Pai Goriot

Pai Goriot Honoré de Balzac




Resenhas - O Pai Goriot


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BetoOliveira_autor 16/08/2019

Se você quer conhecer a fundo a alma humana. Leia. Enredo muito bem montado. Uma obra para deixar marcas no leitor atento.
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Bantim 03/07/2019

Marcante
Com outros títulos mais exaltados do que este que instigam o desprezo à raça humana (a exemplo: a metamorfose, de Kafka), ainda o considero o mais impactante. Com um realismo incômodo, Balzac retrata a ruína de um pai que idolatra sua família a ponto de viver na pobreza para proporcionar-lhes luxo. Em contrapartida, suas filhas não demonstram a gratidão esperada, se envergonham e exploram o pai, que nunca chega a ser capaz de odiá-las. Um retrato da sociedade com personagens representativos que realmente fazem a diferença no desenvolvimento de ideias do leitor.
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Ernani.Maciel 26/06/2019

Boa leitura a quem deseja viajar ao passado, mais precisamente à França do século XIX.
Gustave Flaubert (autor de Madame Bovary e outros clássicos) criticou Balzac, seu conterrâneo, por ser um prolífico escritor que pouco se importava com a linguagem. Realmente, Balzac produziu muito mais que Flaubert. Será que o criticou por inveja? Acredito que nunca saberemos.

A linguagem de Balzac é muito simples e direta, sem quaisquer floreios ou riquezas de detalhes - com exceção de quando a pensão é descrita. Talvez isto tenha irritado Flaubert que preocupava-se excessivamente com a linguagem a ponto de reler tudo o que escrevia em voz alta, acreditava que assim escolheria as melhores palavras.

No entanto, O Pai Goriot, a meu ver, é um clássico por deixar para a posteridade uma bela narrativa a respeito dos costumes de uma sociedade multifacetada.
Eu devoro livros assim, minha curiosidade aguça-se em demasia.
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cco.isabella 16/06/2019

Balzac é genuinamente Balzac!
Um autor que retrata a França do século XIX a partir de uma visão socioeconômica, assim como Victor Hugo a retrata sob um panorama sociopolítico, como disse Carmen Lúcia do blog "O que vi do mundo".
É impressionamente como o autor tem o poder de nos apresentar uma sociedade, pós queda de Napoleão, de um ponto de vista tão real e próximo ao leitor!
📚 Nesta obra temos contato com a relação existente, ou não, entre a aristocracia e burguesia da época. A quase não relação entre o Pai Goriot e suas filhas é de chocar qualquer leitor com o mínimo de sensibilidade; um pai que se doa inteiramente e é descartado quando já não serve mais tem um caráter bem representativo: até seu progenitor já não serve se não tem o dinheiro antes tão corriqueiro!
Fiquei ainda mais encantada com Balzac depois de ler esse livro excepcional.
É uma leitura divertida, cheia de mistérios enlaçados na trama (pasmem!) e que ainda apresenta uma crítica digna de ser lida! Em algumas páginas, senti que o próprio autor estava me dando conselhos acerca da sociedade e fazendo com que as minhas ilusões fossem perdidas!
Espero muito que essa e todas as suas demais obras continuem sendo lidas com a devida atenção e cuidado que merecem, e que vocês se apaixonem cada vez mais, assim como eu!

site: instagram.com/amorliterato
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Erika 05/05/2019

Paciência
Como tudo de Balzac, é preciso tempo e paciência... é detalhe demais para o meu gosto. História cansativa e clichê....
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Isa Talhaferro 21/03/2019

