O Complexo de Portnoy

O Complexo de Portnoy Philip Roth




Resenhas - O Complexo de Portnoy


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Nádia 02/05/2017

#resenhapomarliterario Complexo de Portnoy
"Não podia sequer pensar em beber um copo de leite junto com o meu sanduíche de salame sem ofender seriamente ao Deus Todo Poderoso. Imagine o que me custaria na consciência todas aquelas ejaculações! A culpa, os temores - o terror incutido em meus ossos! No mundo deles, o que não estaria carregado de perigo, gotejante de germes, repleto de riscos? Oh, onde estava o prazer, onde estavam a audácia e a coragem? Quem saturou esses meus pais de uma visão tão temerosa assim da existência?"
Não recomendado para menores de 18 anos! O livro trata de um tema pesado, um enredo bastante denso, porém que o autor com seu senso de humor sarcástico, consegue aliviar a tensão. O Alex tem compulsão por sexo. Desde a pré adolescência ele se masturba compulsivamente e procura ao máximo o prazer sexual. O livro é a narrativa da vida dele, desde a mais tenra infância até a idade adulta feita no divã do Dr. Spielvogel. Pelo que pude perceber, todas as suas neuroses e inclusive a compulsão sexual têm origem devido a educação repressiva que recebe dos pais judeus. Ênfase no tratamento materno. Concomitante a leitura do livro, fui traçando um paralelo com o filme francês "Leolo, porque sonhas?" que foi um dos filmes que mais mexeram comigo psicologicamente até então e a leitura dessa obra me ajudou muito a olhar com menos estranheza para o filme e a ter uma percepção mais patológica e menos vulgar da realidade. Não foi uma leitura fácil mas foi muito rica principalmente pra mim que tinha/tenho muitas questões que foram levantadas pelo filme supramencionado. Recomendo a quem tem mente aberta e aos colegas da psicologia!

site: https://www.instagram.com/p/BCHExoPGv5L/?taken-by=pomarliterario
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Daniel 11/04/2017

Uma obra prima do humor e da sexualidade
Esse é o primeiro livro que leio de Philip Roth, e como outros autores cuja obra conheci esse ano, também foi uma grata surpresa.
O protagonista, Portnoy, é indeciso, irônico, pervertido e um tanto egocêntrico. Dividido entre a moralidade exagerada de seus pais superprotetores e seus próprios desejos lascivos, ele se torna um adulto obsessivo, socialmente bem sucedido, mas incapaz de estabelecer um relacionamento sério com uma mulher. Por isso, acaba se envolvendo em casos passageiros (e hilários) que nunca acabam bem. Tudo isso é narrado do ponto de vista do próprio Portnoy, durante uma sessão com seu analista, o Dr. Spielvogel, do qual nada sabemos.
O humor ácido de Roth assemelha-se à figura caricatural do judeu moderno nos primeiros filmes de Wood Allen, além da ironia cortante (e vulgar) da obra de Charles Bukowski, mas sem nunca perder a qualidade literária. É preciso dizer, entretanto, que é uma obra "suja"; com uma linguagem chula, obscena e nada politicamente correta. E é justamente nas partes mais "sujas" do livro que é necessários interromper a leitura, pois é impossível conter as gargalhadas. Mesmo assim, é um livro de grande valor literário. Roth consegue analisar perfeitamente a psique do protagonista de uma forma quase freudiana, criando um forte perfil psicológico, ao mesmo tempo em que desconstrói e critica certos valores intrínsecos do judaísmo e da sociedade americana.
Uma obra surpreendente, engraçada e bem escrita. Pretendo ler mais livros dele.
Recomendo.
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Lista de Livros 25/01/2017

