Resenhas - Uma confissão

Helison.Fortunato 16/09/2024

Crer ou não crer ?
O livro aborda em amplo diálogo, ao meu ver, a questão da crença, e mais do que isso, o acreditar ou não, e como conviver com isso.

Aline Medeiros 14/09/2024

Qual o sentido da vida?
Pela fé, concluía-se que, para entender o sentido da vida, eu devia renunciar à razão, exatamente ela, necessária para o sentido.

Nina Pina 06/09/2024

Tentando se encontrar
Livro maravilhoso, Liev Tolstói relata uma crise de fé, e nessa crise ele entra numa luta interior sem misericórdia, quase chegando ao suicido, sendo um homem religioso, começa a questionar porque viver, se vamos todos morrer, e qual o sentido da vida, e ao longo de sua jornada reflexiva, percebe que as pessoas menos abastadas com intelecto baixo eram felizes, e tinham amor à vida, ele por sua vez não via nada nisso, mas, de repente percebe que o que essas pessoas possuem é a fé, um povo sem fé é um povo desmotivado. Uma leitura reflexiva de um homem questionando suas ações, seus pensamentos, sua vida, seu interior.

Wanda Concurseira 02/09/2024

A Fé se explica?
Essa obra se trata de um monólogo no qual o autor desabafa sobre a sua incredulidade na religião e na fé, mas essa incredulidade e pessimismo partem de uma pergunta central em que ele está imerso: "Qual o sentido da minha vida?"
Tolstói passa anos buscando responder essa pergunta e ele vai explicando as formas e recursos que buscou para isso até chegar a um momento oceânico, podemos assim dizer, onde ele muda as perspectivas, mas sem deixar de todo a sua sabedoria e razão.
Uma leitura que trás muitas reflexões e que ainda é atual. Em muitos momentos eu senti e me identifiquei com as angústias de Tolstói. Percebi que eu já me fiz as mesmas perguntas, já senti as mesmas aflições e incômodos que ele sentiu há mais de um século atrás.
As questões da fé e da religião são difíceis e acredito que nunca, ninguém conseguirá responder definitivamente e Tolstói, sabiamente, se dá conta disso.

Fabão 31/08/2024

Ele foi um gênio, total pancado da cabeça. Já tive o "prazer" de conhecer pessoas assim, e de trocar ideias!! Às vezes, uma pessoa é genial pelas perguntas que faz e não pelas respostas que dá. O chato foi que, PARA MIM, Tolstói fraquejou no final, mas acredito que tenha sido por causa da época. Pois coisas que atormentaram ele, hoje, já existem respostas. Esse fraquejo foi também uma espécie de cansaço mental....
Se eu o visse hoje, chamaria-o para virar a noite tomando cerveja!

jojo 28/08/2024

De várias reflexões sobre a fé
Esse livro.. de 118 páginas e muito reflexivo
Tolstoi na época que escreve, tinha 50 anos
E esse livro ele abre seu coração, desnuda sua alma num momento de questionamento da sua fé e na sua confissão de pensar muito em dar cabo de sua própria vida.
Vale muito a pena ler sobre a visão de várias religiões, sobre as pessoas e suas crenças
Não precisa dizer muito afinal é Tolstoi.
" em que rumo devo seguir?, em vez de responder, diz": estamos sendo arrastados não se sabe para onde"
#kindle #kindleunlimited #lievtolstoi

Jeane 25/08/2024

Tolstói, nesse livro autobiográfico, transmite os seus pensamentos e reflexões sobre o sentido da vida de forma honesta e transparente. Gosto como o autor questiona o sistema, bem como o próprio raciocínio e o entendimento que tem da vida. Tolstói é um questionador e faz o leitor se questionar também. Leitura super válida.

Luciana.Raquel 25/08/2024

Um deleite pra quem se interessa sobre a temática da morte
Sempre que leio Tolstói fico maravilhada com a identificação que sinto. Em Anna Kariênina, me percebia muito nos dilemas e questões existenciais de Liévin, personagem que dizem ter sido inspirado no próprio autor. Ao ler ?Uma confissão?, torna-se claro que realmente foi uma inspiração. As questões de Tolstói em torno da morte são muito semelhantes as de Liévin e também às minhas. A sensação que tenho é que estou lendo meus próprios devaneios escritos de uma forma que nunca consegui articular, por isso é uma experiência sempre tão marcante.

