Pra Ser Sincero

Pra Ser Sincero Humberto Gessinger




Resenhas - Pra Ser Sincero: 123 Variações Sobre Um Mesmo Tema


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Lista de Livros 22/12/2013

Lista de Livros: Pra Ser sincero - 123 Variações Sobre Um Mesmo Tema, de Humberto Gessinger
“A tentativa de autoconhecimento é o que me fez cair na estrada, a busca de um espelho que não esteja embaçado pela minha própria respiração.”
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“Uma possível medida de felicidade seria o número de relações não capitalistas que um cara tem... tem gente que até com a mãe tem uma relação de custo/benefício.”
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“Sempre achei que tua maior virtude e teu maior defeito são irmãos siameses.”
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Edmilson 16/04/2011

0,123
Devo ter lido em 12,3 sentadas. Dei uns 123 sorrisos. Lembrei de 123 canções dos Engenheiros (e outras 123 de outros compositores). Reli 12,3 trechos. Fiz orelha de burro em 1,23 folhas. Toquei no violão 12,3 das canções comentadas e cantarolei 123 delas. Indiquei para 1,23 amigo(s?).


Pelo livro, paguei mais de R$12,3 (menos de R$123).

Mas ele valeu mais de R$123.

Pra ser sincero, bem sincero mesmo, valeu bem mais. 123 vezes mais.
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Felipe 03/01/2010

Pra quem gosta do Humberto, perfeito. Mas só para quem gosta...
Para quem, como eu, é fã incondicional do trabalho de Humberto Gessinger como músico e compositor vai achar este livro um deleite, muito divertido e extremamente interessante. Porém os fãs de um livro bem escrito, bem construído e com boa narrativa tenha minhas dúvidas sinceras de que "Pra ser sincero" irá agradar.
Humberto Gessinger é o vocalista e compositor quase integral das músicas dos Engenheiros do Hawaii. O livro é uma espécie de autobiografia do música desde o primeiro show da banda até meados de 2009. Nas primeiras 27 páginas do livro, Gessinger faz um resumo de sua vida - famíla, trabalho e preferências. Depois disto ele narra ano por ano a sua carreira musical, desde 1986 até 2009. É muito delicioso conhecer as história e bastidores da banda preferida de muito gente contada pelo seu grande mentor. A narrativa no entando não se restrigue aos Engenheiros do Hawaii, Humberto lembra da formação do Humberto Gessinger Trio e do Pouco Vogal, que são trabalhos de Gessinger fora dos Engenheiros.
O ponto alto do livro sem dúvida é o projeto gráfico, todas as páginas são coloridas e existe um farto material fotográfico, além de todas as capas de discos, materias de jornais e revistas e ainda fotos da família de Gessinger (Clara e Adriane - filha e esposa respectivamente). Nem por isto este projeto gráfico diferenciado aumentou o preço do livro, que pode ser encontrado entre R$ 30 e R$ 40,00 na maioria das livrarias.
Os pontos negativos do livro é a narrativa de Gessinger, que apesar de ser talvez o melhor compositor e letrista brasileiro não mostra o mesmo talento literário. O texto abusa de frases feitas, repete frases e ainda tem uma não lineridade que por vezes pode confudir o leitor acostumado com outras autobiografias. A impressão que se tem é que o livro saiu um pouco forçado, que não tem a genuidade de outros autobiográficos como "Feliz ano velho" de Marcelo Rubens Paiva e "O filho eterno" de Cristovão Tezza.
Tem a certeza disto quando quase metade do livro são com letras de 123 músicas do Engenheiros, que para leitores que como eu tem todos os CDs da banda em casa, são mero enchimento de páginas. Os comentários de Gessinger sobre algumas letras são evazivos e decepcionantes. Neste ponto o livro poderia ser único, Humberto poderia comentar com maior profundidade algumas de suas letras tornaria a leitura dos fãs quase como um sonho.
O posfácio de Luís Augusto Fisher tem pouco a oferecer e poderia ser descartado da obra sem nenhuma perda para ela.
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Lima Neto 08/02/2010minha estante
de qualquer forma, para um fã da banda, foi bom ver tal livro. talvez, realmente, o Gessinger não tenha toda a desenvoltura como escritor do que como letristas e há, realmente, a noção de "frases feitas" ao longo de todo o livro. mas eu achei, mesmo assim, um bom livro para aquilo que ele se propõe. o projeto gráfico é um caso a parte e mesmo as letras, um verdadeiro "enchimento de linguiça", para quem é fã e tem todos os CDS (como eu também tenho) são interessantes para aqueles não tão familiarizados com a banda, principalmente naquela fase "dos primórdios", dos primeiros albuns.