Lista de Livros: O complexo de Portnoy – Philip Roth
“Sempre gostei mais de beleza e sensualidade do que de feiura e frieza — qual o problema?”
*
“A culpa toda é dos seus pais, não é, Alex? Tudo o que é ruim, a culpa é deles — tudo o que é bom, foi você que fez sozinho!”
*
““Vou lá no campo, mãe, volto lá pra uma hora...”. “Espera aí. Que horas? Onde?” “Lá no campo”, eu grito, adoro gritar para que me ouçam, é como ficar zangado, sem as consequências desagradáveis.”
*
Mais em:


site: http://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2017/01/o-complexo-de-portnoy-philip-roth.html
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Pateta 11/12/2016

SE NÃO CURA, ALIVIA
A ilustração da capa do livro pode até sugerir que o divã do analista é um lugar macio e aconchegante. Neste caso, as aparências enganam. Quem já viveu algo parecido com a experiência narrada pelo protagonista da história sabe que ali pode haver muito desconforto. Desejo x culpa numa batalha sem fim. Mas o livro não é chato, não. Pelo contrário, é muito bem humorado, até parece um pouco com a pegada dos filmes de Woody Allen. Não vai curar ninguém, mas pode minimizar bastante os piores sintomas.
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Naila Soares 26/10/2016

O melodrama de Portnoy
Em "O Complexo de Portnoy" acompanhamos o longo monólogo lamentoso do protagonista/narrador Alex Portnoy. No divã do seu analista, Alex narra de forma intensa e melodramática a tirania dos pais judeus e seu vício em masturbação e sexo depravado. Portanto, neste livro, Philip Roth nos apresenta um personagem em constante conflito, onde seus impulsos éticos e altruísticos o culpabilizam por toda sua perversão.

Conhecido pelo seu tom obsceno e engraçado, o livro deixou a desejar. O monólogo muitas vezes foi cansativo por abordar sempre os mesmos temas; fora as lamentações que, para mim, foram excessivas. O final também me decepcionou muito. No geral, esperava mais.
Bruna 24/03/2017minha estante
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Marcelo Caniato 14/05/2017minha estante
Foi exatamente o que achei, Naila. Ficou muito repetitivo!




Claudia.Lanfredi 24/09/2016

Woody Allen no divã
No início é hilário, depois o explícito vai ficando mais explícito... Em alguns momentos fiquei um pouco cansada mas é um livro muito diferente e interessante. Trata de uma personalidade judia caricata (que me lembrou o Woody Allen) em análise e acredite, sem qualquer censura!
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Eduardo 27/04/2016

Potencial desperdiçado
É um bom livro, mas, poderia ser ótimo.
Esta é uma obra bem humorada; em algumas ocasiões, o autor consegue ser incrivelmente hilário e ultrajante, porém, muitas vezes as tentativas humorísticas se resumem a palavrões pulverizados pelo texto. É um trabalho limitado, que carece de profundidade, exatamente por causa das limitações do próprio protagonista, que prefere culpar a todos pelos seus infortúnios. O Livro "O Mal Obscuro" do italiano Giuseppe Berto, é um livro parecido com esse, mas este sim, foi executado de forma brilhante. É engraçado, ultrajante, inteligente, profundo, e carregado de sentimento. Sem dúvida, recomendo muito mais a leitura de "O mal obscuro", do que "O Complexo de Portnoy"
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Adriana Scarpin 14/02/2016

Sonho de consumo de todo analista
Sejamos francos, Portnoy é uma pessoa horrível (um exemplar do que a gente chama dentro do feminismo de esquerdomacho), o que também não tem nada demais, porque todos nós somos pessoas horríveis em maior ou menor grau.
Exemplo máximo de associação livre, a narrativa é o sonho de qualquer analista (aí entra mais uma grande semelhança com a verborragia de Woody Allen), pois ele vai alinhavando a própria vida e encontrando respostas, ao mesmo tempo que se auto-flagela masturbando-se enquando lê as obras completas de Freud (rá!). É aí que entra o mesmo tipo de humor de Woody Allen, às voltas com a herança judaica e que leva às vias de fato toda a teoria freudiana, esta que foi de fato erigida sobre um triângulo da burguesia judaica.
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Mariane 07/08/2015

