Pai Goriot

Pai Goriot Honoré de Balzac




Resenhas - O Pai Goriot


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Isolda 17/10/2016

Balzac, o verdadeiro pai
A leitura de O Pai Goriot traz, desde as primeiras páginas, uma impressão que deve ser universal: Balzac beirando a perfeição estilística, que vai da descrição minuciosa do ambiente em que os personagens habitam até a devassa dos sentimentos mais íntimos e, geralmente, impuros que os caracterizam. São caricaturas tão certeiras que qualquer leitor é capaz de desenhar a mão cada um, suas caras e bocas, seus cacoetes, seus corpos e cabelos. O enredo, bem amarrado do começo ao fim, fala de uma Paris tomada pela ganância do ter e do parecer ter, que promove a todo tempo a cultura do não-escrúpulo. A ambição desenfreada que faz os ricos explorarem os pobres e os pobres explorarem os mais pobres está em curso por todas as páginas, impregnada de forma escancarada ou discretamente. O dinheiro e a expectativa do poder destroça valores familiares como que de brincadeira, por inocência. Pensando bem, não devemos estar tão distantes da alegoria do início do século XIX, tão bem ilustrada pelas palavras do autor. Aliás, devemos estar numa pior – já não temos mais “Balzacs”.
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Silvinha.Teles 24/09/2016

Agora é entre nós
Paris século XIX. Descrição do modo de vida entre as diferentes classes sociais. Desejo de ascensão social. Ingratidão. São os ingredientes desta obra, que às vezes me deu a sensação de estar assistindo uma novela mexicana diante de tanto chororô e mimi.
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Ricardo Rocha 10/07/2016

Quero MUITO ler
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Leandro.Santana 08/08/2015

Romance
O livro trata das idiossincrasias sociais da Paris do início do Século XIX. A busca pela ascensão social a qualquer custo mostra o lado mais sombrio de personagens como as filhas do Pai Goriot, Anastasie e Delphine, o misterioso Vaultrin e o jovem Eugene de Rastingnac. É um romance clássico.
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Gláucia 22/04/2015

O Pai Goriot - Honoré de Balzac
Publicado em 1834 em fascículos e em 1835 como livro, esse é o primeiro romance onde o autor começa a colocar em prática sua ideia de criar uma espécie de grande novela retratando a sociedade francesa do século 19 através do recurso de "retorno de personagens" e aqui aparecem cerca de 50 de seus quase 2000.
Apesar do título, o protagonista dessa história é Eugene de Rastignac, importante e recorrente figura da comédia humana. Aqui, ele é um jovem de 24 anos, vindo da província para Paris a fim de estudar Direito que sonha em adentrar na sociedade parisiense, retratada por Balzac nessa obra como o esgoto moral de Paris. Inicialmente vai morar na pensão Vauquer que reúne tipos bastantes representativos da burguesia francesa. Entre eles o enigmático Vautrin, inspirado numa famoso ladrão condenado às galésque Balzac chegou a conhecer Diga-se de passagem, o mais honesto e honrado personagem da história). Horace Bianchon, o famoso médico da CH é ainda um estudante e amigo de Eugene, janta na pensão quase diariamente.
E Goriot, um antigo fabricante de massas que deixou sua fortuna ser consumida pelo capricho de suas duas filhas (daí a referência ao Rei Lear), Delphine de Nucingen e Anastasie de Restaud, importante figura da sociedade e porta de entrada para ela.
O retrato feito aqui é de uma sociedade podre recoberta por uma resplandecente superfície, tanto que o livro na época foi acusado por alguns críticos de imoral. Gosto mais desse Balzac, a mim o livro todo pareceu bem verdadeiro e atual, provavelmente baseado em vários casos reais, nem precisa ir tão longe e buscar semelhança em Shakespeare.
Thiago 22/04/2015minha estante
Sabia que você ia gostar, é uma grande obra.


Gláucia 23/04/2015minha estante
Muito bom mesmo Thiago!




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Marcela 20/05/2014

O Pai Goriot
Balzac tras uma pespectiva muito interasse sobre a sociedade parisiense do seculo vinte. Por meio de uma história de um pai que deu tudo pelas filhas, o estudante Eugenee encontra na sociedade muita dificuldade me consegui seus objetivos sem corromper seus príncipios. Talvez os objetivos do estudante não sejam deles, ele viu o que gostou na sociedade: luxo, mulheres bonitas, boa comida, "boas companhias", mas o meio de conseguir isso não é fácil, como também não é fácil manter. E esse romance intrigante e que o leitor preso balzac nomeia vários defeitos e abre várias discussoes sobre a futilidade das sociedades, que podemos ver muito disso presente nos dias de hoje. Por tanto continua um livro bem atual, inclusive nas ideias. Não é apenas uma história de amor, é uma história para pensar.
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Arsenio Meira 23/02/2013

Apesar do fascínio que nos causam personagens como Vandesse, Rastignac, Goriot ou Vautrin, confesso que eles também me fizerem dar boas risadas, pelo "nu e cru" das suas apresentações.

