Estranhos à Nossa Porta

Estranhos à Nossa Porta Zygmunt Bauman




Resenhas - Estranhos à Nossa Porta


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River Song 22/11/2023

A filosofia pode ser apresentada através de uma construção linear de pensamento que auxilie na construção dos conceitos na mente do leitor. Não é o caso desse livro.
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LucAlio.CAmara 01/09/2023

Estranho em nossa porta
Sobre o que achei:

Zygmunt Bauman faz uma crítica aos pais europeus que prometeram um acolhimento aos migrantes e dando-os boas oportunidades de emprego e moradia e na verdade nada disso acontece. E Bauman crítica os políticos com as gestão adquirida e tal formato. O pedido de asilos e refúgio de país com conflitos também não são subentendidos para Burgman. No entanto , só para esclarecer os migrantes em massa são de 2000 a 2015.

Eu acredito e tenho certeza em afirmar que com o Afeganistão e a guerra na Ucrânia a Europa como em específico no livro a França e outros países europeus estão recebendo muito mais migração. E isso envolve vários comportamentos diferentes e culturais para os países.

ATUAL:
Por exemplo, atualmente falando em 2023 , aqui no Brasil estamos recebendo afegão no aeroporto internacional e não sabemos o que fazer. Baumann destaca a moradia, a mão de obra trabalhista, etc, entre outros fatores.
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Brisa.Duarte 15/04/2023

Construir pontes ao invés de muros
Foi minha primeira leitura do Bauman, mesmo já admirando citações dele, ainda não tinha lido uma obra completa.

Achei o conteúdo bem interessante e em alguns momentos bem denso, pois misturava uma reflexão filosófica e sociológica do que motiva, ou está por trás dos comportamentos.

Trouxe fatos, falas e posicionamentos políticos em referência aos migrantes forçados. Críticas bem duras, mas necessárias.

Bauman mostrou a importância da integração desses "estranhos" e a riqueza que trazem consigo, a nível cultural, de conhecimento, mas também de força de trabalho.

Vou usar essa obra no meu TCC, mas já queria fazer a leitura independente disso.
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Ana Tambara 25/07/2021

Esclarecedor
"A desumanização abre caminho à exclusão da categoria de seres humanos legítimos, portadores de direitos, e leva, com nefastas consequências, à passagem do tema da migração da esfera ética para as de ameaça a segurança..."

Uma boa síntese dos acontecimentos relativos a migração. Achei que o Bauman se repetiu em alguns momentos, mas é um bom livro. Rapidinho de ler e cheio de conteúdo.
Recomendo!
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Icaro.Jatoba 01/12/2020

O livro traz provocações necessárias a respeito do crescente egoísmo e da xenofobia, sobretudo na Europa.
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Ivan de Melo 24/07/2020

Uma crise humanitária a caminho, o olhar de Zygmunt Bauman sobre as relações sociais e as ondas migratórias na Europa
Toda vez que pego alguma coisa de Zygmunt Bauman eu já tenho a certeza, antes mesmo de folhear as primeiras páginas, de que eu não sairei o mesmo após o término da leitura. Bauman tem uma escrita que funciona como uma pedrada, nos fazendo instintivamente procurar a direção de onde partiu o arremesso, um despertar de atenção, um desvio do olhar e claro, uma dor pungente. Quando sentei para escrever um comentário sobre o livro em questão imaginava o que Bauman escreveria sobre o momento em que vivemos hoje, julho de 2020, mas logo percebi que na verdade este velho sociólogo escreveu uma vasta obra exatamente sobre este momento, sempre em tom de alerta, inclusive. A extensa bibliografia deixada por Bauman, este homem cuja produção intelectual o seguiu até os últimos dias dos seus 91 anos, foi uma reflexão aprofundada sobre a crise das relações humanas, sobre os reflexos de uma sociedade individualista e de afetos cada vez mais “líquidos” em meio a pós-modernidade. Bauman escreveu sobre política, sobre identidade, sobre o tempo, sobre a educação, sempre preocupado com uma crise humanitária em curso, um grande presságio talvez para a pandemia do covid-19 enquanto experiência transnacional que vivemos hoje.