O primeiro Balzac a gente nunca esquece
Comecei esse livro achando que a leitura seria extremamente difícil e rebuscada, tive uma grata surpresa!
A leitura é super fluída, gostosa e até divertida.
Por mais que o livro se chame "O pai Goriot", este não é o personagem principal, mas Eugène de Rastignac, um estudante de Direito que mora na pensão da sr. Vauquer, no mesmo lugar onde Goriot.
Rastignac, um rapaz do interior da França que vai para Paris estudar, começa a se deparar com algumas realidades, especialmente da classe alta. O seu maior "choque" é o fato de que o pai Goriot fica cada vez mais deplorável, sua situação cada vez pior, e ele tem duas filhas ricas, cujos maridos são da alta sociedade, só que elas não se importam muito com ele, só o procuram quando estão em momentos desesperadores. Essa realidade é jogada na nossa frente de uma maneira muito crua pelo Balzac, que não mede suas palavras quando descreve a decadência do ser humano.
Neste livro, nós conhecemos alguns personagens que compõe toda a Comédia Humana de Balzac, especialmente os que são desenvolvidos alguns anos mais tarde, em "Ilusões Perdidas".
No geral, o livro trata do amor incalculável de um pai por suas duas filhas, que dá tudo para que elas entrem e se mantenham dentro da alta classe parisiense, sem, no entanto, contar com a estima delas.

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monique.gerke 17/12/2018

Gostei, mas (e infelizmente tem que ter o mas) achei a história um pouco parecida com Ilusões Perdidas, outro livro dele que faz parte da comédia humana..
Claro o enredo em si é diferente, mas o contexto é bem igual ..um rapaz inocente da “vida” que veio do interior a fim de melhorar sua condição através dos estudos, mas que acaba se enredando na Paris falsa, cheia de intrigas e podre, (que como diria o personagem Vautrin “...temos menos infâmia nos ombros do que vocês têm no coração, vocês, membros flácidos de uma sociedade gangrenada.”)
Enfim, embora a história seja boa, não sei se me aventuro a ler mais um livro de Balzac por enquanto...essa Paris me cansou um pouquinho..
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Valeska 10/03/2018

Saché, setembro de 1834.....
" As paixões nunca erram seus cálculos ". Honoré de Balzac
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Kleber Rafael 05/03/2018

Primeiro contato com o escritor Honoré De Balzac. Comecei bem tímido a leitura, devagarzinho fui entrando na história, simpatizando com alguns personagens e odiando outros... Por fim, acabei devorando o livro. Gostei muito da descrição de Paris no início do século XIX nas mãos de Balzac ficou incrível... As notas de rodapé são impecáveis, o que nos coloca a par de referencias quanto a personagens e lugares. Agora quanto ao Pai Goirot que leva o titulo do livro, sinceramente fiquei com dó do velhote que gastou até seu ultimo vintém para satisfazer as vontades de suas filhas... Fico imaginando quantos "pais Goirotes" ainda existem nos dias atuais, fiquei indignado com a atitude de suas filhas. Quer odiá-las também, então mãos na "massa" e se delicie com essa obra prima de Balzac.
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Gladston Mamede 27/02/2018

Balzac exige paciência, por que é prolixo; não tanto quanto Victor Hugo, mas é. Desenvolve uma ideia em parágrafos longos, como se ganhasse por página (e há quem diga que o motivo seria esse mesmo). A história é boa, o enredo é bem desenvolvido e o texto é icoem referências. A história é bem montada e seus temperos são fortes: cinismo, ironia, sarcasmo, crítica pontual (Paris do início do séc. XIX; as mulheres; a nobreza da restauração; a burguesia) e geral (o ser humano). Personagens fortes que, criminosos ou não, ricos ou pobres, acabam exigindo vícios de mesma talha. Amei.
Destaco a qualidade da edição, com tradução, notas e estudos feitos pela prof. Sandra Keppler. Trabalho digno de aplauso efusivo. O rodapé esclarece tudo o que é dito no texto (lugares, fatos e personagens históricas) e, se peca, peca por atender a todos, mesmo o leitor fraco a quem é explicado o significado de palavras como querela, taciturno, proscrever e afins. No entanto, "quod abundat non nocet".
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Valério 02/02/2018