O dinheiro transmuta as personagens de Balzac, a burguesia ávida pelo lucro de 1815-30.

Balzac armava as mais intricadas tramas, e a astúcia com que define personagens é de nos prender o fôlego.

Mas, creio que a essência da obra dele caracteriza-se pela velha desilusão, o desencanto, o horror constante da natureza humana.

Ninguém descreveu o que Karl Marx conceituou como burguesia tão bem como Honoré de Balzac. Ele foi dos poucos, senão o único, que conseguiu mostrar a influência do dinheiro em nossas ações, no desdobrar dos atos, dramas e etc.

"Engels, companheiro de Karl Marx, certa vez declarou acerca da obra de Balzac: "Aprendi mais em Balzac sobre a sociedade francesa da primeira metade do século XIX, inclusive nos seus pormenores econômicos (por exemplo, a redistribuição da propriedade real depois da Revolução Francesa) do que todos os livros de historiadores, economistas e estatísticos da época, juntos" (Carta a Margaret Harkness)." In http://pt.wikipedia.org/wiki/Le_P%C3%A8re_Goriot

Balzac teve pares, iguais, e quando penso em escrever insuperável, lembro dos Russos Fiódor e Leon.

No Père-Lachaise, após render minhas emocionadas homenagens a Chopin, num inverno inimaginável, agradeci e rezei por Honoré de Balzac e Oscar Wilde.

"A Comédia Humana" tem "apenas" dois mil personagens. Todos estão plenos de vida.
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Bia 14/01/2012

Retrato da sociedade parisiense da época a partir da visão (pessimista) de Honoré de Balzac, que traz as percepções de um homem que não se sente enquadrado no mundo pós Revolução Industrial. Pai Goriot mexe com nossas emoções. Apesar de ser uma crítica à sociedade da época, levando a uma viagem no tempo, mostrando os costumes e valorização exacerbada do dinheiro do local e época mencionados, tal crítica é relevante até os dias atuais.
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Hudson 13/10/2010

Uma Comédia um tanto cruel...
Sendo esta uma das grandes obras da comédia humana seja talvez o cerne de todas as obras.


Uma história crua, e fria a grande questão desta história é


até onde se sacrificar pela felicidade alheia?

Talvez isso resuma o que é o Personagem "O Pai Goriot"


Um homem que morre pelo seu imenso amor e a negligência alheia de quem ele tanto amou.


Esse sofrimento causado por escolhas feitas sem pensar.


O pai hoje vive apenas a sombra do que já foi um dia, ao lado seus convivas na mesma pensão



Alguns deles personagens muito interessantes como "Vautrin" que volta em outros livros um homem frio, calculista mas ao mesmo tempo sarcasticamente solidário e espirituoso mas bastante humano.



e o Jovem Rastignac que vem a Paris estudar, e com o tempo vai adquirindo grandes laços com o "Pai Goriot" uma relação que marca bastante no decorrer do livro.



O livro também traz um retrato bastante minucioso dos costumes da sociedade francesa e principalmente da Paris do Século XIX como diria Walter Benjamin " A Capital dos Séculos".



Essa sociedade na qual Balzac diz que todos os desejos são apenas movidos por "Ouro e prazer".



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Yago 26/06/2010

O Pai Goriot.

Um livro perturbador. É impossível chegar ao cabo dessa obra-prima sem nos sentirmos atordoados pela história. A devoção que o Pai Goriot sente por suas filhas, que sempre lhe retribuíram com a negligência que a vergonha traz, pode parecer um tanto piegas ao início, mas serve para mostrar a estrutura da sociedade francesa pós-revolução, na qual a burguesia não era só movida pelo dinheiro, mas também pelo anseio de tornar-se nobre.
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O jovem Eugène Rastignac mora em uma pensão burguesa. Não é nem um pouco luxuosa, no entanto, é o que pode pagar. Seu desejo é se inserir nas altas camadas sociais de Paris. Para tal, não hesita em pedir empréstimos, pedir dinheiro à sua família e até mesmo tentar algum romance (o qual não dá em nada). Graças à sua prima, Sra. Beauséant, conhece Dalphine, uma baronesa filha de um homem rico graças à venda de trigo. Esse homem, o Pai Goriot, mora na mesma pensão de Rastignac e é acossado por todos que nela vivem.
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Ao tomar conhecimento do parentesco de seu vizinho com sua a sua nova adorada, o jovem Eugene passa a se interessar bastante pelo Pai Goriot, tornando-se, assim, objeto de seu afeto.
A partir daí a história se desenrola, e contar algum detalhe além disso seria estragar o prazer de ouvi-lo diretamente do grande mestre Honoré de Balzac, que soube criar uma obra perturbadora e fascinante!
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Tatiana 26/02/2010