Todos estes temas próprios do pensamento baumaniano retornam neste que foi um dos últimos escritos do autor para pensar uma outra crise humanitária atual: a crise migratória na Europa. Aqui o sociólogo procura compreender como as relações humanas se esgarçaram a ponto das ondas migratórias em decorrência dos conflitos políticos, étnicos e religiosos que ocorrem no mundo suscitarem sentimentos mais próximos do medo, do descaso e da repulsa do que da empatia, da alteridade e da hospitalidade. Para isso, o autor discute como as sociedades, dentro da lógica retroalimentada do Estado-nação, vivem ilusões de segurança que são colocadas em risco pela experiência destas pessoas que cruzam mar e terra, estes “estranhos à nossa porta”, para lembrar-nos que estas estruturas são precárias, que os espaços de segurança são passíveis de tornarem-se ruínas.

No desenrolar dos seis artigos que integram este livro, Bauman dialoga sua premissa com uma série de outros autores, como Mikhail Bakhtin, para analisar como as políticas de Estado buscam tornar os “medos cósmicos” em “medos oficiais” que servem de base para os discursos xenofóbicos e políticas de exclusão/restrição praticadas; com Byung-Chul Han, ao pensar como a lógica da “sociedade da performance” impõe aos sujeitos-performers um processo de individuação frente a inadequação do elemento “estranho”; e com Eric Hobsbawn, ao destacar como a nação e o nacionalismo tornam-se perigosos subterfúgios em momentos em que as sociedades falham miseravelmente em encontrar soluções conjuntas para as crises que se alastram pelo globo, momentos estes em que a construção de muros deveria ceder lugar a construção de pontes.

Este livro nos ajuda na construção de um olhar mais clínico sobre as políticas levadas a cabo não somente pelos Estados europeus, mas também as que foram aplicadas por aqui no caso Brasil-Venezuela recentemente, e também a uma meditação mais demorada sobre os conflitos em curso no Oriente Médio e seus impactos, por exemplo. Obviamente, ler esta obra neste momento também implicará a consideração de temas atuais como as diferentes medidas estabelecidas pelos países no combate ao novo corona vírus que vão do isolamento agressivo ao descaso impune, discussão que Bauman propõe mais detidamente no artigo “Flutuando pela insegurança em busca de uma âncora” a partir do conceito de “securitização”. Um livro curto, denso e necessário. Leitura indicada para todos.
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Paulo Silas 13/08/2019

Em "Estranhos à Nossa Porta", Bauman expõe um cenário triste e perturbador acerca da condição da figura dos refugiados, explanando e pontuando os fatores que circundam a crise humanitária vivida atualmente, dentre as quais o crescente fenômeno de ações reacionárias envoltas ao estado daqueles que batem à porta da Europa em busca de socorro e auxílio que ensejam muitas vezes em políticas de separação, dada a ausência de solidariedade entre os seres humanos, de modo que muros são construídos com o fito de se evitar os refugiados. O livro traz diversas reflexões críticas a respeito dessa situação, uma vez que se trata de um fenômeno atual e em voga.

No primeiro dos seis textos que compõem a obra, "O pânico migratório e seus "(ab)usos", Bauman demonstra que o fenômeno da migração em massa não recente, dissecando a questão a ponto de defender que "devemos procurar oportunidades de entrar num contato estreito e cada vez mais íntimo" com os refugiados. Nos textos que seguem, "Flutuando pela insegurança em busca de uma âncora", "Sobre a trilha dos tiranos (ou tiranas)", "Juntos e amontoados", "Problemáticos, irritantes, indesejados: inadmíssíveis" e "Antropológicas versus temporárias: as raízes do ódio", o sociólogo percorre pelos meandros dos diversos fatores que estão presentes, interna e externamente, na questão da migração, dos refugiados, tais como a desumanização que abre caminho para a exclusão de seres humanos, o "sentido generalizado de insegurança existencial" como um fato categórico e o poder de sedução dos tiranos que se utilizam do receio, do medo, da angústia, da raiva e da cautela para insuflar esses sentimentos no povo com aspirações políticas - de chegar, estar e permanecer no poder com promessas de agir.

A leitura que Bauman faz da questão migratória, portanto, é no sentido de que a alternativa viável e necessária se dá com a rejeição das propostas de separação, reconhecendo-se que há uma interdependência como espécie inerente da condição humana. Como bem pontua o autor, "os problemas gerados pela "crise migratória" atual e exacerbados pelo pânico que o tema provoca pertencem à categoria dos mais complexos e controversos: neles, o imperativo categórico da moral entra em confronto direto com o medo do "grande desconhecido" simbolizado pelas massas de estranhos à nossa porta". Há de se refutar o ímpeto separatista que surge como proposta de ação no âmbito desse cenário: essa é a defesa que Bauman faz na obra. "Estranhos à Nossa Porta" possibilita compreender melhor toda a problemática da coisa, estabelecendo que "a humanidade está em crise - e não existe outra saída para ela senão a solidariedade dos seres humanos". Eis a razão da importância da obra.


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Babi.Freitas 28/01/2018

Perfeito
É um soco no estômago. Simplesmente maravilhoso e assertivo.
Fernanda 03/12/2018minha estante
QUERO MUITO LER ESTE LIVRO!




HeLe 17/12/2017

Crise Humanitária
Em "Estranhos à nossa porta" , Bauman propõe uma reflexão atual e mais do que necessária, a crise humanitária.

O autor utiliza como referencial para as discussões e análises artigos, editoriais, livros e discursos de governantes. O corpo do livro é dividido em seis capítulos.

1) O pânico migratório e seus abusos – Bauman contextualiza que a migração em massa não é um fenômeno recente. Ele tem acompanhado a era moderna, por vezes, apenas mudando e revertendo a direção. No momento, com a profunda e aparentemente insolúvel desestabilização do Oriente Médio. O autor traz termos bem discutíveis como: pânico moral; comunidades fechadas; mixofobia; políticas suicidas; cultura do conforto e câmaras de eco.

2) Flutuando pela insegurança em busca de uma âncora – Bauman resgata pesquisas realizadas na Europa em relação ao posicionamento da população com políticas de flexibilização para migração. E, como a política e a mídia são aliadas na disseminação do chamado "medo e ansiedade oficial", em um termo até então não muito conhecido –, securitização. Analisa como o mercado lucra com o medo; que a securitização favorece o recrutamento de verdadeiros terroristas e o crescimento de alistamento e aliciamento de jovens europeus a grupos extremistas.

3) Sobre a trilha dos tiranos (ou tiranas) – Bauman destaca como os discursos de Trump ganharam e ganham força. A partir do texto intitulado "Donald Trump e a revolta da classe ansiosa (de Robert Reich)" . Neste capítulo há algumas analogias, baseadas tanto no Evangelho de Mateus, em livros como "O processo", "O Castelo", na tese de doutorado de Foucault, textos de Bakhtin e na obra pioneira de Eric Hobsbawm. Atenta-nos aos discursos e "truques de mágicas"; como os sistemas religiosos tiram proveito com a fabricação do "medo oficial" e disseminam a "individualização". Termos chaves no capítulo são: sociedade da performance, sociedade da disciplina, a sociedade sólida moderna, cultura do individualismo e a consciência cosmopolita.

4) Juntos e amontoados – Bauman afirma que a migração presente desde os nossos ancestrais - iniciou-se na África para o Oriente Médio e se dispersaram por todos os continentes do planeta. Atualmente, somos 7 bilhões, um grande desafio, pois somos seres formados durante longos milênios numa vida em hostes locais e, há a necessidade de equiparmos com ideias e instituições que permitirão convivermos como uma tribo global. Bauman corrobora com Kant, ao reivindicar a substituição do termo (no agir e ser) da hostilidade pela hospitalidade; o direito de se associar (estabelecer laços de amizades mutuamente benefícos). Discussões sobre a imigração nos EUA e na Europa nos séculos passados e a atualmente são feitas a partir da discordância entre moral e política, e, posteriormente, a associação da ética –, com estudos por Emmanuel Levinas e destrinchados pela Arendt.

