Uma confissão

Uma confissão Leon Tolstói




Resenhas - Uma confissão


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Bruna 04/05/2023

É impressionante como Tolstoi me impacta em lugares que nenhum outro autor chega. Tenho profunda admiração pela genialidade de cada escolha das palavras, mesmo quando a obra é uma ?confissão?, um diário, como se ele tivesse escrevendo naquele caderno de cabeceira. Esse é um livro extremamente pesado e com gatilhos muito complicados. Tolstoi faz uma análise filosófica muito pessoal sobre fé e sentido da vida, para quem admira o autor é um prato cheio.
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jackpveras 06/05/2023

A Literatura da Angústia
Terminei agora a leitura de Uma Confissão e posso garantir que a sensação que melhor exprime o meu contato com a obra é como se houvesse dois ratos enormes, um preto e um branco, roendo furiosamente as paredes do meu estômago. Discurso sincero, apesar de as abordagens serem grotescas e muito, muito verdadeiras.

Este é mais um livro que altera as minhas formas de ver o mundo, as pessoas e as conflituosas relações entre o meu Eu mascarado e o meu Eu sem disfarces.

Oh, os ratos... eles não param.
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Letícia 09/05/2023

A crise do desamparo humano.
Eu nunca me canso de dizer o quanto Liev Tolstói consegue ser um dos escritores de maior genialidade do mundo. Eu sou suspeita pra falar dele, mas essa obra atingiu outro patamar. Creio que se tornou a minha favorita dele.

Já conhecia a história do Liev com a sua fé e sua religião, mas a Confissão presente nesse livro é a forma mais humana de se retratar o desamparo humano nas nossas vidas. O livro é angustiante, trágico e extremamente sentimental. A forma como ele trata com naturalidade a depressão, a crise existencial e o suicídio foi de outro mundo. Penso o tanto que essa obra não deve ter causado uma confusão na época, até nos dias de hoje, não se fala sobre o suicídio de forma clara, e muito menos sobre o poder ou não de Deus.

Creio que pessoas que não possuem muita fé em Deus, irão estranhar esse livro e vão considerar algo religioso. Mas não, passou longe de ser puramente religioso, esse livro retrata a decadência do homem. A forma como nós nos inserimos em ciclos sociais que nos levam a decadência, Liev fala sobre a época que viveu com pessoas que bebiam, luxavam, riam dos outros e menosprezavam qualquer coisa que não fosse considerada "verdade" para eles. Além disso, ele também se recordou da época de guerra, época que matou e era elogiado por isso. Os vícios e a glorificação de caminhos destrutivos.

Vejo muito dessa obra nos dias atuais, seguimos caminhos pré-ordenados por outras pessoas, e quando crescemos e nos informamos sobre o mundo ao redor, batemos de cara com essa crise existencial que o Liev retrata nesse livro. Eu fui batizada com 4 anos de idade e permaneci na igreja até os meus 14 anos de forma involuntária, obrigada e sem sentir apreço algum por aquele lugar, religião e pessoas. Passei por fases horríveis, e me considerei ateia. Hoje, aos 25 anos, percebo que nada do que fui me cabe mais.

Eu e Tolstói compartilhamos muito das mesmas opiniões, percebi que o meu maior repúdio daquele lugar, era justamente pelo fato de eu me prender ao que aquelas pessoas faziam dentro ou fora da igreja, pessoas invejosas, maldosas. E como uma criança e adolescente, não sabia separar uma coisa da outra. Não vou entrar no mérito da religião porque isso cabe a cada um.

Mas posso dizer sobre o fim dessa obra, que nos deixou bem claro que podemos não ter a resposta de tudo, e nem sabermos se temos ou não sentido nas nossas vidas, mas que a coisa mais corajosa que podemos fazer, é continuarmos vivos mesmo quando queremos morrer. Pois se o homem vive, é porque ele acredita em alguma coisa. E essa alguma coisa, deve bastar pra nossa vida.

Já dito por Liev: Na doutrina existe verdade, disso não tenhamos dúvida, mas também não há dúvida de que nela existe mentira, e nós temos de encontrar a verdade e a mentira, para então separar uma da outra. Não podemos chamar esse sentimento de outro modo, senão de busca de Deus.
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carol 12/05/2023

Teocrático e filosófico?
O livro é bem reflexivo e trás questões que não haviam passado anteriormente pela minha cabeça.

o resumiria como aql foto dos dois carinhas no ônibus na montanha aí um tá triste e o outro tá feliz em relação a frase ?a vida não tem sentido? e o tolstoi é o que tá muito triste com essa frase.
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Euriano 12/05/2023

Me prendeu do início ao fim
Estava bastante curioso sobre o processo que despertou a fé em Deus, em Tolstoi. Então comecei a ler esse livro no início de um voo de 4 horas e não consegui mais parar. Fui até pousar com ele concluído. Crer em Deus = ter vida.
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lauralopesa 16/05/2023

Muito bom! apesar de ter achado a leitura um pouco arrastada, gostei muito, creio que lerei novamente um dia
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kedy 16/05/2023

Destaques:
Eu mesmo não sabia o que queria: tinha medo da vida, desejava me livrar dela e, no entanto, ainda esperava dela alguma coisa.


"estude as infinitas complexidades da mudança das partículas infinitas no tempo e no espaço infinito e então você entenderá sua vida".