Ingratidão: O mundo é um lugar ruim
"O pai Goriot", escrito por Honorè de Balzac por volta de 1830, nos lembra que a futilidade já de tempos imemoriais compõe os caracteres de nossa sociedade.
Goriot é um homem que dedica toda a sua vida a suas duas filhas. Veio de baixo e durante as reviravoltas da Revolução Francesa e sucessivas alternâncias de poder na França, soube se aproveitar e ficar rico trabalhando. E passou a vender tudo que tem - e a morar modestamente - para proporcionar uma vida e luxos e riqueza para suas duas filhas.
Mas, trágica e cruel natureza do ser humano, após lhe espoliarem toda a fortuna, inclusive o pouco que lhe sobrou para viver, suas filhas respondem com ingratidão e desdenham o pai agora pobre.
A despeito do título, o personagem principal é Eugène de Rastignac, morador da mesma pensão de Goriot, um pobre estudante que quer ser iniciado na alta sociedade parisiense.
O final do livro (que me arrepiou os cabelos) é emocionante e promete uma continuação.
O sentimento ao terminar este livro é de realidade mundana.
Lembrou-me o final do filme "seven - os sete pecados capitais", que nunca mais me saiu da cabeça, quando penso que o mundo é um lugar ruim. O detetive Sommerset, interpretado por Morgan Freeman, diz na última cena:
"Ernest Hemingway disse certa vez: 'O mundo é um bom lugar e vale a pena lutar por ele'. Eu concordo com a segunda parte".
Já Balzac se expressa em "O pai Goriot" manifestando impressão semelhante:
"Existe um Deus. Oh, sim, deve haver um Deus que nos reserve um mundo melhor, ou nossa terra não tem sentido".
Mesquinharia, futilidade, ingratidão, vícios, interesses vis, são explorados e lançados em nossa cara nessa obra.
Marx e Engels consideravam que se aprende mais sobre a sociedade francesa e sua estrutura lendo Balzac do que lendo todos os livros de economia, história e sociologia.

Grande, triste e realista obra.
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João Luiz 22/06/2017

Paris, século XIX, a história se desenrola em uma pensão simples, no subúrbio, com personagens distintos, um desses pensionistas é o Pai Goriot, um homem que tem duas filhas, por tanto mima-las, acabou perdendo toda sua riqueza. Um livro muito interessante. Repleto de intrigas, com personagens bem construídos e com uma narrativa rica em detalhes. Vale muito a pena conhecer!
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Ricardo Rocha 19/11/2016

O pai Goriot chama a atenção antes de tudo pela escrita. A nada do que o livro contém chegaríamos a dar qualquer valor não fosse pela escrita. Numa prolepse inconsciente, imagino, já na abertura Balzac já contextualiza seu texto quase pedindo desculpas pelo que não é genial nessa escrita, tipo “Olha, meu tempo é um tempo exacerbadamente romântico e sou um produto do tempo portanto escrevi muito do que poderia ter deixado nas entrelinhas”. Rigoroso consigo mesmo, ainda que exista verdade nisso. Porque, quando o gênio assume (o que é a maior parte do livro) aí ele sai de qualquer contexto e vai muito além de seu tempo. Como, um parágrafo depois, por exemplo, passa a apresentar a região onde a pensão fica. Não só as ruas e casas, mas o espírito do lugar, como um passante casual sentiria, em insights perfeitos.
Isso posto, o conteúdo. É devastador e não só pelo que tem de devastador mas por uma quase inconsciência (ao contrário de Balzac em relação a seu tempo) acerca da obra que construiu. Porque parece mesmo que ele acredita – e de resto seria de uma inocência até bonita acreditar, e Balzac era um inocente no fundo – nos pensamentos de seus “heróis”. Que o pai é um santo porque se sacrifica, quando se sacrifica por si mesmo, para usufruir depois do sacrifício; que Rastinac é mesmo um virtuoso levado pelo mundo mau e ainda assim cheio de sentimentos de culpa; que as filhas são malvadas, quando na verdade são iguais, e tem a virtude de serem obedientes ao exemplo que recebem. E assim por diante.
Aí fica a questão. O quanto Balzac realmente sabia acerca dos personagens de Balzac? Lembro que certa vez li em algum lugar o quanto ele se tornava antissocial por conta de sua obra, que num enterro, depois de dar os pêsames disse “mas agora vamos a um assunto mais importante, o pai Goriot é...” Porque para ele, Goriot era uma pessoa. Aliás, Goriot é uma pessoa. Isso é maravilhoso porque, outra vez, e sempre, a literatura é maior, muito maior, que escritores individualmente.

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