O Complexo De Portnoy

O Complexo De Portnoy Philip Roth




Resenhas - O Complexo de Portnoy


110 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8


Icaro 07/09/2022

Super interessante
Gostei muito do livro! Essa análise de Portnoy num fôlego só é uma ode ao onanismo! Gostei bastante da abordagem!
comentários(0)comente



Leticiametal 24/08/2022

Completamente neurótico, divertido e irritante. Não me entenda mal, o personagem é um canalha, mas é impossível não se identificar com ele nessa neuroticidade em algum momento.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Diego Rodrigues 02/08/2022

Intrigante, grotesco e... extremamente humano!
Nascido em Newark, Nova Jersey, em 1933, Philip Roth foi um romancista norte-americano, considerado por muitos o maior desde William Faulkner. De origem judaica, cresceu no bairro judeu de Weequahic, cenário constantemente revisitado em suas obras. Iniciou sua carreira no fim da década de 50, escrevendo contos e novelas, mas foi com o seu quarto romance, "O Complexo do Portnoy", que alcançou o estrelato. Sucesso de crítica e venda, a obra o consolidou como um dos maiores romancistas de seu tempo, legado este que só veio a se fortalecer com a publicação de "Pastoral Americana", "A Marca Humana", "Complô Contra a América" e muitos outros clássicos que investigam e documentam a história da sociedade americana dos séculos XX e XXI. Falecido em 2018, aos 85 anos, Roth teve seu trabalho amplamente reconhecido ainda em vida. Sua lista de premiações e honrarias é extensa, entre elas vale destacar o Pulitzer e o Man Booker International.

Publicado originalmente em 1969, "O Complexo de Portnoy" retrata o drama de Alexander Portnoy, um bem-sucedido advogado judeu que vive em Nova York e é também uma espécie de masturbador crônico e pervertido sexual, acometido pela mais completa incapacidade de amar. Para espantar seus demônios, Portnoy desabafa no divã de seu psicanalista. E assim se dá a narrativa desse irônico e peculiar romance. Revisitando episódios de sua infância e adolescência, marcados pela tenebrosa figura da mãe judia controladora, Portnoy relata as mais absurdas situações envolvendo principalmente o sexo e o que era ser um judeu nos EUA pós Segunda Guerra.

O cerne da obra é a questão religiosa e a privação dos instintos humanos. As intrigas familiares, as censuras impostas pela religião e a repreensão de seus desejos fazem com que Portnoy desenvolva uma complexa personalidade, carregada de culpa e traumas que o levam a mergulhar em relacionamentos vazios. Inspirado em experiências autobiográficas, Roth cria um personagem intrigante, grotesco e ao mesmo tempo extremamente humano, e através dele analisa o homem em seu meio social, psicológico e religioso. De rápida leitura, "O Complexo de Portnoy" é um romance ácido e impactante que a princípio pode causar certo desconforto, pois vai tratar de um lado sombrio e desagradável do ser humano, mas que finalizada a leitura irá mergulhar o leitor em um estado de reflexão.

Como ressalva, vale destacar que essa é uma obra recheada de humor negro e acusada por muitos de ser pornográfica. Logo, não é uma leitura que irá agradar a todos e acredito até que possa soar ofensiva para alguns. Sem papas na língua, Roth não priva o leitor de termos chulos, insultos gratuitos aos mais variados grupos e bizarrices sexuais. Talvez faça mais sentido se olharmos para o contexto da época, no qual a sociedade norte-americana via muitos tabus caírem por terra. Também é necessário lembrar que o livro é narrado em primeira pessoa por um personagem com claros problemas psicológicos. É bom ter isso em mente antes de encarar a leitura.

site: https://discolivro.blogspot.com/
comentários(0)comente



Cicera Evila 28/07/2022

Um livro e tanto
O Complexo de Portnoy é o tipo de livro que te faz sentir muitas sensações. Às vezes, conflitantes.
Um livro que narra as experiências sexuais do pior ser humano que poderia existir. O protagonista ora é uma pessoa digna de pena, ora um babaca terrível.
O livro é tremendamente bem escrito, instigante e envolvente. Mesmo que você deteste o protagonista, quer saber o que ocorreu com ele, na esperança que ele finalmente encontre a redenção ou a responsabilização pelos seus próprios atos.
comentários(0)comente



Jefferson Sarmento 16/07/2022

Estou em choque
Philip Milton Roth é um gênio e não existe ser humano mais coitado e odioso que Alexander Portnoy. Nada mais a declarar.
comentários(0)comente



Bárbara Matsuda 15/07/2022

Típico humor judeu autodepreciativo a la Woody Allen, dei risada em várias partes. O personagem fica constantemente pensando em cenários catastróficos, estampamos em manchetes nos jornais.

Alex Portnoy tem anseios sexuais extremos e compulsão pelo onanismo (palavra bonita pra designar punheta kkk). Ao mesmo tempo, entram em conflito os sentimentos de repressão e vergonha.

O personagem se dá conta de como esses sintomas estão vinculado a criação que teve, com uma mãe demasiadamente preocupada e exigente, um pai submisso vendedor de seguros com prisão de ventre + suas raízes judaicas que acabam refletindo nele em um lugar de inadequação, autocobrança e muita culpa.

