O complexo de Portnoy

O complexo de Portnoy Philip Roth




Resenhas - O Complexo de Portnoy


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Glauber Castro 17/02/2024

Faz tempo que eu ouvia falar sobre o autor e encontrei este romance num sebo. Que incrível!!! Autor desbocado, não sabia se eu ria ou me angustiava com seus relatos. Preciso ler mais Roth urgente!
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o_axolotl 30/01/2024

Valeu a pena
No geral, foi um livro divertido de ler e ao mesmo tempo muito lento. Teve momentos que eu queria matar o protagonista, que vive numa constante briga entre seu lado pervertido e seu lado de "eu sou a moral em pessoa".
Adorei a forma como a contradição foi trabalhada no livro, expressando bem a confusão mental do Alex com seu próprio eu.
Para quem gosta de psicanálise, esse livro é um prato cheio.
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flor.de.jasmin 01/01/2024

Olha, sinceramente, um livro extremamente engraçado. A coisa mais admirável é a maneira como ele tira sarro de si. E é curioso o que ele percebe enquanto ser judeu. E mais: ser judeu nos Estados Unidos. A personagem é escancarada, exposta ao leitor de maneira despudorada. Portnoy é viciado em sexo, taras, mas sente muita vergonha.

Achei curiosa suas neuroses, como a de temer por adoecer alguém durante o sexo. Como se o prazer não pudesse ter muito lugar. Pelo sexo se adoece.

A autodepreciação de Portnoy é exagerada e chega a ser idiota. Que recurso é esse? Parece que já vi isso antes ? risos! Essa é a questão percebida por Naomi, a mocinha que rejeita Portnoy, que o faz brochar. Seria uma tentativa desesperada de controle? De rir de si próprio antes dos outros? Como se ele fizesse a afirmação desproporcionalmente irônica apenas pra que se dissesse o oposto.

Há outros livros que me parecem interessantes do autor. Este foi bem ousado.
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joaoggur 06/12/2023

?Tudo que é obsceno me agrada!?, Abujamra.
??Meu caro Portnoy?, disse ela, levantando a mochila do chão, ?você não passa de um judeu que odeia a si próprio.??

Ralhe o quanto quiser; é inegável que O Complexo de Portnoy é um livro inesquecível. A grande questão é se a lembrança é positiva ou negativa.

Este é aquele tipo de livro que concluímos sem palavras. Indubitavelmente é uma obra bem escrita; os sentimentos que sentimos ao lê-la não são nada efêmeros. Phillip Roth tem a exímia habilidade de chocar o leitor, de criar situações cada vez mais intensas que, por sua vez, cada vez mais aterrorizam aqueles que o leem (a cena ?do Fígado?, ou a cena ?da lâmpada?, ou sua perda da virgindade, tal como a cena final mandam lembranças), cada vez deixando-os deixam mais enojados.

E talvez o nojo seja o ponto mais baixo da obra. E me refiro ao nojo que sentimos por Alexander Portnoy, o narrador-personagem. A perspectiva vitimista adotada nas primeiras páginas (o autoritarismo de sua mãe, as relações em um bar Judeu, - aliás, uma ?judaica autodepreciação? bem forçada. Woody Allen e Adam Sandler [ADAM SANDLER!!!] fazem um papel melhor.) é rapidamente substituída por uma completa aversão ao personagem principal (e, ouso dizer que apenas acompanhamos a história até o final pelos momentos inusitados e engraçados; um humor um pouco grego, se é que me entendem. E tenho de admitir; mesmo tendo o odiado, houve momentos em que GARGALHEI. E isso não me fez simpatizar com o supracitado). Odiei sua relação com sua namorada, Macaca (a vouyerista que come banana, me perdoem o spoiler). Odiei suas opiniões, suas ideias e crenças, e posso dizer com propriedade que, dentre tantos personagens que ?conheci? ao longo de minha pequena existência, com certeza Portnoy foi um dos que mais odiei.

Outra crítica se dá a questão estilica. A habilidade de Roth de criar conflitos suplicantes ao leitor (coisa que aplaudo; não é porque uma obra nos faz mal que deve ser automaticamente reprimida, uma ideia que repilo veementemente), cai por água a baixo quando o assunto é desenvolvido de trama. A história, sendo narrada como uma carta de Portnoy a seu psicanalista, está cheia de fluxos de consciência desnecessários (há momentos em que há diálogos ?inexistentes?, ou melhor, apenas existentes na cabeça do narrador), e não ?desnecessários? em viés de utilidade, mas sim pelo cansaço que tais momentos dão ao leitor. Tal como creio que a obsessão que Portnoy tem pela causa Judaica mais atrapalha do que dignifica a obra, - a partir do pressuposto que não nos afeiçoamos com o personagem, seus reais ?ensaios? sobre a causa judaica são praticamente extraviados do caminho de nossa análise (em suma, o fato do personagem ser babaca com mulheres, tudo e todos, de mesmo tendo ?um Q.I. de 158? ser um completo idiota, já nos faz crer em sua deficiência moral, e, partindo daí, descartando qualquer profundidade que tais pensamentos podem ter).