Wille 21/02/2010minha estante
O texto do Luís Augusto Fisher realmente não acrescenta nada. Ele apenas tenta justificar "cientificamente" a grandeza da obra de Gessinger, como se isso fosse necessário... Usando uma das metáforas de Gessinger, ele é cardiologista demais pra um livro que é muito coração.




Moyarte 21/01/2010

123
Acabo de receber ''Pra Ser Sincero, 123 variações sobre um mesmo tema'', do Humberto Gessinger, a tempo para ser embalado e cumprir o seu papel de presente de natal. O segundo exemplar adquirido, aquele que será chamado de ''meu”, desembarcará na próxima semana, direto da Livraria Cultura de Porto Alegre.



Desembalei o livro do plástico bolha, a desculpa foi a necessidade de extrair a nota fiscal, afinal, não se entrega presente com informação de preço. Depois, sem querer, querendo (muito), abri ''algumas'' páginas, para dar uma espiada no repertório iconográfico. Reconheci as capas de algumas revistas, que ainda tenho guardadas em algum lugar, sem falar nas dos álbuns.



As cores, a parte da engrenagem, as listras do ''cinto'' (não estou certa se esse é o nome técnico do acessório, nunca vesti bombacha - bem, ainda não), são tão presentes nas minhas memórias afetivas que as reconheceria facilmente, mesmo sendo míope e desavisada sobre a existência da publicação. Aliás, Gessinger (@1bertoGessinger), em seu twitter, mencionou o talento pessoal ''marketing zero'', ao esquecer de mencionar cd, dvd, livro, durante entrevistas. Não sei de quem foi a escolha da foto da capa, mas, isso é o que definiria como ''marketing nada zero'', pois, há tempos que não vejo, em um espaço de 15 X 30 cm, escolhas tão precisas que, com tranquilidade, afirmo que o nome do autor, poderia ser eliminado da capa-dura, juntamente com o seu retrato (desnecessários). Talvez, seja o lance do 123. 1, 2, 3 formas de entender o signo ''Humberto Gessinger'':





1 - a codificação através do alfabeto;





2 - o retrato (a escolha da ''versão HG'' com os cabelos longos, tão invejados na terra das chapinhas e tópicos de amor e ódio em alguns periódicos);





3 – as várias variáveis: engrenagem, baixo, bombacha (1,2,3... de novo!!!);



As interpretações “123” me denunciam, influenciável, provavelmente, por suas menções. Confesso. Assumo. Depois da capa, pulei para as páginas com as letras, muitas delas, amigas conhecidas, que causaram a sensação de estar passeando pelas páginas de um álbum de família.



Bem, 123. E, bem... o 1 vem antes do 2 que vem antes do 3; comecei na 1a. página do texto, sabe como é, mais um pouquinho, para a 2a. página e para 3a. e... retornei para as letras das canções na ordem crescente do processo de leitura tradicional de um livro. Diga-se de passagem, de um livro que não posso chamar de ''meu'': alguém vai ganhar um presente de natal usado e se outro alguém folheou na editora ou na livraria, a publicação passou por, 1, 2, 3 pares de olhos... 123!



Admiro quem tem talento para a combinação das palavras. Humberto Gessinger é uma dessas pessoas. Os seus parágrafos são um convite para viajar, em boa companhia, pela Rodovia EngHaw-HG3-EngHaw; com um cara que sabe contar uma história: sem exagerar nas piadas, mas sem deixar o lado engraçado de fora; sem se envergonhar de contar as pequenas doçuras e delicadezas, comover, sem causar soluços forçados ou desnecessários. E, no momento do ''tchau'', ao descer no posto PV, com um aceno de agradecimento, deixar a sensação de que algum dia, vou tomar um táxi, reconhecê-lo de motorista e continuar a conversa, saber o que aconteceu depois daquela ''carona'', quando desci no km 123 do PSS. Um outro percurso para contar quantas variações sobre o mesmo tema serão-são-foram possíveis com poucas vogais. Mais 123, 132, 231, 321, 213, 312...