Na contracapa do exemplar em edição de bolso, há o seguinte questionamento: "seria 'literatura séria' ou apenas humor?" Caso houvesse uma resposta sensata para tal pergunta, seria que se trata de literatura séria escrita com humor, mas creio não haver sensatez nesta resposta também. Philip Roth lançou esta obra 1969. Mil novecentos e sessenta e nove, e ainda hoje gera discussões pela ousadia. Pode haver alguma dificuldade na leitura, pois o ritmo é mais pesado para quem ainda não leu nada do autor. Sobre ser uma boa escolha para primeiro contato com Roth: será para aqueles que estiverem receptivos. Ainda não sei se este é texto de indicação, mas mesmo que não esteja receptivo, leia. Mais no blog Estante Insólita.

site: http://estanteinsolita.blogspot.com.br/2015/08/o-complexo-de-portnoy-philip-roth.html
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Paty 08/12/2014

Há bastante tempo não lia algo tão intrinsecamente divertido e bom ao mesmo tempo. é um exemplo do mais refinado senso de humor. O ritmo da história é perfeito, e a habilidade de Roth para contá-la como se realmente existisse um Alex Portnoy e ele estivesse abrindo seu coração é desconcertante de tão boa.
Leiam.
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jota 25/10/2014

Alexander, o grande [impublicável]
Foi o primeiro livro de Roth que me caiu nas mãos, tempos atrás, retirado na biblioteca pública local. Mais ou menos na mesma época li também O Apanhador no Campo de Centeio, de J. D. Salinger. Tanto um como o outro se tornaram meus favoritos instantaneamente.

Desta vez acho que gostei mais ainda de O Complexo de Portnoy, pois agora entendo completamente certos aspectos da cultura judaica e outros fatos (ou nomes) citados no livro. Quanto aos termos judaicos no final do livro há um glossário de muita valia, que não vai deixar leitor algum boiando na areia.

A mãe judaica, celebrada por Roth em suas páginas (também por Woody Allen em alguns filmes e escritos), é ao mesmo tempo uma presença opressora, onipresente, uma fonte de irritação e de humor impagável, pelo menos do modo como ele caracteriza a mãe de Alexander Portnoy.

O humor judaico (Portnoy diz e faz coisas que até o deus judaico duvida) e a forma como Roth conta a história do (sexualmente) insaciável personagem fazem deste livro, conforme assinalou o New York Times Book Review, "uma experiência de leitura extraordinariamente viva." Beirando a pornografia em certos trechos, no entanto, o livro é "deliciosamente engraçado. Absurdo e exuberante, desatinado e impagável.", prossegue o NYT.

Um pequeno trecho: "A primeira coisa que vejo numa paisagem não é a flora, falando sério é a fauna, a oposição humana, quem está comendo quem. A vegetação deixo para os passarinhos e as abelhinhas, que têm lá seus problemas; eu tenho os meus. Lá em casa, quem sabe o nome daquela coisa que tem na calçada em frente do nosso prédio? É uma árvore - e pronto. (...) No outono (...), caem dos galhos umas vagens compridas, em forma de crescente, que contêm umas pelotinhas duras. Pois bem. (...) se você colocar uma dessas pelotas num canudinho e soprar, pode cair no olho de uma pessoa e cegá-la para o resto da vida. (...) Pois é mais ou menos essa toda a minha bagagem intelectual em matéria de botânica..." E por aí vai.

Salve, Alexander Portnoy! Salve, Holden Caulfield!; heróis da gente leitora. E também Macunaíma...

Relido entre 21 e 25/10/2014.
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dãozinho 05/01/2014

Envolvente
Primeiro do Roth que leio, peguei meio "sem querer" na biblioteca e quase não largo mais. Risadas honestíssimas durante a leitura.
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