Joana Masen
17/04/2017blog Coisas que eu sei que eu seiEsse conto é quase um spin-off da série Metrópole, então, quando comecei a ler fiquei um pouco perdida. Foi como cair de paraquedas em algo que já estava em andamento, mas aos poucos a leitura vai envolvendo e a coisa começa a clarear. Os personagens estão vivendo num mundo pós-guerra, embaixo da terra, pelo que demonstra a descrição do lugar, e todos trabalham numa sociedade organizada por habilidades. Por exemplo, a amiga de Ilio, Sara, tem facilidade para cuidar de pessoas, por isso, é aprendiz de curandeira. Mas Ilio parece um tanto divergente, e não emprega seu dom no trabalho: ele é telepata, mas prefere atuar na limpeza. Sua telepatia mostra, sempre no mesmo sonho, uma garota que ele não conhece, e que, de repente aparece no lugar. O problema é que ela parece não conhecê-lo, enquanto ele acredita que ela é especial.
A história é curta, porém, complexa, com Sara meio atrapalhada e Ilio cheio de conflitos internos e externos. Ele tem um rival chamado Hector, que o humilha em certo momento do conto, deixando claro que não no deseja ali, talvez por inveja de seus poderes psíquicos. Isso mostra a habilidade da autora, já quem em poucas páginas conseguiu criar um conflito entre os personagens e lançar no leitor a curiosidade sobre quem é a menina misteriosa dos sonhos de Ilio e se eles vão ser importantes um para o outro. Acredito que isso se deva resolver em Metrópole.
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