Informações adicionais:
1) Artigo e Resenha de Walter Sebastião, publicado no site Uai, sobre o livro: http://www.new.divirta-se.uai.com.br/html/sessao_19/2010/01/16/ficha_musica/id_sessao=19&id_noticia=19810/ficha_musica.shtml
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Fabio.Barbosa 12/02/2021

Excelente
Pra que é fã, fica ai um resumo rápido da carreira desse cara foda, além de curiosidades de sua carreira
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Carol1349 09/02/2024

1berto narrou um pouco sobre sua carreira musical, acrecisdo de alguns pouquíssimos elementos de sua vida pessoal. Com a sua escrita sempre poética. Senti falta de algo mais profundo com mais detalhes, mas é uma boa leitura ainda assim.
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Amanda Azevedo 17/02/2012

Pra Ser Sincero - Humberto Gessinger

Engenheiros do Hawaii é certamente uma das bandas nacionais que mais ouço — se não a mais — então, concordo e assumo ser suspeita para comentar sobre qualquer coisa relacionada aos EngHaw. Mas assumo o compromisso aqui, de fazer uma resenha fiel. Então já sabem, quaisquer elogios aqui feitos, serão verdadeiramente por mérito do livro.

O livro foi escrito pelo Humberto Gessinger, líder da banda (vocalista, as vezes baixista outras vezes guitarrista, tecladista, pianista... enfim, MÚSICO), ele conta a história da banda: como surgiu, porque surgiu... os integrantes, etc. Não é de forma cansativa, nem curto, nem grande demais, na medida certa.

O livro começa com um breve relato sobre a vida do Humberto, sua infância, sua adolescência... Nos levando até o ano de 1985, onde no Brasil acontecia a primeira edição do Rock in Rio e em Porto Alegre a banda feita para durar apenas uma noite, se apresentava, pelo o que a seria primeira e última vez, no auditório da faculdade. Estreia e despedida dos Engenheiros, aconteceriam no dia 11 de janeiro.

Mas para a minha felicidade, e de todos os fãs espalhados por aí, a banda não durou apenas uma noite como era o planejado. Eles conquistaram o Brasil com seu jeito diferente de fazer música, fora do padrão a que todos estavam acostumados.

Depois desse breve apanhado sobre o início de tudo, a narrativa vai correndo de ano em ano. Começando em 1986, quando a banda dava os seus primeiros passos e indo até 2009. Assim, ele fala o que estava acontecendo com a banda naquele determinado ano, dos shows, das conquistas, dos cds lançados, das novas músicas, das mudanças...

Livro essencial para quem é fã da banda, principalmente para aqueles, que assim como eu, nasceram depois que a banda já havia sido criada, e não pôde acompanhar em tempo real a história deles. Músicas que falam por nós... que emocionam, que ironizam, que divertem... Pra ser sincera, esse livro, essa banda, essas músicas... valem MUITO a pena.

Porque o subtítulo '123 variações sobre um mesmo tema'? Porque no finalzinho do livro tem a letra de 123 músicas, algumas com alguns comentários a respeito de sua criação ou sobre algum outro fato que ele decidiu citar ali.


Amanda — Lendo & Comentando
Visite: lendoecomentando.blogspot.com
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Lao 09/06/2013

EngHaw
Um ótimo livro para quem deseja conhecer uma das melhores bandas do Brasil. O que mais me chamou a atenção foi saber o como surgiu a letra da música e-stória. Recomendo.
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elizavski 26/02/2021

A primeira parte de "Pra ser sincero" é uma autobiografia. O autor conta sobre sua vida, sua história com a música, o período das turnês e gravações de discos, os equipamentos que usou e etc. Tudo de maneira bem poética, com muitas fotos e várias citações de suas próprias músicas que se encaixam no contexto.

Na segunda parte do livro são apresentadas 123 letras de músicas com alguns comentários sobre elas. Pra ser sincera, achei essa parte desnecessária, já que os poucos comentários poderiam ter sido durante a primeira parte do livro. Já na terceira e última parte, há um pequeno capítulo escrito por Luís Augusto Fischer.

É uma boa leitura para os fãs de Humberto Gessinger e dos projetos dele.
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Leonardo.Capeleto 04/02/2011

Pra Ser Sincero ...
Pra Ser Sincero ... Eu não espero que você minta.

