Lane @juntodoslivros 23/05/2017Fiquei um pouco perdida...Harry August nasceu em 1919 e teve uma vida simples, medíocre até. Seus pais trabalhavam para família Hulne, uma família rica das redondezas de onde morava. Depois da Segunda Guerra Mundial, onde ele foi convocado, voltou para a casa dos pais e ficou com o emprego do pai quando este morreu. Nosso protagonista teve uma vida solitária e morreu em 1989.
Mas o que Harry não esperava era renascer. Começar toda a sua vida novamente do zero. Depois de algumas vidas a mais, ele descobre que é um kalachakra, uma pessoa que revive sempre o mesmo período da história. Com a ajuda do Clube Cronus, clube dos kalachakra, Harry descobre sua verdadeira condição no mundo. O clube tem como objetivo ajudar todos com a mesma condição em várias partes do mundo e é mantido por várias gerações. Informações que possam ser relevantes, tanto do passado quanto do futuro, são passadas para todas essas gerações.
Harry August vai vivendo vida após vida e acumulando conhecimentos em várias áreas e tentando criar um sentido para tudo. Mas ao fim de sua décima primeira vida, uma menina de 7 anos, uma kalachakra também, lhe passa uma mensagem do futuro:
“O mundo está acabando como sempre. Mas o fim está chegando cada vez mais rápido.” Página 8
Algo está acontecendo que está afetando diretamente o futuro. As próximas gerações estão sendo atingidas e o curso da história está mudando. Harry se lembra de uma pessoa pertencente à um de seus passados e tem uma vaga noção do que possa estar acontecendo. Ele parte em busca de respostas em sua décima segunda vida e essa busca pode mudar tudo.
Eu adoro essa capa! Ela mais que combina com a proposta da história. A Bertrand Brasil arrasou nessa capa! A edição está bem simples por dentro, com folhas amareladas e letras um pouco pequenas, mas dá para ler sem problema.
Harry August é um personagem complexo. No decorrer de suas muitas vidas, ele assume várias personalidades, por assim dizer, e eu me perguntava se ele sabia qual era a sua verdadeira essência. Determinado a encontrar um meio de parar os avanços que iriam destruir o mundo, Harry se torna mais que um simples kalachakra vivendo um dia de cada vez, ele sente que precisa parar o que quer que esteja afetando negativamente o futuro. E é essa busca que torna a história interessante.
“O homem olhou para o comandante, depois para mim, e seu rosto se abriu num sorriso.
– Meu Deus! – exclamou, cada palavra caindo como uma pedra numa lagoa. – Veja só quem está aqui.” Página 207
Esse livro não teve uma leitura fácil para mim. Um livro extenso e lento, As Primeiras Quinze Vidas de Harry August dá muitas voltas até chegar ao ponto chave da história. E quando chega lá, já se passou metade do livro. Confesso que o livro se estende de maneira tediosa e por diversas vezes a leitura não estava fluindo bem. Mas quando chega o ponto em que Harry finalmente consegue seu encontro com o objeto de sua busca, tudo começa a ficar melhor. Algumas partes continuavam lentas, mas a história estava ganhando um rumo muito bom! Eu ficava me perguntando como ele ia resolver o “problema”. Nada dependia só dele, outros fatores estavam em jogo.
Não vou contar mais nada, quero que você, leitor, leia e tire suas conclusões. Apesar do livro não ter sido bom em todos os aspectos para mim, ainda quero ler outros da autora e ter uma base melhor para saber se realmente gosto dos livros dela.
Claire North é o pseudônimo de Catherine Webb. O livro ganhou prêmio John W. Campbelll Memorial Award de Melhor Romance de Ficção Científica, além de ter sido finalista do Prêmio Arthur C. Clark. A autora tem vários livros publicados fora do Brasil e se eu não me engano, seu livro Touch está com direitos de publicação comprados pela Editora DarkSide.
Quem aí está curioso!? EU!
site:
http://www.lagarota.com.br/2017/05/livro-as-primeiras-quinze-vidas-de.html