Indignação
Esta foi a sensação que tive ao terminar de ler o livro. Fiquei triste com o destino do velho Goirot! Que raiva das suas filhas!! Fiquei indignada com a ingratidão delas!!! Ao mesmo tempo fiquei encantada com Balzac! Que história marcante!

Não é a leitura mais fácil que já fiz... Balzac é super descritivo e esta característica às vezes me cansava... Mas valeu pela experiência! Foi bem significativo!
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cid 08/02/2010

Rousseau e o mandarim
Do livro o pai Goriot, o que me ficou mesmo, alem da estória de ingratidão filial , foi a conversa entre os estudantes Rastignac e Bianchon no jardim de Luxemburgo.Os amigos comentam Rousseau lembrando a passagem em que ele pergunta ao leitor o que faria no caso de poder enriquecer ao matar, apenas pela vontade um mandarim na China , trocando a vida de alguém por riqueza material. Eles discutem se o mandarim seria velho ou jovem , doente ou saudável e todas as coisas boas que poderiam fazer com o dinheiro, como ajudar a família.E afinal Bianchon , conclui que a nossa felicidade encontra-se sempre em nós mesmos , a percepção intrínseca é a mesma e independe de dinheiro. E termina o debate dizendo : Concluo pela vida do chinês . Em vários momentos , em que os estudantes se encontram eles se perguntam E então, matamos o mandarim ? Esse dilema, que reflete a orientação de vida, foi o que mais me impressionou no livro, e muitas vezes eu também pergunto se o mandarim ainda vive feliz em alguma parte da China.
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ale 25/07/2009

Um golpe profundo na individualidade pós- moderna
Tão atual, tão destrinchador do que era e viria a ser a crescente individualização da modernidade, pós-modernidade, e, os emos que me perdoem (vocês são apenas um pífio regurgito de uma pretensa volta ao sentimento) , mas acho que do muito que nos seguirá. Os lamentos pungentes do Pai Goriot são os lamentos do sentimento desencantado e desencarnado, que não fazem nada senão sofrer e estertorar na nossa sociedade, no nosso mundo cada vez mais distante da humanitas.

Comecei a ler o livro de má vontade, foi um dos que adiei a leitura na comédia humana. Pensei que ia me identificar com as filhas. Quando vi, era o pai Goriot.

Que horror, amar tão devotadamente pessoas que não tem profundidade nem para perceber as primícias do afeto, que sofrimento, receber a cada dia a ingratidão e a cobiça como resposta aos seus mais caros e sagrados sentimentos.

Ao mesmo tempo, como no poema A Flauta Vértebra de Maiakovski, sentir como Eugênio que o único modo de não sucumbir de dor é mudar, e essa mudança com todas as dores e náuseas possíveis não é empreendida por nós, nos é forçada goela abaixo. Dia a dia. A canção que toca a flauta não foi escolhida por nós, no entanto, está em nossa medula, Para uns o sucesso metrossexual ou a prostituição "de charme" capitalista, para outros, um calvário de amargura crescente e inevitável.

Mas o melhor é Vautrin. Não o pintarei. Não posso, não tenho forças nem profundidade. Apenas digo que como mulher, me sinto feliz de não ter cruzado seu caminho. Se pudesse ser homem, daria tudo para obter sua atenção, sentar com ele em uma estalagem, diante de um belo guisado e passar a noite ouvindo-o e tomando um belo borgonha, claro, acompanhado de figos da Provence.
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Geógrafo da Alma (Poeta) 15/04/2009

Excelente obra que aborda o perfil psicológico da nobreza parisiense da época, onde os jogos de interesse e uma gama de comportamentos dúbios nos leva a reflexão. Ainda hoje no âmago das elites, provavelmente caprichos, mesquinharias e vergonha de suas origens ou de seus familiares ainda persiste. Vale a pena a leitura.
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