O absurdo do real da morte, o desamparo causado pela ausência da fé religiosa, a busca por um sentido que justifique a vida apesar do horror da morte? são questões que me acompanham e que também acompanharam Tolstói. Foi interessante observar os questionamentos do autor e a saída encontrada por ele através da religião. Gostei muito da metáfora do dragão e do mel e das reflexões a respeito do lugar da fé nos diferentes estratos sociais.

?[?] a segunda saída é a epicurista. Consiste em, conhecendo o desespero da vida, aproveitar os bens que existem por enquanto, sem olhar para o dragão nem para os ratos, e lamber o mel da melhor forma possível, especialmente se no galho houver muito mel.? Acho que essa foi a saída que encontrei: olho para o dragão e para os ratos, mas lambo o mel da melhor forma possível.

Marcus Reis 20/08/2024

Indigesto porém brilhante
É o segundo livro que leio de Liev. E pela segunda vez sinto aquela mesma sensação de ?mal estar? durante a leitura. Não por vilanias ou repugnâncias, mas sim pela sensação de ser forçado a olhar e pensar em coisas que já passavam pela minha cabeça mas que eu mesmo as tentava evitar.

Tolstoi contrói de forma brilhante todo o conceito e a formula de forma maestral os dilemas que atormentam a humanidade desde sua existência : por que existimos?

Thiago.Pereira 13/08/2024

Muito bom
Livro espetacular, me fez refletir muito e abrir novos horizontes sobre meus pensamentos.
Sempre é importante se livrar de dogmas.
A versatilidade da escrita e mudança de direção me deixou muito feliz e confesso que o final me surpreendeu muito.
Amei muito essa leitura.

Mitha 08/08/2024

"...cheguei à fé porque, fora da fé, eu não encontrei nada, rigorosamente nada, sendo destruição. Por isso, era impossível rejeitar essa fé e eu me submetia. E, em meu espírito, descobri um sentimento que me ajudou a suportar isso. Foi o sentimento de auto humilhação e de humildade."

fabibas 30/07/2024

Um livro de filosofia, com o olhar de Tolstoi sobre o sentido da sua própria vida.
Ainda bem que ele criou esse caderno de sentimentos e compartilhou suas angústias e pensamentos que viraram essa obra.

Henricas14 24/07/2024

Surpreendente
Nessa densa narração escrita por Tóstoy, acompanhamos seus pensamentos e suas sensações sobre a fase mais obscura de sua vida: A sua perda de sentido para viver! Completamente sem expectativas para curar o seu vazio, ele encontra na fé cristã, apesar de contestar a hipocrisia presente em parte dos fiéis, um novo sentido para viver!

Barreto 20/07/2024

Fé e religião
É um privilégio saber oque se passava na cabeça de um dos autores mais renomados da literatura russa. Aqui neste livro se discute muito sobre fé, religião, religioso e como a busca no sentido da vida funciona sobre a fé das pessoas ou sua religião.
Muito se discute em como ele via os erros na religião em que se encontrava, mas principalmente no ciclo burguês em que se relacionava. Percebia que a fé verdadeira era vista florescer pelo proletariado!
As discussões nesta obra percorrem até os dias atuais, um livro muito realista e que trás uma a percepção de uma pessoa que perdeu a fé na vida e em sua religião e o modo como espalham a palavra divina. Entretanto, também é uma jornada de como encontrar a fé dentro de si mesmo e se reerguer pelos caminhos torturantes da vida.

Carol749 17/07/2024

É impossível ler esse livro e não fazer um paralelo de Tolstoi com alguns de seus personagens, em vários momentos me peguei comparando as ideias que foram expostas neste texto com os pensamentos de Pierre Bezukhov, e refletindo o quanto se coloca nos personagens.
Apesar de todas as críticas a igreja que é feita neste livro e em tantos outros, tolstoi tem um pensamento religioso até certo ponto e esse livro é a prova disso.
No entanto me incomoda muito a forma como ele se refere ao povo mais humilde, sempre como se fossem inocentes e incapazes de raciocinar, sendo que o raciocínio parece reservado somente as classes russas mais elevadas, mas ao mesmo tempo trata o povo quase com devoção apaixonada.
Por não compartilhar do pensamento acerca da religião que o autor apresenta não posso dizer que esse texto foi uma grata surpresa, mas apesar de tudo ainda assim conseguiu se apresentar com pensamentos críticos acerca da sociedade muito relevantes