O tamanho de uma resenha diz muito sobre um livro. Por horas maçante, outras hilariantes; admito que meu primeiro contato com Phillip Roth não fora tão bom, - mas vai de cada um.
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DêlaMartins 23/10/2023

Sempre tive curiosidade de ler Philip Roth, mas achava que não era "minha vibe". Um amigo, de quem gosto muito, me disse que gostava de Roth e que, apesar de achar que a escrita dele seja um pouco masculina demais,  eu poderia gostar.  Resolvi arriscar e, mesmo não sendo meu tipo, dei boas risadas com esse livro que,  apesar de ser da década de 1960, não está desatualizado.   

A história é sobre Alexander Portnoy, judeu, criado por uma família caricata com mãe controladora, viciado em masturbação, solteiro, 33 anos, passa o livro todo contando sua vida e expondo seus pontos de vista para seu terapeuta.  Ele é irônico, muito engraçado e intenso, completamente neurótico, a figura do anti-herói. Portnoy é um canalha. Quando me dei conta,  estava lendo com bastante interesse um livro realmente bem masculino, sem muita divisão por capítulos.

Sei que a leitura fluiu, que ri bastante,  que me indignei com o personagem.  Acabei me envolvendo com a história,  mesmo que às vezes ela tenha sido grotesca.  Preciso de um tempo, mas ainda vou ler outro (outros?) livro(s?) de Philip Roth.
Alê | @alexandrejjr 28/10/2023minha estante
Angela, Roth realmente é um autor que exala masculinidade. As personagens femininas, na maioria das vezes, não são as mais bem desenvolvidas. No entanto, acho que outros livros dele como "Nêmesis", "O teatro de Sabbath" e até "A marca humana", do qual não fui muito fã, tem muitas reflexões interessantes e enriquecedoras. Vale a pena retornar à obra dele mas, como você mesma ressaltou, tudo ao seu tempo.


DêlaMartins 28/10/2023minha estante
Alê, vou tentar. Nêmesis já está na minha lista e vou dar uma olhada nas suas outras sugestões.




Rodolfo Mondoni 19/10/2023

O livro é bem escrito, mas há um incomoda proposital causado pelo autor. O primeiro parágrafo é magnífico.

Ela estava tão profundamente entranhada em minha consciência que, no primeiro ano na escola, eu tinha a impressão de que todas as professoras eram minha mãe disfarçada. Assim que tocava o sinal ao fim das aulas, eu voltava correndo para casa, na esperança de chegar ao apartamento em que morávamos antes que ela tivesse tempo de se transformar. Invariavelmente ela já estava na cozinha quando eu chegava, preparando leite com biscoitos para mim. No entanto, em vez de me livrar dessas ilusões, essa proeza só fazia crescer minha admiração pelos poderes dela.
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Brito 18/10/2023

O Complexo de Portnoy- Roth
Este livro mais parece um sonho delirante. E, no entanto, vivem nesse sonho delirante personagens tão certeiras como a mãe de Portnoy. Aquela família podia servir, em maior ou menor grau, de protótipo a milhares de famílias com a mãe coruja e o pai apaziguador.
E quanto a Portnoy, o que dizer?
É uma personagem obsessiva, despudorada, cuja vida se rege pelo Deus sexo da forma mais prosaica possível, isto é, com a voracidade de um leão. Dir-se-ia que este livro não deixa nada à imaginação, e no entanto, é um livro obsessivo. É uma ideia comum dizer que mostrar tudo não deixa nada à imaginação. Esta personagem prova o contrário. Este livro nasce num terreno esgotado, e mesmo assim não retira a imaginação, obriga-a é a funcionar à superfície e de outra forma. Trata o sexo de forma visível. A imaginação trabalha doutra maneira, sobre outro tipo de materiais. Excita-se a pensar nas mil maneiras de fazer sexo com esta, e com aquela, e com a outra, e com as diferenças entre elas, e com o que cada uma faz, e como se sente, e com os remorsos por ser um hipócrita porque passa o tempo dedicado unicamente ao Deus sexo.
E nem a conquista o excita. Quanto menos trabalho melhor, o ideal como se vê com a macaca, é dizer sim e irem para a cama.
Um livro que se lê de uma assentada porque está muito bem escrito, com personagens extremamente bem modeladas e ricas e uma personagem principal que por mais que nos diga está cheia de remorsos, não parece nada que esteja. É hilariante. E como digo fica-se com a ideia de que retrata um sonho doido, que não é para levar a sério. O que só nos pode querer dizer que é para levar ainda mais a sério.