A história do HG e EngHaw>PoucaVogal já era bem conhecida. Pois como fã, acompanhei a história da banda e do homem.
Mas as mais de 123 histórias do homem por trás da banda... do baixo, da guitarra, da gaita de boca, do violão, viola... piano... e outros 123 instrumentos são fantásticas.
Mais que um livro, isso é um registro histórico... de POA, do Brasil... do Rock.
Pro cara que escreveu tanta música (pelo menos umas 123), esse livro é só continuação de carreira... que venham os próximos 123 livros dele.
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vans 05/08/2012

Humberto Gessinger! Já posso parar por aí.
Ele é simplesmente genial, todas as passagens do livro são incríveis, com trechos de música espalhados por todos os capítulos. Adorei a sequência cronológica-não-cronológica em que o livro foi escrito. O que vem a mente do Humberto e é passado para o papel não segue uma cronologia certa, mas os cds, organizados ano a ano, com fotos da formação do Engenheiros e, principalmente, da vida do Getz, dão um toque de 'organização' ao livro.
Talvez o livro seja, sim, uma repetição de muitos textos que existem pela internet ou mesmo entrevistas do Gessinger..mas existem fatos sobre a sua infância que desconhecemos, além de pensamentos sobre coisas banais, que ele nos coloca sob uma ótica fascinante e nos deixa pensar
E o que dizer da 2ª parte do livro? Eu esperava, assim como se falava em todos os lugares, que as letras estivessem comentadas, e que dissessem um pouco mais sobre o processo de criação de cada uma delas. Mas é impossível, um mágico nunca revela os seus segredos, não é?
Pra entender (3ª parte do livro), um texto maravilhoso do Luis Augusto Fisher, que não tem a menor intenção de entender ou explicar..explicar a importância do HG no cenário brasileiro, isso ele consegue fazer. 'Fico tentado, por temperamento, a fazer uma análise: qual é a dele.' É difícil saber qual é a dele, talvez nem ele saiba, mas é daí que vem toda a minha admiração..Não existe uma razão, um motivo ou circunstância, ela apenas estava ali e fez o que sabia. Fisher conclui "...Gessinger ajuda a fazer sentido, a compor um significado na vida, presos que estamos nesses paradoxos, como o de estarmos correndo muito, talvez para o lado errado"
Mais do que um livro para fãs da banda e do Gessinger, Pra Ser Sincero, é dedicado a todos que tem paixão por música, história, contextos, imagens, curiosidades...não tem como não agradar.
Manuella_3 18/08/2012minha estante
Van, não li o livro, mas Humberto embalou minha adolescência, viu... e agora está melhor q nunca! Gostei muito da sua resenha.




Renata 08/01/2010

Pra Ser Sincero 123 Variações Sobre um Mesmo Tema
O livro é escrito de um jeito simples e de coração, parece que o Humberto está na sua frente contando histórias sobre sua vida dele. E em cada história vejo/sinto um pedaço da minha.

Portanto, digo que este não é um livro para ser lido, mas para ser dialogado. Nessa conversa me emocionei com as citações sobre a Adriane, ri com as passagens do Grêmio e sorri um riso verdadeiro, vindo do coração ao me deparar com relatos tão peculiares.

Eu adorei.
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flavio.lloween 28/08/2012

LIVRO DE LEITURAS INFINITAS
Bom já tá com um tempinho que terminei pela 5ª vez esse livro do mestre Humberto, mas é como se fosse ontem pois cada vez que pego no livro tenho vontade de começar a ler de novo. Adoro biografias e esta é uma das minhas preferidas e acredito que seja o melhor livro dele até agora, apesar dos outros que vieram posteriormente. Só de comentar aqui deu vontade de ler de novo. rsrs
INDICO E RECOMENDO, não apenas aos fãs de Engenheiros do Hawaii, mais à todos que apreciam um ótimo livro com pensamento e frases de forte "teor filosófico".
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Cassionei 26/12/2014