5) Problemáticos, irritantes, indesejados: inadmissíveis – Bauman ao contrário da maquiagem utilizada pela mídia e dos discursos políticos vai ao ponto central (e cruel) da crise humanitária –, fronteiras, muros, alarmes, a desumanização, à exclusão da categoria de seres humanos, o uso da palavra "baratas"*, associação feita por Katie Hopkins, com discursos odiosos, porém disfarçados como "recuperar o controle" das fronteiras do continente.
Michel Agier, um dos mais experientes no assunto afirma que " a política migratória se destina a consolidar uma divisão entre duas grandes categorias mundias cada vez mais reificadas: de um lado, um mundo limpo, saudável e visível; de outro, o mundo dos 'remanescentes' residuais, sombrio, doente e invisível". Daí parte a maior crueldade, esses campos "não serão mais usados para manter refugiados vulneráveis, mas para reunir e vigiar todos os tipos de população indesejável". Por fim, Bauman apresenta as políticas de migração "europeização" e como elas estão moralmente insensatas e contribuindo para uma carnificina e a desvalorização da dignidade humana.

6) Antropológicas versus temporárias: as raízes do ódio – Bauman inicia o capítulo discordando do que Kant acreditava que "o conhecimento moral, o conhecimento do certo e do errado, é permitido a todos os seres humanos graças às suas faculdades racionais", com o apoio de evidências empíricas apresentadas por Hannah Arendt em "a conduta moral não é algo que ocorra naturalmente". Kant atribui uma "lei moral dentro de mim" , o que eleva o valor do ser, revelando "uma vida independente de toda animalidade e até de todo o mundo sensível". Enquanto Arendt afirma "a qualidade pessoal de um indivíduo é precisamente essa qualidade moral", e como "persuadir a vontade a aceitar os ditames da razão". Ela localiza duas áreas, Pensamento e Ação, e a ponte entre eles é a arte do Diálogo.

Aplicando-se para uma linguagem atual, dois mundos diferentes – o "on-line" e o "off-line". On-line, mundo seguro, amplo, confiável, autoadministro, estabeleço e defino, recompenso e puno a indisciplina, detenho a arma do banimento e da exclusão.

Off-line, mundo sob controle –submeto ao controle das circunstâncias contingenciais, voláteis e muitas vezes sou forçado a isso – há regras de obediências, ajustes e negociações.

A associação desses mundos com a crise migratória é clara.
Sem diálogo será impossível a vivência e convivência humana na Terra. O fenômeno do encontro, com diálogos à compreensão mútua, como "saber de que modo ir adiante" uma fusão de horizontes, de conhecimentos, de linguagens, de conversações, "mundos da vida". É entrelaçar, condicionar um ao outro, conduzir e contribuir para uma concretização exitosa.
Francy Amaro 21/06/2019minha estante
É muito interessante a forma como Bauman, trabalha sociologicamente a crise humanitária, ressaltando o ?pânico moral?, o medo de que algo terrível esteja ameaçando o bem-estar da sociedade. Super-indico esse livro.




Coruja 06/12/2017

Em setembro de 2016, a Assembleia Geral da ONU aprovou, por unanimidade, documento visando a melhoria do gerenciamento internacional de migração, para auxílio tanto na chegada quanto no retorno de migrantes e refugiados. O documento, chamado de Declaração de Nova York, teria sido um primeiro passo para a apresentação de um Pacto Global sobre a Migração, previsto para a Assembleia Geral de 2018.

No último sábado, dia 02 de dezembro, os Estados Unidos anunciaram sua retirada do pacote. A justificativa apresentada é que o mesmo ‘solapa do direito de soberania’ do país, sendo incompatível com as políticas migratórias americanas; uma política, pelo que temos visto até aqui, de muros e intolerância.

Nesse contexto, a leitura de Estranhos à Nossa Porta, do sociólogo Zygmunt Bauman – falecido no começo do ano – é mais que necessária, obrigatória. De forma muito lúcida e clara, Bauman discorre aqui sobre as causas da crise, seu uso político e os problemas morais daí advindos.