Tudo o que sua mão pode fazer com esforço, faça, porque, no túmulo para onde você irá, não há nem trabalho nem pensamento nem conhecimento nem sabedoria.
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legolas_ 17/05/2023

é realmente muito interessante, acho que é um livro bom pra quem sofre dessa ?culpa cristã?, mesmo se não, é uma reflexão muito válida.

Não é meu caso, mas gostei de saber mais sobre o Tolstoi.
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Rodrigo.Rodrigo 18/05/2023

O livro trata de confissões principalmente ligadas à fé do autor, e como esta é essencial ao sentido da vida.
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Raimundo.Marques 21/05/2023

Tolstói conta sua famosa crise que o impeliu a buscar a resposta para a questão da vida e da morte. Razão e fé são contrapostas axaustivamente. O autor nota, por fim, que o caminho para encontrar o porquê da vida, através da razão, é uma rota impossível; a única saída possível ao desespero de Tolstói é a fé: "[...] a essência de qualquer fé consiste em que ela dá à vida um sentido que a morte não destrói."
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Ludmilanog 24/05/2023

?Minhas atividades, sejam quais forem, serão todas esquecidas? mais cedo ou mais tarde, eu também não mais existirei. Então, para que viver atarefado? Como o homem pode enxergar isso e viver? isso é que é de admirar! Só conseguimos viver enquanto estamos embriagados pela vida; mas, quando ficamos sóbrios, é impossível não ver que tudo isso é apenas ilusão, e uma ilusão tola! Na verdade, não há nada aqui de engraçado nem de espirituoso, é apenas cruel e absurdo.?
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Laura 25/05/2023

Lindíssimo
Primeiramente, queria dizer que não é um livro nada difícil. Existe uma ideia de que a literatura russa é muito densa e complicada,do tipo que só os "cults" intelectuais entendem,e acho que alguns autores sim (principalmente no caso do Dostoiévski, que eu tive dificuldade),mas essa não foi minha experiência com o Tolstói.
Li dois livros desse autor,o primeiro "A morte de Ivan Ilitch" que é um dos meus livros favoritos,e agora esse que estou resenhando,e a linguagem foi super tranquila,super identificável,os personagens são muito realistas e gera muitas reflexões,e no meu caso,em ambos me trouxe muito conforto.
(Nesse aqui também foi uma leitura muito rápida já que tem umas 160 páginas e a leitura é agradável)

Nesse livro,vai ter muito sobre a experiência do próprio autor com a depressão e com a fé. E é uma não-ficção, mas em nenhum momento foi chato, mesmo para mim que não me identifico com o tema "fé" e gosto muito mais de narrativas,isso por que a escrita do Tolstói é muito perfeita e muito humana,o autor retrata os sentimentos de uma maneira muito real, o que acaba fazendo com que o livro converse com a gente de verdade.

O primeiro ponto que eu quero dissertar a fundo sobre é a questão da saúde mental. Tolstói lidou com a depressão em uma época em que a própria mal havia sido catalogada como doença,o tratamento não tinha sido popularizado ainda,e nem sequer haviam surgido os filósofos existencialistas (os que tratam do problema filosófico do suicidio). E é realmente muito angustiante e palpável a forma como ele expressa o quão perdido estava se sentindo, mas não sei por que (e se fui só eu ) que me senti aliviada de alguma forma,assim como fiquei com Ivan Ilitch.
Em meio a essa angústia ele ainda vai falar muito da busca por respostas e de se encontrar, principalmente na filosofia e no que ele chama de "razão" (e posteriormente na fé) . E ele mesmo se mostra como uma pessoa imperfeita e cheia de dúvidas, e é um ponto muito alto do Tolstói, por que vc se conecta horrores, tendo ou não os problemas dele. É lindo lindo lindo.
Ainda chamo atenção para ele ser um autor na mais profunda depressão e que ainda sim não se suicidou,e pode parecer uma colocação estranha,mas infelizmente para mim ele é uma excessão, já que n é o que acontece com a maioria dos autores que eu tive contato que lidam com esse problema. Ele conseguiu se encontrar e o livro fala muito disso.
No caso da fé, não é um tema que eu tenho grande experiência já que nunca fui religiosa, mas acho que deve ser muito bom para quem tem religião, por que ele vai dissertar muito sobre a fé e é super interessante e bonita a visão dele.
Ai só leiam Tolstói.
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Lhyz 27/05/2023

"Enquanto não sei a finalidade, nada posso fazer."
A parte final tem um teor muito religioso para mim, porém o livro em si traz muitos questionamentos válidos que bateu exatamente com o que eu estava pensando nos últimos tempos, como - por exemplo - o conceito de torpor moral.

Citações favoritas:
"Eu mesmo não sabia o que queria: tinha medo da vida, desejava me livrar dela e, no entanto, ainda esperava dela alguma coisa."

"Viva descobrindo Deus e, então, não haverá vida sem Deus.”

"Pois quem quer que faça coisas ruins detesta a luz e não marcha na direção da luz, para que suas ações não sejam denunciadas."
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Beatriz2766 02/06/2023

Não foi o livro
Como é dito no próprio livro, essa seria a introdução de um futuro livro que o Tolstoi iria escrever. No final dá uma sensação de que faltava mais alguma coisa, mas as reflexões e o livro todo são muito bons
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