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Luiza 06/10/2023

Entre o grotesco e o genial
?O complexo de Portnoy? começa me dando certa certa revolta diante do personagem principal, alguém longe de ser o protagonista bonzinho. Mas por sorte não abandonei a leitura, essa obra é muito mais do que apenas um menino judeu viciado em sexo e masturbação. O ponto é como alguém chega nessa posição. Ainda me sobraram muitas reflexões que gostaria de ver no livro. Mas ainda assim nao me arrependo ter lido. A jogada do livro em sempre estar mencionando o ?doutor? é algo bastante positivo pra história. Em geral, aqui vemos uma mistura de psicanalise, história e a literatura propriamente dita.
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Livia M. 30/06/2023

Complexo de Édipo: da repressão a depravação
O que nos impede de ser devassos?
Carregada de erotismo, uma escrita geniosa que pode deixar, aqueles demasiadamente sensíveis a questões sexuais, à flor da pele, tanto para o bem como para o mal.

#voltaaomundoem50livros
16/50
Estados Unidos
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Otávio Augusto 25/03/2023

Literatura polêmica me chama a atenção. Muitas vezes se trata de obra que atenta contra a moral, os bons costumes e a religião, ou seja, a ortodoxia do mundo. "O Complexo de Portnoy" não é diferente.

O meu primeiro contato com o autor se deu com "A humilhação", novela curta sobre a decadência de um homem. Achei-a excelente, concisa e poderosa. Então, senti vontade de ler seu livro mais polêmico. Apesar de ter visto resenhas antes da leitura, eu me surpreendi: a obra é muito mais do que uma epopeia da masturbação, como alguns o dizem.

Em suma, o livro é um longa sessão de psicanálise de Alexander Portnoy. Em seu relato, Portnoy discorre sobre o seu fracasso social, a sua incapacidade de se relacionar de maneira razoável e satisfatória com sua própria família, a qual o sufoca em tradições judaicas herméticas e ortodoxas; e com suas amantes, que são vistas como não mais do que objetos sexuais, alvos de sua libido e mente egocêntricas. Quando não consegue realizar seus desejos pela conjunção carnal, ele os alivia pela masturbação, símbolo máximo do seu individualismo.

O relato de Alex possui diversas características que engrandecem o romance. Uma delas é o fato do narrador não ser confiável. Alex é tão egocêntrico que seu relato assume uma prepotência enorme, a ponto de gerar um efeito cômico surpreendente; poucos livros me fizeram rir tanto quanto este. Em certos momentos, parecia que eu estava ouvindo um adolescente narrando suas novas aventuras sexuais fictícias para seus amigos ingênuos.

Por outro lado, o romance não se limita a essa visão narrativa. Além desse olhar autocentrado de Alex, ele também nos fornece um relato de cunho autodepreciativo e autocrítico; ele tem noção de sua mesquinharia, de sua solidão no mundo. Sabe que está fadado a viver às margens da sociedade, pois a vida padrão da burguesia judaica não é para ele. Na verdade, sua personalidade e "fracasso" de vida podem ser atribuídos, ao menos em parte, à criação restritiva que sofreu por parte de sua família. Já dizia Freud - e o livro é uma sessão de psicanálise, inaugurada por ele - que repressão demais poderia gerar neuroses. Nosso protagonista certamente se identifica com isso.

Por fim, é um livro que mostra como uma pessoa inteligente - Alex tem 158 de quoeficiente de inteligência - pode tomar rumos condenáveis e assumir uma personalidade detestável e avessa à sociedade e à religião, que é mostrada no romance como um instrumento de controle. Não é um livro perfeito; em alguns momentos eu achei um pouco repetitivo, mas certamente vale a leitura. Philip Roth sabe escrever sentimentos e cenas degradantes, decadentes e nojentas como poucos. Ler literatura fora do padrão também faz bem; amplia nossos horizontes.
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Jessica.Martínez 27/11/2022

Forte e divertido
Alexander Portnoy, à frente de seu terapeuta, nos leva a conhecer os desafios da sua vida familiar, criado numa família judaica, por uma mãe super dominadora, e muito religiosos. Tudo isso em meio a cenas de sua vida sexual, escrito com muita leveza e até mesmo com boas doses de humor. Excelente leitura!
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Rafa 25/09/2022

Melancolia Judaica
A obra conta com um tema central escandalizante, possui uma boa escrita, que é notável em boa parte da obra do Philip Roth, mas para mim, não gerou nenhuma boa impressão a nível de enxergar o conjunto como algo além do polemismo óbvio.
É um bom passatempo, com algumas cenas bem desagradáveis e um toque de ressentimento judaico em relação aos cristãos.
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Icaro 07/09/2022

Super interessante
Gostei muito do livro! Essa análise de Portnoy num fôlego só é uma ode ao onanismo! Gostei bastante da abordagem!
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Leticiametal 24/08/2022

Completamente neurótico, divertido e irritante. Não me entenda mal, o personagem é um canalha, mas é impossível não se identificar com ele nessa neuroticidade em algum momento.
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