O livro é escrito como se ele estivesse fazendo as confissões a um terapeuta, então caminha em livres associações. Várias ligas com as ideias freudianas, como o Complexo de Édipo e o medo da castração. (less)
comentários(0)comente



Jorlaíne 08/07/2022

O Complexo de Portnoy é uma Psicanálise numa obra literária. O protagonista é complexado com sua religião, sua vida familiar e sua sexualidade. A vida sexual do personagem compõe a maior parte do livro, chega a ser cansativa.
Você lê o livro e pensa: que cara mal resolvido e chato?
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Arruda 15/03/2022

Polêmico

Para quem não gosta de se chocar, não leia esse livro. Monólogo de uma sessão de terapia, onde o narrador fala de suas pertubações. Descreve os prós e contras de ter nascido e crescido em uma família judia. Sofre de obsessão por sexo, que o persegue sempre.
comentários(0)comente



Wagner 12/03/2022

ESFOLANDO O GANSO

Doutor, não aguento mais viver desse jeito, com medo de tudo e de nada! Me conceda a virilidade! Me faça ficar corajoso! Me faça ficar forte! Me faça ficar completo! Chega de ser um bom menino judeu, agradando meus pais em público e esfolando o ganso no meu quarto! Chega!

In: ROTH,Philip. O complexo de Portnoy. São Paulo: cia das letras, 2004. Pp. 41
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



bolodelaranja 13/02/2022

Da série "livros que eu li em sala de aula e deveria ter lido em um ambiente mais apropriado". Bom demais, Philip Roth é um gênio e isso é mais uma prova disso. Engraçadíssimo, ácido, tudo de bom.
comentários(0)comente



Nathalia 04/10/2021

humor autodepreciativo
"Você parece ter prazer, até mesmo orgulho, de voltar esse seu senso de humor estranho contra si mesmo. Não acredito que no fundo você queira melhorar sua vida. Tudo o que você diz é sempre distorcido, de uma maneira ou de outra, de modo a sair 'engraçado'. O dia inteiro foi a mesma coisa. De um jeito ou de outro, tudo é irônico ou autodepreciante. É 'autodepreciante'?"

O Complexo de Portnoy é, sem dúvidas, um livro engraçadíssimo. Alex Portnoy, que é o narrador da história, não é um personagem fácil de gostar, mas, através da sinceridade excessiva e do humor irônico, a narrativa se torna fluída.

Porém, é preciso ressaltar que o livro apresenta perversões terríveis (sim, estou falando da cena do fígado e do ônibus). Alex Portnoy é um tarado (quase um maníaco sexual) complexado, então há uma chance grande de, ou você apenas desgostar dele, ou, talvez, desgostar do livro por inteiro. Mas, se isso nao for um problema, leia, pois também é mencionado a noção de não pertencimento, culpa religiosa e minorias sociais, além, claro, do tipo de humor utilizado por Roth, que é o motivo pelo qual irei procurar ler outros títulos do autor daqui em diante.
comentários(0)comente



Luiz.Goulart 07/09/2021

Os judeus de Roth pedem passagem
Philip Roth foi um dos escritores mais prestigiados no mundo, o único americano em vida a ter suas obras completas publicadas pela Library of America, instituição que objetiva preservar a herança cultural americana. Oito dos seus livros foram adaptados para o cinema e o número de prêmios é respeitável, só tendo lhe faltado o Nobel, o que sempre motivou críticas unânimes à academia sueca.

O Complexo de Portnoy é a terceira obra de Roth e quando do seu lançamento, em 1969, foi uma bomba em termos de repercussão e polêmica. O livro levou o autor ao patamar dos grandes escritores e deixou-o milionário. Em 1972 o livro foi adaptado para o cinema

Toda a narrativa do livro é uma grande sessão de terapia do judeu americano Alexander Portnoy, — todos os protagonistas dos livros de Roth são judeus, como ele, espécies de alteregos — e aqui o narrador expõe ao analista suas pulsões sexuais incontroláveis e as obsessões com as quais não sabe lidar e que tenta, sem sucesso, reprimir.

Ao mesmo tempo o livro é obsceno e divertido e Portnoy tornou-se símbolo de uma cultura, um feito e tanto para um autor que ainda escreveria, com grande sucesso, dezenas de livros depois deste.

Quase meio século após seu lançamento, O Complexo de Portnoy mantém sua força, mesmo não chocando tanto como nos anos 70 e 80, quando a contracultura e a luta pelos direitos civis eram mais vibrantes.

Portnoy, o atormentado pelo seu forte Complexo de Édipo e culpa, não terá facilidade para se livrar das suas neuroses e da fortíssima influência da mãe judia — mãe judia é um clássico: "Ela estava tão profundamente entranhada em minha consciência que, no primeiro ano na escola, eu tinha a impressão de que todas as professoras eram minha mãe disfarçada. Assim que tocava o sinal ao final das aulas, eu voltava correndo para casa, na esperança de chegar ao apartamento em que morávamos antes que ela tivesse tempo de se transformar. Invariavelmente ela já estava na cozinha, preparando leite com biscoitos para mim. No entanto, em vez de me livrar dessas ilusões, essa proeza só fazia crescer minha admiração pelos poderes dela”.

Com linguagem vulgar e narrativa sem cronologia, quase fluxo de pensamento, já que se trata de uma grande sessão catártica com um terapeuta, Roth não economiza nas tintas e percebemos um Portnoy repleto de autoironia, inteligência e sagacidade. Em certas passagens, como já foi relatado por vários leitores, fui tomado por gargalhadas. Despudorado e engraçado, esse livro conquista. Não pede licença nem perdoa.

Leia-o com deleite e sem culpa. Deixe toda culpa para o pobre Portnoy, pois ele já a tem de sobra.



site: https://www.blogger.com/blog/post/edit/32639542/2978380636489304284
comentários(0)comente



110 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR