativo: a narração por cartas em primeira pessoa deveria ter se interrompido quando eles estão em Macau. Porém continua por um longo tempo já dentro do Japão, e isso não faz sentido. Mas é um erro bobo que não tira o brilhantismo desse livro, de jeito nenhum.
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Beto | @beto_anderson 13/05/2020
Boas reflexões
O livro traz boas reflexões sobre as crenças religiosas, sobre aceitar ou questionar o diferente. Em sua obra, Shusaku Endo mostra como o Cristianismo era vista no Japão em um período de grande conflitos na região. O texto é tranquilo, apesar de algumas passagens mais reflexivas.
site: https://www.instagram.com/beto_anderson/
13/05/2020Boas reflexões
O livro traz boas reflexões sobre as crenças religiosas, sobre aceitar ou questionar o diferente. Em sua obra, Shusaku Endo mostra como o Cristianismo era vista no Japão em um período de grande conflitos na região. O texto é tranquilo, apesar de algumas passagens mais reflexivas.
site: https://www.instagram.com/beto_anderson/
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Mourão 11/05/2020
A fé...
Em 1614, o cristianismo foi proibido no Japão e iniciou-se uma grande perseguição aos praticantes de tal religião. Utilizando torturas e assassinatos o governo Japonês foi diminuindo a pratica do cristianismo no país.
Havia focos de resistência nas ilhas e congregações missionárias enviavam padres para o Japão na tentativa e reconquistar os fiéis e manter viva a pratica religiosa. Acompanhamos a historia com três missionarios enviados para realizar esse serviço secreto de manter a religião cristã de pé, mas as torturas e massacres são tão presentes que os proprios missionarios questionam seus ensinamentos e crenças.
A fé...
Em 1614, o cristianismo foi proibido no Japão e iniciou-se uma grande perseguição aos praticantes de tal religião. Utilizando torturas e assassinatos o governo Japonês foi diminuindo a pratica do cristianismo no país.
Havia focos de resistência nas ilhas e congregações missionárias enviavam padres para o Japão na tentativa e reconquistar os fiéis e manter viva a pratica religiosa. Acompanhamos a historia com três missionarios enviados para realizar esse serviço secreto de manter a religião cristã de pé, mas as torturas e massacres são tão presentes que os proprios missionarios questionam seus ensinamentos e crenças.
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