Bauman é, ele mesmo, um imigrante. Polonês, de família judia, viu seu país desmembrado entre nazistas e soviéticos. Lutou na Segunda Guerra Mundial ao lado dos comunistas, trabalhou na inteligência militar após a guerra e; após as revoltas estudantis de 68, reivindicando um regime mais aberto, não apenas foi expulso do país, como também forçado a abdicar de sua nacionalidade. Após um breve período em Israel, encontrou refúgio na Inglaterra, onde produziu grande parte de sua obra, expandindo seu conceito de ‘modernidade líquida’ como crítica da sociedade contemporânea.

Assim é que, ao tratar do tema da migração, Bauman o faz com conhecimento íntimo da causa. Estranhos à Nossa Porta foi um de seus últimos livros publicados, analisando a situação que tem se estabelecido na Europa nos últimos anos, especialmente em razão da Guerra Civil na Síria: os campos de refugiados em Calais, as desesperadas travessias do Mediterrâneo; a forma como os refugiados são vistos, não apenas como estrangeiros, mas ameaça ao modo de vida europeu; o uso, pelos governos, do medo, dessa histeria coletiva, como uma forma de desviar a atenção dos problemas mais cotidianos que não conseguem resolver; a desumanização desses migrantes pela mídia; o fortalecimento da extrema direita e dos discursos nacionalistas – todos esses são temas trazidos no livro.

Bauman não se preocupa em escrever para a Academia. Sua linguagem é enxuta, direta ao ponto. As reflexões que ele nos chama a fazer com esse livro não são meras questões intelectuais. São problemas extremamente reais, prementes, que não podem ser varridos para debaixo do tapete, ignorados. Não é possível simplesmente encarnar Pôncio Pilatos, querer ‘lavar as mãos’ da responsabilidade moral que está nas raízes desse fluxo migratório. Afinal, se a responsabilidade não é de ninguém, então somos todos coniventes com o massacre e o esquecimento dessas pessoas, desses estranhos indesejados que batem à nossa porta e pretendemos ignorar.

site: http://mmeira.adv.br/blog-juridico/o-direito-e-as-letras-estranhos/
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Ana Paula 12/09/2017

O livro traça um cenário triste e perturbador da atual situação dos que migram de seus países, fugindo da tirania, dor e assassinatos, para a Europa e EUA à procura não apenas de oportunidades, mas principalmente na esperança de serem vistos e tratados como seres humanos pelos morais e éticos europeus, que mantêm uma postura individualista e indiferente à dor desses 'estranhos', desenhando uma sociedade discriminatória e insegura... Um livro que merecidamente solidifica a alcunha de um dos maiores sociólogos pós moderno a Zygmunt Bauman.
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Lara Moreira 28/07/2017

Os muros da ignorância
#46
Bauman traz uma reflexão sobre o tratamento xenofóbico e preconceituoso de alguns países em relação aos imigrantes. Um livro curto, mas que sintetiza bem as causas para esse tipos de comportamento tão evidente nos países europeus e nos norte americanos. Incrível como o governo pode construir uma imagem negativa e individualista com relação aos imigrantes, de tal forma que a sociedade reproduz essa violência por meio da construção de mais muros e na incapacidade de conviver com uma nova cultura em seu território. De forma simples, alguns desses fatos são debatidos por Bauman, o qual faz questão de evidenciar que o mal social é a intolerância e a fragilidade das relações sociais. Medidas para o acolhimento desses imigrantes, bem como apoio governamental são medidas ainda utópicas. Esses indivíduos, infelizmente, vivem o terror em seus países e, ao buscar uma saída, são pisoteados pelos muros da ignorância e do egocentrismo dos países desenvolvidos. Vale a leitura, mais um livro maravilhoso desse sociólogo pós moderno.
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Roxy 29/06/2017

Diz muito sobre o que tá rolando no mundo
Em um livro de rápida leitura, Bauman mostra como vem se desenhando a política mundial a partir do tratamento que ela dá aos imigrantes, e traça um triste panorama, o de que estamos nos isolando cada vez mais em nossos países, e esquecendo de conceitos importantes para que possamos evoluir, como solidariedade e humanidade. Recomendo.
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