Pra ser sincero: o que faço com esses números?
Humberto Gessinger parece gostar muito do número 3 ou deve ser o próprio número que o persegue. Penso nisso para tentar entender o porquê do subtítulo do seu livro lançado no final do ano passado: Pra ser sincero: 123 variações sobre um mesmo tema (Editora Belas Letras, 304 p.). Segundo o autor, é “o som de baquetas contando o início da canção: 1... 2... 3...”, além de ele ter “encasquetado com o número”, utilizando-o em todo o livro. Mas se pensarmos sobre as curiosidades sobre o 3 na trajetória do líder dos Engenheiros do Hawaii, podemos entender melhor a escolha.
O NÚMERO
Em primeiro lugar, HG nasceu em 1963. A banda teve em sua formação original 3 membros: Gessinger, Carlos Maltz e Marcelo Pitz. O primeiro show foi num dia 11/ 1 (somando, dá o número 3). Já no primeiro LP, o número aparece nos versos da música “Longe demais das capitais”, que dá nome ao disco: “O 3º sexo, a 3ª guerra, o 3º mundo”. Mais adiante, Augusto Licks entra no lugar de Pitz, completando aquela que seria a formação mais importante da banda. No segundo LP, o número está presente nos versos de “Revolta dos Dândis II”: Esquerda e direita, direitos e deveres,/ os 3 patetas, os 3 poderes”. Inspirados em outro “power trio”, os canadenses do Rush, os Engenheiros estabeleceram que depois de 3 discos, iriam gravar sempre um outro ao vivo, plano que eles cumpriram até o final dos anos 90. Também criaram várias trilogias de seus discos, uma delas é a trilogia da bandeira tricolor do Rio Grande do Sul, formada pelos álbuns “A revolta...”, “Ouça o que eu digo...” e “Várias Variáveis”, cada um com uma das cores da bandeira gaúcha na capa. Quando resolveu realizar um trabalho solo, HG juntou mais dois músicos e formou o Humberto Gessinger Trio. Poderíamos citar mais músicas ainda (“3ª do plural”, “3X4”, “3 minutos”, etc.) e outras referências (até o ilustrador de uma das capas dos CD’s se chama Trimano), mas volto ao livro, que é o que interessa comentar.
O LIVRO
Humberto Gessinger é um baita escritor, só para usar a expressão aqui do RS, lugar tão importante para ele, como se percebe pelas referências nos discos e até na capa do seu livro. Suas letras são poesias do mais alto gabarito, repletas de citações literárias e filosóficas, mostrando ser um artista que não se limita ao mundo da música, que tem uma bagagem cultural grande e uma leitura diversificada e de qualidade. Talvez por isso eu fechei o livro com uma sensação de que faltava algo.
O livro é divido, claro, em 3 partes. Na primeira, há uma autobiografia do cantor. Com uma linguagem poética, cheia de frases gessingerianas (calcadas em paradoxos, pleonasmos, ambiguidades e citações), ele conta fatos de sua vida e, principalmente, da trajetória dos Engenheiros (e também do Pouca Vogal, seu projeto mais recente), curiosidades das gravações e fotos de cada época. Aliás, o projeto gráfico é o que mais chama a atenção no livro, trazendo as reproduções das capas e contracapas de todos os álbuns, além das ilustrações de Andrews & Bola, já conhecidas pelos fãs na internet, representando as mudanças no visual de Humberto Gessinger.
Essas ilustrações estão na segunda parte, aquela sobre a qual tive mais expectativas. A divulgação anunciava que seriam 123 letras de músicas comentadas. No entanto, só algumas das letras estão acompanhadas por pequenos textos que não retomam as discussões que já circulam há anos pelos fóruns da web. Quais as fontes das citações, as influências para a criação das letras? O que ele queria dizer com tal palavra? Quem era Ana? O que é trottoir? Não acho que o artista deva revelar o que quis dizer. Isso é função do apreciador da obra. Mas a propaganda do livro criou essa expectativa, de registrar em livro as referências das letras. No fim, ficou mais como uma antologia pessoal do compositor.
Para fechar o livro, a terceira parte traz um ensaio de Luís Augusto Fisher, professor de Literatura da Ufrgs. Intitulada “Pra entender”, em alusão a uma música dos Engenheiros, destaca o papel da banda na vida cultural do país. Apesar de ser professor de uma universidade, seu texto é leve e não destoa do resto. Tudo a ver com as contradições gessingerianas: um texto não acadêmico de um acadêmico.
Ouça o que eu digo, não ouça ninguém: o livro é peça indispensável na prateleira de qualquer fã dos Engenheiros do Hawaii, apesar dos pesares.

site: http://cassionei.blogspot.com.br/2010/02/meu-texto-sobre-livro-do-gessinger-na.html
Adri.RMonteiro 27/07/2023minha estante
E ama Power Trio




Ana Flávia 15/08/2012

Gessinger é melhor como músico e letrista.
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